Dados do Ministério da Saúde revelam que, até o momento, cerca de 19 milhões de pessoas estão em atraso com a segunda dose da vacina contra Covid-19. Além disso, outras 68 milhões ainda não tomaram a primeira dose de reforço, enquanto 30,1 milhões de pessoas não tomaram o segundo reforço da vacina contra a doença em todo o país.
Com o intuito de ampliar a cobertura vacinal da Covid-19 e de outras vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), será lançado nesta segunda-feira (27) o Movimento Nacional pela Vacinação. Nesta primeira etapa, a imunização contra a Covid-19 terá reforço para os grupos prioritários em todo o país.
Durante as ações, haverá vacinação com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas que têm maior risco de desenvolver formas graves da doença, como é o caso de idosos acima de 60 anos ou pessoas com deficiência. O infectologista do Hospital das Forças Armadas de Brasília Hemerson Luz destaca a importância da imunização.
“O esquema vacinal completo contra Covid-19, incluindo as doses de reforço, é a melhor forma para evitar casos graves da doença, que evoluam com internação em UTI ou mesmo com o óbito. O surgimento de novos tratamentos e novos medicamentos que combatem o coronavírus também pode ajudar a evitar esses casos mais graves. Mas a vacinação evita a evolução para formas graves”, destaca.
O Ministério da Saúde informa, ainda, que também está prevista a intensificação na campanha de Influenza, no mês abril, antes da chegada do inverno, período em que as baixas temperaturas contribuem para o aumento nos casos de doenças respiratórias. Também haverá ação de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas.
Confira o cronograma
Etapa 1 – a partir de fevereiro
Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
(estimativa populacional: 52 milhões)
Público-alvo: pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19
Pessoas com mais de 60 anos
Gestantes e puérperas
Pacientes imunocomprometidos
Pessoas com deficiência
Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP)
Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas
Trabalhadores e trabalhadoras da saúde
Etapa 2 – a partir de março
Intensificação da vacinação contra Covid-19
Público alvo:
Toda a população com mais de 12 anos
Etapa 3 – a partir de março
Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:
Crianças de 6 meses a 17 anos
Estratégias e ações:
Mobilizar a comunidade escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação.
Etapa 4 – a partir de abril
Vacinação de Influenza
Público-alvo:
Pessoas com mais de 60 anos
Adolescentes em medidas socioeducativas
Caminhoneiros e caminhoneiras
Crianças de 6 meses a 4 anos
Forças Armadas
Forças de Segurança e Salvamento
Gestantes e puérperas
Pessoas com deficiência
Pessoas com comorbidades
População privada de liberdade
Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas
Professoras e professores
Profissionais de transporte coletivo
Profissionais portuários
Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade
Trabalhadoras e trabalhadores da saúde
Etapa 5 – a partir de maio
Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas
Estratégias e ações:
Mobilizar a comunidade escolar, com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; reduzir bolsões de não vacinados; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação.
Ampliar o alcance da vacinação contra a COVID-19 entre refugiados e migrantes venezuelanos, não indígenas e indígenas, em Manaus, sensibilizar sobre a importância das vacinas, bem como conscientizar sobre os riscos da não vacinação, são os principais objetivos do projeto “Vacina para todos”, que está sendo executado pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos.
A meta do projeto “Vacina para Todos” é incentivar mais de três mil venezuelanos a se vacinarem. Para isso, a iniciativa fará a produção e distribuição de material informativo (como cartazes, flyer, cartilhas e outros impressos), além da divulgação de vídeos com orientações sobre a importância da vacinação, prevenção da doença e como acessar a rede pública de saúde. Também haverá uma ampla divulgação nas redes sociais, inclusive com posts em espanhol e na língua indígena Warao.
O projeto está sendo realizado em Manaus, que é considerado um dos principais destinos de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela, atrás apenas de Boa Vista (RR). Atualmente, estima-se que aproximadamente 40 mil venezuelanos estejam no Amazonas, segundo dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
O diretor presidente do Hermanitos, Tulio Duarte, afirma que o “Vacina para todos” também terá um direcionamento especial para os indígenas do povo Warao, com materiais produzidos na língua nativa e ações focadas nessas comunidades.
“Para atingir o público-alvo, com respeito às diversidades, a iniciativa também promoverá ações de educação permanente com atualizações e capacitações dos profissionais das equipes técnicas de saúde de referência, e a elaboração de materiais técnicos de apoio”, comentou Tulio Duarte.
As ações do projeto Vacina para Todos ainda têm como objetivo a vacinação em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Manaus, além de abrigos e locais de concentração da comunidade venezuelana.
“O Vacina para todos tem grande importância, principalmente porque a cultura da vacinação entre a comunidade venezuelana ainda é baixa, o que leva ao comprometimento de saúde dessa população muito fragilizada, e colabora para o surgimento de novas variantes do vírus. Muitas vezes, nossos irmãos venezuelanos manifestam um grande medo causado pela desinformação e isso faz com que os índices de vacinação, de todo tipo, entre os venezuelanos ainda sejam baixos. Essa situação gera reflexo também na vacinação das crianças contra outras doenças como sarampo e poliomielite, entre outras. Além disso, os adultos evitam a vacina contra o H1N1 e os adolescentes evitam a vacina contra o HPV”, enfatiza Tulio Duarte.
O projeto Vacina para Todos é realizado pelo Hermanitos, com incentivos da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), por meio do NPI EXPAND e SITAWI (Finanças do Bem). Juntas, essas instituições formaram uma parceria para apoiar a “Resposta à COVID-19”, na Região Amazônica Brasileira.
Mais informações
Aproximadamente 7,1 milhões de venezuelanos (em torno de 20% do total) vivem atualmente como migrantes ou refugiados em diferentes partes do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), de setembro de 2022. De acordo com a Organização dos Estados Americanos, a OEA, os venezuelanos deixam seu país não por causa de uma guerra convencional ou de um desastre natural, mas por cinco razões primordiais: uma emergência humanitária complexa, violações dos direitos humanos, violência generalizada, o colapso dos serviços públicos e o colapso econômico.
A América Latina e Caribe somam mais de 5.960.556 venezuelanos. Este número supera o total da população de 100 países e territórios, entre eles Costa Rica, Noruega e Irlanda. Os migrantes e refugiados venezuelanos podem caminhar até quatro mil quilômetros, por meio do continente, para chegar a outro país e obter as suas necessidades básicas.
Segundo dados da ACNUR, em 2014, no município de Roraima, ocorreu o primeiro registro da presença de indígena Warao no Brasil. Ao final de 2016, ocorreram os primeiros deslocamentos dos Warao em Roraima e Amazonas. Em 2018, os Warao passaram a se deslocar para o interior do estado do Pará. Dois anos depois, os deslocamentos de Warao já compreendiam ao menos 74 cidades das cinco regiões brasileiras.
Sobre o Hermanitos
O Hermanitos, que executará o Projeto Vacina para Todos – Manaus sem COVID-19, tem como principal objetivo promover ações que visam a melhoria da qualidade de vida de migrantes e refugiados venezuelanos, em Manaus, bem como sua integração na sociedade por meio da inserção no mercado local de trabalho e na promoção da dignidade. Saiba mais sobre a instituição, como apoiar e seus projetos no site: www.hermanitos.org.br.
A Unidade Móvel de Vacinas do Sesc se instala na segunda-feira (27), para realizar a aplicação dos imunizantes em dois bairros do município.
A Unidade Móvel Sesc Vacina chega à cidade de Parnamirim, nesta segunda-feira, 27, a partir das 9 horas, com a capacidade de atender cerca de 900 pessoas gratuitamente, incentivando a atualização do calendário vacinal. A ação segue até o dia 10 de março e faz parte da parceria do Sistema Fecomércio, por meio do Sesc RN, com o projeto Minha Empresa Nota 10, uma realização da Sesap RN com apoio das secretarias de saúde dos municípios que recebem a unidade vacinal.
O objetivo do projeto é ampliar o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras que têm dificuldade de se ausentar do trabalho para se dirigir a uma unidade de saúde, por isso foram escolhidos dois bairros para serem contemplados com o serviço. Nesta edição, serão oferecidos imunizantes para: Covid, Febre Amarela, DT, DTPA, Hepatite B e Tríplice Viral.
O primeiro ponto de instalação será o bairro de Santos Reis, próximo ao mercado público, onde também será realizada a solenidade de inauguração, permanecendo entre os dias 27/02 e 02/03. Em seguida, será a vez do Centro, onde a unidade ficará instalada entre os dias 06/03 e 10/03, em frente à igreja católica. Nos dias normais, a unidade permanece aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com capacidade diária de 100 doses.
Para receber a vacina, será necessário apresentar documento com foto, cartão do SUS, cartão de vacina, e crachá ou documento que comprove trabalho. Esta será a sétima instalação da unidade Móvel Sesc Vacina, que começou sua atuação na capital em abril do ano passado, aplicando mais de 10.000 imunizantes desde então.
Serviço:
O que? Unidade Móvel de Vacina do Sesc em Parnamirim.
Quando e Onde?
Solenidade de Inauguração: Bairro de Santos Reis, próximo ao mercado público, dia 27/02 (segunda-feira) às 09h
Atendimentos:
Bairro de Santos Reis, próximo ao mercado público, do dia 27/02 ao 02/03;
Bairro Centro, em frente à igreja católica, do dia 06/03 ao 10/03;
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Documentos Necessários: documento com foto, cartão do SUS, cartão de vacina, e crachá ou documento que comprove trabalho.
O Brasil registrou a mais baixa cobertura da vacina BCG em bebês de zero a um ano, em uma década: 79,5%. O dado foi registrado em 2021 pelo Observa Infância e o Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase). Em 2022, o número obteve um leve crescimento e chegou a 80%, mas esse resultado ainda é preliminar. Desde 2016, todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Apenas em 2011, o país registrou o número de 100% de imunizados entre crianças de até quatro anos.
A vacina BCG é um imunizante contra tuberculose, doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões e, apesar de ser antiga, continua sendo um importante problema de saúde pública. Atualmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais.
A professora de Imunologia da Universidade Federal do Goiás (UFG) Ana Paula Junqueira Kipnis explica a importância da vacinação com o imunizante BCG ainda quando criança, preferencialmente, até quatro meses de idade.
“Quando o tutor, pais ou responsáveis não levam as crianças para vacinar com a BCG, o que acontece? Acontece uma menor resposta para outras vacinas. As crianças estão expostas ao “Mycobacterium tuberculosis”, que é transmitido pelo ar, além de serem mais suscetíveis à infecção com tuberculoses que os adultos”, explica a professora.
A vacina BCG, além de proteger contra a tuberculose, eleva as taxas de proteção contra várias outras doenças imunopreveníveis, como poliomielite, tétano, coqueluche, influenza e sarampo.
“Além disso, ao não vacinar com a BCG você perde a oportunidade de ter uma resposta melhorada a outras vacinas. A idade recomendada é de até três meses de idade, mas se você não vacinou a criança e ela está com qualquer idade, é melhor levá-la e atualizar o calendário de vacinação. É uma única dose de vacina, e é melhor ter tomado a vacina do que não ter tomado”, complementou Kipnis.
Neste ano, o Ministério da Saúde elevou o status do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a um departamento específico dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). As metas do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública são: alcançar redução de 90% do coeficiente de incidência da tuberculose e redução de 95% no número de mortes pela doença no país até 2035, quando comparados com os dados de 2015.
Meningite, poliomielite e COVID-19 estão entre as principais preocupações para quem pretende se deslocar pelo País e para o exterior
As próximas semanas reservam momentos de grandes celebrações e aglomerações em ruas e avenidas das cidades brasileiras. Em meio às programações de viagem e deslocamentos neste período do ano, é importante relembrar a importância da manutenção dos cuidados com a saúde, em especial, com a vacinação, seja antes, durante ou depois do período de carnaval.
Saber quais imunizantes precisam estar em dia, a situação epidemiológica do local de destino e quais medidas sanitárias estão em voga são preparos fundamentais para prevenir doenças graves, como meningite, pneumonia, COVID-19 e outras, antes de cair na folia.
Nessa época, a preocupação com a carteirinha de vacinação torna-se ainda mais necessária, visto que a cobertura vacinal geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2022 foi de 43,78%[1], segundo o DATASUS. A meta geral do PNI para imunizações é de 95%1.
Com a queda crescente na busca por imunizantes no País desde 20181, doenças como a meningite meningocócica voltaram a fazer parte do dia a dia de algumas cidades. Entre 2010 e 2020, o Brasil registrou cerca de 190 mil casos de meningite. Em 20,7% deles o sorogrupo B foi a causa da doença, com 40% dos diagnósticos em jovens e adultos[2].
Adriana Polycarpo Ribeiro, Diretora Médica da Pfizer Brasil, explica que doenças graves estão ressurgindo no Brasil e em outros países por conta da queda na busca por imunizantes. “A vacinação protege não apenas os vacinados, mas também aqueles que por algum motivo não podem se imunizar. Quanto mais pessoas de uma comunidade estão protegidas, menor é a chance de uma doença se propagar. Portanto, a vacinação, em todas as idades, é imprescindível para evitar o avanço das doenças e proteger toda a sociedade. E isso vale também quando vamos visitar outras regiões ou Países”, explica.
Como programar seu carnaval e suas vacinas?
O infectologista Eduardo Ditzel[3] orienta foliões que pretendem brincar o carnaval pelo País devem estar com a carteira de vacinação atualizada antes de festejar.
“O mais importante é estar com todas as vacinas em dia e não só as contra a COVID-19. Tivemos surtos recentes de meningite em alguns estados, por exemplo. Idealmente, indicamos que os viajantes iniciem os cuidados médicos com pelo menos 30 dias de antecedência da viagem, para que seja possível fazer todas as vacinas e cuidados médicos necessários para cumprir as exigências das autoridades de saúde e para viajar de forma segura”, comenta.
“No caso da COVID-19 em especial, estamos em um momento de alta de casos não só no Brasil, mas no mundo. Portanto, cumprir todo o esquema vacinal, com todas as doses de reforço, e manter cuidados como o uso de máscara em ambientes como aeroportos e rodoviárias, evitar aglomerações e seguir com higienização constante das mãos são cuidados necessários e que devem ser mantidos longe de casa”, reforça o infectologista, que também relembra dos cuidados com a alimentação durante a viagem.
Saúde do Viajante para quem chega e sai do País
O Ministério da Saúde oferece recomendações e orientações gerais para a saúde do viajante. Dentre as recomendações, a pasta destaca atenção à imunização contra meningite, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e poliomielite[4].
No caso de viagens internacionais, o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia, documento de comprovação vacinal com base em regulamentos internacionais de imunizações, é exigido por outras nações4. A emissão do documento é realizada pelas Unidades Emissoras do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia-CIVP. O documento é gratuito e emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para informações sobre vacinas exigidas por outros países e locais de emissão, basta acessar o Sistema de Emissão de CIVP4.
O que é meningite e quais os principais sorogrupos da doença?
Uma das doenças que requerem especial atenção para quem pretende viajar é a meningite. Considerada endêmica no Brasil, trata-se de uma inflamação das meninges, membranas que recobrem o cérebro e outras estruturas do sistema nervoso central[5]. Todos os anos, cerca de mil pessoas[6] são diagnosticadas com a doença no país.
Os agentes causadores mais comuns são vírus e bactérias, sendo essas as responsáveis pelas formas mais graves da doença. Fungos, parasitas e protozoários são outros agentes causadores5,7 da doença.
De forma geral, a transmissão acontece por meio de gotículas expelidas por boca e nariz e pela ingestão de alimentos e água contaminadas5,[7]. Embora a preocupação geral seja mais voltada às crianças, adolescentes e adultos jovens são considerados a chave para o controle da doença no país, uma vez que em 20% dos casos a doença se manifesta de forma assintomática nessas faixas etárias, que atuam como dispersores dos agentes causadores[8].
A meningite meningocócica é a síndrome clínica mais frequente em quadros de doenças meningocócicas bacterianas no Brasil e se caracteriza pela evolução rápida de sintomas, inclusive, em alguns casos, evoluindo para óbito em até 48 horas. Febre alta, mal-estar, náusea, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo, são os sintomas mais característicos5,7.
A doença pode ser causada por 12 sorogrupos, sendo os tipos A, B, C, W e Y os mais comuns[9],[10]. No Brasil, a bactéria Neisseria meningitidis (sorotipo B) é a principal causa de meningite bacteriana no território nacional5.
O segundo tipo mais comum da doença no país é a meningite pneumocócica, causada pelo agente Streptococcus pneumoniae, o mesmo responsável pela pneumonia. Os sintomas mais comuns, e que devem despertar atenção são: febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, falta de apetite, irritação e tontura. A doença representa grande risco de sequelas neurológicas importantes, como perda auditiva e de visão, e possui alto índice de letalidade, tendo em vista que cerca de 30% dos pacientes evoluem para óbito[11].
Para ambos os tipos, a vacinação é considerada a forma mais eficaz para prevenir a doença5,7. O Ministério da Saúde indica que crianças, adolescentes e adultos se imunizem antes de viagens a locais com surtos da enfermidade4. Vacinas contra a doença estão disponíveis nas redes pública e privada de saúde.
Para prevenção às meningocócicas, o Sistema Único de Saúde oferece imunizante contra Meningite Meningocócica do sorogrupo C para crianças a partir de 3 meses de vida e contra os sorogrupos ACWY para adolescentes de 11 e 14 anos[12]. A rede privada conta também com a vacina meningocócica ACWY para as demais faixas etárias[13],[14],[15],[16], além de imunizantes contra o tipo B para adolescentes e adultos até 25 anos.
Já contra as pneumocócicas, as Unidades de Saúde e os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) contam com três tipos:
· VPC10 – Nas Unidades Básicas de Saúde, para crianças de 2 meses a 4 anos. Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), para crianças com até 5 anos de idade que tenham certas condições de saúde que aumentam o risco para doença pneumocócica grave [17].
· VPC13 – Nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) para pessoas vivendo com HIV, pacientes transplantados e oncológicos em todas as faixas etárias 17.
· VPP23 – Nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), para pessoas a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos com condições de saúde especiais que as tornam propensas a ter doença grave causada pelo pneumococo [18].
Referências
[1] Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS). Disponível em http://pni.datasus.gov.br. Acesso em 18/10/2022.
[2] DATASUS. Meningite – Casos confirmados notificados no sistema de informação de agravos de notificação – Brasil. Casos confirmados DATASUS/tabnet. Meningite – Casos confirmados por Sorogrupo segundo Faixa Etária (2010-2020). Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/meninbr.def. Acesso em 24/10/2022.
[7] VARELLA, Drauzio. Meningite. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/meningite/#:~:text=%C3%89%20causada%2C%20principalmente%2C%20por%20bact%C3%A9rias,5%20anos%20s%C3%A3o%20mais%20atingidas. Acesso em 24/10/2022.
[8] Christensen H, May M, Bowen L, Hickman M, Trotter CL. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2010;10(12):853-61.
[9] Feijo RB, Cunha J. Trajectory of serogroups causing Invasive Meningococcal Disease in Santa Catarina state, Brazil (2007-2019). Braz J Infect Dis. 2020;24(4):349-351.
[10] Brasil, Ministério da Saúde. Vacina meningocócica C é ampliada para menores de 10 anos e trabalhadores da saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/julho/vacina-meningococica-c-e-ampliada-para-menores-de-10-anos-e-trabalhadores-da-saude#:~:text=O%20imunizante%20faz%20parte%20do,uma%20dose%20da%20meningoc%C3%B3cica%20C. Acesso em 23/10/2022.
Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral. Hoje serão vacinados os idosos com 82 anos. Tânia Rego/Agência Brasi
O Programa Nacional de Vacinação 2023 do Ministério da Saúde já tem calendário definido. De acordo com a pasta, as ações devem começar no final de fevereiro, a partir do dia 27, com a vacinação das doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Fazem parte dessa categoria idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.
Com o objetivo de aumentar as coberturas vacinais em todo o país, o órgão também vai intensificar a campanha de vacinação, em abril, antes que comece o inverno , quando aumentam os casos de doenças respiratórias, da Influenza. Ainda há planejamento para ação de multivacinação de poliomielite e sarampo, nas escolas.
O cronograma para o Programa Nacional de Vacinação 2023 foi acordado ao longo do início deste ano com vários representantes ligados ao segmento, como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, além de técnicos e especialistas da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, o Ctai.
As datas das etapas e fases de distribuição das vacinas foram organizadas de acordo com os estoques existentes, assim como com as novas encomendas realizadas e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das vacinas. O Ministério da Saúde informa que o cronograma está sujeito a alteração ou ser adiantado ou sobreposto, caso o cenário de entregas seja modificado ou se novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Membro da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, o médico infectologista José David Urbaez Brito destaca que a ação de lançamento do calendário do Ministério da Saúde é um passo louvável, sobretudo diante dos pífios resultados das metas vacinais do país desde 2016. O especialista destaca ainda a importância da vacinação bivalente no cronograma da pasta.
“Nós temos hoje no Brasil um cenário extremamente de risco porque as coberturas vacinais estão muito abaixo das metas para manter o controle das infecções imunopreveníveis. Sem dúvida, esse passo do Ministério da Saúde está muito bem desenhado em direção ao resgate dessa política pública”, elogia Urbaez Brito. “É importante destacar que, com as incorporações das vacinas bivalentes para a Covid-19, o Brasil se posiciona novamente na vanguarda do uso e incorporação de tecnologia de prevenção com o melhor do que temos nesse quesito”, destaca o infectologista.
Os principais parceiros do Ministério da Saúde no Programa Nacional de Vacinação 2023 são o Ministério da Educação e os governos estaduais e municipais.
*Veja abaixo o cronograma de cinco etapas:*
*Etapa 1 – a partir de fevereiro*
Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
Público-alvo: pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Gestantes e puérperas;
• Pacientes imunocomprometidos;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
*Etapa 2 – a partir de março*
Intensificação da vacinação contra Covid-19
Público alvo:
• Toda a população com mais de 12 anos.
*Etapa 3 – a partir de março*
Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo:
• Crianças de 6 meses a 17 anos.
*Etapa 4 – a partir de abril*
Vacinação de Influenza
Público-alvo:
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Adolescentes em medidas socioeducativas;
• Caminhoneiros e caminhoneiras;
• Crianças de 6 meses a 4 anos;
• Forças Armadas;
• Forças de Segurança e Salvamento;
• Gestantes e puérperas;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com comorbidades;
• População privada de liberdade;
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Professoras e professores;
• Profissionais de transporte coletivo;
• Profissionais portuários;
• Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
• Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
*Etapa 5 – a partir de maio*
Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas
Fonte: Brasil 61
Este sábado, 28, foi um dia pensado para incentivar a população de Caicó a sair de casa e ir tomar vacina contra várias doenças num período que antecede o carnaval, onde a cidade recebe milhares de pessoas de todos os recantos do Brasil. Este foi o chamado ‘Dia D’ de Vacinação Carnaval Seguro: Testado e de Vacina no Braço, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Caicó, que tem à frente o secretário, enfermeiro Gedson Santos. O apelo deu certo: mais de mil pessoas foram as Unidades Básicas de Saúde.
“Foram mais de mil vacinas. Só contra Covid foram 457 doses aplicadas. As cinco maiores unidades de saúde de Caicó: Castelo Branco, Boa Passagem, Paraíba, Barra Nova e Silvino Dantas, foram abertas com vacinação e realização de testes rápidos. Foi surpreendentemente positivo o resultado e a população mostrou responsabilidade em comparecer”, elogiou Gedson Santos. As vacinas aplicadas não foram só contra Covid: Meningo C teve 205 aplicaçõs; febre amarela, 268 e dTpa foram 126, entre outras em menores números. Mais de 75 testes contra doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e Sífilis, foram também realizados neste dia.
“Quem não foi sábado, pode continuar procurando a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Estaremos ofertando isso tudo até o Carnaval. E já adianto: teremos mais um dia D, em de fevereiro, das 16h às 19h, ao lado do Mercado Público”, explica o secretário de Saúde.
O Ministério da Saúde informou nessa terça-feira (18) que a vacina da Pfizer contra a Covid-19 liberada para crianças de 6 meses a menores de 4 anos deve chegar ao Brasil nas próximas semanas e que todas as orientações para a vacinação deste público serão formalizadas em nota técnica aos estados.
Na última segunda-feira (17), o secretário-executivo do ministério, Bruno Dalcolmo, já havia antecipado: “Nós estamos nas tratativas finais com relação à chegada das vacinas e a expectativa é de que elas já estejam no país em meados da próxima semana, na quarta-feira [26/10]. Esse foi o último dado que recebemos da própria empresa.”
O secretário, no entanto, não detalhou o número de doses. A declaração foi feita durante cerimônia no ministério em celebração ao Dia Nacional da Vacinação.
Alguns pais ainda seguem resistentes à vacinação dos pequenos e especialistas garantem que o imunizante é eficaz. O infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia de Goiás, Marcelo Daher, explica que a vacina é segura e ajuda a evitar doenças graves como a pericardite.
“Os estudos de segurança que foram feitos posteriormente saíram e a vacina se mostrou segura e eficaz, eficaz no sentido de garantir proteção para as crianças”, explica o médico.
“Os pais podem ficar tranquilos em relação à segurança desta vacina para crianças a partir de seis meses. Ela vem se somar às vacinas que temos no dia a dia, uma vacina para ser utilizada para prevenir formas graves da Covid-19”, tranquiliza o infectologista.
O gerente-geral de Medicamentos Biológicos da Anvisa, Fabrício Carneiro de Oliveira, explica que a eficácia e segurança do novo produto foi garantida por meio de um conjunto de fatores científicos. “A Anvisa considerou um grande conjunto de dados, entre dados de qualidade e clínicos, obtidos por meio de estudos conduzidos em alguns países”, conta.
“Com base nesses dados enviados à Anvisa, foi considerado que a vacina é segura e eficaz na faixa etária pretendida”, afirma o especialista. Antes, no Brasil, o uso do imunizante da Pfizer só era permitido em crianças com mais de 5 anos de idade. Já a CoronaVac podia ser aplicada em crianças a partir de 3 anos.
A vacina para o público de 6 meses a 4 anos terá dosagem e composição diferentes. O processo de imunização será em três doses de 0,2 miligramas. As duas doses iniciais deverão ser administradas no intervalo de três semanas, sendo a terceira e última delas aplicada oito semanas após a segunda vacinação.
Para facilitar a rotina na hora da vacinação, tanto dos agentes de saúde, como dos pais, a cor do rótulo e da embalagem da dose é um detalhe importante. Os frascos das vacinas para esse público, de 6 meses a 4 anos, virão na cor vinho. Mãe da pequena Ana Beatriz, a dona de casa Leidiane Maria de Alencar, 29 anos, pretende vacinar a filha o quanto antes. “Estamos muito felizes porque liberou a vacina para a faixa etária da minha filha, que tem 4 anos, ela vai poder se vacinar e vai ser mais uma segurança para a vida dela”, destaca.
No mês de setembro, a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a 4 anos. Atualmente, apenas crianças acima de 3 anos podem se vacinar com a CoronaVac.
Segundo estudo da Fiocruz, nos dois primeiros anos da pandemia, a Covid-19 foi responsável pela morte de 1.439 crianças menores de 5 anos. Isso dá uma média de duas mortes por dia. Ainda de acordo com a Fiocruz, as crianças menores de um ano são as mais vulneráveis pois representam a metade dos óbitos por Covid na faixa etária abaixo dos cinco anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, quase 700 mil crianças, entre 3 e 4 anos, já foram vacinadas no país com a primeira dose, e mais de 135 mil com a segunda fase da vacinação. Entre crianças de 5 a 11 anos, foram mais de 14,1 milhões vacinadas com a primeira dose, e pouco mais de 9,7 milhões com a segunda.
Dados do portal LocalizaSUS, do Ministério da Saúde mostram que 13,7% desse público-alvo recebeu a primeira dose e 3,9%, a segunda dose. Entre as capitais, há disparidade na cobertura.
Dados levantados pelo Portal Brasil61.com mostram que enquanto Vitória (ES) lidera a cobertura vacinal, com 35% desse público-alvo com a primeira dose e 15% também com a segunda, a Secretaria Estadual de Saúde de Cuiabá (MT) informou que recebeu imunizantes na primeira semana de outubro e iniciou a vacinação no dia 10 de outubro.
A reportagem manteve contato com as prefeituras das capitais e 14 delas responderam. São Paulo (SP) aparece em segundo lugar no avanço da cobertura, com 33,5% do público com a primeira dose e 7,6% com a segunda. Na capital paulista, a campanha para esse grupo teve início em 20 de agosto.
Já o Rio de Janeiro foi a capital pioneira do país a iniciar a imunização do grupo de 3 e 4 anos, no dia 15 de julho, e atualmente registra 24,8% desse público com a primeira dose. Também ultrapassaram a marca de um quinto de vacinados Aracaju (SE), com 29,99% com a 1ª dose, e Recife (PE), com 22,85% também com a primeira dose.
O Distrito Federal também apontou que já comunicou o ministério sobre “a necessidade de mais doses” para dar conta do público de 77.660 crianças de 3 e 4 anos. Na cidade, a cobertura é de 7,7% na primeira dose e 1,58% na segunda dose.
Ainda no Centro-Oeste, em Campo Grande (MS), pouco mais de 10% do público-alvo recebeu a primeira dose. Para ampliar esse público, a cidade diz que tem elaborado estratégias, como busca ativa direto nas casas e vacinação itinerante em escolas e shoppings.
No Sul, em Porto Alegre (RS), a cobertura é de 16,8% com a primeira dose e 6,2% com a segunda. Em Belo Horizonte (MG), onde a aplicação começou no dia 29 de setembro, por enquanto, a vacinação beneficia crianças de 4 anos com e sem imunocomprometimento e crianças de 3 anos imunocomprometidas, tendo 19,7% de cobertura nesse público com a primeira dose.
Maceió (AL) se aproxima dos 10% (9,68%) de crianças vacinadas com a primeira dose e 1,9% com a segunda. Já Fortaleza apenas informou que aplicou 12.155 doses, sem detalhar a cobertura, assim como São Luís (MA), com 3.100 doses.
No Norte, Palmas (TO) divulgou que está com o sistema de contabilização de imunizados fora do ar, mas que “a cobertura vacinal contra a Covid-19 em crianças de 3 e 4 anos está baixa”. A prefeitura informou que desenvolve ações para alcançar esse público.
Fonte: Brasil 61
MPRN, TJRN, MPF/RN, TCE, MPT/RN, Defensoria Pública do Estado e OAB/RN se unem para reforçar a importância de vacinar as crianças e adolescentes. Cremern e Sociedades de Pediatria e Infectologia dão respaldo à campanha
Reforçar a importância da vacinação infantil e incentivar as famílias que vacinem suas crianças e adolescentes. Com esses objetivos, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), o Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN), a Defensoria Pública do Estado e a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) vão realizar uma campanha unificada para tentar melhorar os índices de vacinação infantojuvenil em todo o Estado. A campanha tem o respaldo do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern), da Sociedade de Pediatria do RN e da Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia.
O lançamento da campanha unificada será às 11h da segunda-feira (17), na sede da Procuradoria Geral de Justiça, em Natal. Representantes das instituições públicas e das entidades médicas estarão presentes no evento.
O objetivo da campanha unificada é relembrar às famílias potiguares a importância de manter as cadernetas de vacinação em dia. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), mesmo após campanhas estadual e municipais, o Rio Grande do Norte ainda não atingiu o índice de 60% de crianças vacinadas contra a poliomielite, por exemplo. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95% do público-alvo vacinado.
SERVIÇO: Lançamento da Campanha de Incentivo à Vacinação Infantojuvenil Local: Sede da PGJ – Rua Promotor Manoel Alves Pessoa Neto, 97 – Candelária Dia: 17 de outubro de 2022 Hora: 11h
Brasília – Crianças e adolescentes são vacinados no Centro de Saúde nº 8, da Asa Sul, durante o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, que ocorre neste sábado em todo o Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil foi em 1989. Esse vírus é o causador da Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos e deixar importantes sequelas.
A doença pode causar desde sintomas leves, como um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade e, em casos mais graves, pode levar a óbito. A infectologista Joana D’arc alerta:
“A poliomielite é uma doença que era considerada grave porque algumas pessoas que se infectavam desenvolviam uma forma súbita de paralisia dos membros inferiores. Por meio da vacina, a gente acabou erradicando essa doença, o que é um ganho enorme para nossa sociedade, mas o vírus ainda circula em alguns países e pode ser reintroduzido se a gente não vacinar os nossos filhos. ”
O país recebeu o certificado de eliminação de pólio em 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas da saúde. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%, sendo que o ideal é que 95% das crianças menores de cinco anos estejam vacinadas.
Sabendo dos riscos da poliomielite, a médica Fabia logo providenciou a vacina para seu filho de 2 anos. Ela faz um apelo aos pais e responsáveis que façam o mesmo:
“Aos pais que têm receio, que têm medo de expor o filho a uma vacina, indico que leiam, que busquem informações em lugares de confiança. Não tem por que ter medo, ter receio de vacinar, sendo que a vacinação é uma proteção. A vacinação vai propiciar a essa criança um desenvolvimento saudável.”
O SUS oferece duas vacinas para a imunização contra a Poliomielite: a inativada, que deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade; e a atenuada, aquela da gotinha que deve ser aplicada aos 15 meses (primeiro reforço) e 4 anos de idade (segundo reforço).
Para alcançar a cobertura vacinal de 95% das crianças vacinadas em 2022, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação mobiliza toda a sociedade para levar os pequenos aos postos de vacinação até 30 de setembro. Também é a oportunidade para atualizar a caderneta de vacinação do adolescente menor de 15 anos de idade.
Cerca de 40 mil salas de vacinação em todo país disponibilizam as vacinas contra a Poliomielite. Essa é uma oportunidade para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e os adolescentes e controlar doenças imunopreveníveis.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o país não atingiu nem 50% do seu público-alvo de vacinação neste ano; Campanha nacional de imunização vai até dia 9 de setembro
Na reta final da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022, que vai até a próxima sexta-feira, 9 de setembro, o Hospital Bom Pastor, referência em pediatria na região de Guajará-Mirim (RO), alerta para a importância da vacinação das crianças menores de cinco anos de idade.
Segundo os últimos dados de divulgação do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil ainda não atingiu 50% do público-alvo neste ano. O dado é preocupante pois esta é a única estratégia de prevenção da doença, que pode causar paralisia grave e até a morte.
A poliomielite, também conhecida como pólio, é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 1 a cada 200 casos, o vírus afeta o sistema nervoso, causando paralisia irreversível. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da pólio, porém a baixa cobertura vacinal acende o alerta para a volta da doença.
“Nos casos mais graves, a pólio também pode afetar os músculos responsáveis pela respiração, levando o paciente a depender da utilização de respiradores para sobreviver. É válido lembrar que crianças com menos de cinco anos são o público mais atingido pela poliomielite e a única forma de prevenção é a vacinação, disponível na rede pública de todo o país”, ressalta Juan Carlos Boado, médico e diretor Técnico do Bom Pastor.
A unidade, própria da Pró-Saúde, é referência em pediatria, obstetrícia, clínica médica e cirúrgica em uma região remota do Brasil, prestando atendimento para mais de 50 aldeias na região de Guajará-Mirim, em Rondônia. O município também apresenta dados preocupantes de cobertura vacinal total, já que, de acordo com o DATASUS, atingiu apenas 21,07% até o fim de agosto.
Vacinas disponíveis
O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece gratuitamente duas vacinas diferentes para a imunização da pólio. Ambas são importantes para proteção, mas devem ser administradas em períodos distintos, confira:
1. Vacina Inativada Poliomielite (VIP): A princípio, a vacina inativada é administrada em três doses, cada uma destinada a crianças de dois, quatro e seis meses, nessa ordem.
2. Vacina Oral Poliomielite (VOP): O reforço da proteção contra a doença é aplicado com duas doses da vacina atenuada – em gotas – para crianças de 15 meses a 4 anos de idade.
Juan Carlos explica que bater as metas de vacinação é importante pois quando a população está com baixa cobertura vacinal, o risco de mutação do vírus aumenta à medida que é transmitido de pessoa para pessoa, dando origem a novas cepas.
“A pandemia da covid-19 deixou muito claro para o mundo a importância da vacinação. Manter a carteirinha de imunização atualizada significa muito mais do que se proteger, significa proteger uma população inteira”, enfatiza o diretor. De acordo com a OPAS, enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 acontece em aproximadamente 40 mil postos de vacinação em todo o país, com aplicação de doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente, entre elas a Tetraviral, Febre Amarela e Hepatite A e B.
A Caderneta de Vacinação é um documento individual que os profissionais de saúde usam para acompanhar todo o histórico vacinal de cada brasileiro. Além disso, permite aos pais e responsáveis o acompanhamento e controle sobre as vacinas e situação vacinal de seus filhos, até mesmo, a sua. O documento possibilita também a avaliação de quais vacinas ainda faltam receber, especialmente aquelas que precisam de mais de uma dose.
O pediatra Henrique ressalta: é preciso que pais e mães mantenham a caderneta de vacinação de seus filhos atualizada.
“Ela [caderneta] é adquirida na rede pública de saúde, aqueles pacientes que nasceram em hospital público já saem com a caderneta. É importante falar também que no site do Ministério da Saúde tem a carteira de vacinação tanto para o sexo masculino quanto para o feminino. É importante manter atualizada para não surgirem novas doenças, quando tem uma baixa adesão em vacinação, acaba tendo ressurgimento dessas doenças, a exemplo, o sarampo, porque quanto mais pessoas não vacinadas mais o vírus vai estar circulando entre a população. ”
Mãe de duas crianças, a mineira Luana conta que sempre fica atenta às datas na Caderneta de Vacinação – tudo para não esquecer de levar os filhos ao posto de saúde.
“Nunca deixei de vacinar meus filhos. Todo mundo tem que estar ciente dessa vacinação. Não só da vacinação de Covid-19, mas de todas as outras. Desde quando o bebezinho nasce até a fase adulta, tem que ter vacina sim. É muito importante.”
Em caso de perda da Caderneta de Vacinação, o Ministério da Saúde recomenda que o indivíduo procure pelo posto de saúde onde habitualmente recebe as vacinas para o resgate do histórico de vacinação e fazer a segunda via do documento.
Pais e responsáveis por crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade, a dica é aproveitar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação, que acontece até o dia 9 de setembro para atualizar a caderneta de vacinação. Não percam mais essa oportunidade!
Além da proteção contra a Poliomielite, serão ofertadas vacinas contra doenças como sarampo, caxumba, rubéola, hepatite A, febre Amarela, HPV e outras. Essa é uma oportunidade para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e os adolescentes, reduzindo o risco da ocorrência de doenças imunopreveníveis no Brasil.
Os pais e responsáveis de bebês, crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade devem ficar atentos: a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação deste ano já começou. No Rio Grande do Norte, a mobilização envolve as mais de mil unidades de saúde do SUS espalhadas pelos municípios do estado. São 18 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, do Programa Nacional de Imunizações, que previnem doenças como poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, entre outras.
A intenção é ampliar as coberturas vacinais para as crianças e os adolescentes menores de 15 anos. Em 2022, a cobertura vacinal da poliomielite, por exemplo, está em 49%, no estado. Já a cobertura da primeira dose da Tríplice Viral é de 46,5%. Os dados são do DataSus.
A infectologista Ethel reforça: é fundamental ter altas coberturas vacinais para o controle das doenças imunopreveníveis.
“O que significa atingirmos um percentual grande da população para faixa etária indicada para cada vacina. Em geral, a meta de vacinação está entre 90 e 95% do público-alvo a ser vacinado.”
O foco da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é vacinar 95% da população menor de cinco anos de idade. Além de reduzir o número de crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinados e que estão com vacinas atrasadas, com a Campanha da Multivacinação.
Moradora de Natal, Pétala é exemplo a ser seguido por pais e responsáveis de todo o estado. Para a autônoma, a vacinação é a melhor forma de proteger sua filha de 2 anos contra as doenças imunopreveníveis.
“É fundamental vacinar. Vacina é vida. Sou mãe de uma pequenininha e aconselho às minhas amigas e a todo mundo a vacinar, sim. Isso é uma proteção. E, como mãe, é meu dever proteger e cuidar em todos os quesitos.”
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação vai até o dia 9 de setembro nas unidades básicas. Para as crianças e adolescentes estão disponíveis as vacinas BCG; hepatite A, hepatite B; penta; pneumocócica 10-valente; pneumocócica 23-valente; poliomielite inativada (VIP) e poliomielite oral (VOP); rotavírus humano; meningocócica C (conjugada), meningocócica ACWY (conjugada); febre amarela; tríplice viral; tetraviral; tríplice bacteriana (DTP); dupla adulto (dT); varicela e HPV quadrivalente.
A atualização da caderneta vacinal aumenta a proteção das crianças e adolescentes contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos, hospitalizações e óbitos. Todos os imunizantes são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
Brasília – Crianças e adolescentes são vacinados no Centro de Saúde nº 8, da Asa Sul, durante o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, que ocorre neste sábado em todo o Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil foi em 1989. Esse vírus é o causador da Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos e deixar importantes sequelas.
A doença pode causar desde sintomas leves, como um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade e, em casos mais graves, pode levar a óbito. A infectologista Joana D’arc alerta:
“A poliomielite é uma doença que era considerada grave porque algumas pessoas que se infectavam desenvolviam uma forma súbita de paralisia dos membros inferiores. Por meio da vacina, a gente acabou erradicando essa doença, o que é um ganho enorme para nossa sociedade, mas o vírus ainda circula em alguns países e pode ser reintroduzido se a gente não vacinar os nossos filhos. ”
O país recebeu o certificado de eliminação de pólio em 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas da saúde. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%, sendo que o ideal é que 95% das crianças menores de cinco anos estejam vacinadas.
Sabendo dos riscos da poliomielite, a médica Fabia logo providenciou a vacina para seu filho de 2 anos. Ela faz um apelo aos pais e responsáveis que façam o mesmo:
“Aos pais que têm receio, que têm medo de expor o filho a uma vacina, indico que leiam, que busquem informações em lugares de confiança. Não tem por que ter medo, ter receio de vacinar, sendo que a vacinação é uma proteção. A vacinação vai propiciar a essa criança um desenvolvimento saudável.”
O SUS oferece duas vacinas para a imunização contra a Poliomielite: a inativada, que deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade; e a atenuada, aquela da gotinha que deve ser aplicada aos 15 meses (primeiro reforço) e 4 anos de idade (segundo reforço).
Para alcançar a cobertura vacinal de 95% das crianças vacinadas em 2022, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação mobiliza toda a sociedade para levar os pequenos aos postos de vacinação até 9 de setembro. Também é a oportunidade para atualizar a caderneta de vacinação do adolescente menor de 15 anos de idade.
Cerca de 40 mil salas de vacinação em todo país disponibilizam as vacinas contra a Poliomielite. Essa é uma oportunidade para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e os adolescentes e controlar doenças imunopreveníveis.
Em meio às incertezas e medos vividos durante a pandemia de Covid-19, muitos pais deixaram de vacinar seus filhos contra doenças imunopreveníveis. Mas a Andrea Bastos, de 40 anos, não faz parte desse grupo: mesmo no período de calamidade pública, fez questão de levar a Catarina, de 3 anos, a um posto de saúde em Brasília, para vaciná-la e, assim, deixar em dia a caderneta de vacinação da pequena.
“Entre prós e contras, valia a pena vacinar, para que a Catarina estivesse protegida. Tínhamos muito medo também dela pegar Sarampo ou alguma doença assim, mas tomamos todos os cuidados e a levamos para vacinar, para que ficasse protegida e protegesse as pessoas ao nosso redor.”
E para que pais e responsáveis de bebês, crianças e adolescentes de até 15 anos sigam o mesmo exemplo da Andrea, os postos de saúde do SUS de todo País vão se mobilizar, na primeira quinzena de agosto, na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação.
É uma oportunidade para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e os adolescentes e controlar doenças como o sarampo, a meningite e outras.
Ofertada nos postos de saúde que realizam a vacinação, a caderneta comprova a situação vacinal e, para gestores, é uma ferramenta de grande importância para o acompanhamento da saúde infantil e do adolescente.
Com o documento que comprova a vacinação, os profissionais de saúde acompanham todo o histórico vacinal das crianças e adolescentes. Tudo para garantir um crescimento e vida saudável.
Ligiane, ressalta a necessidade de manter a situação vacinal sempre atualizada.
E reforça: manter as crianças e adolescentes vacinados é questão de saúde pública.
“O Programa Nacional de Imunizações (PNI), que este ano completa 49 anos, é uma das mais importantes intervenções para a prevenção, controle, eliminação e erradicação de doenças preveníveis por vacinação. No entanto, com a diminuição das coberturas vacinais há o risco do retorno de doenças já eliminadas, a exemplo da poliomielite.”
Durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação, os postos de saúde disponibilizarão as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, do PNI.
Além da proteção contra a Poliomielite, serão administradas vacinas contra doenças como Sarampo, Caxumba, Rubéola, Hepatite A, Febre Amarela, HPV e outras.
Para vacinar as crianças e adolescentes, compareça a um Posto de Vacinação com a caderneta de vacinação em mãos.
O Centro de Controle de Zoonoses de Caicó (RN), divulgou na manhã desta terça-feira (16), a quantidade de animais (cães e gatos) que foram vacinados no “Dia D”, realizado no sábado (13). A expectativa foi superada.
De acordo com Luciélio Henrique, coordenador do CCZ, foram imunizados 10.383 animais, sendo 5.773 cães (2.853 machos e 2.920 fêmeas) e 4.610 gatos (2.179 machos e 2.431 fêmeas).
O médico veterinário Gustavo Solano, disse que “o Dia D foi sucesso total”. Ele informou ainda que “a vacinação na zona rural continua. E quem ainda não conseguiu vacinar seu animal, pode procurar o CCZ no horário da manhã”.
De acordo com os dados do Censo de animais, em Caicó, existem 13.827 cães e gatos.
Vacinação de crianças indígenas na UBS Aldeia Jaragua Kwaray Djekupe
As campanhas de vacinação contra gripe e covid-19 estão ativas por todo Brasil. Seis em cada dez mortos e internados por covid-19 no país não tomaram a terceira dose da vacina entre março e junho deste ano, segundo dados da plataforma de monitoramento da pandemia ligada à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Info Tracker.
A infectologista Dra. Joana D’arc destaca a eficácia da imunização para reduzir o número de mortes, conter as complicações das doenças e a contaminação. “No caso da covid-19, reduziu a mortalidade, letalidade, questões da circulação viral, a questão de aquisição das novas variantes. Na vacina da gripe, a gente tem a questão de cepas virais muito agressivas, como H1N1, que também já foi causa de epidemias e de grande mortalidade. Então, quando a gente imuniza para as duas, reduz possibilidades de adoecimento, facilita para os serviços de saúde no momento de fazer um diagnóstico e diminui a superposição de doenças infecciosas”, afirma.
A médica alerta ainda para a importância de tomar as vacinas de reforço de acordo com a frequência indicada: após quatro meses para covid-19 e a cada ano para a gripe. “As vacinas que nós temos disponíveis atualmente não dão uma imunidade tão duradoura quanto gostaríamos. E quando você faz o reforço, é como se fosse uma amplificação da sua imunidade e com isso a gente reduz a possibilidade de novos surtos de novas epidemias e seleção de novas variantes. A vacina da gripe, assim como o vírus da covid, passa por mutações muito frequentes e todos os anos a vacina tem uma composição diferente”, explica.
João Luiz, 23, estudante, tomou três doses da vacina contra covid-19, mas ainda assim foi infectado com a doença. Ele teve apenas sintomas leves: “eu estava sentindo o corpo mole, a garganta estava inflamada e o nariz entupido, então eu estava tossindo muito. Senti um pouco de febre nos primeiros dias, mas depois passou”. João se recuperou após duas semanas em casa, e continua com cuidados como uso de máscara e álcool gel. A infectologista Joana D’arc esclarece que, apesar de a vacina não bloquear a infecção, os casos de pacientes imunizados com as doses de reforço são os que menos complicam.
Anvisa recebe pedido de ampliação para faixa etária da Pfizer
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária analisa possibilidade de inclusão da faixa etária de 6 meses a 4 anos de idade na indicação da vacina Pfizer contra covid-19. Atualmente, ela é recomendada a partir dos 5 anos. O início do prazo de análise da solicitação é de 30 dias e começou a contar nessa segunda-feira (1º). O período para análise pode ser alterado, caso haja necessidade de complementar dados e informações pelo laboratório.
*Dr. Clay Brites é pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber
Ao nascer, o bebê tem poucas defesas para combater infecções e as vacinas são muito importantes pois ajudam a estimular o sistema de proteção do organismo. Com isso, diminui o risco de a criança ficar doente pois ela passa a ter menos chances de adquirir infecções severas as quais afetariam seu neurodesenvolvimento.
A vacinação infantil protege de inúmeras doenças e faz parte dos cuidados básicos. Durante o primeiro ano, o bebê tomará mais vacinas do que ao longo de toda a sua vida e historicamente esta medida demonstrou ser a mais eficaz para reduzir a mortalidade. Entretanto, alguns podem apresentar reações adversas, mas que costumam ter pouca intensidade e permanecem por um curto período de tempo.
Ao nascer, em 15 dias, deve-se tomar a BCG em dose única. Ela pode resultar em efeitos que podem ser locais e regionais, como úlcera local, uma ferida que pode demorar para cicatrizar e ter a presença de linfadenopatia regional (gânglios). A BCG quase sempre deixa uma cicatriz característica no local em que foi aplicada.
A vacina da Hepatite B deve ser aplicada ao nascer, aos 2 e aos 6 meses de vida. Suas reações mais comuns são dor, enduração local, febre nas primeiras 24 horas, fadiga, irritabilidade e desconforto gastrointestinal leve. Raramente ocorrem reações alérgicas graves. Na tríplice bacteriana, aplicada com 2, 4 e 6 meses, pode ocorrer febre baixa a moderada, irritabilidade, vermelhidão, dor e inchaço no local da aplicação.
Com 2, 4 e 6 meses, o bebê deve tomar a vacina contra a Haemophilus influenzae tipo B (HiB). Ela é dada em uma vacina combinada, a pentavalente. Sua aplicação pode levar aos mesmos efeitos colaterais da tríplice bacteriana, febre de até 39 graus e desconforto no local da aplicação. Com o mesmo tempo de vida, o bebê deve tomar a do Rotavírus. Essa pode trazer os mesmos sintomas da vacina da poliomielite. Também pode levar a febre, fraqueza, irritabilidade, perda de apetite e vômitos.
A Poliomielite é aplicada com 2, 4 e 6 meses. Nesse caso pode ser o vírus atenuado, oral, e a VIP, de vírus inativo, injetável. Na injetável pode ocorrer vermelhidão, endurecimento e dor no local da aplicação e raramente febre moderada. Já a vacina oral, em geral, é bem tolerada, mas há chances do bebê ter reações alérgicas, como urticária e erupções na pele com coceira. A Pneumocócica conjugada deve ser aplicada com 2, 4, 6 e 12 meses. Pode causar dor, edema, vermelhidão, nódulo no local da injeção e irritabilidade.
Aos 3, 5, 7 e 12 meses são aplicadas as vacinas antimeningocócicas. Na meningocócica conjugada as reações são edema, endurecimento, dor e vermelhidão no local; perda de apetite, irritabilidade, sonolência, febre e dor muscular. Na meningocócica B, as reações mais comuns são sensibilidade e eritema no local, febre e irritabilidade. As reações mais incomuns a essas vacinas são as de caráter neurológico, já a Síndrome de Guillain-Barré, neuropatias e crises convulsivas são ocorrências raras. Outros efeitos que podem acontecer são choro inconsolável, convulsões febris e anafilaxia. Caso tenha alguma dúvida, procure o pediatra da criança.
Para prevenir ou amenizar as reações faça compressa gelada na região por 5 minutos, 3 vezes ao dia, no dia da aplicação da vacina. Não faça massagem nem comprima a região da aplicação e hidrate o bebê.
Lembre-se que por mais desconfortável que possa parecer, as reações são passageiras. A não vacinação pode resultar em doenças com consequências irreversíveis para a criança, inclusive graves sequelas neurológicas e problemas permanentes de locomoção e deficiências diversas. É um direito da criança ser vacinada. E vacinar também é um ato de amor. Vacinem seus filhos!
(*) Dr. Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian Society); Integrante e palestrante do Instituto Neurosaber.
A vacinação contra a covid-19 em crianças a partir dos 3 anos de idade do município de Assú inicia nesta primeira semana de agosto. No Posto Central as aplicações tiveram início nesta segunda-feira (01). A partir de amanhã (02), terça-feira, todas as unidades de saúde do município já aplicarão a vacina.
O imunizante utilizado será Coronavac, tanto na zona urbana quanto rural. Atualmente, no Brasil, as versões pediátricas de vacina contra a covid são a Pfizer e a Coronavac. Os pais e/ou responsáveis devem apresentar documento pessoal e caderneta de vacinação da criança.
A Secretaria Municipal de Saúde alerta que após a flexibilização e retorno às atividades comuns e coletivas, as crianças sem vacinação estão mais suscetíveis à contaminação pela doença e devem ser vacinadas.
O Distrito Federal começou a vacinar pessoas com 49 anos a partir de hoje. A vacinação contra a Covid-19 começou no dia 19 de janeiro e o DF já recebeu 1.455.070 doses de imunizantes.
O termo Diabetes Mellitus refere-se à uma doença caracterizada pela HIPERGLICEMIA (aumento da glicose ou “açúcar” no sangue)
Tanto o diabetes do tipo 1 como do tipo 2 resultam da hiperglicemia. Porém, há diferenças entre eles. No diabetes do tipo 1, a causa da elevação da glicemia (açúcar no sangue) é a falta de produção do hormônio insulina, que é a responsável por manter os níveis de açúcar no sangue controlados. A insulina é secretada por um órgão chamado pâncreas. O pâncreas do diabetes tipo 1 não funciona por conta de uma reação autoimune (produção de anticorpos contra as células do pâncreas). O que desencadeia esse processo de autoimunidade ainda não está claro.
O diabetes tipo 1 acomete geralmente crianças e adolescentes, e o tratamento é feito através das injeções de insulina, associado a orientação alimentar por uma nutricionista.
O diabetes tipo 1 não possui cura, mas sim, tratamento. Esse tratamento evoluiu muito nos últimos anos através de insulinas melhores e métodos mais modernos de medição da glicose no sangue.
No diabetes tipo 2, o aumento da glicemia ocorre devido a uma resistência a ação da insulina, ou seja, ele produz insulina, porém, está não consegue agir. Essa resistência à insulina está intimamente ligada a quantidade de gordura corporal, principalmente na região abdominal. O diabete tipo 2 costuma se manifestar em indivíduos com mais de 40 anos, geralmente com sobrepeso e histórico familiar da doença.
No tratamento do diabetes tipo 2, a reeducação alimentar para perda de peso e a atividade física são fundamentais. Uso de medicações também geralmente é necessário e, em alguns casos, insulina.
Apesar de, como no tipo 1, não ser possível falar em cura para o diabetes tipo 2, é possível uma normalização dos níveis de glicose, em alguns indivíduos, após uma perda considerável de peso e mudança intensa de hábitos.