Situações de estresse no trabalho, como más relações, exigências e pressão por resultados podem levar o indivíduo ao limite da resistência física e mental (Yan Krukov/Pexels)
Passamos boa parte do nosso tempo no trabalho, por isso, quando algo não vai bem ou se o ambiente não é dos melhores, os problemas podem ser sentidos em vários aspectos da nossa vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as situações de competição são as principais causas de estresse associado ao trabalho. Estatísticas apontam que uma a cada cinco pessoas no trabalho podem sofrer de algum problema de saúde mental.
Um deles, que vem se tornando cada vez mais comum, é a síndrome do esgotamento profissional, chamada de Síndrome de Burnout, que provoca esgotamento físico e mental. Uma pesquisa feita em 2021 pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil) mostra que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros encontram-se sem condições emocionais, mentais ou físicas para continuar. Esses números colocam o Brasil como segundo lugar em um ranking de oito países, perdendo apenas para o Japão com 70% da população atingida.
Esses problemas vão impactar diretamente no ambiente de trabalho, causando perda de produtividade e faltas ao trabalho, entre outros. A organização do trabalho, a submissão a chefias autoritárias, a falta de comunicação entre as pessoas, o aumento no ritmo de trabalho e a exigência crescente de produtividade também são fatores que podem afetar a saúde dos trabalhadores. São situações que levam o indivíduo chegar ao limite da resistência física e mental, e um sinal de isto está ocorrendo é quando sair de casa para o trabalho se torna um sacrifício.
Para o professor Jameson Thiago Farias Silva, do curso de Psicologia da Faculdade São Luís de França (FSLF), o primeiro ponto para manter a saúde nesse ambiente é, de antemão, não pensar o trabalho apenas do ponto de vista da aquisição de renda. “Embora seja um fator determinante na escolha de uma profissão, o sujeito por vezes se identifica e tira prazer de sua atividade, ou nela vê a chance de realizar algum projeto. Em todo caso, o ambiente de trabalho é um ambiente no qual o sujeito, em maior ou menor grau, se realiza”, destacou.
Neste sentido, proporcionar o bem-estar no ambiente de trabalho pode ser entendido como reforçar esses fatores que mantêm o sujeito realizado: boas condições para o exercício da função, remuneração justa, espaços para o uso da criatividade no trabalho, etc.
Foco, mas com moderação
De acordo com Jameson, a tensão (o stress) não é uma coisa ruim, um atleta em final de campeonato ou um candidato a um concurso precisam estar minimamente tensionados, atentos, focados na atividade que realizam. O professor ressalta que o problema é quando a situação em que operam, em que trabalham, os tensiona tanto e tão constantemente que este hiperfoco é “aprendido”, introjetado, e perde o seu caráter funcional.
“Isso quer dizer que a organização do trabalho, ao produzir e demandar um corpo e uma mente específicos para a sua realização, pode tornar este mesmo corpo e mente um problema, seja para o próprio ambiente laboral seja também para o sujeito em sua dimensão pessoal: o sujeito de ombros rígidos, pensamento inflexível e conduta voltada para a produtividade no trabalho pode ser levado a generalizar tais hábitos – tal corpo e tal mentalidade – para as suas relações familiares, por exemplo; ao mesmo tempo, a dureza de seu corpo e de seu psiquismo tornam-se um peso para o sujeito em seu próprio ambiente de trabalho”, finalizou.
Você sabe diferenciar positividade tóxica e otimismo? É muito comum que elas sejam confundidas, porém são muito diferentes. A positividade tóxica é uma negação daquilo que está acontecendo ou até mesmo de como estou me sentindo naquele momento. Não é o que está sentindo, mas algo imposto. O otimismo é ver o lado bom em cada situação, mesmo em situações difíceis. Nesse caso, você não nega o que sente.
A positividade tóxica pode trazer malefícios, além de afetar a saúde mental. Como a pessoa não consegue expor as emoções, ela acaba engolindo o discurso das falas positivas e abafando o que sente. Suprimir os sentimentos negativos, seja em nós mesmos ou no outro, não faz bem. Nossos sentimentos precisam ser validados e acolhidos, não negados. Em situações de estresse, tristeza ou inconformidade, permita-se sentir.
Evite usar frases e procure filtrar o que ouve para que não seja afetado por falas de positividade tóxica. Fala otimista usam expressões, como, por exemplo, “eu entendo a sua dor e o que eu posso fazer para te ajudar?”; “estou aqui para te ouvir, estou aqui para te ajudar”. São falas para auxiliar, para ajudar a trazer uma solução adequada e leve para a situação.
Já as frases positivas tóxicas estão em frases, como: “você não está sentindo isso”, “está exagerando”, “não vale a pena falar sobre isso, porque isso sempre aconteceu assim e não vai ser você que vai mudar isso”. São expressões que diminuem o que a pessoa está sentindo.
É importante se autoconhecer e entender seus limites para que a fala do outro não se torne um regulador de sentimentos. Ao se guiar pelo outro, você anula seu sentimento e com isso acaba somatizando.
Devemos estar atentos com nossas falas para não prejudicar ou diminuir o sentimento do outro. Lembre-se que a positividade tóxica abafa e nega os sentimentos, diminui o que se está sentindo e temos que tomar cuidado para não fazer isso.
(*) Alessandra Augusto é formada em Psicologia, Palestrante, Pós-Graduada em Terapia Sistêmica e Pós-Graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental e em Neuropsicopedagogia. É a autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode ajudar?” do livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você”.
Todos nós experimentamos fases de angústia, tristeza e luto em nossa vida. Ao contrário dos equívocos comuns, os psicólogos não lidam apenas com distúrbios clínicos. Eles não lidam apenas com doenças mentais, mas também com o bem-estar mental.
De fato, aqueles que são muito tímidos para consultar especialistas em saúde mental para os problemas subjacentes podem acabar piorando seu problema.
Graças ao estigma associado à busca de saúde mental, ou ao medo de ser chamado de ‘louco’, as pessoas evitam procurar ajuda profissional.
Mas para te ajudar, vamos te mostrar alguns sinais de que você precisa de um psicólogo.
Muitos fatores podem indicar que você não está bem, consigo mesmo e você pode perceber isso até na hora do sono e em seus sonhos, como, por exemplo, às vezes você pode sonhar com escorpião que uma coisa muito aleatória e ficar se perguntando “o que significa sonhar com escorpião?”.
Sua angústia não vai embora
Se um problema lhe causar angústia que persiste por mais de algumas semanas, pode ser um sinal de que a ajuda profissional seria benéfica.
Diferentes diagnósticos psicológicos exigem que os sintomas estejam presentes por diferentes períodos de tempo. Por exemplo, os sintomas depressivos precisam ser persistentes por duas semanas ou mais para que um diagnóstico de depressão seja dado.
Seu humor está afetando como você normalmente funciona
O mau humor persistente pode prejudicar sua capacidade de realizar suas várias tarefas diárias, seja como pai, amigo, funcionário ou membro da equipe. Isso pode ser especialmente evidente no local de trabalho. A depressão e o estresse reduzem a produtividade e são as principais causas de absenteísmo dos funcionários.
Ser improdutivo no trabalho pode sinalizar algo mais profundo.
Suas estratégias usuais de enfrentamento não estão funcionando
Não existe uma abordagem “tamanho único” para lidar com o estresse ou os desafios da vida. No entanto, nem todas as estratégias de enfrentamento são eficazes ou boas para você, e podem ser um sinal revelador de que você precisa procurar ajuda profissional.
Você está lidando com bebidas alcoólicas, gastos excessivos, exercícios ou comida? Ou se afastando socialmente? Pergunte a si mesmo honestamente: ‘Esses mecanismos de enfrentamento estão me ajudando?’ E se não estiverem, e seu funcionamento diário estiver sendo interrompido, é hora de procurar ajuda.
Há um efeito cascata
Se o problema que você está enfrentando está se espalhando por outros aspectos de sua vida, por exemplo, a pressão no trabalho está fazendo com que você se sinta estressado e impaciente em casa ou em seus relacionamentos, pode ser mais significativo do que você imagina.
Quando estamos enfrentando um desafio em uma parte de nossa vida, isso afeta todas as áreas. Você não pode simplesmente dizer: ‘Eu tenho um problema de relacionamento?’ e isolar isso; a vida de uma pessoa é um sistema e cada parte influencia todas as partes.
Seus entes queridos estão preocupados com você
Quando algo está incomodando você, pode ser incrivelmente útil e reconfortante conversar com seus amigos, parentes, professores ou colegas de confiança. No entanto, se eles começarem a buscar garantias de que você está bem, ou eles realmente fizeram comentários como “Eu não acho que você esteja bem”, isso pode ser um grande sinal de alerta.
Se alguém notar uma mudança em seu comportamento, isso pode ser um sinal de que o problema é mais sério do que você pensava. Por mais úteis que sejam, seus amigos não são psicólogos qualificados, por isso você deve procurar por ajuda especializada.
Levar o problema a um psicólogo pode simultaneamente aliviar a pressão sobre o amigo ou ente querido de quem você está procurando conselhos, por mais solidários e amorosos que sejam, eles não podem oferecer o nível de orientação que um profissional treinado pode oferecer.
Tentar controlar ou evitar seus problemas está consumindo seu tempo e energia. As pessoas podem se envolver em comportamentos de evitação, distração, busca de segurança, uso de álcool ou substâncias, ou simplesmente fazer uma cara feliz na tentativa de reduzir seus sintomas, ou problemas.
Essas tentativas podem funcionar por um tempo, mas raramente são úteis a longo prazo.
Você não está se divertindo com as coisas que costumava fazer
Pense nas atividades ou itens dos quais você costuma se divertir. Este ainda é o caso? Suas preocupações estão impedindo você de experimentar o mesmo nível de entusiasmo ou energia? Você se sente constantemente sobrecarregado?
Se este for o caso e se você estiver achando difícil fazer coisas que antes considerava fáceis, você pode se beneficiar conversando com um psicólogo. Esses sintomas são particularmente comuns quando alguém está lutando com baixo humor.
Você está pensando em terminar com seu parceiro
Relacionamentos não são fáceis. Eles são complexos e é preciso muita energia para manter as coisas em ordem. Se vocês dois não estiverem na mesma página ultimamente, aqui está o que você pode fazer.
Considere consultar um terapeuta, se você estiver tendo problemas para se comunicar com seu parceiro e as coisas estiverem dando errado, em geral. Uma perspectiva objetiva pode fazer maravilhas para salvar um relacionamento no qual você dedicou tanto amor e esforços.
Por esse e muitos outros motivos, que você não esteja conseguindo lidar sozinho, você deve procurar por ajuda qualificada e cuidar da sua saúde mental.
Existem três fatores que são considerados os níveis mais elevados de estresse: perda de um ente querido, perda de um trabalho ou mudança de uma cidade. Estamos enfrentando uma situação em que esses três fatores ocorreram simultaneamente, então dá para se ter uma ideia do patamar de estresse que esse momento está causando.
Em uma guerra, os principais pilares de suas vidas estão sendo destruídos simultaneamente. O limite entre a estabilidade e o pânico é rompido de uma forma abrupta, levando ao que chamamos de transtornos.
O primeiro pode ser considerado um transtorno de pânico, a mente trabalha em um limite máximo buscando sobreviver. Nossas reservas, tanto físicas quanto emocionais, estão sendo drenadas de uma maneira muito rápida.
A saúde, como é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o equilíbrio entre as partes do corpo. A ruptura desse equilíbrio é o que se chama doença, ou seja, as pessoas adoecem e podem desenvolver o que chamamos de transtornos – síndrome do pânico, ansiedade generalizada, depressão etc.
Uma situação de guerra atinge o instinto mais forte do ser humano, que é o instinto de sobrevivência. Isso dispara o alarme máximo de uma forma coletiva. Quando esse instinto é ameaçado, isso é tão forte que atinge o que chamamos de inconsciente coletivo, afetando a todos nós.
Lembrando que, quando falamos de inconsciente coletivo, temos registros de um passado onde tivemos guerra – provavelmente tivemos antepassados que foram atingidos por essas situações. Vivemos em um mesmo planeta, com uma história coletiva em comum.
Podemos também considerar que o pensamento, como sendo uma onda, ele se propaga além da distância física. Ainda mais em tempos de redes sociais onde tudo é muito próximo e todos somos impactados de forma imediata.
O medo é um sentimento normal e necessário, tendo a função de nos proteger em várias situações. Cada pessoa tem uma forma de lidar com o medo. Em uma situação atípica como, por exemplo, uma situação de guerra, parece mais sensato não falarmos em dias, e sim na magnitude da situação.
Com certeza, os níveis altíssimos de adrenalina alteram totalmente o nosso equilíbrio, fazendo com que esse equilíbrio entre as partes fique muito comprometido. Quanto maior o tempo de exposição a situações como essas, maior o comprometimento, causando o que chamamos de transtornos ou o desequilíbrio entre as partes, também chamado como doença.
São vários os transtornos, sendo eles o mais comum é o transtorno de ansiedade generalizada – ou seja, qualquer situação, mesmo que seja pequena, pode desencadear um ciclo muito grande de ansiedade na pessoa, podendo comprometer o sono, alimentação e diversas áreas.
O medo atua fazendo com que as pessoas ponderem riscos e ameaças, tanto físicas quanto emocionais, buscando um bem-estar de uma maneira geral e qualidade de vida também. Imagina uma pessoa não ter medo de saltar de um edifício de trinta andares? O fim seria trágico. O medo é um moderador. Quando ele é exagerado e inapropriado, ele impede a pessoa de viver inúmeras situações.
Sabemos hoje que a depressão, por exemplo, pode desencadear problemas cardíacos, potencializando situações ou pré-disposições, e funcionando como verdadeiros gatilhos. As doenças psicossomáticas, onde o indivíduo descarrega no corpo dores de suas emoções que ele não consegue elaborar.
Um exemplo disso é quando uma pessoa passa por um grande choque ou uma grande perda em um espaço de tempo relativamente pequeno, ela desenvolve doenças consideradas graves. O equilíbrio foi rompido e, com isso, as portas para as doenças se abrem.
Quando é possível, um grande aliado é a mudança de foco, forçando a atenção se voltar para algo leve e saudável. Podendo ser coisas simples como, por exemplo, escutar uma música do seu agrado, ler um livro ou fazer uma caminhada.
O objetivo é que se tire a energia de uma situação desagradável e, naturalmente, aconteça um relaxamento. Mas isso deve ser um hábito, e não algo pontual. Essas são maneiras mais simples e eficazes de se lidar com o estresse baixo ou até médio-baixo, sem comprometimento físico, ou seja, aquele onde o corpo ainda não está “falando”.
Por exemplo, em situações de pânico, as pessoas podem ter taquicardia, insônia, tremores etc. São situações tão reais que ela acredita realmente que algo grave irá lhe acontecer. Quando a pessoa chega a um pronto socorro, os seus sinais estão completamente normais.
É importante saber diferenciar um do outro, pois quando os sintomas já estão em um nível físico, é de essencial importância que um auxílio médico seja feito muito rapidamente para evitar comprometimentos maiores.
Um pilar de fundamental importância em momentos de grande stress é um alinhamento espiritual, a sintonia com algo maior que nós mesmos. Comprovadamente a Fé e a espiritualidade trazem imenso benéfico. Concluímos assim os quatro pilares do ser humano: físico, mental, emocional e espiritual.
*Mara Leme Martins PhD em psicologia, medicina do comportamento e VP BNI Brasil – Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.
Iniciativas voltadas ao bem-estar dos colaboradores devem estar refletidas na cultura organizacional
Para falar sobre a promoção de ações com foco na saúde mental dos colaboradores nas empresas, a Amcham (Câmara Americana de Comércio) promoveu na última semana, o webinar de Gestão de Pessoas “O bem-estar do colaborador e o dilema da saúde mental”.
Trata-se de uma discussão importante, afinal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil seja o segundo país do continente americano com mais cidadãos com depressão — ficando atrás apenas dos Estados Unidos — e o primeiro no quesito prevalência de casos de ansiedade. A doença é a principal entre os transtornos mentais.
O evento contou com a participação de Rui Brandão, CEO do Zenklub, startup que conecta profissionais de saúde mental com possíveis pacientes; Nélia Soares, diretora de Recursos Humanos (RH) para América Latina na American International Group (AIG) e moderação de Daniely Zaranza, gerente de Recursos Humanos do Hospital Santa Marta.
Saúde mental no ambiente corporativo
Na análise de Rui Brandão, ainda que a discussão sobre o bem-estar e a saúde emocional dos colaboradores encontre mais abertura hoje, os problemas psicológicos seguem muito estigmatizados: “A pandemia acelerou algo que várias empresas já estavam olhando de forma estratégica. Ela quebrou os tabus de trazer o assunto nas conversas de corredor e fomos forçados a evidenciar essa temática. Agora, é preciso agir”.
E, para agir de forma efetiva, ele deixa claro que deve-se integrar indivíduo e instituição. “O desenvolvimento individual é que vai gerar impacto coletivo, mas não basta dar ferramentas às pessoas; precisamos nos capacitar como RH, como cultura e como empresa. A gente começa a introduzir conversas e a partir disso criar um diálogo acompanhado de estratégias para a saúde emocional no mundo corporativo”, explica o CEO do Zenklub.
Como fomentar a cultura do bem-estar?
Para que a estratégia de saúde mental comece no alto escalão da empresa e chegue a todos os colaboradores, basta olhar para a situação como uma corrente de três elos: em uma empresa que possui uma cultura clara de diálogo e transparência, as lideranças são incentivadas a deixar suas expectativas sempre claras e oferecer escuta ativa às suas equipes. Por sua vez, em um ambiente como esse, os indivíduos se sentem confortáveis para também buscar por conta própria seu autocuidado e desenvolvimento pessoal e profissional.
Para Nélia Soares, o primeiro passo é criar um local de trabalho em que os colaboradores sintam-se livres para ser quem são, o que pode ser incentivado com a criação de grupos de diversidade na empresa, por exemplo. “O que importa é criar esse ambiente de segurança psicológica, empatia, escuta e conexão com as pessoas. Com esse canal de comunicação aberto, é possível descobrir muito mais sobre as necessidades dos colaboradores e a discussão se enriquece muito”, ressalta.
Além disso, ações como pesquisas de saúde organizacional e a humanização das avaliações de performance de forma que elas considerem critérios mais subjetivos, como os desafios apontados pelo funcionário e demandas que ele sente orgulho de ter realizado, são outras ideias para normalizar o cuidado com o emocional. É preciso também preparar e sensibilizar toda a organização, em especial os líderes, para assumirem compromisso com o bem-estar, a partir da escuta empática, sem julgamento, do aprendizado sobre saúde mental e da liderança em priorizar seu próprio bem-estar e de colegas que requeiram suporte. “Queremos que as pessoas tratem a saúde mental como tratam ir ao médico todos os anos, que não exista nenhuma vergonha em abrir isso para colegas, lideranças e RH”, conclui a diretora de RH para América Latina da AIG.
Sobre a Amcham Curitiba
A Amcham Curitiba (Câmara Americana de Comércio) faz parte de uma das maiores associações de empresas do Brasil, com 15 filiais em todo o país e mais de 5,2 mil empresas associadas. O objetivo da Amcham é criar um ambiente favorável de negócios por meio de boas práticas de mercado, capacitação profissional e cidadania empresarial. A instituição visa facilitar relações empresariais, gerar negócios, ser ponte no relacionamento governamental e internacional, além de prover conteúdos que amplificam o conhecimento de seus associados. Em 2020, a Amcham Curitiba completou 20 anos no Paraná e reúne hoje mais de 300 empresas associadas.
Segundo o Professor Doutor Fabiano de Abreu, crianças são as mais afetadas já que entram em contato com celulares desde cedo
Quais são os efeitos a longo prazo do uso excessivo da internet? De acordo com o neurocientista Doutor Fabiano de Abreu, o uso inadequado das redes reduz a inteligência, diminui o foco atencional e prejudica o processo de memorização. Em seu artigo publicado na revista científica Ciencia Latina, o especialista em neurociência detalha o impacto das redes nas capacidades cognitivas individuais e na sociedade como um todo.
Há justificativas científicas para a internet ser tão viciante: “as experiências virtuais, com destaque ao uso das redes sociais, são moldadas para proporcionar prazer ao usuário”, explica Fabiano de Abreu. “Conforme a pessoa navega e sente prazer, o cérebro libera hormônios associados ao bem estar, como endorfina e dopamina. Esse prazer momentâneo condiciona as pessoas a usarem cada vez mais as redes sociais, culminando em uma prática viciosa onde o cérebro busca cada vez mais dopamina”, pontua o neurocientista.
O ciclo vicioso do uso da internet não envolve apenas prazer: a longo prazo, o indivíduo passa a sentir também ansiedade – seja por buscar por mais prazer com as redes ou por não obter o prazer esperado: ” o ciclo de realização nos coloca em uma ansiedade que prejudica a atenção e provoca a ausência de foco. Com isso, não há memorização e sem memorização, não há aquisição de conhecimento. Com menos conhecimento, nos tornamos menos inteligentes”, afirma o Dr. Fabiano de Abreu.
De acordo com o neurocientista, as crianças são as mais afetadas pelo mau uso da internet: “cada vez mais cedo as crianças passam a ter contato com tablets e celulares. Isso faz com que elas sejam as mais prejudicadas. Uma evidência disso é que cresce continuamente a quantidade de jovens que apresentam dificuldade para tarefas de leitura e memorização”, constata o neurocientista Fabiano de Abreu.
Em seu estudo, o especialista em neurociência defende que é necessário que sejam tomadas medidas para reverter esse processo: “se nada for feito, a inteligência humana será reduzida consideravelmente com o decorrer dos anos e isso será passado para as próximas gerações”, constata o Dr. Fabiano de Abreu. Além dos impactos cognitivos, o neurocientista adverte que o uso excessivo de internet pode prejudicar a saúde psicológica e emocional, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças como ansiedade e depressão.
Mal uso da internet diminui a inteligência dos indivíduos
Acostumados com a “informação de fácil acesso”, crianças cada vez mais apresentam dificuldade em tarefas de leitura e investigação
Quais são os efeitos a longo prazo do uso excessivo da internet? De acordo com o meu artigo publicado na revista científica Ciencia Latina, o uso inadequado das redes reduz a inteligência, diminui o foco atencional e prejudica o processo de memorização. No artigo “Internet hace que la gente sea menos inteligente”, detalho o impacto das redes nas capacidades cognitivas individuais e na sociedade como um todo.
Há justificativas científicas para a internet ser tão viciante. As experiências virtuais, com destaque ao uso das redes sociais, são moldadas para proporcionar prazer ao usuário. Conforme a pessoa navega e sente prazer, o cérebro libera hormônios associados ao bem estar, como endorfina e dopamina. Esse prazer momentâneo condiciona as pessoas a usarem cada vez mais as redes sociais, culminando em uma prática viciosa onde o cérebro busca cada vez mais dopamina.
O ciclo vicioso do uso da internet não envolve apenas prazer: a longo prazo, o indivíduo passa a sentir também ansiedade – seja por buscar por mais prazer com as redes ou por não obter o prazer esperado. O ciclo de realização nos coloca em uma ansiedade que prejudica a atenção e provoca a ausência de foco. Com isso, não há memorização e sem memorização, não há aquisição de conhecimento. Com menos conhecimento, nos tornamos menos inteligentes.
Nesta conjuntura, as crianças são as mais afetadas pelo mau uso da internet, já que elas entram em contato com tablets e celulares de forma cada vez mais precoce. Isso torna esse grupo o mais prejudicado. Uma evidência disso é que cresce continuamente a quantidade de jovens que apresentam dificuldade para tarefas de leitura e memorização.
Em meu estudo, ressalto a necessidade de que sejam tomadas medidas para reverter esse processo. Se nada for feito, a inteligência humana será reduzida consideravelmente com o decorrer dos anos e isso será passado para as próximas gerações. Além dos impactos cognitivos, o uso excessivo de internet pode prejudicar a saúde psicológica e emocional, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças como ansiedade e depressão.
Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
O excesso de débitos pode afetar o sono, a autoestima e levar a consequências físicas. Negociar é sempre o melhor caminho
Dizem que dinheiro não traz felicidade, mas pode trazer tranquilidade e sossego para a mente. Embora pouco discutido, um dos aspectos da vida que mais causam impacto na saúde mental são as finanças e, consequentemente, as dívidas. Segundo o Artur Zular, cofundador da QueroQuitar e médico especializado em comportamento, coordenador do curso de pós-graduação em psicossomática da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e presidente do departamento científico de medicina psicossomática da Associação Paulista de Medicina, estar endividado afeta diretamente a autoestima, podendo causar ansiedade, transtorno do pânico e depressão. Por isso, é tão importante chamar atenção para esse tema que ainda é um tabu em boa parte da população.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Esse número é equivalente a 5,8% da população, colocando o país em segundo lugar no ranking americano, atrás apenas dos Estados Unidos. Dentre esse grupo, muitos têm dificuldade de fechar as contas no azul no fim do mês: são mais de 64 milhões de brasileiros negativados no país.
“As pessoas não ficam endividadas porque querem, ficam porque não conseguiram honrar os pagamentos daquilo que elas queriam ou precisavam, seja uma casa, o carro, o aluguel, um item de mobília doméstica ou as contas do dia a dia. Essa condição afeta diretamente a autoestima delas”, comenta Zular. O stress crescente desencadeia o aparecimento de somatizações, alterações de apetite, insônia, mudança repentina de humor, queda de cabelo, aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca, derrame e infarto, problemas de pele, de estômago e intestino, entre muitos outros, além de quadros depressivos e suicídio.
Segundo ele, o primeiro passo para reverter essa situação é procurar ajuda de um médico especialista nos sintomas que mais incomodam. Em paralelo, negociar as dívidas e manter estabilidade na vida financeira. Hoje, graças ao avanço da tecnologia, existem novos canais digitais de negociação de dívidas, mais fáceis, rápidos e acessíveis, que proporcionam descontos melhores e com taxas e condições personalizadas. “Quando o cliente procura a melhor forma de quitar suas dívidas, como na plataforma da QueroQuitar, é que esse jogo começa a virar. A parte emocional volta aos trilhos, os sintomas começam a desaparecer, alcançando o equilíbrio entre a vida financeira e o emocional”, diz Zular.
Ainda vale ressaltar a importância da educação ou reeducação financeira. Depois de sair das dívidas e de uma situação que mexeu tanto com a saúde, é importante que haja uma educação financeira para que não aconteça novamente. “Se, ainda assim, for necessário fazer uma compra parcelada, procure condições e parcelas que sejam condizentes com a sua realidade financeira, que se encaixem no orçamento mensal, e torne isso uma prioridade de pagamento”, finaliza o especialista.
Sobre a QueroQuitar
A QueroQuitar é uma empresa que viabiliza e facilita as negociações de dívidas, possibilitando os melhores acordos entre devedores e credores de forma simples, rápida e totalmente online. A fintech foi fundada em 2015 pelos sócios Marc Lahoud, Artur Zular e Alencastro Silva que atuaram por anos em diversos tipos de mercado, como varejo, saúde e financeiro. Eles juntaram suas especializações e criaram uma startup dinâmica, com valores e benefícios que visam ajudar o cliente final.
Psicólogo e consultor de imagem Guto Bolsoni discute em livro o conceito de beleza emocional relacionada à saúde integral
A demanda por mudanças extremas na aparência e o ímpeto de se submeter a intervenções drásticas podem ser sintomas de conflitos emocionais. Este é o ponto de partida para as reflexões apresentadas no livro Casa All – Beleza Física e Emocional, lançamento do psicólogo e consultor de imagem Guto Bolsoni.
Todos os anos, mais de 1,5 milhão de procedimentos estéticos são realizados no Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Dentre as operações mais procuradas, está a de aumento da mama, com uma média anual de 200 mil cirurgias.
Em 2022, o rejuvenescimento das pálpebras e a rinoplastia devem se consolidar como tendência nos consultórios. Isso porque na pandemia, as pessoas passaram a se observar com mais frequência por meio de telas, gerando um “boom” na busca por transformações faciais.
Com Casa All, Bolsoni apresenta e discute o conceito de beleza emocional. O termo engloba o estado de harmonia entre sentimentos, afetos e a saúde mental de cada indivíduo. O autor incentiva ainda o debate sobre a busca de terapias e profissionais focados na saúde integral.
“Os procedimentos estéticos nem sempre servem para aprimorar a beleza física. Muitas vezes, funcionam apenas como anestesia na tentativa de curar uma ferida emocional”, alerta o psicólogo. No livro, ele apresenta mecanismos de reflexão para conciliar o bem-estar interno e a aceitação da própria imagem.
Ao longo das páginas, Bolsoni responde perguntas como “Qual o papel dos sentimentos na saúde mental?” e “Como curar feridas internas com um abraço?”, com destaque para a relação entre corpo e mente. Cada capítulo é um convite para revolucionar a forma como se entende e enxerga a beleza.
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Ficha técnica
Livro: Casa All – Beleza Física e Emocional Autor: Guto Bolsoni Editora: Lisbon Press ISBN/ASIN: 9789893725887 Páginas: 180 Preço sugerido: R$ 39,00 Link de venda:Amazon e Livraria da Travessa
Sobre o autor
Guto Bolsoni é psicólogo e pós-graduado em psicologia analítica. Possui ainda formação em jornalismo, letras e teatro. Trabalhou como modelo e ator, atuando em novelas e campanhas publicitárias no Brasil e exterior. Como psicólogo e consultor de imagem, criou o espaço Casa All, onde desenvolve estudos e treinamentos com o intuito de propagar a importância de estabelecer o equilíbrio entre beleza física e emocional.
Para encerrar o Janeiro Branco, a live, que acontece em 31/1, às 11h30, trará o debate entre o médico Ricardo Salem e as jornalistas Daiana Garbin e Lisa Lisausksas
Janeiro de 2022 _ Os impactos da pandemia da Covid-19 atingem profundamente o bem-estar emocional das famílias, de maneira geral. As crianças, embora se mostrem menos suscetíveis ao contágio pelo vírus, estiveram, como todos, expostas ao turbilhão de mudanças provocadas pela crise sanitária. O reflexo sobre o comportamento dos menores tem sido percebido em casa e relatado aos profissionais de saúde.
No ano passado, particularmente, a operadora de saúde Care Plus registrou um aumento exponencial na busca pelos serviços do Programa Mental Health. Em março de 2021 a demanda cresceu 96% em relação ao mesmo período de 2020. Nesse universo, 46% dos acionamentos relativos à pandemia apontavam solicitações ou orientações a respeito de relações familiares.
Para contribuir para o conhecimento, a desmistificação de doenças mentais e o acolhimento de pacientes, a Care Plus investe em diversas iniciativas, como a promoção e patrocínio de workshops e debates – foi patrocinadora do painel sobre Saúde Mental do Summit do Estadão, realizado em outubro de 2021.
No dia 31/1, às 11h30, será a vez da live Saúde mental de adolescentes e suas famílias, que reunirá o médico Ricardo Salem, diretor executivo da Care Plus, e as jornalistas Daiana Garbin e Lisa Lisausksas.
A Care Plus faz parte da Bupa, companhia presente em mais de 190 países. Há 30 anos, a Care Plus fornece soluções de saúde premium, por meio de uma ampla gama de produtos (medicina, odontologia, saúde ocupacional e medicina preventiva). É a principal operadora de saúde no Brasil em seu nicho de mercado, atendendo a mais de mil empresas e cerca de 195 mil beneficiários.
Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 58% das participantes.
Criado em 2014, o janeiro branco tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para assuntos relacionados à saúde mental e emocional das pessoas e conscientizar que, assim como o corpo, a mente também deve ser cuidada. De suma importância, durante este mês, são feitas inúmeras campanhas de conscientização em todo o país.
É preciso ter atenção à saúde mental, pois conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 54% das brasileiras sofreram ou sofrem de ansiedade, 24% de estresse contínuo e 17% de depressão.
A ansiedade afeta principalmente as mulheres mais jovens, dos 18 aos 24 anos, com 58% das participantes, e as que estão tentando engravidar, com 57% delas. Assim como o estresse contínuo, que afeta 26% delas. Já a depressão afeta principalmente as mulheres dos 45 aos 49 anos, com 25% das entrevistadas, e dos 50 anos ou mais, com 21% das mulheres. Os homens também sofrem com ansiedade, 34%, e depressão, 21%.
O Rio Grande do Sul é o estado em que mais mulheres sofrem ou já sofreram com algum desses problemas de saúde mental. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, 69% e 68%, respectivamente, já tiveram algum problema relacionado a sua saúde mental. Em São Paulo, 64% e na Bahia 61%. O Acre é o estado com o menor percentual e pelo menos metade da população já teve algum problema de saúde mental.
Falar sobre saúde mental e emocional tornou-se ainda mais necessário, uma vez que a ausência dela afeta milhares de pessoas e as impede de trabalhar e produzir de forma saudável. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o impacto causado por problemas mentais e emocionais já afeta em US$ 1 trilhão o PIB mundial. Porém, esses prejuízos só puderam ser calculados quando já haviam causado grandes transtornos.
E neste sentido, ao invés de pensarmos apenas nos grandes problemas que a ausência da saúde mental e emocional pode causar à economia, podemos dar foco a uma cultura de educação emocional, instruindo pessoas no mundo corporativo sobre a importância do autocuidado e da valorização da saúde em primeiro lugar.
“A prevenção, na verdade, é o caminho do autoamor, da saúde verdadeira. Isso acontece quando olhamos do ponto de vista da reeducação: como eu posso me cuidar, o que é ter saúde, e principalmente estou valorizando a minha saúde?, aponta Karina Siervi, uma das terapeutas da Naomm, empresa especializada em teleconsultas em terapias integrativas, com foco na oferta de bem-estar e autoconhecimento para os times e colaboradores de pequenas, médias e grandes empresas.
Para muitas pessoas, o crescimento profissional é alcançado em detrimento de uma vida saudável, que muitas vezes ocupa o último lugar na sua lista de prioridades. Por isso, é de extrema importância a criação de uma cultura onde há educação e instruções sobre o autocuidado.
Cuidado esse que pode ser priorizado através das práticas integrativas. “Toda prática integrativa, como o nome já diz, vai olhar para o ser humano de forma integral e holística, contribuindo para saúde mental, física emocional, e para o nosso autoconhecimento, pois elas passam por um princípio de empoderamento, que se configura quando a pessoa toma essa autonomia sobre a sua saúde”, explica Karina.
Por isso, propomos a você a seguinte sugestão de pauta: Educação emocional: como a criação de uma cultura do autocuidado pode prevenir transtornos mentais e emocionais? Como sugestão de entrevistada, Karina Siervi, que além de ser uma das terapeutas da Naomm, é também bacharel em Ciências Biológicas com ênfase em Neurociências, Meta-Coach em Neuro-Semântica pela Sociedade Internacional de Neuro-Semântica (ISNS). Sound Healer pelo Método Internacional Peter Hess, e Instrutora de O-DGI (O Despertar do Guerreiro Interno)
Substantivo feminino derivado do latim creare, a palavra criatividade é definida como a capacidade de inventar, produzir ou criar coisas novas. Mas, o que ela tem a ver com a saúde mental? É o que a neurocientista Daiane Golbert irá abordar no vídeo lançado nesta terça-feira, 25, como parte da campanha Janeiro Branco na UFRN. O material está disponibilizado no Instagram do projeto de extensão. No vídeo, ela aborda que a criatividade é a característica humana de articular ideias de forma original e adaptativa, o que auxilia na saúde mental por meio do fluxo criativo. Daiana destaca a importância de abordar essa temática na campanha do Janeiro Branco, por se tratar de um “tema propício para desmistificar e facilitar o manejo do bem-estar psíquico”. Leia mais.
Stressed young woman in casual clothes sitting upset on sofa in front of laptop. Worried lady frustrated because of bad news in e-mail letter or message opened on computer screen, shocked of dismissal Divulgação
Dados mostram que Brasil é o país mais ansioso do mundo e o segundo com mais casos de depressão no continente
Cada vez mais reconhecida como uma prioridade global de saúde e desenvolvimento econômico, a saúde mental motivou a criação da campanha Janeiro Branco, com ações de conscientização e reflexão sobre o tema. De acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo com mais casos de depressão (5,8%) na América.
A saúde mental representa mais de 1/3 da incapacidade total no mundo, com transtornos depressivos e ansiosos como maiores causas – os quais respondem, respectivamente, pela 5ª e 6ª causas de anos de vida vividos com incapacidade no Brasil. Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial e cedida à BBC News Brasil, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano.
A saúde mental também causa reflexos no desenvolvimento econômico, sendo a segunda causa de afastamento laboral, gerando ainda grande estigma pessoal de incapacidade – especialmente com o advento da pandemia da Covid-19. Um estudo publicado pela Fiocruz com outras seis universidades em meados do ano passado, dizia que “sentimentos frequentes de tristeza e depressão afetavam 40% da população adulta brasileira, e sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas”.
Iniciada em 2014, a campanha Janeiro Branco é dedicada ao bem-estar mental. O mês foi escolhido por se tratar de um período em que as pessoas estão focadas em resoluções e metas para o ano que se inicia. “O acompanhamento psicológico é fundamental para que as pessoas compartilhem seus conflitos e frustrações como forma de alívio na carga emocional e no sofrimento, encontrando através da ajuda profissional novos meios de lidar com os problemas”, afirma a psicóloga Ticiana Paiva de Vasconcelos. Ticiana é head de Psicologia na Starbem, professora universitária, doutora em Psicologia e pesquisadora de cuidado emocional em crises, desastres e suicídios.
Telessaúde como aliada
Com o aumento de casos de Covid-19 e da gripe H3N2, muitas pessoas têm evitado sair de casa e se dirigir a consultas. Nesses casos, ferramentas de atendimento remoto atuam como aliadas. É o caso da Starbem, plataforma de telessaúde fundada em novembro de 2020. Além das 20 especialidades médicas, o aplicativo oferece atendimento psicológico inclusive para quem não é assinante, por meio de consultas avulsas por um preço acessível. A Starbem foca no cuidado integral à saúde e ainda oferece a possibilidade do paciente fazer um check-up de saúde de onde estiver por meio da inteligência artificial utilizada no aplicativo. Basta acessar o app, clicar em StarCheck e apontar a câmera frontal do celular para o rosto durante 30 segundos, como se fosse uma selfie. Este é o tempo necessário para que o usuário consiga ter na palma da mão dados como batimentos cardíacos, índice de estresse, pressão arterial e muito mais.
“Entendemos que é essencial cuidar de si mesmo e do bem-estar mental, principalmente diante de tantos desafios do dia a dia, na tentativa de equilibrar o tempo pessoal, profissional, filhos, compromissos pessoais e atividades domésticas. Lidar com tantas responsabilidades pode ser desgastante para muitas pessoas, e por isso um acompanhamento psicológico pode ser sinônimo de conforto”, conclui Ticiana.
Sobre a Starbem
A Starbem é uma health tech com um conceito inovador de saúde integrada e telessaúde que inclui consultas por videochamada para todo o país com médicos responsáveis pelo atendimento diferenciado da plataforma, além de consultas avulsas com nutricionistas e psicólogos e descontos em exames. O agendamento é simples, rápido e prático pelo aplicativo, evitando filas e horas de espera. O paciente é atendido no horário agendado, recebe as prescrições pelo celular e também consegue fazer o upload de exames. A missão da empresa é democratizar o atendimento médico de qualidade no Brasil. Para mais informações, acesse www.starbem.app.
Francesco pellegata, master trainer em hipnoterapia e programação Neuro-Linguística (PNL), revela como manter o equilíbrio psicológico e evitar sentimentos como a ansiedade e o medo, que podem surgir em meio a novas incertezas sobre o futuro
O aumento dos casos confirmados com variante ômicron da covid-19 está mexendo com a saúde mental de parte da população. Mesmo com o grande números de pessoas vacinadas, o crescimento da doença tem feito muitas pessoas ficarem preocupadas. A sensação de medo constante e a insegurança logo no início de um novo ano pode levar ao desenvolvimento de ansiedade e outras doenças mentais.
Francesco Pellegatta, master trainer em hipnoterapia e uma das principais referências internacionais em Programação Neurolinguística (PNL), acredita que neste momento de incertezas é fundamental utilizar a calma e seguir a lógica para encarar esse novo desafio imposto pela pandemia:
“Olhando a situação do Brasil, como um todo, podemos logicamente chegar a conclusão de que a nova variante será enfrentada e contida. Isso não significa que podemos abandonar as medidas básicas de segurança, e principalmente não podemos nos entregar ao pânico”.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostrou que durante a pandemia 80% dos brasileiros se tornaram mais ansiosos. Neste momento, quando as medidas de flexibilização estavam bem avançadas e o isolamento parecia algo do passado, o surgimento da variante ômicron, pode despertar novamente essa sensação negativa em relação ao futuro.
Francesco, que é atualmente a única pessoa no mundo a ser certificado simultaneamente como Master Trainer de PNL pela American Board of NLP (ABNLP) e pela a Association for Integrative Psychology (AIP), explica que ansiedade funciona como uma ilusão criada pelo cérebro quando focamos em algo negativo e destaca que é preciso fazer uma distinção entre o que é o nervosismo comum do dia a dia e quando isso passa a ser uma patologia:
“Basicamente a ansiedade funciona assim: as pessoas começam a pensar muito no futuro e imaginam que tudo de ruim irá acontecer. Para resolver essa questão é preciso mudar essa mentalidade. Se penso em tudo de negativo que pode acontecer, isso significa que também tenho a capacidade de focar em tudo de positivo que pode acontecer. Balanceando essas duas representações iremos simplesmente resolver a ansiedade. É óbvio que é necessário fazer uma distinção entre a ansiedade que todos experimentamos ao longo da vida e a patológica. Para a ansiedade generalizada, essa simples dica funciona, mas nos casos patológicos não”.
A Programação Neuro-Linguística (PNL) como um importante aliado
Francesco ressalta que desde o início do isolamento social defendeu que era necessário que as autoridades públicas oferecessem suporte mental para a população. Segundo ele, já que os alertas foram ignorados neste momento é necessário que “devemos ser nós mesmos os responsáveis para restabelecer a normalidade, senão melhorar ainda mais”.
Nessa lógica, a Programação Neuro-Linguistica pode ajudar promovendo uma grande reflexão mental das pessoas. Francesco conta que a técnica foi a mais valiosa que conheceu nos seus anos de estudo e pesquisa:
“A Programação Neuro-Linguística (PNL) pode nos auxiliar no autoconhecimento, a controlar nossa mente e pensamentos. Eu vejo o conhecimento próprio de cada um como um trabalho que todos nós iremos precisar fazer diariamente a partir de agora, para o nosso próprio bem estar. É um absurdo pensar que tudo que aconteceu pode ser simplesmente esquecido.Os traumas chegaram, agora precisamos resolvê-los e fortalecer a nossa mente”.
Atenção ao consumo exagerado de notícias
Para quem está passando por um momento de instabilidade e preocupação com as mudanças que podem ocorrer devido ao surgimento de novas variantes, ler e consumir informações todos os dias é algo que pode gerar desconforto. Passar horas e mais horas se informando sobre esse tema pode causar um aumento na ansiedade. Francesco pontua que é importante consumir essas notícias, mas sempre buscando um equilíbrio:
“O ideal seria usar a nossa mente de forma funcional. Escutar as notícias de maneira crítica é a solução para evitar novas ansiedades e possíveis patologias psicológicas conectadas com a pandemia. Por exemplo, neste momento sabemos que a nova variante é sim mais transmissível e ao mesmo tempo é bem mais leve, por isso é inútil focar no que poderia acontecer de ruim, quando podemos confiar na ciência. Ficar atento ao fato de que essa nova variante tem uma taxa de mortalidade bem inferior e pode acabar se tornando algo não tão preocupante”.
Pensamento positivo para 2022
Mesmo com muitas incertezas, a virada do ano é sempre um momento de refletir e pensar no que se deseja para o início de um novo ciclo. Criar metas, mentalizar sonhos e pensar de maneira positiva podem ajudar a retirar pensamentos negativos que estejam atrapalhando o seu dia a dia. Francesco Pellegatta dá algumas dicas que podem ser muito úteis nesse início de 2022:
“Estabeleça metas, foque no que quer para os próximo ano, isso é fundamental. Faça metas alcançáveis e as escreva em um papel. Coloque em um lugar que você possa ver diariamente, pode ser na porta da geladeira, no carro, na carteira ou bolsa . É importante estabelecer uma meta principal para o ano de 2022 e todos os objetivos menores necessários para alcança-lá”.
Ele também ressalta que é importante não só colocar uma meta, mas esse objetivo esteja relacionado a algo mais profundo de cada um:
“Quando for escolher a meta principal para 2022, questione se essa meta é também o propósito maior para a sua vida. Porque quando é algo compatível com os nossos ideais, elas agregam muito mais na nossa existencia”.
Mais sobre Francesco Pellegatta:
Nascido na cidade de Como (CO), no norte da Itália, Francesco Pellegatta é formado em psicologia na Anthem University, nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, filiou-se à American Psychological Association e se tornou uma das 20 pessoas no mundo condecoradas como Master Trainer de Hipnoterapia.
Atualmente, Francesco é a única pessoa a ser certificado simultaneamente como Master Trainer de PNL pela American Board of NLP (ABNLP) e pela a Association for Integrative Psychology (AIP). O italiano também consta entre os Master Trainers reconhecidos pela Association For NLP (ANLP) do Reino Unido.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a saúde mental, o Setembro Amarelo consiste em uma campanha organizada nacionalmente pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). O mês de setembro foi escolhido porque, no dia dez, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Segundo Francisco Kaiut, criador do Método Kaiut Yoga, professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural, a saúde mental tem sido alvo de muitas discussões atualmente, uma vez que tem ganhado cada vez mais relevância no Brasil e no mundo.
“Os transtornos psicossociais, como a ansiedade e a depressão, são problemas característicos da contemporaneidade. Por isso, é essencial falarmos não somente sobre os tratamentos dessas condições, mas também sobre a prevenção. Prevenir o aparecimento ou o agravamento dos transtornos contribui, consequentemente, para a prevenção do suicídio”, explica o especialista.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de pessoas depressivas. No que se refere à ansiedade, o Brasil ocupa a primeira posição. Para Kaiut, esses dados revelam um problema de saúde pública que precisa de atenção.
“A pandemia foi determinante para o desenvolvimento e para o agravamento de muitos transtornos psicológicos, especialmente por conta das medidas de isolamento e de distanciamento social. O que muitos não sabem, contudo, é que a yoga pode ajudar no tratamento e no alívio de alguns sintomas”, conta.
Esse é o resultado de uma pesquisa publicada na British Journal of Sports Medicine, que apontou que a prática de yoga é capaz de reduzir os sintomas depressivos em pacientes diagnosticados com depressão e/ou com ansiedade.
“O yoga não cura a depressão, precisamos deixar isso claro. Porém, sua prática atua de diversas formas no alívio dos sintomas. Uma das principais ações da yoga é aumentar a neuroplasticidade positiva e a autoconsciência, o que acalma o sistema nervoso e, consequentemente, age contra a depressão”, pontua Kaiut.
Outro fator de destaque apontado pelo professor é a produção de serotonina e de dopamina, neurotransmissores que auxiliam na melhora do humor e na redução dos sintomas depressivos.
“A prática de yoga é benéfica tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Enquanto contribui para a saúde do sistema cardiovascular, melhora a autoestima, promove o autoconhecimento e auxilia no equilíbrio entre corpo e mente”, conta.
De acordo com Kaiut, a prática de yoga deve ser complementar a um tratamento adequado. “A depressão é um transtorno psicológico sério e que precisa de tratamento. Por isso, é essencial buscar o auxílio de um profissional especializado, como um psicólogo ou um psiquiatra. Se você realiza o acompanhamento correto, pode contar com as vantagens da yoga”, finaliza o especialista.
Francisco Kaiut é professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural, que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem mais simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, com dores crônicas e com a ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.
Beautiful girl in yoga studio. A woman doing a yoga. Lady in a top. Créditos – Foto: Divulgação / MF Press Global
A prática de yoga tem se tornado cada vez mais comum. Isso porque a atividade tem como objetivo trabalhar não somente o corpo, mas também a mente, o que traz benefícios para a saúde física e mental do indivíduo.
De acordo com Francisco Kaiut, criador do Método Kaiut Yoga, professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural, o yoga, por se tratar de uma prática que trabalha com o corpo e com a mente de forma interligada, pode atuar na solução de vários problemas. “O yoga pode ajudar quem tem dores na coluna, bem como quem precisa reduzir o estresse e a ansiedade. Todos podem praticar yoga, inclusive crianças e idosos, já que a prática traz qualidade de vida”, explica.
O professor aponta que os benefícios do yoga para a saúde mental são tão evidentes que a prática é utilizada, inclusive, no tratamento de alguns transtornos psicológicos. “Quando combinado com um acompanhamento psicológico e/ou psiquiatra, o yoga pode ajudar no tratamento de algumas condições, como o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada)”, ressalta Kaiut.
O impacto do yoga na saúde mental ocorre, principalmente, devido aos efeitos da prática no sistema nervoso.
“No Método Kaiut, os estímulos articulares seguros estão ligados à diminuição de um estado reativo, o que tranquiliza o corpo e a mente. Tudo isso diminui o ritmo interno e possibilita um estado de presença. E engana-se quem pensa que o estado de meditação na prática do yoga é simplesmente uma sensação momentânea de conforto e calma. Esse estado meditativo está relacionado a descargas químicas, proporcionadas pelo sistema nervoso parassimpático, o que traz uma real qualidade de vida ao indivíduo”, explica Kaiut.
Dessa forma, fica fácil perceber como e por que o yoga contribui para a saúde mental das pessoas. Kaiut aponta que, além dos transtornos psicológicos, a prática pode ser utilizada para diversas outras condições. “O yoga diminui o estresse, promove a concentração, ajuda o indivíduo a entender e a controlar suas emoções e até mesmo previne doenças. Com certeza a atividade só traz benefícios para quem a pratica”, finaliza.
Francisco Kaiut é professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural, que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem mais simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, com dores crônicas e com a ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.
As mudanças que a covid-19 trouxe acarretaram em sobrecarga de trabalho, o que pode prejudicar a saúde mental dos docentes
Com a implementação do formato de ensino a distância, professores e alunos precisaram se adaptar ao novo modelo de aprendizagem. No que se refere aos problemas enfrentados pela comunidade docente, a sobrecarga de trabalho e a dificuldade de tornar possível um ensino de qualidade mesmo no formato remoto são alguns dos mais severos. Exaustos, é de se esperar que a saúde mental dos profissionais fique comprometida.
De acordo com Alessandro Scaranto, Psicólogo especialista em Saúde Pública e Saúde da família, “em um contexto virtual, o desgaste psicológico dos professores é exponencialmente maior do que o vivido presencialmente”. Isso porque, com diversas limitações – que são atenuadas no âmbito infantil -, o ensino remoto dificulta o controle do profissional com relação às crianças, a aprendizagem e o vínculo aluno-professor, “que é muito importante para o desenvolvimento infantil”, completa o especialista.
Haja vista que os professores precisam lidar com as suas questões pessoais, mas, além disso, também são inseridos em contextos de terceiros por meio das crianças, “o psicológico dos docentes tende a ficar prejudicado”, alerta o especialista. Assim, ademais aos seus problemas e medos como qualquer brasileiro têm, os professores devem lidar com medos, ansiedades e angústias também dos alunos.
O problema se agrava ainda mais quando o modelo de ensino híbrido é inserido. Por mais que seja necessário a volta do ensino presencial, com relação à saúde mental dos professores, o assunto se torna mais delicado. Uma vez que devem se preocupar com as suas próprias questões sanitárias, mas também a dos pequenos, o cuidado quanto ao contágio do coronavírus recai, mais uma vez, sobre esses profissionais. “Mesmo com a vacinação, ainda existe um temor”, completa Scaranto.
Em poucas palavras, entendemos a situação dos professores como a de um cuidado dedicado a todos, menos a ele próprio. Desse modo, quando o profissional se sente descuidado e exausto com relação às suas obrigações e medos, “ele começa a não dar conta de si mesmo”, alerta o especialista. Nesse estágio, o perigo de desencadear problemas emocionais como depressão, ansiedade, baixa autoestima é muito grande.
Em meio a esse caos, é muito comum o sentimento de impotência. Scaranto lembra que, nesses casos, é indispensável um aconselhamento psicológico com um especialista. “A psicologia foi uma profissão que deu muito amparo a todos em momentos de pandemia”, explica Scaranto. É importante que nesse momento profissionais de todas as áreas se encontrem em uma união para o prol de todos.
Serviço: Alessandro Scaranto
Psicólogo – Especialista em Saúde Pública e Saúde da família
PhD em neurociência, mestre em psicanálise e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu alerta sobre o risco do Round 6 para crianças: “estruturas no cérebro se modificam e trazem danos presentes e/ou futuros.”
Round 6 é a série coreana de maior sucesso na história da Netflix. O enredo gira ao redor de pessoas endividadas que podem ser resgatadas da crise por meio de um jogo perigoso. Porém, a classificação etária não está sendo obedecida, e isso pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes.
Na França, cinco crianças foram hospitalizadas; o acidente foi causado por um confronto entre alunos do terceiro e do sexto ano do College George-Sand. A brincadeira teria “fugido do controle” e se transformado em uma situação violenta, que levou as crianças a passar por atendimento médico. Esse tipo de conduta preocupa o PhD , neurocientista, psicanalista, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu. “Isso evidencia o quanto é necessária uma espécie de controle por parte dos pais, afinal, a série apresenta cenas de violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, sexo, palavras de baixo calão, e isso chama a atenção pois são crianças comentando sobre o assunto como se fosse algo normal delas assistirem”.
Diante da repercussão da série, muito tem se comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios, daí a recomendação da classificação indicativa, ainda que esta esteja sendo ignorada, analisa Fabiano: “Essa recomendação não existe à toa, pois o conteúdo apresentado pela série pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens. Ao assistir estas produções repletas de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam ‘normalizando’ isso e tratando o assunto como algo comum”, pondera.
Os efeitos disso é que as crianças e jovens podem se tornar mais reativas e agressivas, alerta o neurocientista “Nesta fase da vida, eles ainda são imaturos e muito vulneráveis a estímulos que podem se tornar incontroláveis e até mesmo viciantes. Além disso, nesta idade o cérebro tem menos ‘freios’ na regulação das emoções. A escola é o ambiente que mais se assemelha ao lar, com leis e regras, mas também acolhimento e amor. Por todo segmento educacional com interface da saúde mental estão preocupados com a repercussão dessa série. As crianças tendem a fazer o que vêem, não o que os pais e professores sugerem. A Netflix está preocupada com a audiência e numa casa, um e-mail da acesso à todos”, acrescenta.
Diante deste cenário, a ação preventiva preconiza o controle de tempo e de conteúdo da tela para crianças e adolescentes, recomenda Abreu. “É importante considerar ainda que a criança não tem a mesma percepção preventiva do adulto, já que a região do lobo frontal, relacionada à tomada de decisões, lógica e prevenção está em formação. Assim como a cognição com base na experiência não está desenvolvida. São discernimentos diferentes na percepção do adulto e da criança. Neste caso, recomendo aos pais que deve-se ter cuidado ao acesso das crianças e explicar com argumentos coerentes para a faixa etária, de maneira que entenda o real e o abstrato assim como suas consequências”.
Para quem ainda não conhece, a série utiliza-se de brincadeiras simples de criança como “Batatinha frita 1,2,3”, “Cabo de guerra”, “Bolas de gude” e outras, para assassinar a “sangue frio” as pessoas que não atingem o objetivo final. A produção estreou na plataforma de streaming em 17 de setembro e, no dia 12 de outubro, a Netflix confirmou que ela se tornou a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos.
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Artigo escrito pelo cientista
Classificação etária não existe à toa, afinal, histórias violentas podem fazer mal para a saúde mental de crianças e adolescentes
A série coreana Round 6 se tornou um grande sucesso do público infanto-juvenil. Porém, a classificação etária não está sendo obedecida, e isso pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes.
No último dia 12, a Netflix confirmou que a série Round 6 se tornou a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos. No ar desde o dia 17 de setembro, o conteúdo tem chamado a atenção de pais e educadores de crianças e adolescentes, ainda que sua classificação etária seja indicada para maiores de 16 anos.
Diante da repercussão da série, muito se tem comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios. Porém, o que não foi comentado até agora é que a classificação etária não está sendo seguida, e isso pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens. É importante lembrar que este limite não existe à toa, e que ao assistir estas produções repletas de conteúdo de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam o “normalizando” e tomando isso como algo comum.
Sobre os efeitos destes programas na saúde mental, é fundamental observar que nunca podemos generalizar isso. O ser humano é derivado de genótipo e fenótipo, este primeiro como precursor e este segundo como resultado da experiência com o ambiente externo como educação, criação, influências, traumas, inteligência, entre qualquer outro fator que interfira na personalidade que revelam comportamentos que possam se desdobrar em consequências em outras etapas da vida. Uma criança pode ver algo ruim e não repetir, com a consciência de que aquilo não é bom ou não faz bem, como pode querer repetir desafiando ou querendo chamar a atenção. Porque pessoas diferentes, respondem de forma diferente ao mesmo estímulo. Logo, cada um deve observado individualmente, inclusive, em sua influência sobre as demais.
Além disso, as crianças e adolescentes ao ter contato direto com tamanha violência podem se tornar reativas e agressivas. Nesta fase da vida eles ainda são imaturos e muito vulneráveis a estímulos que podem se tornar incontroláveis e até mesmo viciantes. Outro detalhe é que, nesta idade, o cérebro tem menos “freios” na regulação das emoções. Basta considerar que a escola é o ambiente que mais se assemelha ao lar, com leis e regras, mas também acolhimento e amor. Por todo segmento educacional com interface da saúde mental, estão todos preocupados com a repercussão dessa série. As crianças tendem a fazer o que veem, não o que os pais e professores sugerem.
Diante deste cenário, a ação preventiva preconiza o controle de tempo e de conteúdo da tela para crianças e adolescentes. Afinal, a criança não tem a mesma percepção preventiva do adulto, já que a região do lobo frontal, relacionada à tomada de decisões, lógica e prevenção está em formação. Assim como a cognição com base na experiência não está desenvolvida. São discernimentos diferentes na percepção do adulto e da criança. Neste caso, recomendo aos pais que deve-se ter cuidado ao acesso das crianças e explicar com argumentos coerentes para a faixa etária, de maneira que entenda o real e o abstrato assim como suas consequências.
Para quem não assistiu, a série apresenta cenas de violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, sexo, palavras de baixo calão, e isso é algo realmente preocupante, pois cada vez mais há crianças comentando sobre o assunto como se fosse algo normal delas assistirem. O enredo utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final.
Biografia resumida para os periódicos
PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, psicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica – Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos; Membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências. Universidades em destaque: Logos University International, UniLogos, Nova de Lisboa, Faveni, edX Harvard, Universidad de Madrid.
Crédito: Depositphotos_Subbotina
Estudos científicos têm confirmado a ação benéfica do probiótico da Yakult em sintomas de depressão e outros transtornos psiquiátricos
Estimativas indicam que quase 1 bilhão de pessoas no planeta vivem com pelo menos um transtorno mental, com diferentes apresentações. Instituído em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental, o Dia Mundial da Saúde Mental – celebrado em 10 de outubro – tem como objetivo estimular importantes reflexões sobre esses distúrbios, que incluem depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia e outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos de desenvolvimento, inclusive o autismo.
Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), os determinantes de saúde mental e transtornos mentais incluem atributos individuais, como a capacidade de administrar pensamentos, emoções, comportamentos e interações, e fatores sociais, culturais, econômicos, políticos e ambientais. Estresse, genética, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais também podem contribuir para esses transtornos.
A depressão é um dos mais comuns e uma das principais causas de incapacidade no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, globalmente, cerca de 300 milhões de pessoas são afetadas por essa condição, com as mulheres liderando as estatísticas. No Brasil, a depressão atinge aproximadamente 11 milhões de indivíduos – o maior índice da América Latina. Entre os idosos, as estimativas indicam que 9,2% dessa população conviva com a doença.
Estudos desenvolvidos nos últimos 20 anos têm sugerido que a saúde mental também pode estar relacionada ao eixo microbiota-cérebro-intestino. Desde que o pesquisador norte-americano Michael D. Gershon lançou o livro The Second Brain (O Segundo Cérebro), em 1999, mostrando que as células nervosas do intestino agiam como um verdadeiro cérebro, a comunidade científica mundial se dedica a decifrar quais mecanismos estão envolvidos com essa conexão.
As pesquisas já conseguiram comprovar que o intestino saudável impulsiona o bem-estar e pode ser um fator fundamental para evitar transtornos psicológicos, neurológicos e de desenvolvimento. Boa parte dos resultados desses estudos sugere que as bactérias intestinais podem ser o gatilho para o desenvolvimento dos transtornos mentais por influenciar o sistema nervoso central, o desenvolvimento de células nervosas e a formação dos circuitos de estresse. Além disso, os estudos indicam que a ingestão de probióticos pode melhorar a microbiota intestinal e, consequentemente, diminuir os sintomas ligados a esses transtornos.
Em 2020, cientistas de Malásia, Sri Lanka e Reino Unido apresentaram os resultados do estudo ‘Effects of Daily Probiotics Supplementation on Anxiety Induced Physiological Parameters among Competitive Football Players’. O ensaio foi conduzido com 20 jogadores de futebol do sexo masculino que receberam o probiótico Lactobacillus casei Shirota ou placebo durante oito semanas. Os resultados sugerem que a suplementação diária de probióticos pode ter o potencial de modular as ondas cerebrais, como teta (relaxamento) e delta (atenção), para melhorar treinamento, função cerebral e aspectos psicológicos para os exercícios.
Publicado em 2021, o estudo ‘Effects of Probiotics on Anxiety, Stress, Mood and Fitness of Badminton Players’ determinou os efeitos do consumo diário do probiótico Lactobacillus casei Shirota na ansiedade competitiva, no estresse e no humor de 30 jogadores de badminton universitário, com idades de 19 a 22 anos. Após seis semanas de consumo, os níveis de ansiedade e estresse dos jogadores que consumiram o probiótico da Yakult diminuíram significativamente. A suplementação também melhorou a capacidade aeróbia.
Em outro estudo deste ano, cientistas do National Centre of Neurology and Psychiatry e Teikyo University School of Medicine do Japão, em conjunto com o Instituto Central Yakult, investigaram a possível eficácia do probiótico Lactobacillus casei Shirota no alívio dos sintomas depressivos. Um estudo conduzido com 18 pacientes com transtorno depressivo ou transtorno bipolar avaliou mudanças nos sintomas psiquiátricos, na microbiota intestinal e nos marcadores biológicos de permeabilidade intestinal e inflamação, em um período de 12 semanas. Os resultados indicaram que o probiótico era benéfico para aliviar os sintomas depressivos.
Com base nesses e em outros resultados obtidos em inúmeros ensaios clínicos com probióticos relatando efeitos benéficos sobre os sintomas de depressão e marcadores biológicos relacionados, os cientistas acreditam que a ingestão do Lactobacillus casei Shirota é promissora para ajudar no tratamento desses transtornos, embora ainda exista um longo caminho para atingir esse objetivo.
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O Leite Fermentado Yakult completa 86 anos em 2021 e é o carro-chefe da empresa sediada em Tóquio, no Japão. Desde que o médico Minoru Shirota criou o Leite Fermentado com o exclusivo Lactobacillus casei Shirota, em 1935, e fundou a Yakult, em 1955, a empresa sempre teve grande preocupação em desenvolver alimentos que beneficiem a saúde das pessoas. Por isso, mantém o Instituto Central Yakult, em Kunitachi, Tóquio, que realiza inúmeros estudos relacionados ao intestino humano. Nos 40 países e regiões em que está presente, a Yakult possui aproximadamente 80 mil comerciantes autônomas (conhecidas como Yakult Ladies) – 32,7 mil no Japão e 47,5 mil em 12 outros países, incluindo o Brasil – que levam os produtos de porta a porta para milhões de consumidores, mesmo nos locais mais distantes. No mundo, mais de 40 milhões de pessoas consomem Leite Fermentado Yakult com Lactobacillus casei Shirota diariamente (resultado de 2019). Para outras informações, acesse o site https://www.yakult.com.br/ ou as redes sociais da empresa: https://www.facebook.com/YakultBrasilOficial/ e https://www.instagram.com/yakultbrasil/
O mês de setembro é marcado pela conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 30% das pessoas que buscam tratamento para emagrecer apresentam depressão. Segundo relatório “Estatísticas da Saúde Mundial de 2021”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), 22% da população adulta brasileira está obesa.
Especialistas alertam que pessoas obesas são mais vulneráveis ao risco de suicídio. “Pensando na gordofobia e nos indivíduos que sofrem preconceitos por estarem acima do peso – a OMS considera a questão da obesidade um dos maiores problemas de saúde pública. No Brasil, mais da metade da população está com sobrepeso e isso traz riscos em diferentes contextos, além dos casos de suicídios que crescem e podem estar relacionados com histórico de agressões vinculados com o corpo fora dos padrões sociais esperados”, alerta a doutora Rafaela de Faria, psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP).
Ela lembra, ainda, que pessoas que estão acima do peso costumam ser vítimas de bullying na sociedade. “Muitas pessoas sofrem piadas e julgamentos, além dos problemas de saúde relacionados com essa condição, as questões de cunho emocional afetam a conexão desses indivíduos com seus corpos e suas relações, tanto no contexto pessoal, como no profissional”, conclui. Uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho – classificado on-line de currículos e vagas – com 31 mil executivos, identificou que 65% dos presidentes e diretores de empresas tinham alguma restrição na hora da contratação de pessoas obesas. Ainda conforme os dados do estudo, o mercado paga melhor aos magros.
Segundo a psicóloga, é fundamental que esse tipo de orientação se inicie ainda na infância, com abordagem dos valores, já que é papel de todos entender como isso ocorre, para que essa rede de preconceito diminua. “Essa construção, que vem desde a infância, a partir de xingamentos, de piadas, vai construindo um indivíduo com autoestima frágil e, com isso traz tristeza, desespero, recusa de se expor, em função do julgamento das outras pessoas. Temos a vítima, o agressor e os observadores que estão neste contexto, então é função de todo mundo entender como isso ocorre e cortar essa rede de preconceito relacionado não só com as pessoas que estão acima do peso, mas também com quem pode ser atingida ou agredida em função de outras características específicas”, finaliza Rafaela.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil m² de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, sete programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 m². Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações emup.edu.br/