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Blog Anselmo Santana

UFRN

Nova fórmula para coagulante pode ser usada para remover sujeiras em água de piscinas, represas e rios

8 de abril de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Do caju, um clarificador de água
Fórmula para coagulante pode ser usada para remover sujeiras em água de piscinas, represas e rios

Wilson Galvão – AGIR/UFRN

O Laboratório de Tecnologia da Madeira foi o local onde os experimentos aconteceram
Um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apresentou novo coagulante, que de acordo com os testes feitos e a eficiência comprovada, “se mostra melhor do que qualquer outro produto existente hoje no mercado”, diz a professora Tatiane Kelly Barbosa de Azevedo Carnaval, uma das inventoras envolvidas no desenvolvimento do novo produto. Antes de detalharmos a nova tecnologia, vou abrir um parênteses para falar um pouco sobre coagulante e floculação.

A floculação – ou seu sinônimo coagulação, é uma das etapas do tratamento de água em que se adicionam substâncias para a formação de flocos (sólidos de tamanho maior) que carregam a sujeira. Exemplos de aplicação são o problema da água turva que acontece recorrentemente em piscinas ou o aspecto barrento que a água das represas e rios apresentam. Em ambos casos, ocorreu um acúmulo de partículas com diâmetro pequeno, entre um e mil nanômetros, que provoca a aparência. Por causa do seu peso minúsculo, essas partículas ficam dispersas por toda a extensão da água, o que impede a sua remoção e, no limite, também o uso.

Para resolver a situação, um caminho eficaz é, justamente, utilizar coagulantes, substâncias que através de processos químicos e físicos, atuam como um ligante para estas “sujeiras” minúsculas. Com essa ação, as partículas se juntam e acabam formando blocos maiores e, assim, passíveis de filtragem. Comumente, esse processo é denominado de clarificação da água. Fecho aqui os parênteses.

A nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da UFRN está, intimamente, ligada a esse panorama e pode ser utilizada como fator de desenvolvimento regional, haja vista sua “matéria-prima”. O coagulante criado dentro da Universidade é feito de um extrativo vegetal do cajueiro, chamado taninos, modificado quimicamente. Esse tanino, cujo nome científico é Anacardium occidentale L., é extraído da casca do cajueiro, espécie nativa da Caatinga encontrada em abundância na região Nordeste – onde está mais de 98% da área de plantio do cajueiro do país.

Tatiane Azevêdo atua há 18 anos na extração, quantificação e diferentes aplicações dos taninos

Por isso, apesar de outras fontes de taninos vegetais estarem presentes no Brasil e na região  Nordeste, nenhuma delas iguala o cajueiro em área de plantio e disponibilidade anual de  resíduos de poda e renovação de cajuais, “sobras” que usualmente são vendidas como lenha  de  baixa categoria para uso, principalmente, em cerâmicas e agroindústrias. A funcionalidade que surge a partir dessa nova tecnologia pode ser mais uma fonte de renda para produtores.

Tatiane Azevêdo coloca que o passo inicial é extrair os taninos da casca do cajueiro. Em seguida, ocorre a modificação química desses taninos, o que propicia o seu emprego como floculante para a clarificação de água. “O floculante pode ser obtido a partir de resíduos de poda e de renovação de cajueiros, o que evidencia a característica de ser um produto de origem renovável, eficiente na remoção da turbidez da água e não agressivo ao meio ambiente em nenhuma das etapas de sua produção e utilização”, circunstancia a docente da Escola Agrícola de Jundiaí.

Ela idealizou a pesquisa que rendeu como fruto à invenção, esta objeto de um depósito de pedido de patente denominado “Floculante à base de taninos da casca de cajueiro (Anacardium Occidentale) e seu processo de obtenção”. Na iniciativa, a professora contou com a contribuição de Bruna Ferreira dos Anjos, orientanda no mestrado, Renata Martins Braga e Alexandre Santos Pimenta, professores que deram o aporte na caracterização química.

Eles frisam que os coagulantes naturais são uma alternativa para o tratamento da água bruta, pois possuem inúmeras vantagens em comparação aos coagulantes químicos. Os cientistas citam o aumento na vida útil dos filtros, diminuição no volume de lodo gerado, aumento da eficiência na remoção de cor e turbidez. “Os taninos possuem também a propriedade de não alterar o pH da água tratada. Um dos fatores importantes no uso de coagulantes biodegradáveis no tratamento de efluentes é a redução do odor desagradável, causados pela ação dos microrganismos associados aos sulfatos usualmente utilizados na floculação atualmente”, explica Bruna dos Anjos.

Amostra dos flóculos, após a decantação, formados a partir do produto

Atualmente morando em São Paulo, e, hoje, mestre pela Pós-Graduação em Ciências Florestais da UFRN, acrescenta que nos testes comparativos com dois produtos comerciais, o floculante à base de taninos de cascas de cajueiro mostrou o melhor valor de remoção de turbidez de água, reduzindo a turbidez da água em 95% a 99%, além de não promover mudanças no pH da água durante a floculação.

No Brasil, o coagulante mais utilizado é o sulfato de alumínio, obtido por meio da reação química entre o óxido de alumínio e o ácido sulfúrico e que comumente provoca irritação na pele e nas mucosas do nosso corpo. O acúmulo desses coagulantes convencionais nos lençóis freáticos apresentam sérios riscos, estando relacionado a doenças de coordenação motora, demência, Alzheimer e Mal de Parkinson. “Não bastasse, contém uma alta corrosividade, o que encurta a vida útil dos equipamentos e tubulações das estações de tratamento. A presença de cloro oriundo do cloreto férrico pode também causar corrosão tipo pitting, a mais destrutiva e incidente forma de corrosão”, acrescenta Tatiane Azevêdo.

Coordenando o Grupo de Pesquisa Produtos Florestais Não Madeireiros, a cientista salienta que o caminho para patentear a invenção foi natural e representa o resultado de anos de pesquisa. “Essa é uma parte do que fazemos, mas, ainda assim, mostra que a ciência e a pesquisa são a essência para o surgimento de novas tecnologias, as quais trazem, inclusive, alternativas ecologicamente corretas, sustentáveis e com promissor potencial econômico”, finaliza.

O pedido de patenteamento da invenção foi feito através da Agência de Inovação da Reitoria (AGIR), unidade dentro da UFRN responsável pela avaliação dos requisitos de patenteabilidade, tais quais a novidade, capacidade inventiva, aplicação industrial e suficiência descritiva. As notificações de invenção são feitas por meio do SIGAA, através da aba “Pesquisa”.

Em vídeo, Tatiane fala sobre aspectos da nova tecnologia

O diretor da AGIR, Daniel de Lima Pontes, frisa que o depósito já permite que a tecnologia esteja disponível para o setor produtivo aproveitá-la para melhorar seus processos e fluxos de trabalho. “Inclusive, dentro da Agência temos um setor, especificamente, para facilitar a transferência das tecnologias, o qual realiza atividades de planejamento e promoção de ações para estimular o licenciamento de tecnologias da UFRN”, afirmou o diretor.

Além de avaliar os requisitos de patenteabilidade, cabe à AGIR a proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual da UFRN, como patentes e programas de computador. As orientações e explicações, em tempos de pandemia, a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção são dadas por meio do e-mail patente@agir.ufrn.br ou via aplicativos de mensagens, pelo telefone 99167 6589.

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Postado em: Notas Marcação: UFRN

Professoras da UFRN discutem autonomia da pessoa autista no ISD

29 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Ascom ISD e Agecom/UFRN

Para discutir os aspectos relacionados à funcionalidade e autonomia da pessoa autista, o Instituto Santos Dumont (ISD) promove palestra voltada aos familiares, estudantes e profissionais de saúde do Rio Grande do Norte no próximo dia 4 de abril com o tema: Como a ciência pode promover a funcionalidade e autonomia do autista?. Entre os convidados estão professoras, pesquisadoras, psicóloga, neuroengenheira e o comunicador autista Ricardo Oliveira. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Pesquisa aborda gênero e acesso à água no Seridó

29 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Cecília Costa – Agecom/UFRN

O efeito da crise hídrica na região seridoense afeta mais os domicílios chefiados por mulheres. Esse é um dos resultados presentes na dissertação Diferenciais de Gênero ao Acesso à Água na Zona Urbana do Seridó Potiguar, RN, da egressa do Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem/UFRN) Kaline Stephania Costa Lopes, publicada no livro Água e Gênero – perspectivas e experiências. O e-book é dividido em capítulos, os quais debatem as perspectivas do bem-estar e da qualidade de vida das mulheres e a ligação com os recursos hídricos. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Professora da UFRN cria projeto sobre dignidade menstrual

24 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Rayssa Vitorino – Agecom/UFRN
Foto: Projeto Menstruantes

O projeto intitulado Mulheres em rede: dignidade menstrual e meio ambiente tem o objetivo de incentivar a discussão do uso de absorventes ecológicos por mulheres da cidade de Currais Novos e inserir as costureiras locais na produção desses materiais, que serão distribuídos às moradoras do município.  A ação é coordenada pela professora Letícia Carvalho, da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais do Seridó (FELCS). Com a realização de rodas de conversas em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres do Seridó e com as mulheres da comunidade, as palestras vão abordar temáticas como: dignidade menstrual, autoconhecimento e impacto ambiental. As discussões, que ocorrerão na Felcs e nas comunidades, terão o apoio de enfermeiras, psicólogas e assistentes sociais para acompanhar as participantes. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Oxigênio para o coração

24 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Estudo aponta efeitos positivos da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de alterações cardíacas decorrentes da diabetes

Marcos Neves Jr – Agecom/UFRN

A oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento médico baseado no uso de oxigênio puro e pressurizado – Foto: Rafael Tavares
Entre as várias complicações ocasionadas pela diabetes mellitus, a cardiomiopatia diabética é uma daquelas menos conhecidas pelas pessoas, muitas vezes silenciosa, porém merecedora de toda a atenção. Ao provocar alterações importantes no funcionamento normal do órgão, bem como mudanças de formato, a condição pode, com o passar do tempo, levar a uma insuficiência cardíaca.

Na busca por meios de combater esse prejuízo funcional no coração, um estudo conduzido por pesquisadores da UFRN e da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) vem buscando respostas sobre os mecanismos de ação de um tratamento médico conhecido por Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB). Em artigo publicado no periódico Life Sciences, os cientistas apontaram os efeitos positivos dessa terapia.

Aplicada em modelos animais nesta etapa das pesquisas, a oxigenoterapia hiperbárica exerceu efeitos cardioprotetores, ou seja, preveniu a fibrose, a hipertrofia heterogênea das células cardíacas e outras alterações indesejáveis provenientes da diabetes. Pela primeira vez na literatura foram investigadas a estrutura (morfologia) do coração e a expressão de substâncias cruciais para a sua chamada matriz extracelular.

Em condições normais, há um equilíbrio entre a produção de proteínas colágenas e a sua degradação pelas enzimas metaloproteinases da matriz extracelular do coração. Essa harmonia, porém, é modificada com a diabetes, a qual altera moléculas, células, a própria estrutura e a função do coração, levando ao chamado remodelamento cardíaco — um processo contínuo de adaptação frente aos insultos causados pela doença.

“A oxigenoterapia hiperbárica promoveu uma normalização dos danos da diabetes na matriz extracelular cardíaca”, afirma o professor e pesquisador do Departamento de Morfologia da UFRN, Bento João Abreu. Segundo o cientista, um dos autores do estudo, foram elucidadas vias de sinalização responsáveis por esses achados. “Isto é particularmente interessante, pois evidencia possíveis alvos terapêuticos para o tratamento da cardiomiopatia diabética”, ressalta.

Mais tecnicamente, a OHB aumentou a produção gênica da metaloproteinase do tipo 2 e inibiu o aumento de TGF-beta 1 — diretamente ligada à formação da cardiomiopatia diabética  — e a expressão de metaloproteinase do tipo 9. Também houve normalização das proteínas TNF-alfa (substância pró-fibrótica e pró-inflamatória na diabetes) e VEGF, fator de crescimento vascular endotelial importante para a microcirculação dos órgãos.

“Neste trabalho experimental, nós fornecemos mais subsídios científicos para o uso da oxigenoterapia hiperbárica em pacientes com cardiomiopatia diabética, evidenciando, inclusive, seus mecanismos de ação. Obviamente, estudos clínicos a longo prazo com humanos são determinantes para se estabelecer seus reais efeitos”, explica o professor Bento.

Oxigenoterapia hiperbárica

Câmara utilizada em testes ao longo do estudo – Foto: Bento João Abreu

Tratamento médico baseado no uso de oxigênio puro e pressurizado (entre 2,0 e 2,4 atmosferas de pressão), a oxigenoterapia hiperbárica já é aplicada a uma série de condições bem reconhecidas. Para citar algumas, doença descompressiva, embolias gasosas, pé diabético, infecções nas partes moles do corpo (celulite, fascite e miosite), grandes queimaduras, esmagamentos, danos teciduais extensos e infecções dos ossos (osteomielites) são casos nos quais a OHB é recomendada.

Embora não seja uma terapia exatamente nova na medicina, a oxigenoterapia hiperbárica tem apresentado crescimento nos últimos anos. Seus mecanismos de ação, no entanto, ainda não estão bem elucidados, e este grupo de pesquisadores tem se empenhado para descobrir como a terapia participa na formação de novos vasos sanguíneos, potencializando o efeito de antibióticos e reduzindo a inflamação.

Outro dos autores do artigo, o pesquisador e professor do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN), Marcus Vinícius de Moraes, trabalha especificamente com a aplicação da OHB em pacientes humanos. Em sua avaliação, o estudo, além de responder a algumas perguntas clínicas, deve abrir as portas para diversas outras pesquisas, especialmente diante do crescente interesse nessa terapia.

“Nossos resultados poderão servir de base para novas descobertas e, com o amadurecer destes achados, entenderemos a cadeia de benefícios gerados pelo oxigênio hiperbárico. O mecanismo de ação deste tratamento continua a ser descoberto e diferentes possibilidades terapêuticas poderão surgir para reduzir os problemas enfrentados pelos pacientes diabéticos”, afirma o docente.

A oxigenoterapia hiperbárica exerceu efeitos cardioprotetores, prevenindo alterações indesejáveis provenientes da diabetes

– Foto: Rafael Tavares

De acordo com o professor Marcus Vinícius de Moraes, o trabalho já vem ocasionando alguns desdobramentos importantes. Um deles foi a criação de uma diretoria de pesquisa experimental dentro da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH), órgão que congrega os médicos hiperbaristas de todo o Brasil, entre os quais há diversos pesquisadores.

Sim, ainda há muito mais a pesquisar. Entre os próximos trabalhos estão a investigação dos efeitos da OHB nas coronárias intramurais  — pequenas ramificações das artérias que permeiam o músculo cardíaco — e o desenvolvimento de um sistema de avaliação das propriedades mecânicas passivas do miocárdio, cujo objetivo é revelar alterações que acompanham a doença e a repercussão de tratamentos diversos, como a própria oxigenoterapia hiperbárica. Para tanto, o estudo está aberto a novos parceiros.

“Começamos essa linha de pesquisa há pouco tempo, a partir de uma demanda clínica. Trata-se de algo muito promissor e, quem sabe, gostaríamos de reunir colaboradores interessados em realizar estudos com outros modelos experimentais, a fim de ampliarmos o entendimento sobre os mecanismos desse método de tratamento”, convida o professor Bento Abreu.

Com primeira autoria do pesquisador Flávio Santos Silva, da Ufersa, o artigo é assinado ainda pelos seguintes cientistas: Uta Ishikawa, Karina Carla de Paula Medeiros, Naisandra Bezerra da Silva Farias e Raimundo Fernandes de Araújo Júnior (DMOR/UFRN); João Paulo Lima e Matheus Anselmo Medeiros, do Departamento de Bioquímica (DBQ/UFRN); Karla Simone Costa de Souza, Ony Araújo Galdino e Adriana Augusto de Rezende, do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN) e Moacir Franco de Oliveira (Ufersa).

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Postado em: Notas Marcação: Saúde, UFRN

Pesquisa revela as influências coloniais na paleontologia do Brasil e do México

11 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Escavando desigualdades
Kayllani Lima Silva – Agecom/UFRN

Esqueleto do crocodiliforme Susisuchus anatoceps do Brasil, exportado ilegalmente e armazenado no Karlsruhe, Museu Estadual de História Natural que fica localizado na Alemanha – foto: Felipe Pinheiro

O ano é 2022, mas em muitos países os processos de organização social e produção de conhecimento ainda carregam os resquícios da colonização europeia do século XVI. Assim acontece na ciência paleontológica do Brasil e do México, objeto investigado por novo artigo publicado na revista Royal Society Open Science. A pesquisa expõe que, nos últimos 30 anos, 47% das publicações sobre a Bacia do Sabino, localizada no México, foram lideradas por autores estrangeiros e apenas a metade apresentou autorias locais. Já na Bacia do Araripe, presente no sul do Ceará do Brasil, a porcentagem foi de 59%, e mais da metade não tiveram coautoria local. Quanto aos fósseis, 88% estão resguardados em coleções estrangeiras e não mencionam as licenças de exportação requeridas por lei.

A pesquisa, lançada na quarta-feira, 2, avaliou três décadas de publicações científicas sobre fósseis brasileiros e mexicanos. Aline Ghilardi, professora do Departamento de Geologia (DG/CCET/UFRN) e uma dos 13 autores do estudo, explica que na última década ocorreram muitas discussões sobre os efeitos do período colonial na ciência. Mas, na paleontologia, o debate é recente e exige o alcance de dados que reflitam a extensão dos danos, principalmente, nos países da América do Sul. “Práticas colonialistas têm um impacto social e econômico, então é muito importante compreender o seu modus operandi e o quanto é perdido quando ignoramos a sua existência”, enfatiza.

Pesquisadores locais em um sítio de fósseis na cidade Nova Olinda (CE) – foto: Renan Bantim

No conjunto de ações que legitimam os processos coloniais na paleontologia, está a prática extrativista através da retirada dos fósseis dos seus locais de origem. Aline esclarece que essa ação alinha-se à história geral da paleontologia, uma vez que essa ciência foi construída com base na extração de fósseis nas colônias e posterior exportação aos países colonizadores. Isso explica porque hoje, por exemplo, muitos museus europeus carregam esses materiais e atraem desde visitantes até pesquisadores. O problema, no entanto, é que o sistema permanece e prejudica a produção científica dos países explorados.

“A paleontologia no Brasil e no México nasceu com forte influência de cientistas estrangeiros. Alguns vieram e simplesmente levaram materiais embora, enquanto outros vieram e acabaram ajudando a formar os cientistas locais. Analisando a história da paleontologia nesses países, percebe-se que as colaborações foram importantes, mas, muitas vezes, os benefícios para as partes envolvidas foram altamente assimétricos, beneficiando sempre ou majoritariamente o país explorador”, adverte a professora.

Pesquisadores locais em um sítio de fósseis do período Cretáceo na cidade de Múzquiz, localizada no México – foto: Alberto Blanco Piñon

Ela continua esclarecendo que hoje, mesmo com a independência alcançada pelo Brasil e México, muito material ainda é retirado desses países e publicado sem a colaboração de pesquisadores locais. Isso porque pesquisadores e instituições de alguns países do norte global, especialmente da Europa, carregam a liberdade de tratar seus territórios como colônias. Favorecendo essa violação, estão as questões de vulnerabilidade social e política, responsáveis por gerar um ciclo permanente de dependência e atual manutenção no desequilíbrio de poder entre os Estados.

No processo de construção do artigo, a pesquisadora Aline conta que a principal dificuldade foi analisar trabalhos publicados por estrangeiros com fósseis brasileiros da região do Araripe. Percebendo a alta quantidade desses materiais no local, a equipe reconheceu que seria praticamente impossível terminar a listagem no tempo programado e resolveu focar em holótipos (fósseis que representam espécies novas) de vertebrados e plantas. “Nossos resultados são apenas a ponta do iceberg do problema. A vasta maioria das publicações com fósseis do Brasil, irregularmente alocados fora do país ou publicados sem a colaboração de pesquisadores brasileiros, é proveniente da Alemanha ou está em museus da Alemanha”, aponta a docente.

Fóssil da aranha Cretapalpus vittari com várias aranhas do período Cretáceo ao fundo, recentemente repatriadas ao Brasil após serem exportados ilegalmente aos Estados Unidos – foto: Renan Bantim

Quanto ao insucesso do México e do Brasil com as regulamentações estabelecidas no século XX, voltadas à proteção de bens paleontológicos, os principais fatores foram o desconhecimento das leis por estrangeiros e as afrontas propositais. No caso deste último, Aline esclarece que muitos estrangeiros conhecem as leis, mas se aproveitam das lacunas legais, falta de fiscalização e até mesmo corrupção de agentes locais – frutos de vulnerabilidades sociais e políticas – para continuar executando práticas ilícitas. Contudo, reforça que nenhum dos fatores justificam o desrespeito com a legislação e soberania de um país.

As consequências disso, conforme aponta a autora, são a perda do patrimônio, da geração de riquezas materiais, ciência e educação localmente. “Fósseis e sítios com fósseis podem movimentar a indústria turística, que sustenta a longo prazo toda uma economia local. Além disso, eles poderiam estar formando pessoas localmente e ajudando a produzir ciência/publicações científicas de destaque para o país de origem do material. Inclusive, percebemos que as regiões mais afetadas por práticas colonialistas na Paleontologia, tanto no Brasil, quanto no México, são aquelas com histórico de problemas sociais – regiões com baixo IDH.”, afirma Aline.

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Postado em: Notas Marcação: Arqueologia, UFRN

Museu Câmara Cascudo reabre dia 8 de março com visitas agendadas

1 de março de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Iano Flávio Maia – Museu Câmara Cascudo
Foto: Cícero Oliveira

Era uma terça-feira em 2020, quando o Museu Câmara Cascudo (MCC) fechou as portas por causa da pandemia da Covid 19. Agora o público pode voltar a visitar as exposições, instalações e áreas verdes. A reabertura está marcada para a terça-feira, 8 de março, exatos 720 dias depois do fechamento. Os visitantes terão acesso a todas as exposições em cartaz no pavilhão expositivo e um roteiro pelo Parque do Museu.

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Postado em: Notas Marcação: Museu, UFRN

Decreto permite ao RN criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural

21 de fevereiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Agecom
Foto:Cícero Oliveira

Um decreto estadual publicado na última semana promete mudar o cenário de conservação da biodiversidade do Rio Grande do Norte. Fruto de parcerias estabelecidas entre o Departamento de Ecologia da UFRN e o Governo do Estado, o Decreto Nº 31.283 permite ao RN criar, implementar e gerenciar Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), um tipo de unidade de conservação instituída em terras particulares, por desejo do proprietário, para defender de forma vitalícia a natureza e seus recursos.

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Postado em: Notas Marcação: Rio Grande do Norte, UFRN

Estudo indica número de espécies de árvores no planeta

8 de fevereiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Marcos Neves Jr – Agecom/UFRN
Foto: Bernardo Flores

Quantas espécies habitam o planeta? Das questões mais fundamentais da Ecologia, essa pergunta agora conta com uma resposta — pelo menos em relação às árvores. Em estudo global publicado esta semana na revista estadunidense Proceedings of the National Academy of Sciences — PNAS, cientistas calculam, com base em dados de mais de 90 países, que haja aproximadamente 73 mil espécies distribuídas nos principais biomas do mundo. Também de acordo com o artigo O Número de Espécies de Árvores na Terra, pelo menos 9 mil espécies ainda estão por ser descobertas. Boa parte destas, cerca de 40%, segundo o estudo, encontra-se na América do Sul, onde se destacam a Amazônia e a Mata Atlântica, reconhecidas como os biomas com maior riqueza e diversidade no planeta e localizadas majoritariamente no Brasil Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: Pesquisa, UFRN

Pesquisa investiga envelhecimento populacional e custos em saúde

8 de fevereiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Rayssa Vitorino – Agecom/UFRN
Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

Transição demográfica é o termo usado para indicar a redução nos níveis de mortalidade e fecundidade. Essa atividade vem ocorrendo na maioria dos países, incluindo o Brasil, e tem como consequência a mudança na composição por idade e sexo da população, com a redução dos grupos etários mais novos e o alargamento dos grupos etários mais velhos. Com isso, a pesquisa O impacto demográfico e seus diferenciais por sexo nos custos assistenciais da saúde suplementar no Brasil investigou as consequências desse processo e descobriu que a expectativa das internações de homens em planos individuais/familiares pode aumentar quase 79%. Já entre as mulheres, esse valor deve aumentar em mais de 89%. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Bactérias do bem: substância desenvolvida na UFRN promete novo estágio para limpeza de resíduo industriais oleosos

27 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Bactérias do bem

Wilson Galvão – AGIR/UFRN

Um protótipo líquido ou em pó, com potencial para descontaminar resíduos industriais oleosos, foi criado por um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Por atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, o desenvolvimento do novo produto deu origem a um depósito de pedido de patente no mês de dezembro de 2021.

Denominado Inoculante Biorremediador, a tecnologia é formada por uma mistura de bactérias capaz de remover óleo mineral e hidrocarbonetos derivados do petróleo em água contaminada. Essas bactérias acabam se alimentando do que é tóxico nos resíduos; em seguida, por falta de “alimento”, acabam morrendo também. Cientista coordenadora do grupo que deu origem ao inoculante, Lucymara Fassarella Agnez Lima explica que o resultado alcançado tem importância ambiental, social e econômica de formas direta e indiretamente interligadas. “É um biorremediador ecologicamente correto, não gera subprodutos tóxicos e possibilita tratar de forma combinada com outras tecnologias, caso seja necessário”, aponta a docente da UFRN.

Em relação ao uso, o produto traz em si algumas vantagens, como o modo de aplicação no próprio local de armazenamento e sem necessidade de corpo técnico especializado, contribuindo para a redução de custos de tratamento e a diminuição de riscos de acidentes ambientais, além de evitar gastos com transporte. Tudo isso em estrita observância aos parâmetros previstos pela Resolução 430/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), documento que estabelece condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes contaminados em corpos de água receptores.

“O dispositivo promove autonomia no processo, pois possibilita o tratamento do efluente oleoso dentro da própria empresa geradora ou coletora de resíduos, eliminando o transporte e o risco de acidentes ambientais associados ao derramamento de óleo próximo a florestas e rios. O tratamento com o inoculante biorremediador patenteado visa ao tratamento do efluente, de modo a alcançar os parâmetros estabelecidos por órgãos ambientais, para o reaproveitamento de água. Interessante realçar que a solução traz inovação nas indústrias e um novo mercado de bioeconomia”, coloca Carolina Fonseca Minnicelli.

A pesquisadora identifica ainda que o inoculante atende diretamente a sete dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles: Água limpa e saneamento e Energia limpa e acessível. O grupo de inventoras autoras da patente é composto ainda por Marbella Maria Bernardes da Fonsêca, Rita de Cássia Barreto Silva-Portela, Kamilla Karla da Silva Barbalho e Júlia Firme Freitas.

A utilização das bactérias tem a vantagem de ser um processo biológico que permite a remoção total do contaminante sem que haja formação de subprodutos tóxicos e altos custos. Não bastasse, para o uso do Inoculante Biorremediador da patente, as cientistas empregam a estratégia da bioaumentação. “Assim, aceleramos a capacidade natural de bactérias ambientais em reduzir contaminantes por meio da introdução de microrganismos específicos e especializados na degradação do contaminante que se almeja reduzir”, contextualiza Carolina Minnicelli.

Atuando na produção e controle de qualidade do protótipo para realização das provas de conceito em pequena e média escala em resíduos industriais oleosos de potenciais clientes, parte do grupo formou uma startup incubada na própria UFRN, a MicroCiclo, cuja atuação rendeu prêmios e reconhecimento fora do estado.

Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

O contexto para a comercialização do produto da patente é favorável em vários aspectos. Um deles é que a biorremediação é uma estratégia de implementação da biotecnologia ambiental. Trocando em miúdos, a biorremediação é uma técnica que consiste no uso de organismos vivos, minúsculos, selecionados para degradar contaminantes tóxicos em formas menos tóxicas. Para termos ideia, a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação referente ao período de 2016 a 2022 estabelece as ações de biorremediação como prioritárias e ressalta a necessidade de investimento em projetos que consigam colocar, no mercado, produtos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em biorremediação.

“A tecnologia está no estágio de prototipação, e o protótipo vem sendo testado em diferentes efluentes industriais com parceiros comerciais interessados em aplicar a solução. O objetivo é otimizar a metodologia de validação da eficiência do produto e, assim, conseguirmos melhorar ainda mais a relação custo e benefício”, frisou Marbella Maria Bernardes da Fonsêca. Uma das características singulares da nova tecnologia, a utilização de diferentes bactérias que atuam em cooperação, requer esses procedimentos – utilizando um conhecimento já enraizado no grupo de pesquisa.

Rita de Cássia Barreto Silva-Portela, cientista que tem entre outras atribuições a de  executar o controle de qualidade da formulação, sublinha que a patente deriva de um conhecimento gerado na Universidade, após anos de pesquisa e desenvolvimento em microbiologia do petróleo. As pesquisadoras que integram a equipe foram discentes de mestrado ou doutorado nos programas e Pós-graduação em Genética, Pós-graduação Bioquímica e Biologia Molecular, Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamento, todos pela UFRN.

A junção da expertise ocorreu no grupo do Laboratório de Biologia Molecular e Genômica da UFRN, vinculado ao Centro de Biociências. Com projetos realizados e fomentados por agências financiadoras, houve o isolamento de microrganismos com capacidade de consumir petróleo e derivados. Para Kamilla Karla da Silva Barbalho, “a criação da Microciclo, com o desenvolvimento da mistura adequada das quatro bactérias, com a formulação do protótipo e a validação do mesmo no mercado, é também um aspecto que favorece a comercialização do produto”.

Nesse contexto de transferência da tecnologia para o setor produtivo, as cientistas defendem a figura da patente como um meio de divulgação de conhecimento científico e tecnológico, cujas inovações registradas têm potencial valor comercial, justificando a proteção por legislação específica, a validação por avaliadores capacitados e o registro de autoria ou propriedade do conhecimento.

Para os cientistas que têm interesse em patentear alguma invenção, a UFRN mantém um canal aberto ininterruptamente através da Agência de Inovação (AGIR) . A equipe da unidade oferece suporte para análise preliminar do pedido, auxilia na escrita do depósito, indica necessidade de possíveis alterações e realiza os trâmites burocráticos.

Sugestão de legenda para foto: No laboratório, a equipe realiza recorrentemente teste de comparação para aumento da escala de produção
Postado em: Notas Marcação: UFRN

E-book traz novas leituras em torno dos sertões

22 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

 

Kayllani Lima Silva – Agecom/UFRN

Na busca pela refutação de estereótipos e novas leituras em torno dos sertões, o e-book Intelectuais no Sertão resgata o papel do Clube Romeiros do Porvir na construção identitária do Cariri e, sobretudo, na cidade do Crato. O trabalho é fruto do Mestrado em História dos Sertões (MHIST), vinculado ao Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), e foi lançado no dia 28 de dezembro de 2021. “Acho que uma das chaves pra gente entender que o sertão pode ser plural é compreender que nesses sertões houve várias atividades que fazem com que a gente conteste a ideia de que o sertão é o lugar atrasado, da fome, da seca e da barbárie”, afirma Johnnys Jorge Gomes Alencar. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Campanha Janeiro Branco na UFRN aborda saúde mental e emocional

22 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Hellen Almeida – Agecom/UFRN

A campanha Janeiro Branco na UFRN iniciou a divulgação dos vídeos com temáticas voltadas para a saúde mental e emocional. O primeiro vídeo, que lança oficialmente as ações em 2022, foi disponibilizado no sábado, 15, e é apresentado pela coordenadora da atividade de extensão Janeiro Branco na UFRN, Anuska Alencar. O segundo, sobre saúde mental de recém-nascidos, será publicado hoje, dia 17. Todos os vídeos serão disponibilizados no Instagram do projeto. Essa é a sétima edição da campanha alusiva ao Janeiro Branco, que tem como tema Quem cuida da mente cuida da vida. A atividade de extensão é promovida pelo Serviço de Psicologia Aplicada (Sepa) da UFRN, em parceria com a Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor (DAS) da Progesp, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa) e do Instituto do Envelhecer (IEN). Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: Saúde, UFRN

Grupo busca patentear produto desenvolvido com aplicação nas áreas farmacêutica e veterinária

16 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Antifúngico e antiparasitário
Grupo busca patentear produto desenvolvido com aplicação nas áreas farmacêutica e veterinária

Por: Wilson Galvão – AGIR/UFRN
Fotos: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

Com as nanopartículas dispersas no produto, ele adquire aparência líquida similar ao leite

Infecções causadas por fungos são muito comuns entre os humanos e animais. O que muitos não sabem é que tais enfermidades podem ser consideradas as mais difíceis de serem controladas devido à facilidade de propagação dos fungos e ao aumento da população imunocomprometida. Um outro grande desafio nesses tipos de tratamento é o elevado número de reações adversas ocasionadas pelos fármacos antifúngicos utilizados na terapêutica. Um deles, a anfotericina B, é utilizado há mais de meio século e se apresenta como um antifúngico de amplo espectro, cuja indicação é recomendada para a maioria das infecções fúngicas sistêmicas. Além disso, a substância é utilizada para doenças parasitárias como a leishmaniose.

Isso tudo apesar de suas reações adversas: a anfotericina B apresenta notória limitação relacionada à sua administração, sendo a hepatotoxicidade (o que pode levar a perda de funções do fígado) e a nefrotoxicidade (capaz de causar efeitos negativos na função renal) as principais delas. Para contornar essas limitações, alternativas são utilizadas, como a associação a outros fármacos, a veiculação da anfotericina B em carreadores lipídicos ou a utilização conjunta da substância a produtos de origem natural.

E é nessas alternativas que um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) acaba de desenvolver e aprimorar um novo sistema farmacêutico em escala nanométrica, portanto de tamanho extremamente reduzido, do tipo nanocápsulas furtivas. “Elas são revestidas com polímeros específicos, que se desmancham naturalmente, e que, tecnicamente, são da família dos poli aliquilcianoacrilatos. O dispositivo tem o potencial de promover a associação do óleo de copaíba e de fármacos com propriedades antifúngicas e antiparasitárias, como é o caso da anfotericina B”, contextualiza Talita Azevedo Amorim.

Estudante do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da UFRN, ela esteve à frente da concepção, desenvolvimento do sistema e do processo de obtenção. Ao seu lado, no grupo de cientistas envolvidos, estão Francisco Humberto Xavier Júnior, Eryvaldo Sócrates Tabosa do Egito, Douglas Dourado Oliveira, Lucas Amaral Machado e Éverton do Nascimento Alencar, em uma parceria que envolve também a Universidade Federal da Paraíba, cotitular do invento, cujo depósito de pedido de patente aconteceu no final do mês de novembro.

O grupo acrescenta que o sistema foi desenvolvido com o objetivo de tratar infecções fúngicas e parasitárias, como a leishmaniose, em substituição aos tratamentos já existentes. Um diferencial apontado é o fato de, ao veicular em um dispositivo do tipo nanocápsulas com capacidade furtiva, o fármaco modelo tem aumentada a velocidade em que ele entra na circulação do corpo e alcança o local em que deve atuar, situação denominada de biodisponibilidade, que implica a redução da toxicidade.

Outro diferencial é a sinergia das atividades terapêuticas propostas, que pode ser estabelecida entre a associação do óleo de copaíba e a anfotericina B encapsulados no dispositivo nanotecnológico, permitindo reduzir a dose terapêutica. Não bastasse, o sistema é capaz de promover proteção ao óleo melhorando propriedades como odor, sabor e textura.

A técnica de polimerização interfacial utilizada usa reações químicas para a nanopartículas

“Além disso, é interessante realçar que as nanocápsulas produzidas têm a capacidade de se camuflar do sistema fagocitário mononuclear, que tem a responsabilidade por grande parte da imunidade celular, atuando na defesa do nosso organismo contra, por exemplo, corpos estranhos. Como consegue prolongar o tempo de circulação das nanocápsulas na corrente sanguínea, por permanecer mais tempo em meio biológico, a biodisponibilidade das nanocápsulas aumenta e reduz os efeitos tóxicos da anfotericina b”, destaca Talita Amorim.

Maranhense, Talita Amorim veio para Natal no início de 2019. Ainda no início do mestrado, após o começo da pandemia, precisou passar um tempo fora do estado para realizar parte dos experimentos. Com defesa da dissertação marcada para fevereiro, ela lista que o estudo também vai render um artigo com o acréscimo de alguns dados. Sobre a tecnologia da patente, cujo uso abrange as áreas farmacêutica e veterinária, a mestranda ressalta que a invenção se encontra em estágio inicial.

“Foram desenvolvidas nanocápsulas funcionalizadas com albumina contendo o óleo de copaíba em seu interior, adicionado a ele o fármaco anfotericina B. Além disso, foi realizada a otimização do sistema, caracterização, estudos de funcionalização e comportamento em meio biológico e estudos termodinâmicos. Os próximos passos serão a realização de estudos de toxicidade e a atividade terapêutica”, descreve.

O depósito de pedido de patente é o primeiro passo para garantir direitos de comercialização exclusiva, por um determinado período, de uma nova invenção com aplicação industrial. Os pedidos de patentes e as concessões já realizadas estão na Vitrine Tecnológica da UFRN, disponível para acesso no site da Agir, mesmo local em que os interessados obtêm informações a respeito do processo de licenciamento.

O depósito em si já propicia a alternativa de transferência de tecnologia, com as proteções estabelecidas na legislação. “Na UFRN, temos uma vitrine tecnológica com quase 300 pedidos de patente que podem ser fruto de parcerias público-privadas, por exemplo, na qual os investidores podem ter vários benefícios ao associar-se à universidade, como o know-how e a expertise que nós detemos em vários âmbitos”, afirmou Daniel de Lima Pontes, diretor da Agência de Inovação (AGIR).

Dentro da Universidade, a Agência é a unidade responsável pela proteção e gestão dos ativos de propriedade intelectual, como patentes e programas de computador. As notificações de invenção, passo inicial de todo o processo, são feitas por meio do Sigaa, na aba “pesquisa”. Em seguida, a equipe da AGIR entra em contato com o inventor para dar prosseguimento aos tramites. “A patente garante aos inventores e pesquisadores a proteção da ideia concretizada. Assim, nos permite a transferência de tecnologia para a indústria, sendo esta etapa de grande importância, pois irá disponibilizar para a população uma terapia nova e mais vantajosa para o tratamento de infecções fúngicas sistêmicas e parasitoses”, salienta Talita Amorim. LEIA NO PORTAL UFRN.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Bactérias do bem

16 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Inoculante biorremediador promete novo estágio para limpeza de resíduos industriais oleosos

Por: Wilson Galvão – AGIR/UFRN
Fotos: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

Tecnologia é formada por uma mistura de bactérias capaz de remover óleo mineral

Um protótipo líquido ou em pó, com potencial para descontaminar resíduos industriais oleosos, foi criado por um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Por atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, o desenvolvimento do novo produto deu origem a um depósito de pedido de patente no mês de dezembro de 2021.

Denominado Inoculante Biorremediador, a tecnologia é formada por uma mistura de bactérias capaz de remover óleo mineral e hidrocarbonetos derivados do petróleo em água contaminada. Essas bactérias acabam se alimentando do que é tóxico nos resíduos; em seguida, por falta de “alimento”, acabam morrendo também. Cientista coordenadora do grupo que deu origem ao inoculante, Lucymara Fassarella Agnez Lima explica que o resultado alcançado tem importância ambiental, social e econômica de formas direta e indiretamente interligadas. “É um biorremediador ecologicamente correto, não gera subprodutos tóxicos e possibilita tratar de forma combinada com outras tecnologias, caso seja necessário”, aponta a docente da UFRN.

Em relação ao uso, o produto traz em si algumas vantagens, como o modo de aplicação no próprio local de armazenamento e sem necessidade de corpo técnico especializado, contribuindo para a redução de custos de tratamento e a diminuição de riscos de acidentes ambientais, além de evitar gastos com transporte. Tudo isso em estrita observância aos parâmetros previstos pela Resolução 430/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), documento que estabelece condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes contaminados em corpos de água receptores.

Referência nacional, professora Lucymara (ao centro) atua também como consultoria científica

“O dispositivo promove autonomia no processo, pois possibilita o tratamento do efluente oleoso dentro da própria empresa geradora ou coletora de resíduos, eliminando o transporte e o risco de acidentes ambientais associados ao derramamento de óleo próximo a florestas e rios. O tratamento com o inoculante biorremediador patenteado visa ao tratamento do efluente, de modo a alcançar os parâmetros estabelecidos por órgãos ambientais, para o reaproveitamento de água. Interessante realçar que a solução traz inovação nas indústrias e um novo mercado de bioeconomia”, coloca Carolina Fonseca Minnicelli.

A pesquisadora identifica ainda que o inoculante atende diretamente a sete dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles: Água limpa e saneamento e Energia limpa e acessível. O grupo de inventoras autoras da patente é composto ainda por Marbella Maria Bernardes da Fonsêca, Rita de Cássia Barreto Silva-Portela, Kamilla Karla da Silva Barbalho e Júlia Firme Freitas.

A utilização das bactérias tem a vantagem de ser um processo biológico que permite a remoção total do contaminante sem que haja formação de subprodutos tóxicos e altos custos. Não bastasse, para o uso do Inoculante Biorremediador da patente, as cientistas empregam a estratégia da bioaumentação. “Assim, aceleramos a capacidade natural de bactérias ambientais em reduzir contaminantes por meio da introdução de microrganismos específicos e especializados na degradação do contaminante que se almeja reduzir”, contextualiza Carolina Minnicelli.

No laboratório, equipe realiza teste de comparação para aumento da escala de produção

Atuando na produção e controle de qualidade do protótipo para realização das provas de conceito em pequena e média escala em resíduos industriais oleosos de potenciais clientes, parte do grupo formou uma startup incubada na própria UFRN, a MicroCiclo, cuja atuação rendeu prêmios e reconhecimento fora do estado.

Estratégia Nacional de CT&I

O contexto para a comercialização do produto da patente é favorável em vários aspectos. Um deles é que a biorremediação é uma estratégia de implementação da biotecnologia ambiental. Trocando em miúdos, a biorremediação é uma técnica que consiste no uso de organismos vivos, minúsculos, selecionados para degradar contaminantes tóxicos em formas menos tóxicas. Para termos ideia, a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação referente ao período de 2016 a 2022 estabelece as ações de biorremediação como prioritárias e ressalta a necessidade de investimento em projetos que consigam colocar, no mercado, produtos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em biorremediação.

Marbella e Carolina têm a responsabilidade de realizar contatos comerciais com potenciais clientes

“A tecnologia está no estágio de prototipação, e o protótipo vem sendo testado em diferentes efluentes industriais com parceiros comerciais interessados em aplicar a solução. O objetivo é otimizar a metodologia de validação da eficiência do produto e, assim, conseguirmos melhorar ainda mais a relação custo e benefício”, frisou Marbella Maria Bernardes da Fonsêca. Uma das características singulares da nova tecnologia, a utilização de diferentes bactérias que atuam em cooperação, requer esses procedimentos – utilizando um conhecimento já enraizado no grupo de pesquisa.

Rita de Cássia Barreto Silva-Portela, cientista que tem entre outras atribuições a de  executar o controle de qualidade da formulação, sublinha que a patente deriva de um conhecimento gerado na Universidade, após anos de pesquisa e desenvolvimento em microbiologia do petróleo. As pesquisadoras que integram a equipe foram discentes de mestrado ou doutorado nos programas e Pós-graduação em Genética, Pós-graduação Bioquímica e Biologia Molecular, Biotecnologia – Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO) e Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamento, todos pela UFRN.

A junção da expertise ocorreu no grupo do Laboratório de Biologia Molecular e Genômica da UFRN, vinculado ao Centro de Biociências. Com projetos realizados e fomentados por agências financiadoras, houve o isolamento de microrganismos com capacidade de consumir petróleo e derivados. Para Kamilla Karla da Silva Barbalho, “a criação da Microciclo, com o desenvolvimento da mistura adequada das quatro bactérias, com a formulação do protótipo e a validação do mesmo no mercado, é também um aspecto que favorece a comercialização do produto”.

Nesse contexto de transferência da tecnologia para o setor produtivo, as cientistas defendem a figura da patente como um meio de divulgação de conhecimento científico e tecnológico, cujas inovações registradas têm potencial valor comercial, justificando a proteção por legislação específica, a validação por avaliadores capacitados e o registro de autoria ou propriedade do conhecimento.

Para os cientistas que têm interesse em patentear alguma invenção, a UFRN mantém um canal aberto ininterruptamente através da Agência de Inovação (AGIR). A equipe da unidade oferece suporte para análise preliminar do pedido, auxilia na escrita do depósito, indica necessidade de possíveis alterações e realiza os trâmites burocráticos.

LEIA NO PORTAL UFRN

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Boletins da UFRN superam metas e ampliam números de visualizações

16 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Enviados diariamente para a comunidade, os boletins de notícias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) têm atraído mais leitores a cada ano. O “Especial UFRN”, distribuído duas vezes por semana, teve um crescimento de 35,5% no número de visualizações, enquanto o “Notícias da UFRN”, enviados de segunda a sexta-feira aos finais da tarde, cresceu 8,5%. Produzidos pelos jornalistas, bolsistas e estagiários da UFRN e editado pela Agência de Comunicação (Agecom), unidade vinculada à Superintendência de Comunicação (Comunica), os informativos divulgam as ações e atividades acadêmicas e administrativas, anunciam eventos e vagas em diversas áreas e atividades, bem como ampliam a visibilidade da ciência produzida na Universidade. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: Caicó, UFRN

UFRN retoma período letivo na segunda

10 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Hellen Almeida – Agecom/UFRN

As aulas do período letivo 2021.2 da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) serão retomadas na próxima segunda-feira, 10. O período de recesso acadêmico de final de ano teve início no dia 20 de dezembro e finaliza neste sábado, 8. Neste período, ficaram suspensas as aulas de qualquer natureza (síncronas e assíncronas), o registro de aulas e frequência, a realização de avaliações e a previsão de entrega de trabalhos/atividades. Apenas a realização de estágios e internatos foi permitida. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

UFRN promove campanha Janeiro Branco

5 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Hellen Almeida – Agecom/UFRN

Com o tema Quem cuida da mente cuida da vida, a UFRN realiza, neste mês de janeiro, a sétima edição da campanha alusiva ao Janeiro Branco, voltada para promover a saúde mental e emocional. A atividade de extensão, promovida pelo Serviço de Psicologia Aplicada (Sepa) da UFRN, em parceria com a Diretoria de Atenção à Saúde do Servidor (DAS) da Progesp, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa) e do Instituto do Envelhecer (IEN), vai lançar uma série de vídeos com depoimentos e informações sobre a temática, que serão disponibilizados no Instagram do projeto Janeiro Branco na UFRN. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Propesq convida interessados em projetos na área de doenças tropicais

4 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Ana Clarice Sousa – Agecom/UFRN
Foto: Muhammad Mahdi Karim/ Wikimedia Commons

A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebe propostas para participar da Chamada Pública Doenças negligenciadas, tropicais e transmitidas por vetores e outras doenças com populações desassistidas 02/2021. . O edital foi lançado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologias e Inovações (MCTI), o Ministério da Saúde e o Governo Federal. Os interessados em submeter propostas para essa chamada pública devem manisfestar interesse em participar, indicando a linha temática e o subtema da proposta, por meio do e-mail ufrn.ctinfra@gmail.com, até o dia 27 de janeiro. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN

Comperve abre vagas para curso superior em Libras

3 de janeiro de 2022 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Kayllani Lima Silva – Agecom/UFRN 

O Núcleo Permanente de Pesquisa (Comperve/UFRN) abriu 40 vagas para o Curso Superior de Letras, com habilitação em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)/Língua Portuguesa como segunda língua. O público-alvo são pessoas com certificado do  ensino médio. A inscrição custa R$ 30 e pode ser realizada a partir de 10 de janeiro através do site da Comperve. Para os participantes com perfil prioritário, o requerimento de isenção da taxa deve ser feito até o dia 23, data que antecede o fim das inscrições em 30 de janeiro. Para mais informações, confira o edital. Leia mais.

Postado em: Notas Marcação: UFRN
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