Um texto persuasivo é um tipo de conteúdo que tem como objetivo influenciar ou convencer o leitor a adotar uma opinião, tomar uma ação específica ou até mesmo mudar seu comportamento. [Ler mais…]
“Brasil Polifônico”, obra publicada pela Mundo Cristão e escrita por Davi Lago, mestre em Teoria do Direito, aborda as tradições judaico-cristãs e o cenário político brasileiro
As eleições gerais brasileiras já vão para o segundo turno e a maioria da população não possui um conhecimento político suficiente. Segundo a pesquisa “Os perigos da percepção”, do Instituto Ipsos Mori, que também já foi chamada de “Índice da Ignorância”, o Brasil é o segundo país do mundo no ranking em que as pessoas possuem menos noção da própria realidade, posicionando-se atrás apenas da África do Sul. O estudo, divulgado em dezembro de 2017, foi realizado em 38 nações.
No Brasil, quando o assunto é política e religião, os embates de opiniões tornam-se ainda mais complexos. Para auxiliar reflexões tão necessárias acerca do tema, Davi Lago, mestre em Teoria do Direito, pesquisador do Instituto Pensando o Brasil, especialista em Filosofia Contemporânea e pastor batista escreveu “Brasil Polifônico: Os evangélicos e as estruturas de poder“, livro publicado pela Editora Mundo Cristão. Em resenha para o jornal “O Estado de S. Paulo”, o jornalista Matheus Leitão enfatiza a importância da obra:
Por tudo isso, Brasil Polifônico, publicado pela editora Mundo Cristão, se transforma, fora do meio evangélico, numa ferramenta para aqueles que desejam entender como a igreja protestante chegou até aqui, quais direitos ajudou a conquistar e que caminho deve seguir para continuar sendo parte do fortalecimento de uma democracia saudável e em constante evolução.
Em “Brasil Polifônico“, Davi traz elementos históricos, jurídicos e teológicos que contribuem de forma rica com o debate político brasileiro. O autor ainda indica as medidas necessárias para a boa convivência no espaço público, por meio do resgate dos marcos civilizatórios que fundamentam a complexa realidade do nosso país e ressalta o respeito à pluralidade de visões como algo essencial à democracia.
Confira a resenha completa de Matheus Leitão no jornal O Estado de S. Paulo: https://bit.ly/2EgmFpc
Sobre o autor: Davi Lago é mestre em Teoria do Direito e graduado em Direito pela PUC-MG. É pesquisador do Instituto Pensando o Brasil e pastor batista. Publica artigos regularmente em seu website (www.davilago.com) e é articulista no blog Estado da Arte, do jornal “O Estado de S. Paulo”. É casado com Natália e pai de Maria.
Nosso país tem o que todos os países do mundo mais necessitam
– Terra para plantar
O mundo necessita de alimentos e para isso necessita de terras que não apresentem neves, terremotos, tsunamis ou vulcões.
O Brasil em áreas agricultáveis está em 1º lugar no planeta, mas o que precisamos são olhos para enxergar, pois até agora nossa política somente teve olhos para criar propinas.
O Brasil possui aproximadamente 700 usinas de açúcar e álcool, isto gera “50.000” empregos, mas bastaria uma redução no salário dos políticos que recebem 12 vezes mais que um professor e ainda podem ter 32 assessores que recebem 7 vezes o que um professo recebe, sem contar que eles ainda tem auxilio moradia, passagens áreas e auxilio alimentação, para diminuir o desemprego no País.
Dentro desse raciocínio, o politico poderia ganhar no máximo 50% a mais que um professor e teria que ser proibido de receber qualquer outro auxilio.
Mas seria necessário que o governo determinasse como a China fez em 1985, 15% do PIB para geração de empregos, colocando leis que ajudassem na geração de empregos. A primeira das leis seria que o abastecimento veicular em estradas que tenham sido construídas com o dinheiro do povo somente poderia ser feito com etanol.
Isto geraria uma necessidade de 70.000 usinas de álcool, onde de início teríamos 70 milhões de empregos e estaríamos gerando uma boa distribuição de renda.
Hoje o Brasil, para poder sustentar seu consumo de etanol, precisa importar. Mas quando necessitamos de importar caímos no colo dos USA, que é o primeiro colocado na produção de etanol, mas olhando profundamente na produção americana vemos que os americanos utilizam sua produção de etanol o milho, que na realidade sua produtividade é 500% inferior a produção do etanol derivado da cana.
Isto mostra a incompetência politica administrativa brasileira pois poderíamos exportar combustível para todo o mundo, uma vez que o mundo está carente de combustível.Com uma produção enorme de etanol, chegaríamos a campeões de exportação de combustíveis.
A nossa gasolina extraída em nosso território geraria exportações as quais trariam divisas ou dólares ao país. Concluimos que podemos ser campeões em produção, em geração de empregos e distribuição de renda.
“Basta querer”
*J.A.Puppio é empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”
O jogo social é composto por fenômenos, interesses e movimentos que formam situações contraditórias e conflituosas e o resultado é sempre inédito, imprevisível e sem fim: o jogo social é história e luta.
A importante vitória do movimento sindical ao barrar a votação da reforma da previdência deve ser compreendida como um feito histórico de grande envergadura. Isso porque se deve considerar o contexto adverso das inúmeras lutas realizadas (reforma trabalhista, teto do orçamento público, desestatização, pré-sal, desemprego, entre outros), a gravidade da crise econômica e política, as divergências existentes no interior da organização sindical e o ataque que sofrem os trabalhadores e suas entidades.
O resultado foi conquistado com movimentos históricos como a greve de abril, a Marcha dos 150 mil à Brasília, com as mobilizações nos aeroportos, no Congresso, nas cidades e no campo. A organização sindical se fez movimento. O resultado é também fruto da capacidade de intervir no debate público com conhecimento crítico e propositivo, além das estratégias bem sucedidas de comunicação. A vitória faz parte da contínua caminhada de quem luta e deve significar capacidade para reunir forças para continuar o jogo social, inclusive na questão da previdência social.
O ano de 2018 marcará a história da nação e será decisivo para orientar o nosso futuro. As eleições têm a tarefa de costurar o tecido social e político rompido em 2015 e, colocarão as inúmeras e profundas reformas em debate deliberativo pelo voto. Será um ano politicamente quente, no qual forças poderosas provocarão tentarão interditar o necessário debate propositivo sobre as grandes questões que darão rumo ao nosso futuro.
Devemos comemorar a vitória da luta e da unidade na diferença. Mas, desde já, reconhecer o papel decisivo que terá, neste ano, o movimento sindical para promover o debate político, com as questões que interessam aos trabalhadores. Nossa intervenção deve ser crítica e propositiva, com projetos e soluções, indicando a agenda e o conteúdo das reformas, a partir da perspectiva do trabalho e dos trabalhadores.
As mudanças que estão em processo na economia capitalista são profundas, as transformações demográficas criarão uma outra sociedade; a tecnologia, a comunicação e a inteligência artificial alteram radicalmente aquilo que conhecemos como emprego e sociabilidade. Disso decorre uma agenda complexa e desconhecida para ser enfrentada pelos trabalhadores.
A reforma da previdência voltará na agenda de 2019 e por isso deve estar no debate eleitoral. Por quê? Porque há mudanças demográficas profundas; porque o sistema de financiamento da previdência social precisa ser reorganizado como parte de uma reforma tributária mais ampla; porque é preciso celeridade para cobrar os devedores, etc. Entretanto, a questão central é que os efeitos da reforma trabalhista sobre o mercado de trabalho inviabilizarão o sistema de repartição da previdência social financiada sobre a folha de pagamento. Mais ainda, a reforma trabalhista é a expressão institucional das profundas mudanças na base da organização econômica da produção, da distribuição, do emprego e dos salários.
Insisto: a fundamental vitória do momento deve-nos levar a compreender a complexidade da situação e da agenda que temos pela frente. Promover e participar do debate propositivo; construir capacidade institucional para abrir e sustentar o diálogo social; e, práticas políticas que recepcionam e conduzem as forças sociais e econômicas para acordos sociais, no espaço das contradições e dos conflitos. Só assim, a nação retoma sua capacidade soberana de ser protagonista do seu destino.
*Clemente Ganz Lúcio é Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e do Grupo Reindustrialização