Você provavelmente já deve ter ouvido sobre inteligência emocional, certo? Esse tema tem sido cada vez mais debatido nos ambientes organizacionais, já que o desenvolvimentos das habilidades interferem diretamente no nosso trabalho.
Antigamente, os processos seletivos eram realizados por meio de currículos e raciocínio lógico, lembra? Agora os critérios mudaram. Os profissionais de Recursos Humanos buscam relacionar o nível de inteligência emocional com a capacidade de relacionamento de cada candidato.
Portanto, essas exigências, se voltam para os desenvolvimentos de habilidades comportamentais, as famosas soft skills, em um processo que precisa ser trabalhado para lidar com situações complexas e outras que podem existir.
O que muita gente não sabe, é que a inteligência emocional é uma das soft skill mais importantes (e também a mais difícil de desenvolver).
Quando aperfeiçoada, essa é uma competência que pode trazer um grande equilíbrio na vida pessoal e no sucesso profissional para quem deseja alavancar a carreira.
Considere a seguinte situação: você vai apresentar o novo kit de equipamento de proteção individual para o presidente global em uma hora.
Você dá uma pausa para tomar uma cafezinho com os seus colegas e, um deles faz uma brincadeira com você. Todos riem e desconsideram a conversa.
Portanto, aquela brincadeira mexeu com o seu emocional. Você não identifica o que houve, mas isso te desestabiliza.
Dessa forma, é importante que empresas e colaboradores pensem em uma forma de desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho. Além de contribuir com o crescimento pessoal dos funcionários, as consequências positivas para a organização são infinitas.
Sendo assim, confira o que é e qual a importância da inteligência emocional no ambiente de trabalho.
O que é inteligência emocional?
Durante séculos, a inteligência de uma pessoa era determinada pelo Quociente de inteligência (QI).
O conceito de QI foi elaborado por meio de linhas lógicas, como a habilidade de pensar, resolver problemas concretos, pensar em soluções para assuntos complexos e aprender rapidamente.
Porém, ao passar do tempo, os estudiosos passaram a questionar essa teoria de inteligência única.
Daniel Goleman, jornalista científico americano, foi quem popularizou e atribuiu significado ao tema. Para ele, inteligência emocional é a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros – empatia -, de nos motivarmos e gerarmos boas emoções dentro de nós e em relacionamentos.
O autor dividiu a inteligência emocional em 5 partes:
- Autoconhecimento: reconhecer suas próprias características, emoções e sentimentos quando eles surgem;
- Controle emocional: habilidade de lidar com os próprios sentimentos em situações diárias;
- Automotivação: provocar estímulos internos em serviço da realização pessoal;
- Reconhecer as emoções do próximo: identificar o que o outro está sentindo e ter empatia;
- Habilidade em relacionamentos interpessoais: interações positivas entre indivíduos no contexto social
Porém, Daniel Goleman não se baseou apenas em seus estudos, ele relacionou essa capacidade a teoria das múltiplas inteligências, elaborada na década de 80 por Howard Gardner.
De acordo com Gardner, existem 8 tipos de inteligência. São elas:
- Linguística: comunicação oral e escrita, saber lidar com as palavras. Poetas, jornalistas e professores costumam ser referência;
- Musical: facilidade de perceber, receber e executar sons;
- Lógica/Matemática: resolução de cálculos e problemas. Geralmente, cientistas, matemáticos e engenheiros são as influências;
- Visual/Espacial: Identificação da parte 3D. Cineastas e fotógrafos e designers são exemplos;
- Corporal/Cinestésica: atletas e cirurgiões plásticos, pois fazem o uso do corpo para exercerem a profissão;
- Interpessoal: auxilia na interpretação dos gestos e palavras no contexto social;
- Intrapessoal: permite a compreensão dos nossos sentimentos;
- Naturalista: detecta e relaciona questões a natureza, como os especialistas de produção, que conseguem identificar uma resina epóxi, por exemplo.
Daniel Goleman abordou os itens 6 e 7 em seus estudos. Provavelmente você já deve ter entendido a razão, né?
Pela definição do termo, já podemos imaginar o motivo da inteligência emocional ter ganhado tanto espaço no ambiente organizacional.
Por que é importante desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho?
Para alcançar determinada meta ou objetivo, é importante saber lidar e se relacionar de forma positiva com as pessoas. Por isso, é essencial que o indivíduo aprenda a lidar com suas emoções.
O profissional que trabalha sua inteligência emocional colabora com um ambiente saudável para os funcionários e proporciona espaço para eles se sentirem à vontade.
Além disso, o colaborador pode motivar a sua equipe e manter os negócios engajados, contribuindo para o aumento da produtividade e um clima saudável.
Aos que estão em posição de liderança, a aflição é um pouco maior para desenvolver essa capacidade, pois lidam diariamente com diferentes personalidades.
Como desenvolver a inteligência emocional?
O primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional no trabalho é impulsionar o seu autoconhecimento. Como Goleman pontuou, é importante que o indivíduo adquira controle sobre o seu comportamento e desenvolva formas de incentivo. Assim, o processo facilitará a compreensão do que valoriza e sente.
Com o mapeamento comportamental, levar o autoconhecimento aos funcionários torna essa tarefa simples e leve. Imagine receber feedbacks com seus picos de comportamento, o que te motiva e o que mais valoriza?
É exatamente por isso que essa prática pode ser aplicada em toda a equipe de trabalho, esse tipo de mapeamento auxilia no desenvolvimento da empatia.
Pense se um colaborador tem uma forma mais agitada de agir, essa pessoa não precisa ser extremamente calma para obter um bom desenvolvimento emocional. Ela só precisa compreender o que essa mudança de comportamento tem de bom e ruim para aplicá-la de forma inteligente.
Da mesma forma, um funcionário mais tímido não precisa se tornar extremamente sociável para mostrar boas habilidades racionais. Suas competências nesse âmbito podem ser muito bem direcionadas.
E você, tem estimulado o seu controle e inteligência emocional no trabalho? Conta pra gente!
Esse artigo foi escrito por Beatriz Barros, Criadora de Conteúdo do Soluções Industriais.