Vencer o estigma do câncer é tão importante quanto vencer a doença. Isso porque, apesar dos avanços de tratamento, a população ainda tem uma percepção pessimista sobre câncer. Queremos trazer exemplos para a população do impacto do diagnóstico precoce no tratamento desses pacientes. Apesar de ser o tipo mais agressivo de câncer de pele, quando diagnosticado precocemente, é possível impedir a progressão do melanoma, melhorar a qualidade de vida do paciente e, em alguns casos, curar.
Além do diagnóstico precoce, o que faz a diferença no tratamento de câncer melanoma, para aqueles pacientes portadores de mutação para este tipo de tumor, é o uso de terapias que agem diretamente na mutação causadora da doença (BRAF), biomarcador encontrado em metade dos casos de melanoma.
Nesse cenário, a aprovação pela Anvisa da combinação de inibidores de BRAF para adjuvância é uma das grandes inovações no tratamento do melanoma nos últimos anos e, para alguns pacientes portadores da mutação, este tratamento pode até aumentar as chances de cura da doença. A combinação é uma terapia-alvo que comprovou benefício de sobrevida sem recaída para pacientes com câncer melanoma com uma mutação BRAF. Indicada como tratamento adicional administrada após tratamento cirúrgico, tem como objetivo reduzir o risco de retorno do melanoma e apresenta taxa de sucesso em mais de metade dos casos, evitando metástases.
A aprovação é baseada nos resultados do COMBI-AD, estudo global multicêntrico de fase III, que envolveu mais de 870 pacientes com câncer melanoma de estágio III com mutação BRAF V-600 após a ressecção cirúrgica. Com um acompanhamento de 44 meses, o estudo demonstrou que a terapia adjuvante reduz em mais de 50% a chance de sobrevivência livre de recaída (RFS) com relação ao placebo. Ainda, uma análise estatística incorporada no estudo para estimar a chance de sobrevida de longo prazo, concluiu que 54% dos pacientes podem nunca experimentar uma recidiva, versus 37% em comparação no grupo placebo. Essa diferença de 17% pode ser considerada o benefício adicional de cura que a terapia proporcionaV.
Informações adicionais sobre melanoma:
O câncer de pele é o mais incidente na população mundial. A cada ano, cerca de 280.000 novos casos são diagnosticados em todo o mundo[i]. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 165 mil novos casos da doença para cada ano do biênio 2018-2019[ii].
O melanoma, que corresponde a 5% dos cânceres de pele, é menos frequente, porém o mais agressivo de todos, apresentando alta taxa de mortalidade[iii].
A incidência do câncer melanoma é baixa (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres). As maiores taxas registradas são na Região Suli.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 55 mil pessoas morram por melanoma todos os anos, o que representa seis mortes por hora[iv] . Em 2015, 1.794 brasileiros morreram de câncer melanomai.
Raios ultravioletas, naturais ou artificiais, podem levar à danificação do DNA e são responsáveis por até 90% dos casos de melanoma – especialmente na pele clara e com muitas pintas. Uma importante maneira de prevenção do câncer melanoma é evitar a exposição a raios UV utilizando protetores solares e barreiras físicas como roupas apropriadas, chapéus e óculos escuros.
[i] Globocan. World Fact Sheet. Available at http://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/populations/900-world-fact-sheets.pdf. Accessed April 1, 2019
[ii] INCA, Incidência de Câncer no Brasil. Acesso em agosto de 2018. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2018/sintese-de-resultados-comentarios.asp. Último acesso em 31/03/2019.
[iii] INCA, 2016.
[iv] Organização Mundial da Saúde (OMS). Globocan 2012: Estimated Cancer Incidence, Mortality and Prevalence Worldwide in 2012. Disponível em: http://globocan.iarc.fr/Pages/fact_sheets_population.aspx. Acesso em março de 2019.
V Hauschild A, Dummer R, Schandendorf D., et al. J Clin Oncol. 2018 Oct 22:JCO1801219
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