País fica em penúltimo lugar na sensação de segurança, perdendo apenas para os peruanos
(Crédito: divulgação)
O e-commerce está em franco crescimento no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deve apresentar um crescimento de 16% no faturamento em 2019 em relação ao ano passado. Com isso, as vendas podem chegar a um patamar de R$ 79,9 bilhões. A comodidade e praticidade levam os consumidores a procurar por TV em promoção, celulares e outros aparelhos e acessórios para comprar de forma virtual. Mesmo assim, uma pesquisa indica que os usuários se sentem inseguros ao comprar pela internet.
A pesquisa foi feita pela Minsait, divisão de negócios da espanhola Indra. De acordo com o estudo, os brasileiros são os consumidores latino-americanos que se sentem mais inseguros ao comprar pela internet, com 62,7% dos respondentes. O país ocupa o penúltimo lugar e só perde para o Peru, com 56,4%. Em relação aos países mais tranquilos em relação às lojas virtuais, estão: Argentina (78,7%), Chile (73,2%), México (68,6%) e Colômbia (66,8%).
Apesar disso, o levantamento mostra que os brasileiros são ávidos compradores online. Entre os países que já compraram ao menos uma vez pela internet, nós saímos na frente, com 94,6% dos cidadãos, seguido por Chile (93,5%), Argentina (91,6%), Colômbia (90,9%) e México (90,8%). O país, no entanto, despenca quando o assunto é frequência de compra, com um intervalo de três meses entre uma compra e outra pela internet. A maioria dos países latino-americanos demoram um mês.
O fator segurança não foi detalhado, mas pode-se especular que esse intervalo de compra pode sinalizar uma insegurança dos usuários em relação ao ambiente virtual. Vários aspectos podem estar ligados a esse comportamento. O primeiro deles é o medo de ter o cartão clonado por meio de transações online. Segundo dados do laboratório de cibersegurança da Psafe, o Brasil sofre 3,6 fraudes em cartões de crédito pela internet a cada minuto.
A qualidade do atendimento e envio dos produtos com rapidez também podem estar relacionados com a insegurança dos usuários. Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos e o Centro pela Inovação na Governança Internacional (CIGI), descobriu que 65% dos entrevistados consideravam a internet não é segura.
Desses, 82% acreditam que a segurança é afetada por cibercriminosos, 74% desconfiam das próprias empresas, 67% manifestaram desconfiança de outros usuários e 65% acreditam que parte da insegurança é proporcionada pelo próprio governo.