Infecção de urina como a da apresentadora Palmirinha requer atenção

Especialista em gerontologia explica por que a bactéria surge com mais frequência em pessoas idosas

Apresentadora Palmirinha Onofre Assessoria de imprensa

Nesta semana, a apresentadora Palmirinha foi internada e já recebeu alta em São Paulo, com o diagnóstico de infecção urinária e, por conta da idade, os médicos optaram pela internação para cuidados especiais. Na internet, surgiu o debate sobre o que de fato é uma infecção urinária, quais os sintomas e porque isso geralmente acontece com frequência em idosos.

A infecção urinária afeta os órgãos que tem a função de filtrar o sangue e produzir a urina – rins, ureteres, bexiga, uretra. Essas estruturas não são feitas para ter nenhuma bactéria, fungo ou vírus. Quando surge nessas regiões a presença de um microrganismo que se multiplica dentro do sistema urinário, sintomas comuns de infecção podem aparecer.

Entre as manifestações mais comuns da infecção urinária estão:

– Dificuldade de conter a urina;
– Dor e/ou ardência ao urinar;
– Febre, náuseas, dores nos rins;
– Sangue na urina em casos mais extremos;

“O risco de evolução dos quadros aumenta em pessoas com idades mais avançadas devido ao sistema imunológico mais comprometido”, explica Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia. “Muitos idosos sofrem transtornos urinários, como, por exemplo, noctúria, quando acordam a noite para urinar. Ao usar fraldas geriátricas, a proliferação bacteriana e fúngica na região genital aumenta, por isso é necessário ter uma higienização adequada na região perineal”, conclui.

Depois de adultas, as mulheres são as que mais sofrem com as bactérias. No estágio pós menopausa, ocorre uma queda do estrogênio, hormônio feminino que atua como protetor de infecções urinárias.

Marcella ressalta que na terceira idade, “o organismo dificilmente desenvolverá febre por conta da infecção. Por isso quem convive com idosos, precisa ficar atenta a um sintoma inusitado, a confusão mental repentina, seguida por esquecimento de comportamento”, explica.

Governo do RN garante apoio à criação do primeiro museu indígena do RN

Governadora recebeu lideranças indígenas e aprovou a parceria para instalação da instituição em Apodi
O Governo do Estado vai apoiar a criação do primeiro museu de história indígena do Rio Grande do Norte. A medida foi discutida em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (27) entre a equipe da gestão estadual, encabeçada pela governadora Fátima Bezerra, e lideranças de comunidades indígenas do RN. Na ocasião, Fátima atendeu à solicitação da cacique Lúcia Paiacu Tabajara, que apresentou a demanda através de uma carta lida por sua neta Gabriela Paiva, e oficializou o apoio à criação do Museu do Índio Luíza Cantofa, em Apodi.
“O momento que estamos vivendo aqui reflete a política do Governo do Estado de reconhecimento e valorização da população indígena do Rio Grande do Norte, em atenção à legítima luta de vocês, travada ao longo dos séculos com muita resistência e bravura. Através desse encontro, que é o segundo que realizamos desde que assumimos esta gestão, reafirmo nosso compromisso em atender às justas reivindicações da população indígena potiguar”, declarou a governadora.

A comunidade indígena de Apodi requisita a doação do prédio, de propriedade do Governo do Estado, localizado numa das margens da Lagoa do Apodi, em local conhecido como balneário Missão 1. O prédio foi ocupado há dois anos pela Associação Indígena Centro Histórico Cultural Tapuias Paiacus para instalação da sede da entidade e do Museu do Índio Luíza Cantofa.

Conhecida como Casa das Máquinas, a edificação foi levantada há três décadas, mas nunca funcionou.
“Construímos esta carta para solicitar que o prédio que está sendo ocupado na nossa aldeia seja doado, para que a gente possa garantir que a história dos indígenas, que não deixaram de existir, mas foram silenciados, se perpetue a todas as gerações”, disse a cacique Lúcia, que há anos atua como guardiã da história de seu povo.

APOIO

Dando continuidade à política de igualdade racial implementada pelo Governo do Estado, estão sendo assistidas todas as 15 comunidades indígenas do RN com cestas básicas, máscaras e álcool em gel.  Na reunião, a governadora Fátima Bezerra fez a entrega simbólica de cestas de alimentos e dos itens de proteção, em mais um desdobramento do programa RN Chega Junto, criado para fortalecer a rede de assistência às pessoas que tiveram a situação econômica durante a pandemia do novo coronavírus.

Durante a solenidade, as lideranças presentes foram convidadas a tecer suas considerações. Todas elas reconheceram o empenho da gestão estadual pela abertura em ouvir e atender às reivindicações da população indígena do Estado, desde a implantação da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude Social, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (Semjidh), até a entrega de alimentos e insumos no combate ao coronavírus, como também a inclusão da pauta indígena em um edital na Lei Aldir Blanc – Lei Federal de Emergencial Cultural, que está sob a gestão da Fundação José Augusto (FJA).

E por último, o apoio declarado à criação do primeiro museu indígena do Rio Grande do Norte, cujo apoio foi iniciado através de uma articulação feita com o controlador-geral Pedro Lopes, que conheceu a comunidade numa das entregas de cestas do RN Chega Junto.

Os indígenas também apresentaram as suas demandas, as suas dificuldades, as quais foram respondidas pelos gestores presentes a fim de que o Estado encontre os caminhos para solucionar. “Nós sabemos que as solicitações que vocês fizeram estão sendo atendidas pelas Secretarias de governo. Vamos nos unir e vamos em frente para poder atendê-los”, destacou Eveline Guerra, titular da Semjidh.

RN CHEGA JUNTO

Até o final do ano, estão sendo entregues três mil cestas de alimentos compostas por itens da agricultura familiar, além de nove mil máscaras e 840 litros de álcool em gel às comunidades indígenas mapeadas pela Semjidh. A gestão do Programa RN Chega Junto está sendo feita pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), com apoio da Controladoria Geral do Estado, que também gerencia o programa RN + Protegido, para distribuição de máscaras.

A população indígena do Rio Grande do Norte, de acordo com mapeamento feito pela Semjidh, tem cerca de 1.600 famílias cadastradas, totalizando mais de 6 mil pessoas.

Ao todo, são 15 comunidades: Sagi Trabanda e Jacu (Aldeia Potiguara/Baía Formosa); Catu (Potiguara/Canguaretama e Goianinha); Tapará (Tapuia/Macaíba e São Gonçalo do Amarante); Ladeira Grande (Tapuia/Macaiba e São Gonçalo); Lagoa do Mato (Tapuia/Macaiba); Mendonça de Natal (Potiguara/Natal-Zona Norte); Cachoeira (potiguara/Jardim de Angicos); Assentamento Santa Terezinha (Potiguara/João Câmara); Amarelão (Potiguara/João Câmara); Serrote de São Bento (Potiguara/João Câmara); Açucena (Potiguara/João Câmara), Assentamento Marajó (Potiguara/Assu); Caboclos Potiguara/Assu) e Apodi (Tapuia Paiacu/Apodi).

Participaram da solenidade o controlador-geral Pedro Lopes; as secretárias Eveline Guerra (Semjidh) e Íris Oliveira (Sethas), o secretário da Educação, Getúlio Marques e a adjunta Márcia Gurgel; o secretário-adjunto da Administração, George Câmara e o presidente da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto. Estavam presentes as lideranças indígenas Cacique Dioclécio Mendonça (Amarelão/João Câmara), Cacique Luiz Katu, articulador dos Povos Indígenas do RN (Catu/Canguaretama e Goianinha), Zuleide Bezerra, coordenadora das Mulheres Indígenas do RN (Tapuia Tarairiu/Macaíba e São Gonçalo do Amarante) e Cacique Eva Claudino da Silva (Jacu/Praia do Sagi-Baía Formosa).

Fotos: Robson Araújo.