O economista Sergio Guerra foi um dos palestrantes do “Seminário de Segurança e Saúde no Trabalho e Gestão do Absenteísmo” realizado em Caicó, nesta quarta-feira (13). Ele alertou que as organizações devem adotar práticas saudáveis no seu cotidiano. “Investir apenas na saúde do trabalhador não basta. É preciso investir na saúde da empresa, tornando-a mais humana e acolhedora”. Sergio Guerra é executivo da Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG
Abordando o tema “Aspectos econômicos na gestão de SST”, o palestrante destacou que, entre as razões da baixa produtividade no Brasil, está o capital humano com trabalhadores menos qualificados, o que interfere na ineficiência produtiva. Para ele, as organizações devem desenvolver uma Responsabilidade Social Interna. “Isso é mais do que cumprir a lei”, reforçou.
O palestrante explicou como o investimento em saúde e segurança do trabalhador gera aumento na produtividade das empresas. Segundo ele, entre os resultados tangíveis desse investimento estão: a redução do absenteísmo, redução de despesas médicas, de demandas judiciais e de impostos. Consequentemente, essas empresas terão ganhos significativos como: melhora de imagem, redução de conflitos e motivação de sua equipe.
Especialista em SST afirma que debate garante competitividade para as empresas
O segundo palestrante do dia, o médico Gustavo Nicolai, falou sobre “O desafio da gestão estratégica em SST com foco em resultados em tempos de eSocial”. Ele é especialista em Saúde e Segurança no Trabalho, médico do trabalho e executivo com ênfase em liderança de equipe de SST.
O palestrante alertou que o número de doenças por trabalho no Brasil ainda é bastante alto e que o país está se tornando campeão em número de ações trabalhistas. “O debate sobre Segurança e Saúde no Trabalho traz um ambiente de alta complexidade, mas que garante competitividade para as empresas”, relatou Nicolai.
“O trabalhador doente não pode ser chutado do negócio. Ele precisa de ajuda e deve ser acolhido. Seu retorno irá desonerar a previdência. Nossa omissão custa muito caro”, completou o médico. Para ele, ao realizar o seminário, o SESI cumpre com o objetivo de disseminar Segurança e Saúde do Trabalho como valor.
Gustavo Nicolai finalizou sua participação apresentando o Programa SESI de Gestão de Absenteísmo, que está dividido em cinco etapas: avaliação inicial; gestão dos afastamentos; gestão de nexos previdenciários; gestão de FAP; e gerenciamento Epidemiológico.
O evento realizado no auditório do IFRN Caicó contou com 115 inscritos, entre empresários da indústria, contadores e profissionais de saúde do Seridó. A programação incluiu ainda um momento de debate e ginástica laboral.
Para o gerente de SST do SESI-RN, Gustavo Adolfo, o perfil da maioria das indústrias do RN é de micro e pequenas empresas, que nem sempre possuem um setor de Recursos Humanos e de SST organizado, o que motivou o SESI à realização do Seminário também no interior do Estado.
Fonte: http://www.fiern.org.br/