Entenda o que é a bolsa de valores e a flutuação de suas ações
Mercado de ativos é principal indicador do humor de uma economia
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Gráficos, cotações, negociações, sobe e desce de ações, compra e venda, um telefone em cada mão e muita gritaria ao mesmo tempo. Se você se colocou nesse ambiente aparentemente caótico por um instante, e pensa já ter visto algo parecido em algum lugar, como na televisão ou em filmes, talvez o que tenha em mente seja a bolsa de valores. Mas, calma! As coisas já não são mais assim. Apesar de o senso comum ainda prevalecer, a bolsa de valores passou por muitas mudanças. Quer entender um pouco mais sobre a função e o funcionamento desse mercado de ações?
O modelo, como foi descrito anteriormente, já não existe mais, pelo menos no Brasil. Após o fim do pregão “viva-voz”, como era conhecido, substituído então pelo pregão eletrônico, e a incorporação de várias bolsas em uma só, a B3, no ano de 2017, a bolsa de valores brasileira unificada tornou-se o grande mercado onde se negociam títulos e ações de diversas empresas. É nela que também são negociados commodities, fundos imobiliários, ativos de renda fixa e variável, papéis do Tesouro Direto, entre muitas outras coisas. A bolsa brasileira já chegou até mesmo a ser a quinta mais importante do mundo.
Basicamente, a bolsa funciona quando as empresas de capital aberto lançam suas ações nesse mercado. A partir do momento em que as ações da empresa estão postas à venda na bolsa de valores, esta funciona como uma intermediadora entre empresas e compradores, isto é, ela torna-se o ambiente das negociações. Lançar ações significa que as empresas vendem pequenas partes de seu capital no mercado, e cada comprador torna-se um sócio e acionista desta empresa, compartilhando os lucros e os prejuízos. As empresas fazem esse movimento geralmente em uma tentativa de angariar fundos para se capitalizarem. O nome dado ao momento que uma empresa abre suas ações para o mercado é IPO, ou oferta pública inicial.
Os detentores dos títulos podem vendê-los quando acharem o momento oportuno, a fim de obter lucros ou evitar prejuízos. Isso acontece porque o mercado é muito volátil e sensível a situações e expectativas. Se uma empresa parece não ir bem, por motivos internos ou externos, como uma crise em seu país, ou se de repente a empresa inventa um produto muito promissor, a resposta imediata do mercado é uma desvalorização ou valorização de suas ações, respectivamente. O que, na prática, significa aumento ou diminuição dos preços dessas ações, impactando na procura por elas. Esse efeito causa oscilações nos mercados de ações.
A bolsa, portanto, é um grande indicador do humor de uma economia. Não é à toa que ocorrem quedas nas bolsas mundo afora quando as coisas não vão tão bem, o que acaba por impactar preços, geração de empregos, taxas de juros entre outros indicadores. No Brasil, acompanhamos esse desempenho pelo Índice Ibovespa, que engloba as ações das empresas mais destacadas do mercado de capitais brasileiro.
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