Mês: março 2022
Xand Avião é o novo comandante Brahmoso
Cantor é anunciado como novo embaixador da marca Brahma Duplo Malte. A confirmação foi feita na rede social do artista e promete novidades em breve
O cantor Xand Avião anunciou, nesta sexta-feira (25), em suas redes sociais, que é o novo comandante da Bramosidade. A parceria com Brahma Duplo Malte foi divulgada por Xand como sua “nova dupla”.
As especulações sobre a formação de uma possível nova dupla ganharam destaque no início da semana, após o artista soltar um spoiler sobre uma possível novidade em sua carreira. Sites de notícias do mundo das celebridades repercutiram e o assunto provocou alvoroço entre os fãs. Ontem o forrozeiro brindou, com grande festa em Fortaleza, os 40 anos de idade e 20 anos de carreira.
A Brahma aposta no cantor como novo comandante da Brahmosidade por sua popularidade no Nordeste, autenticidade e animação – três ingredientes que unem os dois nomes, segundo o Head de marketing regional da Ambev, Arnaldo Garcia.
“Estamos muito felizes em anunciar essa parceria com Xand. Ele é um verdadeiro comandante da Brahmosidade por ser um dos artistas mais atuantes na cena musical e por se comunicar bem com a cerveja mais tradicional do Brasil. Estamos cheios de planos para ele, que vamos revelar nos próximos dias”, adiantou Arnaldo .
Nesta sexta-feira, Brahma e Xand liberam um cupom de desconto no Zé Delivery para os fãs dele poderem brindar essa nova parceria juntos. O cupom BRAHMAEXAND será válido por todo o fim de semana com desconto de 20% limitado a R$ 10,00 com compra mínima de R$ 50,00 em produtos da marca Brahma. Cada usuário terá direito a um único cupom válido até 23:59 de 27/03/2022.
SOBRE O ZÉ DELIVERY
O Zé Delivery é o maior especialista na entrega de bebidas por todo o país. O serviço (disponível pelo site ou app) está presente em todos os estados e em mais de 300 cidades, se diferenciando por fazer entregas rápidas de bebidas já geladas e a preço de mercado – tudo isso sem que o consumidor precise sair de casa.
Caern participa de ações do Dia Mundial da Água no Seridó
A semana em comemoração ao Dia Mundial da água (22/03) teve uma programação especial no Seridó. A Gerência Regional da Caern realizou palestras de educação ambiental na Escola Estadual Angelita Felix Bezerra, em Lagoa Nova. A ação também foi realizada no Educandário Imaculada Conceição, em Jardim do Seridó. Os alunos tiveram a oportunidade de aprender, tirar dúvidas; receberam panfletos, gibis educativos e o mais importante, reforçar os cuidados que devemos manter com a água.
Já em Currais Novos, alunos da Escola Municipal Professor Humberto Gama visitaram a captação no Açude Dourado. Também na cidade, foram realizadas orientações acerca do uso racional da água na Central do Cidadão e entrega da nossa revistinha da Turma da Mônica. O Colégio Camilo Toscano em Currais Novos também distribuiu material educativo da Caern.
Em Jucurutu, alunos da Universidade Infantil Rita Medeiros visitaram o escritório da Caern.
Como fechar uma empresa em 2022?
Você tem ideia de como fechar empresa 2022? Muitos negócios ao longo do tempo podem tomar rumos diferentes. Alguns podem se transformar, outros podem não ter dado certo, ou apenas não há mais energia para gastar e investir num negócio existente.
Seja lá qual for o motivo, é fundamental saber colocar um ponto final e seguir o seu rumo. Assim como a abertura de uma empresa exige alguns passos importantes, o fechamento de uma empresa também pede alguns passos.
Para que você faça então tudo dentro das conformidades, é preciso fazer uma análise do negócio para que siga com as orientações corretas sobre ele.
Como encerrar uma empresa em 2022?
Se você está decidido e acha que o encerramento da empresa é a melhor maneira de você resolver suas questões de atividades empresariais, é preciso que você saiba muitas coisas.
Muitas pessoas acreditam que o processo de encerramento de uma empresa é muito mais difícil que o processo de abertura. Porém, a formalização disso se tornou muito mais simples e rápida.
Isso aconteceu principalmente graças ao sistema nacional de baixa integrada de empresas. Então, desde o lançamento desse sistema, não é necessário que se apresente certidão negativa para dar baixa em seu CNPJ.
Assim, basta que você solicite a baixa à Junta Comercial. Todo o processo é simples e permite que a conclusão de atividades seja feita ainda que o pagamento das taxas e dos tributos não estejam em dia.
Nessa situação, o empresário terá que assumir os débitos existentes. Existem algumas etapas fundamentais para o fechamento de um micro ou pequeno negócio, são elas:
Etapas de encerramento da empresa
- Distrato social
Durante a abertura de uma empresa, é fundamental que se firme um contrato social quando há um ou mais sócios. Sendo assim, quando a empresa for se desfazer, é importante que ela elabore o chamado distrato social.
Esse documento possui sua formalização só depois que os sócios assinarem a ata de encerramento do negócio. A declaração informa a razão pela qual a sociedade será desfeita e aponta a divisão dos bens da empresa entre os sócios.
- FGTS
É necessário que seja emitido o certificado de regularidade do fundo de garantia do tempo de serviço. Se existir algum valor vinculado ao FGTS para que possa haver recolhimento, eles deverão ser pagos na Caixa Econômica.
Se não houver pendências a empresa recebe um certificado válido por 30 dias.
- Baixa na prefeitura e no estado
É preciso checar todos os impostos que são pagos pela sua empresa. E nos casos onde há contribuições municipais, é necessário pedir a secretaria de finanças a baixa do banco de dados da prefeitura.
- Junta comercial
Outro procedimento que deve ser feito na junta comercial é o pedido de arquivamento de atos de extinção da pessoa jurídica. Aqui, será preciso reunir vários documentos que possam comprovar a quitação de vários tributos e contribuições obrigatórias.
A taxa cobrada terá variação de acordo com cada estado e o prazo para que seja efetivado será variável.
- Baixa no CNPJ
A lista finaliza quando há baixa do CNPJ. E para que se possa fazer esta etapa, é preciso que se utiliza o programa Coletor Nacional de Dados. Assim, o sistema geral uma solicitação para cancelamento de CNPJ e o DBE, que tem que ser assinado e entregue no local indicado pelo sistema.
Quanto tempo demora para encerrar uma empresa em 2022?
O fechamento de uma empresa pode ser considerado complexo e trabalhoso se a pessoa for parar para observar todos os processos burocráticos que existem.
Porém, ao longo dos anos foram surgindo maneiras mais eficientes de poder realizar o fechamento de empresas. Hoje em dia, é possível realizar o fechamento de uma empresa em apenas um dia.
Basta ir a Junta Comercial. Assim, o distrato social acaba saindo junto com o CNPJ já em baixa e sem nenhuma necessidade de ter que apresentar certidões negativas de débito de tributos, dentre outros.
Quanto custa encerrar uma empresa?
Em geral, para que se possa fechar uma empresa é preciso apenas realizar as etapas que mencionamos acima. Algumas pendências no meio do caminho podem surgir, e nesse caso, o ideal é que sejam resolvidas rapidamente para que a ação não leve tempo demais.
O processo inteiro de baixa da empresa leva um certo tempo e alguns custos, por isso é fundamental poder contar com profissionais que saibam te ajudar nesse caminho, principalmente os de contabilidade online.
Por meio de profissionais experientes, problemas podem ser antecipados e solucionados com maior facilidade.
Conclusão
Vimos então como é simples fechar empresa 2022 e quais as questões principais que você deve se atentar. Seja lá qual for o seu motivo para isso, conte sempre com profissionais que já atuem com essas questões.
Assim, se você tiver pressa, poderá ter a resolução de suas questões em um tempo menor do que o esperado. Gostou desse conteúdo? Então deixe seu comentário abaixo e compartilhe-o com mais pessoas.
Estilo de vida saudável é fundamental para prevenir e controlar diabetes
Doença acomete mais de 13 milhões de pessoas no Brasil e pode ter diversas causas
Quem nunca ouviu que exagerar no açúcar pode causar diabetes? Ainda que o consumo desordenado de doces ou refrigerantes esteja, de certa forma, associado à doença, não é esse o fator decisivo para seu surgimento.
“Diabetes é uma doença crônica, não transmissível, causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que tem a função de quebrar as moléculas de glicose, transformando-as em energia no organismo”, explica Hiana Lampier Pinto, supervisora de nutrição da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviços home care do Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas vivem com a enfermidade, o que representa quase 7% da população do país.
A doença é classificada pelos tipos 1 e 2. O primeiro caso, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil, é caracterizado pela pouca ou nenhuma quantidade de insulina liberada para o corpo, concentrando altos níveis de glicose no sangue. Definido como hereditário, manifesta-se, em sua maior parte, nos períodos de infância e adolescência, podendo ser diagnosticado também em adultos.
O tipo 2, que ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, resulta da resistência à insulina. Pelo fato de o corpo não aproveitar adequadamente a insulina produzida – ou pela produção insuficiente –, ocorre a dificuldade de controle das taxas de glicose do sangue.
“A causa está relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, pressão alta e hábitos alimentares inadequados”, afirma Hiana.
Além desses dois tipos, destaca-se também a diabetes gestacional, quando há aumento do nível de glicose no sangue durante a gravidez, e o pré-diabetes, descrito quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico da doença. Ainda assim, 50% dos pacientes que têm esse último diagnóstico desenvolvem diabetes, mesmo seguindo as orientações adequadas. Nesses casos, obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco.
Alimentação e estilo de vida como aliados
Uma vez que a diabetes é desenvolvida, não é possível reverter o quadro, pois, infelizmente, a doença não tem curso. Por outro lado, além de realizar exames regularmente, manter uma rotina saudável, sobretudo quanto à alimentação, torna-se um grande aliado na prevenção e controle da enfermidade.
“Um estilo de vida adequado reflete positivamente no tratamento do diabetes, bem como na sua prevenção”, ressalta a especialista. “O menor consumo de alimentos ricos em carboidratos simples, melhor qualidade dos alimentos ingeridos, maior controle no consumo de açúcares e a prática de exercícios físicos regulares ajudam a baixar e controlar as taxas de glicemia. Assim, com o gasto energético proporcionado pela atividade física regular, o organismo utiliza o açúcar do sangue em maior velocidade”, pontua a supervisora de nutrição da Lar e Saúde.
Entre os alimentos recomendados para consumo diário, estão as verduras e legumes – preferencialmente crus, já que, nessa condição, possuem mais fibras e contribuem para a redução dos níveis glicêmicos – e frutas, de acordo com as quantidades recomendadas.
Além disso, deve-se evitar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, uma vez que possuem grande quantidade de gorduras, sal, açúcar e outros componentes químicos.
“Em geral, a dieta de uma pessoa com diabetes deve ser a mesma que a de toda a população. Isso porque o fato de pessoas obesas, por exemplo, terem maior predisposição à doença não impede que aqueles que têm uma alimentação ruim, somada a outros fatores, também tenham a doença”, explica Hiana.
Desta forma, de acordo com a nutricionista, ter um hábito alimentar saudável, variado e em quantidades adequadas é capaz de suprir aquilo que o organismo precisa. Além disso, manter uma rotina de exercícios – ao menos 30 minutos por dia –, manter o peso controlado e evitar o uso de tabaco e álcool também são atitudes fundamentais para o controle e prevenção de diabetes.
Atenção aos sintomas
Os principais sintomas das diabetes são fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. Além disso, no tipo 1, perda de peso, fadiga, mudanças de humor, náuseas e vômito são alguns indícios. Já no tipo 2, formigamento nos pés e nas mãos, infecções frequentes na bexiga, rins ou pele e visão embaçada são sintomas de alerta.
Dr. Tadeu recebe a governadora Fátima Bezerra para a inauguração da Casa do Artesão do Seridó em Caicó e os dois aproveitam para falar sobre segurança pública
O prefeito, Dr. Tadeu acompanhou, ao lado da governadora Fátima Bezerra, no final da tarde desta sexta-feira (25), o evento de inauguração da Casa do Artesão do Seridó Raimunda Cícera da Conceição, em Caicó.
Com o prédio, uma das mais importantes atividades na geração de emprego e renda no Seridó, o artesanato ganha espaço próprio de exposição e comercialização.
O espaço recebe o nome de uma expoente ceramista paraibana, radicada em Caicó e falecida em 2018, Raimunda Cícero da Conceição
O Seridó se destaca no contexto potiguar do artesanato pela sua importância econômica e cultural. A participação econômica do setor artesanal é maior no Seridó do que em qualquer outra região do Rio Grande do Norte. “Mas faltava à região um espaço adequado para o fomento da atividade. O Seridó congrega a maior diversidade de tipologias de artesanato do Rio Grande do Norte e Caicó é conhecida nacionalmente como a capital mundial do bordado, da renda e, também, é conhecida pela variedade do seu artesanato, seja de louça, de tecido e etc. A casa do artesanato vai propiciar às pessoas, acharem com facilidade o nosso artesanato”, destacou o prefeito de Caicó, Dr. Tadeu.
O prefeito Dr. Tadeu disse ainda que por ocasião da vinda da governadora Fátima Bezerra à Caicó, aproveitou para fazer cobranças em favor da segurança pública e da saúde.
“Esperamos que as respostas sejam dadas e que a cidade volte a sua normalidade”, disse.
Como a não preocupação do brasileiro com a corrupção pode afetar as eleições de 2022.
As pesquisas de intenção de voto na eleição presidencial sugerem que a polêmica deste ano deve ser acirrada, mas é bem diferente dos últimos anos: o nível de preocupação com a corrupção entre os brasileiros. Depois que as revelações da lavagem de carros provocaram turbulência política, especialmente entre 2014 e 2018, algumas instituições mostraram uma tendência de os eleitores não verem mais a corrupção como um grande problema no Brasil.
A pesquisa que mostra que a corrupção caiu no ranking das principais perguntas dos eleitores foi baseada em entrevistas que fizeram essencialmente a mesma pergunta: Qual é o principal problema do país? Eles são projetados para determinar a seriedade com que os entrevistados atribuem a determinados tópicos.
Para o jornalista, publicitário e especialista em marketing e análise política, Janiel Kempers, a corrupção não se tornou uma grande preocupação para os brasileiros, ficando atrás de outros temas como educação e saúde. “ A corrupção acabou se tornando algo tão saturado que foi “normalizada” por grande maioria dos eleitores brasileiros, causando preocupação, principalmente pelo fato de que os motivos pelo qual o cidadão decide seu voto, acabaram se tornando questões pífias”, afirma.
Isso mudou, porém, com o advento da Operação Lava Jato, quando a questão assumiu a liderança e voltou a declinar a partir de um período em que as operações começaram a declinar em 2018. Os dados do Datafolha mostram esse fenômeno. Em 2011, a corrupção ficou em sexto lugar entre os principais problemas do país, respondendo por apenas 3%.
Na época, a saúde reinava suprema. De junho de 2013 a dezembro de 2014, o tema ficou em terceiro lugar. A mudança ocorreu em um cenário de protestos em 2013 e das primeiras revelações da Operação Lava Jato que eclodiu no ano seguinte. Na época, a investigação revelou esquemas corruptos de empresas estatais como a Petrobras, bem como o envolvimento de agentes políticos de todos os lados. De acordo com o Datafolha, o tema continuou crescendo em importância e foi identificado como o maior problema do país em novembro de 2015.
Em março de 2016, às vésperas do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), 37% dos brasileiros citaram a corrupção como a maior preocupação do país. Até dezembro de 2018, o tema oscilava entre o primeiro e o segundo lugar. Desde então, iniciou sua trajetória descendente.
O tema caiu no ranking do presidente Jair Bolsonaro (PL) até dezembro de 2021, quando apenas 4% dos entrevistados acreditavam que o principal problema do Brasil era a corrupção. A saúde é a líder, com 24%. Em 2018, o tema caiu para o segundo lugar, respondendo por 15,7%.
Em 2020, a pesquisa mais recente, o tema voltou ao quarto lugar com 6,1%, abaixo do percentual de 2011. A última pesquisa de outro pesquisador, o Ipespe, reforça a ideia de que a corrupção não será a principal preocupação dos eleitores de hoje.Segundo o levantamento de novembro de 2021, o assunto estava em sexto lugar na lista dos temas mais importantes a serem tratados pelo próximo presidente, com apenas 5%.
Janiel Kempers, explica os principais motivos por essa queda. “ Devemos entender que essa despreocupação com a corrupção no país, não é porque a corrupção diminuiu, o que acontece é que outros temas detém uma importância maior, naturalmente temas como corrupção acabam se saturando, principalmente em ver que apesar dos trabalhos de combate [a corrupção] como foi a lava jato, não houve avanços reais para o país”, pontua.
Abramge promove web aula sobre nova linha de cuidado para sobrepeso e obesidade
No dia 30 de março, às 19 horas, o evento explicará como os beneficiários de planos de saúde podem usufruir deste tratamento
A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) promove a web aula “Implementação de linha cuidado para sobrepeso e obesidade, incluindo assistência multidisciplinar e farmacêutica, para os beneficiários do plano de saúde”, no dia 30 de março às 19 horas. O evento terá como premissa a importância da assistência multidisciplinar e farmacêutica no processo de emagrecimento e contará com o apoio da farmacêutica Novo Nordisk.
Conforme dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o sobrepeso está presente na vida de mais de 96 milhões de brasileiros, cenário agravado com a pandemia. Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça essa tendência, estimando que, em 2025, cerca de 700 milhões de adultos no mundo estarão obesos e que 2,3 milhões pesarão acima do seu peso ideal.
A aula contará com a participação dos palestrantes Dr. João Paulo Reis Neto, cardiologista, clínico geral e presidente da CAPESESP, e Dra. Juliana Martinho Busch, diretora de Previdência e Assistência da CAPESESP. A iniciativa será moderada pelo superintendente médico da Abramge, Cássio Ide Alves.
As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis.
Sobre a Abramge
A Abramge é uma entidade sem fins lucrativos que representa institucionalmente as empresas privadas de assistência à saúde do segmento de Medicina de Grupo, junto aos órgãos federais, estaduais e municipais, em atuação no território nacional. Atualmente, a entidade possui 142 operadoras associadas, presentes em 20 unidades federativas do País, e somadas cobrem 24 milhões de beneficiários, ou seja, 31,6% dos mais de 70 milhões de clientes da saúde suplementar brasileira, entre planos médico-hospitalares e odontológicos. O chamado Sistema Abramge engloba ainda o Sindicato das Empresas de Medicina de Grupo (Sinamge), a Associação Brasileira de Planos Odontológicos (Sinog) e a Universidade Corporativa Abramge (UCA).
Sindicalista com estabilidade é demitido por toque indevido em colega de trabalho
A 10ª Vara do Trabalho de Natal (RN) autorizou a demissão por justa causa de dirigente sindical que deu um tapa nas nádegas de uma colega de trabalho.
Como o sindicalista tem estabilidade, a Potiguar Veículos Ltda. ajuizou um inquérito judicial para permitir a demissão por justa causa. Isso porque, de acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave após apuração em inquérito judicial.
A empregada vítima do assédio revelou que foi atingida com uma tapa nas nádegas, desferida pelo sindicalista, que ainda lhe disse: “Calça nova?”. Para a vítima, o dirigente sindical se aproveitou do momento em que ela estava ajeitando sua roupa e o ato teve sim “cunho sexual”.
Já o acusado do assédio alegou que “não apalpou as nádegas da funcionária”, que “apenas tocou em sua perna (quadril) sem malícia ou cunho sexual e fez uma brincadeira, talvez de ‘mau gosto’”.
A Juíza Symeia Simiao da Rocha destacou um vídeo, feito pelas câmeras no local do trabalho, mostrando o toque do sindicalista na colega.
Além disso, um das testemunhas do processo afirmou que houve uma ocasião em que o dirigente sindical disse que ela era muito bonita e que, no lugar dela, abriria uma conta no site Only fans (site onde se posta fotos e vídeos íntimos). Outra disse que “ouviu comentários sobre brincadeiras de cunho sexual” do acusado com funcionárias. De acordo com esses comentários, ele gostava de “abraçar e brincar com as meninas”.
Para a juíza, a defesa do dirigente sindical de que “apenas ‘tocou’ no quadril não lhe socorre, eis que também seria um toque indesejado”. Ela ressaltou ainda que “ao menos duas testemunhas ouvidas indicaram que foram constrangidas em razão de comportamento de cunho sexual” do sindicalista.
“Este Juízo está convencido da gravidade dos fatos e da quebra do liame de confiança existente entre empregador e empregado, tornando impraticável a manutenção do vínculo empregatício”, concluiu a magistrada ao autorizar a demissão por justa causa.
Turismo gastronômico: um modo original de experimentar o Brasil
Aluísio Goulart Silva, analista da Embrapa Alimentos e Territórios
Ana Paula Jacques, pesquisadora e professora de gastronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB)
Há pouco mais de dois anos, a pandemia da Covid-19 interrompeu uma década de crescimento do turismo global. Em 2020, o número de chegadas internacionais retrocedeu aos patamares de 1990, com menos de 1 bilhão de turistas viajando pelo mundo, e gerando perdas econômicas estimadas de US$ 2 trilhões em receitas internacionais.
O impacto sem precedentes da Covid-19, não só sobre a economia e o turismo, mas também sobre o cotidiano das pessoas, despertou o interesse crescente pela busca de novas experiências associadas a áreas naturais e rurais, ao ar livre, longe de aglomerações. Hoje, com a flexibilização dos protocolos transfronteiriços e do aumento das taxas de vacinação em diversos países, o setor de turismo ensaia sua recuperação.
O setor é alavancado justamente pelo crescimento do número de viagens domésticas e pela demanda por destinos próximos que se mostram seguros e vinculados à ideia de saúde e bem-estar, sobretudo quando possuem vínculo com a natureza, conexão valorizada pelo público urbano, cada vez mais preocupado com o meio ambiente e com a valorização dos produtos da biodiversidade. Nisso, os espaços rurais têm se destacado, na medida em que são relacionados a esses quesitos.
Aliás, o “novo” turista não quer apenas ser um observador da ruralidade e, sim, participar e viver experiências únicas. Sem dúvida, a reaproximação entre turistas e o meio rural, incluindo aqui agricultores familiares, agroextrativistas, comunidades tradicionais e mestres de ofício, permite fazer re(conexões) afetivas, além de agregar, aos produtos do campo, novos valores (saudabilidade, sustentabilidade, entre outros).
A gastronomia, que, nas últimas décadas, se converteu na terceira principal motivação de viagens no mundo, entra nesse cenário como um importante elemento aglutinador, mostrando que as relações entre o campo e a mesa vão além do prato degustado no restaurante. O turismo gastronômico dá ao turista a possibilidade de experimentar não só a gastronomia local, mas de mergulhar na história, na tradição, no território.
A associação entre turismo e gastronomia abre oportunidades de incrementar o portfólio de destinos turísticos das diversas regiões brasileiras com alternativas de criação de roteiros que valorizam as paisagens agroalimentares e tudo o que delas faz parte, o patrimônio natural, cultural, alimentar e agrícola.
E o Brasil, que já é uma potência agroalimentar, pode ser, cada vez mais, um importante destino de turismo gastronômico. Nossa gastronomia, inclusive, já é um dos itens mais bem avaliados pelos turistas estrangeiros que nos visitam. Dispomos de uma rica diversidade de ingredientes e produtos agroalimentares dos diversos biomas, que levam consigo suas próprias identidades respaldadas na autenticidade dos produtores artesanais, nas práticas e hábitos tradicionais, capazes de provocar experiências sensoriais incomparáveis. É isso que o turista da atualidade busca, experiências mais autênticas que possibilitem um maior envolvimento com as comunidades locais, com a cultura e tradição dos anfitriões.
Para a consolidação do turismo gastronômico no Brasil torna-se fundamental contar com políticas públicas efetivas e construídas de forma participativa, refletindo as premissas da descentralização, da escuta ativa e da mobilização dos atores públicos e privados que atuam no turismo e na gastronomia em seus territórios. A primeira política pública específica para este segmento do turismo, liderada pelo Ministério do Turismo, conta, entre outras, com a parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) para execução do projeto intitulado “Prospectivas para o Turismo Gastronômico no Brasil”.
Um dos objetivos deste projeto, coordenado pelo IFB, é fomentar a pesquisa em turismo gastronômico e consolidar o Brasil como destino turístico por meio da gastronomia. Diversas instituições e especialistas de todas as regiões brasileiras participam das etapas de construção dos pilares dessa política pública, como a Embrapa Alimentos e Territórios, o mais novo centro de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária dedicado à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação, voltados à valorização dos produtos agroalimentares brasileiros.
Os primeiros resultados desse processo poderão ser conhecidos na próxima semana, durante o I Seminário Internacional de Turismo Gastronômico que será realizado em Paraty (RJ), cidade que, além de ser o primeiro sítio de patrimônio misto do Brasil, integra, desde 2017, a rede de cidades criativas da Unesco na categoria gastronomia. Na ocasião, cerca de 30 expoentes do turismo e da gastronomia, nacionais e internacionais, se reúnem para debater diversos temas relacionados ao turismo gastronômico. Também haverá apresentação do Programa Nacional de Turismo Gastronômico e outras iniciativas de fomento a esse segmento no Brasil que vêm sendo lideradas pelo Ministério do Turismo. Toda a programação do seminário será transmitida ao vivo pela TV IFB no YouTube, gratuitamente.
É tempo de pegar suas malas e tomar gosto pelo Brasil!
Serviço:
Projeto Roteiros Turísticos em Paisagens Alimentares do Nordeste Brasileiro
Coordenador: Aluísio Goulart Silva – Embrapa Alimentos e Territórios.
Projeto Prospectivas para o Turismo Gastronômico no Brasil
Coordenadora: Ana Paula Jacques (pesquisadora e professora de gastronomia do IFB)
www.projetoturismogastronomico.com / projetoturismogastronomico@ifb.edu.br
I Seminário Internacional de Turismo Gastronômico
27 de março de 2022
Das 17h30 às 19h – Abertura Oficial
Transmissão ao vivo pelo YouTube do Ministério do Turismo
28 e 29 de março de 2022
Confira os palestrantes convidados e a programação técnica-científica completa no site: www.projetoturismogastronomico.com/o-evento
Transmissão ao vivo pela TV IFB no YouTube
Entenda sobre as fontes de energia utilizadas no Brasil atualmente
Saiba sobre energia renovável e quais as suas vantagens e desvantagens
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De acordo com dados fornecidos pelo Ministério de Minas e Energia, em 2021, no Brasil, foi constatado que 50% da energia utilizada vem de fontes de energia renovável. O que significa que as usinas hidrelétricas, a energia eólica e a energia solar são os recursos naturais mais usados no país. De acordo com estudo feito pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), existem em torno de 875 estações geradoras de energia por meio da força hídrica no país, dentre elas estão as hidrelétricas, centrais geradoras e pequenas centrais, tornando o Brasil o terceiro país no mundo com capacidade de energia renovável.
Mas afinal, o que é energia renovável?
Uma fonte energética não renovável é aquela onde os recursos são escassos, como o petróleo ou o carvão por exemplo. Logo, quando podemos utilizar elementos geradores de energia inesgotáveis na natureza, como o sol ou os ventos, temos uma fonte de energia renovável.
Outros exemplos são:
- Energia oceânica;
- Energia geotérmica;
- Energia hídrica.
Energia solar
No caso da energia solar, ela é considerada uma fonte limpa, renovável e sustentável, podendo ser captada por dois sistemas: fotovoltaica (FV), que é um sistema fotovoltaico instalado em cima dos telhados das residências ou prédios para a captação de energia solar, transformando-a em eletricidade, através de células fotovoltaicas, e a outra forma é pela energia solar térmica, com a qual o sistema capta a energia do sol e a converte em energia térmica; neste caso, a maioria dos sistemas instalados utilizam este recurso para o aquecimento de água.
Energia oceânica
A energia oceânica é uma fonte vinda do mar, podendo ser obtida através de energia das ondas, energia das marés e também energia térmica oceânica – cada uma tem uma função para captação, desde os movimentos das ondas até a temperatura das águas mais profundas em contato com as águas mais superficiais. No Brasil, existe uma estrutura instalada e localizada no Rio de Janeiro, que tem capacidade de gerar em torno de 50 kilowatts.
Energia geotérmica
A energia geotérmica é provinda do calor da terra, e promove energia para aquecimento principalmente de indústrias. Pode ser extraída por perfurações na terra ou reservas no subsolo, como é o caso de Goiás, no Centro-Oeste do país, onde existem as águas termais, que mantêm as piscinas naturais aquecidas, porém, no Brasil, não se utiliza este tipo de recurso para gerar energia renovável.
Energia hídrica
A energia hídrica é a mais utilizada no Brasil, chegando em torno de 70% da energia produzida no país. O sistema das hidrelétricas funciona através da força da água, que, com a pressão atingida, aciona um gerador que a converte em energia elétrica.
Energia eólica
A energia eólica é gerada pelo vento, considerada também uma energia renovável. As turbinas eólicas captam o vento e o transformam em energia elétrica – tem ganhado espaço no Brasil pela sua potência, além de ser sustentável.
Quais as vantagens e desvantagens ao se utilizar uma fonte de energia renovável?
As vantagens da captação de energias renováveis é que existe um baixo impacto ambiental, comparado aos combustíveis fósseis, como é o caso de petróleo, carvão e gás. São fontes inesgotáveis de energia, e permitem a criação de novos empregos e melhor qualidade de vida, por conta do CO2. Geram autonomia em relação à energia para um país que produz a própria energia, não dependendo dos demais países para importar, entre outras vantagens. Porém existem pequenas desvantagens ao aderir ao sistema de captação de energias renováveis, e o fator principal é o custo elevado para a instalação dessas obras e infraestruturas.
Energia renovável é um tema que deve ser discutido e aprendido, pois impacta na vida de toda a população, afinal, se trata de meio ambiente, sustentabilidade e fontes de renda, assuntos que devem ser amplamente discutidos em sociedade. Além disso, é comumente abordado em concursos, vestibulares e também no Enem.
Como integrar novos funcionários e fazer com que se sintam parte da empresa?
Todos devem fazer parte da recepção de um novo colaborador, desde gestores até membros da equipe, para que a transição seja agradável e eficaz
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Independentemente do ramo de atuação, a contratação de novos funcionários é uma das atividades principais de uma empresa. Após a realização de todos os trâmites de recrutamento, é importante dedicar-se à recepção do colaborador escolhido, para que ele se sinta acolhido e bem-vindo ao espaço da empresa, para desempenhar as funções que lhe forem designadas. Quando a integração é feita de forma adequada e prestativa, a transição do novo integrante do quadro é muito mais produtiva, conferindo ganhos para toda a equipe e para os resultados da organização. Confira algumas dicas de como facilitar essa integração e fazer com que o colaborador se sinta parte da empresa.
O início em um novo emprego pode ser bastante estressante para o profissional se a empresa não investir em sua integração com o resto da organização. Por se tratar de uma experiência nova em um ambiente desconhecido, é imprescindível que a empresa se dedique a transformar essa experiência na mais confortável possível. Para que o profissional a ser incorporado tenha uma boa experiência, é preciso envolvimento dos gestores e de toda a equipe da empresa.
Em um primeiro momento, o mais importante é apresentar a empresa, suas metas, missões e valores. O profissional provavelmente já pesquisou esse tipo de informação em casa para se preparar para o processo seletivo. No entanto, é importante que ele receba essas informações diretamente da empresa, após a efetivação de seu contrato, de modo que seja inteirado das políticas da organização e o que se espera de sua atuação daquele momento em diante.
Além disso, é importante que alguém se ocupe de realizar um tour pela empresa com o novo trabalhador, para que ele entenda como a empresa é organizada fisicamente, quais são os diferentes setores que fazem parte dela, as principais atividades de cada um desses departamentos, ser apresentado a essas equipes, qual é a hierarquia e estrutura organizacional da empresa e também conheça os espaços que tem acesso, como cozinha, sala de descanso, banheiros, entre outros.
Outra prática de extrema importância é apresentar as formas de avaliação da empresa. Novos funcionários devem estar a par de como é feito o acompanhamento de suas tarefas, e quais são os parâmetros utilizados para avaliar seu desempenho. Dessa forma, ele se sentirá incentivado a dar o seu melhor, e, desde o início, irá se familiarizar com os critérios que deve obedecer para mostrar suas habilidades. Além disso, nesse momento, é importante mostrar que os funcionários recebem incentivos para se superar, e que são apreciados quando atingem as metas combinadas, com reconhecimento, bônus ou prêmios.
Uma ideia interessante para recepcionar um novo funcionário é fornecer um kit com brindes de boas-vindas a ele. É possível fazer parceria com alguma empresa para desenvolver uma camiseta personalizada da empresa, uma caneca customizada ou até presentear um porta-retrato, de forma que ele se sinta incentivado e livre para decorar a sua mesa de trabalho com os itens e as fotos que gosta, e, consequentemente, lembre que a instituição e todo o staff estão felizes de tê-lo como colega.
Professora da UFRN cria projeto sobre dignidade menstrual
Rayssa Vitorino – Agecom/UFRN
Foto: Projeto Menstruantes
O projeto intitulado Mulheres em rede: dignidade menstrual e meio ambiente tem o objetivo de incentivar a discussão do uso de absorventes ecológicos por mulheres da cidade de Currais Novos e inserir as costureiras locais na produção desses materiais, que serão distribuídos às moradoras do município. A ação é coordenada pela professora Letícia Carvalho, da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais do Seridó (FELCS). Com a realização de rodas de conversas em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres do Seridó e com as mulheres da comunidade, as palestras vão abordar temáticas como: dignidade menstrual, autoconhecimento e impacto ambiental. As discussões, que ocorrerão na Felcs e nas comunidades, terão o apoio de enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais para acompanhar as participantes. Leia mais.
Epidemia, pandemia, endemia. O que esses termos significam?
* Por Sandra Gomes de Barros
Da noite para o dia, no início de 2020, a palavra “pandemia” se tornou parte do nosso cotidiano. Muitas pessoas nem conheciam este termo. Após dois anos de Covid-19 no mundo, hoje chegamos a um ponto no qual começa-se a discutir, em todo o planeta, uma nova categorização da pandemia para endemia. Vale, então, sabermos o que cada definição dessas, epidemia, pandemia e endemia, significa.
Uma epidemia é caracterizada pelo aumento de casos de uma doença específica em determinados locais geográficos ou comunidades, e que vão se espalhando para outras localidades além daquela em que foram identificados inicialmente. Um exemplo histórico e assustador de epidemia foi a rápida disseminação do ebola, na África, em 2013 – embora haja diversos casos de doenças com letalidade bem mais baixa que também foram, em algum momento, uma epidemia, como a do H1N1, que ocorreu no Brasil em 2009.
Muitos fatores podem causar o surgimento de epidemias, como hábitos de higiene precários, hábitos alimentares pouco saudáveis, falta de saneamento básico, poluição, estresse e mutações genéticas.
Como uma epidemia se transforma em uma pandemia?
Quando a epidemia extrapola fronteiras geográficas rapidamente, atingindo pessoas que não possuem imunidade a ela e se disseminando sem controle. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, três pontos são considerados essenciais para se classificar uma pandemia:
1) o aparecimento de uma nova doença;
2) uma infecção em humanos que ainda não têm resistência imunológica à doença;
3) a disseminação rápida e descontrolada. Resumindo, uma enfermidade se torna pandêmica quando atinge diversos países ou continentes, afetando assim muitas pessoas.
No caso da SARS-CoV-2, os primeiros casos registrados surgiram no fim de 2019 na cidade de Wuhan, na China. Em março de 2020, o vírus já havia se disseminado globalmente, levando a OMS a declarar a pandemia. Um outro exemplo bem conhecido de situação pandêmica é a gripe espanhola, que se disseminou globalmente principalmente devido à movimentação de tropas durante a 1ª Guerra Mundial, afetando o mundo todo em 1918 e matando entre 30 e 50 milhões de pessoas.
Porém, a grande dúvida que paira sobre a comunidade médica global, hoje, é: chegamos ao momento de recategorizar a Covid-19 de pandemia para endemia?
Uma endemia existe quando uma doença recorrente permanece criando novos casos em uma determinada região, mas sem um aumento significativo no número total de ocorrências e com controle, por parte da saúde pública, da situação. A dengue, por exemplo, é um caso atual de endemia no Brasil.
Dizer, portanto, que uma doença tornou-se endêmica tem relação direta com o controle no número de casos, que deve permanecer em um nível pré-determinado (e que varia de doença para doença), redução de óbitos e uma alta taxa de imunização da população no caso de enfermidades causadas por vírus. Já existe uma discussão sobre se a Covid-19 se tornará uma endemia, mas, para que isso aconteça, é necessário que muitas pessoas estejam protegidas contra o vírus, e o melhor caminho para isso é a vacinação.
Infelizmente, a vacinação em massa ainda não é a realidade de todos os países que sofrem com a Covid-19. Somente o aumento nos níveis vacinais, principalmente no continente africano e em regiões da Ásia, cessará a propagação do vírus e o surgimento de novas variantes, o que, consequentemente, reduzirá os números de hospitalizados e mortos.
Desta forma, cada país terá o seu tempo para se livrar da Covid-19, e somente aí o mundo sairá da situação pandêmica, passando gradativamente para um cenário de endemia. Pois já sabemos que o vírus, assim como o causador da gripe espanhola, o H1N1, não irá sumir. Mas se continuarmos com cuidados contra a disseminação, algumas restrições sociais e imunização de cada vez mais pessoas, chegaremos a um momento no qual a Covid-19 se tornará uma endemia. Conviveremos com a doença ainda por muito tempo, mas já temos vacinas e tratamentos, o que reduz significativamente sua potência letal.
Ainda é cedo para afirmar, com certeza, que veremos o coronavírus tornar-se endêmico. Mas nós, profissionais da saúde, acreditamos que essa mudança é o resultado de um esforço coletivo que ainda está longe de terminar.
* Sandra Gomes de Barros é infectologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.
Prefeitura lança campanha para uso do Imposto de Renda em programas sociais
Na manhã desta terça-feira (22), a Prefeitura do Assú, através da Secretaria de Assistência Social, Trabalho Cidadania e Habitação, lançou a campanha “Declaração Feita com o Coração”. A ideia é que a população assuense use a destinação de parte do saldo devedor do Imposto de Renda (IR), pessoa física e jurídica, para programas sociais da cidade.
O objetivo da campanha é capitalizar o saldo devedor do IR para uso na gestão estratégica dos Conselhos Municipais (CMDCA e CMDI), o qual será utilizado em programas de apoio à criança, adolescente e pessoa idosa. A destinação do saldo devedor não gera custo ao contribuinte, que ainda poderá ajudar no bom desenvolvimento das ações amparadas pela lei fiscal.
É importante destacar que apenas pessoas físicas que possuem saldo devedor e realizam a declaração no formulário completo podem destinar parte do valor para os conselhos municipais. Já em relação à pessoa jurídica, a regra serve apenas para as empresas que operam no lucro real. Dessa maneira, é possível colaborar para que Assú siga sendo um município que exerce proteção integral de crianças, adolescentes e pessoas idosas.
Estiveram presentes no lançamento da campanha o prefeito Gustavo Soares e a vice-prefeita Fabielle Bezerra, Kécia Maia (secretária de assistência), João Valério (psicólogo), Ana Raquel (presidenta do CMDCA), Jaqueline Câmara (representando os contadores), Larissa Tavares (presidenta do conselho municipal da pessoa idosa) e diversos profissionais em contabilidade.
Jovens têm menos interesse em registrar título de eleitor, diz pesquisa
Karen Sousa – Agecom/UFRN
Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN
Entre os dias 14 e 18 de março, na Semana do Jovem Eleitor, aconteceu a campanha #RolêDasEleições com a finalidade de incentivar pessoas com 16 e 17 anos a registrar o título de eleitor. Até o dia 4 de maio é preciso que os eleitores regularizem a situação no cartório eleitoral. No caso dos jovens, é necessário tirar o título antes, mas o engajamento das pessoas dessa faixa etária foi o mais baixo da história. Segundo análise do Observatório do Nordeste para Análise Sociodemográfica (ONAS), do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (DDCA) da UFRN, foram percebidas modificações na estrutura etária no Brasil, incluindo o Rio Grande do Norte, revelando a diminuição na quantidade de jovens no país. Leia mais.
ATIVIDADE FÍSICA: Cresce número de brasileiros que fazem exercícios
O percentual de brasileiros que fazem exercício no seu tempo livre aumentou entre os anos de 2009 e 2020, variando de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020. Os dados são da pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2020, do Ministério da Saúde.
A OMS recomenda a prática de ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos por semana com intensidade vigorosa. No mundo, 23% dos adultos não atingem essas recomendações.
No Brasil , a frequência de adultos com prática insuficiente de atividade física se manteve estável no período entre 2013 e 2020, variando de 49,4%, em 2013, a 47,2% em 2020.
O estudo classifica como fisicamente inativos todos os indivíduos que referem não ter praticado qualquer atividade física no tempo livre, nos últimos três meses, e que não realizam esforços físicos relevantes no trabalho, não se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta (fazendo um mínimo de 10 minutos por trajeto ou 20 minutos por dia) e que não participam da limpeza pesada de suas casas.
A frequência de adultos fisicamente inativos também se manteve estável no período entre 2009 e 2020, variando de 15,9%, em 2009, a 14,9% em 2020
Importância do acompanhamento
Segundo o especialista Doutor em Ciências do Movimento Humano, Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues, quanto mais se realiza, melhores são os resultados. Mas é sempre importante o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai conseguir prescrever adequadamente, respeitando a individualidade de cada pessoa.
“Além disso, dados semelhantes são observados na perspectiva de saúde cardiovascular, metabólica, perda de peso, manutenção de peso após a perda e saúde osteomioarticular (por exemplo, ossos e articulações). Ainda, as evidências vêm crescendo em todos os aspectos de saúde, com os parâmetros relacionados à saúde mental recebendo grande atenção ultimamente, como depressão, ansiedade e estresse”, ressalta.
Atividade física por UF
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior percentual de adultos que praticam atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos de
intensidade moderada por semana. O índice chega a 46,6%. Já São Paulo aparece com a menor taxa, 27,5%.
Adultos ativos por UF
Estados | 2009 | 2020 |
Aracajú | 30,1% | 44,4% |
Belém | 33,8% | 34,0% |
Belo Horizonte | 34,2% | 41,0% |
Boa Vista | 31,6% | 38,1% |
Campo Grande | 34,7% | 38,7% |
Cuiabá | 28,2% | 38,7% |
Curitiba | 31,9% | 43,7% |
Florianópolis | 40,9% | 45,4% |
Fortaleza | 31,1% | 45,2% |
Goiânia | 34,0% | 41,8% |
João Pessoa | 32,5% | 36,6% |
Macapá | 32,1% | 42,0% |
Maceió | 32,0% | 44,8% |
Manaus | 31,5% | 32,8% |
Natal | 31,0% | 45,2% |
Palmas | 32,8% | 45,2% |
Porto Alegre | 31,9% | 35,8% |
Porto Velho | 31,2% | 35,8% |
Recife | 29,6% | 36,3% |
Rio Branco | 28,4% | 36,9% |
Rio de Janeiro | 31,6% | 35,6% |
Salvador | 28,9% | 41,8% |
São Luís | 27,5% | 37,6% |
São Paulo | 24,6% | 27,5% |
Teresina | 28,3% | 40,1% |
Vitória | 38,1% | 45,0% |
Distrito Federal | 38,8% | 46,6% |
DCNT
Segundo a pasta, a pesquisa faz parte de uma série de estudos que serão disponibilizados entre os meses de março e traz panorama dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em torno de 71% das 57 milhões de mortes ocorridas globalmente foram ocasionadas pelas DCNT, em 2016. No Brasil, essas doenças são igualmente relevantes, sendo responsáveis, no mesmo ano, por 74% do total de mortes.
DCNT: 4 fatores de risco
- Consumo alimentar inadequado;
- Inatividade física;
- Tabagismo;
- Consumo abusivo de bebidas alcoólicas.
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Fonte: Brasil 61
DENGUE: 31% dos brasileiros acreditam que a doença deixou de existir durante a pandemia, mas Ministério da Saúde aponta aumento do número de casos em 2022
Levantamento aponta que 31% dos brasileiros acreditam que a dengue deixou de existir durante a pandemia. Apesar de 53% avaliarem que há risco de contágio, 22% deles afirmam que o risco diminuiu. Entre as razões, 28% dizem não ter ouvido mais falar em dengue. As informações são de uma pesquisa realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da biofarmacêutica Takeda, com coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Entretanto, o Ministério da Saúde aponta um aumento no número de casos de dengue em 2022. De acordo com o último Boletim Epidemiológico da pasta, até a semana epidemiológica 10, ocorreram 161.605 casos prováveis de dengue, um aumento de 43,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a infectologista da SBI Melissa Falcão, “o grande impacto das medidas de isolamento social e o medo gerado na população pela divulgação massiva do número diário de casos e mortes pela Covid-19 fizeram com que outras doenças perdessem a importância para a população. Fato que ocorreu não apenas para as arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, mas também para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes”.
A epidemiologista do InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Sara de Souza Oliveira afirma que os brasileiros convivem há muito tempo com a dengue, o que pode diminuir sua preocupação.
“As pessoas tendem a diminuir a preocupação que têm, justamente por observarem outras doenças surgindo, mais desconhecidas até então, e se sentirem mais ameaçadas por elas. Então, isso pode explicar a despreocupação do brasileiro neste momento atual com a dengue. Ele vive há muito tempo com ela e acha que o pior já passou.”
Melissa Falcão afirma que o aumento do número de casos de dengue em 2022 se deve a uma conjunção de fatores, entre eles a própria redução dos casos de Covid-19.
“Os fatores que podem também ter influenciado esse aumento das notificações foram a amenização da pandemia e a redução dos atendimentos nas unidades de saúde que fez com que os profissionais voltassem a dar mais atenção ao diagnóstico diferencial entre as doenças febris agudas, voltando a atenção para o diagnóstico de outros agravos à saúde.”
Outra razão para o aumento de casos, segundo a infectologista, é a despreocupação da população em relação à proteção contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
Dengue: sintomas, diagnóstico e tratamento
Novo inseticida traz esperança para controle da dengue
Informação sobre a dengue
A pesquisa também apontou dados preocupantes sobre a falta de conhecimentos básicos da população sobre a dengue: 8% desconhecem ou não lembram a forma exata de contágio e 4% mencionaram contato de pessoa para pessoa, o que é incorreto. Já picada de mosquito (76%) e água parada (24%) aparecem como as formas de contágio mais citadas entre os participantes do levantamento.
A infectologista da SBI Melissa Falcão explica como se dá o contágio.
“A transmissão da dengue ocorre pela picada da fêmea do Aedes aegypti ou Aedes Albopictus. A fêmea do mosquito se contamina ao picar pessoas infectadas na fase virêmica, ou seja, fase na qual o vírus circula no sangue, e a partir daí transmite o vírus ao picar outras pessoas. Após ser infectado, o mosquito fêmea será capaz de transmitir o vírus aos seus sucessores, o que faz com que a transmissão do vírus seja mantida por meio desses mosquitos.”
Melissa deixa claro que não há o contágio de pessoa para pessoa. “Pode acontecer [o contágio] em pessoas da mesma família, porque a presença de mosquitos infectados expõe a todos que vivem no mesmo ambiente ao risco de adquirirem dengue por meio da picada”.
Outro dado revelado pela pesquisa mostra que seis em cada dez brasileiros não sabem quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença, enquanto 16% acreditam que podem contrair um número ilimitado de vezes.
Rafael Felipe Martins, líder de logística em Brasília, comenta que não sabe quantas vezes é possível contrair dengue.
“Meu avô contraiu dengue em 2016 pela primeira vez. Nós ficamos bastante preocupados, porque ele ficou bem debilitado, mas depois se recuperou. Hoje ele toma mais cuidado com água parada, porque não sabemos quantas vezes ele pode pegar dengue de novo.”
Melissa Falcão explica que é possível contrair a dengue até quatro vezes.
“Existem quatro sorotipos de dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e cada um deles pode infectar as pessoas apenas uma vez, gerando imunidade permanente para aquele sorotipo. Sendo assim, cada pessoa pode adquirir dengue até quatro vezes, com maior risco de evoluir para uma dengue grave nas infecções subsequentes.”
Tratamento e Prevenção
A epidemiologista da Fiocruz Sara de Souza Oliveira explica como é feito o tratamento da dengue. “Atualmente o tratamento da dengue é feito por meio de manutenção dos sintomas e hidratação. Como a dengue é uma doença viral, não existe atualmente uma medicação para tratar. Nós temos que fornecer para o corpo condições para ele mesmo combater a doença.”
Segundo Sara, é preciso ficar atento aos sinais de dengue grave: “dores abdominais; dores fortes; sangramentos de qualquer natureza, por exemplo, sangramento nasal, sangramento auricular; mal-estar geral. [Se houver] esses sintomas, é necessário que a pessoa volte ao serviço de saúde para verificar se ela está desenvolvendo um quadro de dengue grave.”
No momento, não existe nenhuma vacina contra a dengue aprovada para a população. Portanto, segundo o Ministério da Saúde (MS), a melhor forma de prevenção é o controle do mosquito Aedes aegypti. A pasta recomenda reduzir a infestação de mosquitos por meio da eliminação de criadouros, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água parada totalmente cobertos com tampas, impedindo a postura de ovos do mosquito.
Além disso, o MS orienta a tomar medidas de proteção individual para evitar picadas do mosquito, especialmente em áreas de maior transmissão, como uso de repelentes, calças e camisas de manga comprida, mosquiteiro sobre a cama, tela em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.
Para outras informações sobre a prevenção e controle da dengue, acesse o Guia de Vigilância em Saúde.
Fonte: Brasil 61
DPE/RN realizará audiência pública para discutir o acesso à Justiça das pessoas em situação de rua
A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE/RN) irá realizar uma audiência pública para discutir a aplicação da Política Nacional de Atenção à Pessoa em Situação de Rua no âmbito do judiciário estadual. A audiência está marcada para o dia 25 de março, a partir das 10h, no miniauditório da Escola de Governo.
O evento é uma proposição do Núcleo Especializado em Defesa dos Grupos Sociais Vulneráveis (NUDEV) e o Núcleo de Assistência aos Presos Provisórios e seus Familiares (NUAP). A proposta dos núcleos é discutir com a sociedade as repercussões práticas e a aplicação, no Estado do Rio Grande do Norte, da Resolução 425/2021-CNJ, que instituiu no âmbito do Poder Judiciário a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades. O encontro dará ênfase ao tema no contexto de procedimentos criminais (ações penais e execuções penais).
Instituída em 2021 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Resolução 425/2021 estabelece a Política Nacional de Atenção à Pessoa em Situação de Rua que traz diretrizes ao poder judiciário com objetivo de assegurar o amplo acesso à justiça pelas pessoas em situação de rua.
PARTICIPAÇÃO
Por se tratar de uma audiência pública, o evento é aberto a participações espontâneas. Os interessados em enviar contribuições à discussão da matéria ou pedidos de esclarecimento, têm até às 12h do dia 24 de março para fazê-lo. As solicitações devem ser enviadas ao e-mail nudev@dpe.rn.def.br e conter a identificação do postulante. Durante a audiência, os convidados ainda poderão formular manifestação escrita ou oral com objetivo de trazer suas contribuições ao processo.
Oxigênio para o coração
Estudo aponta efeitos positivos da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de alterações cardíacas decorrentes da diabetes
Marcos Neves Jr – Agecom/UFRN
A oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento médico baseado no uso de oxigênio puro e pressurizado – Foto: Rafael Tavares |
Entre as várias complicações ocasionadas pela diabetes mellitus, a cardiomiopatia diabética é uma daquelas menos conhecidas pelas pessoas, muitas vezes silenciosa, porém merecedora de toda a atenção. Ao provocar alterações importantes no funcionamento normal do órgão, bem como mudanças de formato, a condição pode, com o passar do tempo, levar a uma insuficiência cardíaca.
Na busca por meios de combater esse prejuízo funcional no coração, um estudo conduzido por pesquisadores da UFRN e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) vem buscando respostas sobre os mecanismos de ação de um tratamento médico conhecido por Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB). Em artigo publicado no periódico Life Sciences, os cientistas apontaram os efeitos positivos dessa terapia. Aplicada em modelos animais nesta etapa das pesquisas, a oxigenoterapia hiperbárica exerceu efeitos cardioprotetores, ou seja, preveniu a fibrose, a hipertrofia heterogênea das células cardíacas e outras alterações indesejáveis provenientes da diabetes. Pela primeira vez na literatura foram investigadas a estrutura (morfologia) do coração e a expressão de substâncias cruciais para a sua chamada matriz extracelular. Em condições normais, há um equilíbrio entre a produção de proteínas colágenas e a sua degradação pelas enzimas metaloproteinases da matriz extracelular do coração. Essa harmonia, porém, é modificada com a diabetes, a qual altera moléculas, células, a própria estrutura e a função do coração, levando ao chamado remodelamento cardíaco — um processo contínuo de adaptação frente aos insultos causados pela doença. “A oxigenoterapia hiperbárica promoveu uma normalização dos danos da diabetes na matriz extracelular cardíaca”, afirma o professor e pesquisador do Departamento de Morfologia da UFRN, Bento João Abreu. Segundo o cientista, um dos autores do estudo, foram elucidadas vias de sinalização responsáveis por esses achados. “Isto é particularmente interessante, pois evidencia possíveis alvos terapêuticos para o tratamento da cardiomiopatia diabética”, ressalta. Mais tecnicamente, a OHB aumentou a produção gênica da metaloproteinase do tipo 2 e inibiu o aumento de TGF-beta 1 — diretamente ligada à formação da cardiomiopatia diabética — e a expressão de metaloproteinase do tipo 9. Também houve normalização das proteínas TNF-alfa (substância pró-fibrótica e pró-inflamatória na diabetes) e VEGF, fator de crescimento vascular endotelial importante para a microcirculação dos órgãos. “Neste trabalho experimental, nós fornecemos mais subsídios científicos para o uso da oxigenoterapia hiperbárica em pacientes com cardiomiopatia diabética, evidenciando, inclusive, seus mecanismos de ação. Obviamente, estudos clínicos a longo prazo com humanos são determinantes para se estabelecer seus reais efeitos”, explica o professor Bento. Oxigenoterapia hiperbárica Câmara utilizada em testes ao longo do estudo – Foto: Bento João Abreu Tratamento médico baseado no uso de oxigênio puro e pressurizado (entre 2,0 e 2,4 atmosferas de pressão), a oxigenoterapia hiperbárica já é aplicada a uma série de condições bem reconhecidas. Para citar algumas, doença descompressiva, embolias gasosas, pé diabético, infecções nas partes moles do corpo (celulite, fascite e miosite), grandes queimaduras, esmagamentos, danos teciduais extensos e infecções dos ossos (osteomielites) são casos nos quais a OHB é recomendada. Embora não seja uma terapia exatamente nova na medicina, a oxigenoterapia hiperbárica tem apresentado crescimento nos últimos anos. Seus mecanismos de ação, no entanto, ainda não estão bem elucidados, e este grupo de pesquisadores tem se empenhado para descobrir como a terapia participa na formação de novos vasos sanguíneos, potencializando o efeito de antibióticos e reduzindo a inflamação. Outro dos autores do artigo, o pesquisador e professor do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN), Marcus Vinícius de Moraes, trabalha especificamente com a aplicação da OHB em pacientes humanos. Em sua avaliação, o estudo, além de responder a algumas perguntas clínicas, deve abrir as portas para diversas outras pesquisas, especialmente diante do crescente interesse nessa terapia. “Nossos resultados poderão servir de base para novas descobertas e, com o amadurecer destes achados, entenderemos a cadeia de benefícios gerados pelo oxigênio hiperbárico. O mecanismo de ação deste tratamento continua a ser descoberto e diferentes possibilidades terapêuticas poderão surgir para reduzir os problemas enfrentados pelos pacientes diabéticos”, afirma o docente. A oxigenoterapia hiperbárica exerceu efeitos cardioprotetores, prevenindo alterações indesejáveis provenientes da diabetes – Foto: Rafael Tavares De acordo com o professor Marcus Vinícius de Moraes, o trabalho já vem ocasionando alguns desdobramentos importantes. Um deles foi a criação de uma diretoria de pesquisa experimental dentro da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH), órgão que congrega os médicos hiperbaristas de todo o Brasil, entre os quais há diversos pesquisadores. Sim, ainda há muito mais a pesquisar. Entre os próximos trabalhos estão a investigação dos efeitos da OHB nas coronárias intramurais — pequenas ramificações das artérias que permeiam o músculo cardíaco — e o desenvolvimento de um sistema de avaliação das propriedades mecânicas passivas do miocárdio, cujo objetivo é revelar alterações que acompanham a doença e a repercussão de tratamentos diversos, como a própria oxigenoterapia hiperbárica. Para tanto, o estudo está aberto a novos parceiros. “Começamos essa linha de pesquisa há pouco tempo, a partir de uma demanda clínica. Trata-se de algo muito promissor e, quem sabe, gostaríamos de reunir colaboradores interessados em realizar estudos com outros modelos experimentais, a fim de ampliarmos o entendimento sobre os mecanismos desse método de tratamento”, convida o professor Bento Abreu. Com primeira autoria do pesquisador Flávio Santos Silva, da Ufersa, o artigo é assinado ainda pelos seguintes cientistas: Uta Ishikawa, Karina Carla de Paula Medeiros, Naisandra Bezerra da Silva Farias e Raimundo Fernandes de Araújo Júnior (DMOR/UFRN); João Paulo Lima e Matheus Anselmo Medeiros, do Departamento de Bioquímica (DBQ/UFRN); Karla Simone Costa de Souza, Ony Araújo Galdino e Adriana Augusto de Rezende, do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN) e Moacir Franco de Oliveira (Ufersa). |