Radiologista da Clínica Doppler mostra que procura por exames preventivos tem aumentado
O mês de outubro trouxe atenção ao cuidado com a saúde da mama que deve ser lembrado todos os anos, através do exame preventivo, a fim de se evitar o câncer de mama: tipo de câncer mais incidente em mulheres no Brasil.
Dados comprovam que cerca de 30% dos cânceres de mama poderiam ter sido tratados mais precocemente, com exames de rotina como a mamografia de rastreamento, exame mais efetivo para detectar esse tipo de câncer em mulheres, principalmente a partir dos 40 anos.
Segundo a radiologista Flávia Engel Aduan, da Clínica Doppler, a detecção precoce aumenta a chance de cura completa e evita cirurgias desnecessárias, além de contribuir para a redução da mortalidade.
A profissional relata que a procura por exames de mamografia na Clínica no mês de outubro de 2021 aumentou 23% em relação à média de mamografias realizadas mensalmente. Ainda, houve um aumento de 18% ao analisar outubro de 2021 em relação a outubro de 2020.
Já os exames de ultrassonografia das mamas aumentaram 14% em relação à média mensal e 3% em relação a outubro de 2020. A Doppler também realiza punções e biópsias de mama, além de marcações pré-cirúrgicas e, a cada ano, nota-se um aumento da demanda por tais procedimentos nos meses de novembro e dezembro como consequência dos diagnósticos realizados no mês de outubro.
“Quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. Vários estudos têm confirmado a importância da mamografia na redução da mortalidade pelo câncer de mama”, afirma Flávia.
O Exame de Mamografia Digital é um exame seguro que é indicado pelo médico para rastreamento ou diagnóstico do câncer de mama.
Flávia explica que a mamografia pode ser considerada desconfortável para alguns pacientes, porém, a compressão das mamas é essencial para o diagnóstico, pois causa a redução da dose de radiação, assim como, imobilidade da mama, dissociação das estruturas e uniformização das densidades.
“Há maneiras de reduzir o desconforto, como realizar o exame fora do período menstrual (mamas menos “inchadas”). Para quem tem receio da radiação, é importante lembrar que em pequenas doses, a exposição à radiação não oferece riscos à saúde. O corpo humano tem tempo suficiente para substituir as células que eventualmente tenham sido alteradas”, explica a radiologista, lembrando que pacientes com implante de silicone devem realizar também o exame de mamografia, pois não há perigo de romper a prótese.
É importante frisar que o exame de ultrassonografia não é um exame de rastreamento e sim um exame para esclarecer alguma dúvida que não ficou esclarecida na mamografia. E indicado também como exame complementar para pacientes que apresentem mamas radiologicamente densas e que, devido a quantidade de tecido glandular, pode dificultar a visualização de nódulos na mamografia.
Se o resultado da mamografia ou do ultrassom das mamas indicar suspeita de câncer de mama, o médico pode solicitar uma biópsia. Essa biópsia é realizada através de uma punção com agulhas e guiada por ultrassonografia ou mamografia e serve para analisar se o nódulo em questão é ou não um tumor.
Por fim, há a marcação pré-cirúrgica (MPC) dos nódulos, que é um procedimento pré-operatório utilizado para localização de lesões não palpáveis da mama e que deve ser feito preferencialmente no mesmo dia da cirurgia ou, no máximo, 24 horas antes.
“Nesse exame, um fio guia metálico é colocado na lesão a fim de que ela possa ser posteriormente extraída pelo médico durante a cirurgia.”, finaliza Flávia.
Estudos apontam que a planta age na diminuição da dor e do desenvolvimento de células da doença
No Brasil, cerca de 15% das mulheres são acometidas pela endometriose, ou seja, 6,5 milhões de brasileiras por ano. Segundo artigo do Laboratório de Neurofarmacologia da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha, publicado em janeiro de 2020, o efeito do THC em um modelo de endometriose em camundongos reduziu as medições da dor e limitou o desenvolvimento de cistos endometriais.
O tratamento da dor secundária da endometriose constitui um desafio histórico na prática clínica e muitos destes tratamentos são à base de hormônios, com uma série de efeitos colaterais. Dor na parte inferior das costas e do abdômen, dor na pélvis, vagina ou no reto, dor durante a relação sexual, menstruação irregular e outros desconfortos são alguns sintomas da doença.
De acordo com artigo da Medical Cannabis Network, os órgãos pélvicos femininos possuem uma densidade muito alta de receptores canabinóides, fazendo com que o tratamento da endometriose com medicamentos à base de cannabis seja promissor, principalmente nos sintomas desse distúrbio. “Os receptores canabinóides são locais onde as substâncias medicinais da planta se ligam e produzem seus efeitos medicamentosos”, explica a Dra. Maria Teresa Jacob, médica que atende pacientes com a cannabis medicinal.
Uma pesquisa online feita na Austrália, entrevistou um grupo de mulheres diagnosticadas com endometriose, avaliando o uso do óleo de CBD para o tratamento da doença. As pacientes relataram que de todas as técnicas alternativas e complementares utilizadas, a cannabis foi uma das mais eficazes, controlando significativamente a dor.
“A endometriose, patologia relativamente frequente entre mulheres na fase reprodutiva, compromete enormemente a qualidade de vida pela dor severa e por complicações genito-urinárias. Estudos demonstram que a cannabis atua na melhora da dor, com recuperação da qualidade de vida e diminuição de complicações”, completa a médica, que também é especialista em dor crônica. Já existem dois ensaios clínicos com fitocanabinóides em andamento, a fim de confirmar e trazer evidências mais robustas no uso da cannabis medicinal para um tratamento eficaz contra a endometriose e outras doenças ginecológicas.
Sobre a Dra. Maria Teresa Jacob
Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1981. Pós graduanda em Endocannabinologia, Cannabis y Cannabinoides na Universidade de Rosário, Argentina. Realizou residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia referência mundial na área. Membro da Society of Cannabis Clinicians (SCC), da International Association for Canabinoid Medicines (IACM), da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS) e da Sociedade Européia de Dor (EFIC). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias na Bem – Centro de Saúde e Bem Estar, Campinas.
Bem – Centro de Saúde e Bem Estar, Campinas
A Bem – Centro de Saúde e Bem Estar está localizada na cidade de Campinas. Com foco em saúde e bem-estar, atende pacientes de dor crônica com a medicina canabinóide, oferecendo tratamento complementar com a acupuntura. Realizam a prescrição e o acompanhamento da cannabis medicinal nos mais diversos casos e patologias. As médicas responsáveis, Dra. Maria Teresa Jacob e Dra. Beatriz Jacob Milani, mãe e filha, fizeram cursos de especialização internacional no uso terapêutico da planta.
Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 49% das entrevistadas.
Problema comum entre as mulheres, a dor pélvica geralmente é um sinal de alguma disfunção no organismo, que pode ser ginecológica, intestinal, ou relacionada a gravidez. Muitas mulheres que têm dor pélvica intensa, podem sentir um aumento dessa dor durante a menstruação. E conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 47% das brasileiras sentem dor pélvica intensa, que piora na menstruação.
Um dos fatores que podem contribuir para a dor pélvica, e sua piora durante a menstruação, é a endometriose, uma doença crônica que pode causar dor, desconforto e infertilidade. Porém, muitas mulheres têm a doença, mas, pelos sintomas serem muito parecidos com o da menstruação, podem ficar muito tempo sem identificar o problema. E conforme constatamos no estudo, 69% não sabem que a endometriose pode produzir menstruação abundante, cãimbras durante a relação sexual, e dor ao urinar.
Os dados por estado demonstram que o Ceará é o estado em que mais mulheres conhecem os sintomas da endometriose, com 38% das entrevistadas. No Rio de Janeiro, o percentual é de 35%, e no Distrito Federal, 33%. Já em São Paulo e no Espírito Santo, 30% das entrevistadas sabem sobre os sintomas da doença. E o Acre, é o estado em que menos mulheres têm esse conhecimento, com 9% da população. Além disso, 25% das entrevistadas conhecem alguém que tem a doença.
Ademais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 180 milhões de mulheres enfrentam a endometriose em todo o mundo. E em abril de 2021, a OMS reconheceu a doença como um problema de saúde pública. Por ter um percentual tão alto de mulheres portadoras da doença, e que não têm conhecimento sobre ela (69% conforme demonstramos anteriormente), espera-se que após esse reconhecimento, sejam desenvolvidas ainda mais políticas públicas voltadas para a doença.
Dor Crônica – O Blog realiza, em parceria com Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), pesquisa que mostra a existência preconceito com a dor feminina
Existe preconceito com relação à dor feminina (Crédito: Dor Crônica_O Blog)
As mulheres informam experimentar uma dor crônica mais intensa e duradoura do que os homens. Mesmo assim, estudos internacionais comprovam que são tratadas menos assertivamente, não recebem da saúde pública e privada o mesmo tratamento dado aos homens e que algumas padecem e até falecem em função disso. Agora, pela primeira vez noBrasil, é realizada uma pesquisa referente ao tema, cujo resultado mostra que 50% das mulheres entrevistadas reclamam da valorização que o médico dá às suas queixas de dor. E 75,5% das insatisfeitas reconhecem que o médico se preocupa com a doença, mas dá pouca atenção à essas queixas de dor.
A pesquisa intitulada “Percepção do Atendimento Médico prestado às mulheres com dor crônica” foi realizada com um universo de 1.022 mulheres, de 18 a 78 anos (maior parte entre 40 e 60 anos), sendo que 86% sente dor há mais de seis meses; 62%, relata alta intensidade de dor, e quase um terço, 29,4%, sente dor intensa, sem ter essa condição “legitimada” pelo médico. O objetivo da pesquisa, além de conhecer a percepção que as pacientes com dor crônica têm do atendimento recebido por parte de médicos e de suas equipes, é o de chamar a atenção para um campo da medicina que só irá se expandir e aprofundar no futuro: o das desigualdades de gênero. “Mesmo a proporção feminina da população impactada pela dor crônica ser o dobro da masculina, as mulheres não são tão eficazmente bem atendidas quanto os homens”, afirma Julio Troncoso, criador do Dor Crônica – O Blog (https://dorcronica.blog.br), projeto filantrópico de educação em dor no Brasil -, responsável pela nova pesquisa, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e autorizada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.
“Esse estudo servirá de argumento para chamar a atenção dos profissionais da saúde, especialmente os médicos, quanto a situação anômala do Brasil em relação as dores femininas. Nos países mais desenvolvidos há críticas crescentes quanto as queixas da mulher com dor crônica não serem devidamente valorizadas pelos médicos e, em vez disso, atribuídas à somatização”, completa Julio, pesquisador profissional, formado em Economia e Administração de Empresas e PhD em Comportamento pela Cornell University (EUA), que já lançou 10 livros digitais sobre o tema da dor feminina.
Os dados da nova pesquisa demonstram também as críticas das mulheres com relação à equipe de saúde (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, etc). Duas em cada 10 entrevistadas afirmam que a equipe médica não se preocupa com a sua dor. Entre as 882 mulheres com dor crônica superior a seis meses, 32% relatou não conhecer o motivo da dor, e uma parcela de 35% afirma que não foi informada sobre por um profissional da saúde. A dupla carência atingiu um quarto desse grupo.
Essa avaliação não melhora ao se constatar que uma proporção também significativa de entrevistadas, 39,1%, é composta por dois grupos distintos: as que se consideram informadas sobre sua dor, mas não por um profissional da saúde, e as que não se consideram informadas. Ou seja, por ação ou omissão, os profissionais da saúde não satisfazem as necessidades de informação sobre a dor de suas pacientes em quase 40% dos casos.
As 84% das entrevistadas concordam com a afirmação: “Estaria melhor se eu recebesse apoio de uma equipe de saúde”. E mais de 60% avaliam que “a atenção da equipe médica ou de outras pessoas não afetam o resultado do meu tratamento”. Em suma, a equipe médica é vista como sendo ainda mais impermeável às queixas das pacientes que os médicos, mas isso não parece importar a maioria delas, seja porque não reconhecem nessa equipe uma entidade propriamente dita e/ou por supor que ela, mesmo existindo, carece de maior efeito terapêutico.
Mulheres entre 18 e 78 anos participaram da pesquisa inédita no Brasil (Crédito: Dor Crônica_O Blog)
Outro dado interessante é que o nível de informação parece amenizar as críticas sobre a valorização das queixas de dor pelo médico. Pouco mais de 50% das mulheres, que se diz bem informadas, reclamam menos da valorização das suas queixas de dor pelo médico do que as que se dizem menos informadas. Outro resultado foi que quanto menos intensa a dor, proporcionalmente maior a reclamação de que queixas a ela relacionadas são pouco ou nada valorizadas pelo médico. A explicação seria de que se a dor for reportada como “leve”, é provável que seu apontamento seja mais difuso (ou confuso), tornando exame e diagnóstico menos rigorosos e urgentes.
Julio explica que esta percepção da mulher com dor crônica sobre o atendimento que recebe dos médicos e das equipes de saúde, reforça a noção, suportada pela literatura, de que os médicos tendem a se comunicar tecnicamente com seus pacientes, negligenciando os cuidados de forma e conteúdo que preservam relações interpessoais saudáveis. O achado sugere que uma proporção importante das mulheres com dor crônica, acima de seis meses, desacredita da biomedicina enquanto solução para obter alívio ou cura. “Já era previsível uma porcentagem com dor crônica estar insatisfeita com a valorização dada pelos médicos e suas equipes às queixas. Por outro lado, é surpreendente o número das que dizem estar desinformadas sobre suas doenças e dores; e, também, não estava previsto o fato de muitas deixarem a recuperação nas mãos do ‘Além’, em vez de nas mãos de médicos ou de autocuidados. Isso acontece muito provavelmente em função da dor crônica não ter cura e não receberem acompanhamento adequado dos profissionais da saúde”, completa o pesquisador.
“Ao propormos um estudo sobre esse assunto, estamos incentivando nosso aluno a se interessar por uma queixa prevalente com a qual ele terá que lidar após a sua graduação. Além disso, os projetos científicos de uma forma geral auxiliam a formação do aluno no que tange à elaboração de um projeto de pesquisa, vivenciando as fases do projeto, as dificuldades que possam ocorrer durante a sua execução, a experiência da confecção de um manuscrito e, sobretudo, ajudam a formação de um espírito crítico na análise dos trabalhos publicados”, afirma a vice-diretora da FMJ, dra. Ana Carolina Marchesini de Camargo, mestre e doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, professora adjunta da disciplina de Ginecologia.
Para a dra. Ana Carolina, no campo assistencial, as respostas que o projeto traz ajudam a nortear a formação dos futuros médicos, pois podem apontar falhas ou acertos na abordagem da dor crônica, guiando para soluções. “Sendo um projeto pautado no escopo pessoal de qualidade de vida e autopercepção, particularmente este estudo reforça a necessidade da formação de um profissional empático, atento às causas orgânicas e inorgânicas do sintoma, e principalmente preparado para interagir de maneira humanista e ética com seus pacientes”. A doutora informa que os dados coletados estão sendo trabalhados e cuidadosamente interpretados para que que sejam apresentados em eventos científicos e publicados em revistas renomadas.
Como foi feita a pesquisa – Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2020, por meio de um questionário veiculado online pelo Google Forms, sob a supervisão do autor e do blog Dor Crônica, pelo acessou a sua base mensal de 80 mil visitantes, bem como as maiores plataformas de mídia social (Google, Facebook, Instagram, LinkedIn e WhatsApp). Para promover a participação no estudo, as participantes ganharam um ebook inédito (“Dores Femininas”, 250 págs.). Ao todo 37 questões foram divididas em quatro domínios: informações demográficas, percepção de aspectos do atendimento fornecido pelo médico e pela equipe médica que sugerem valorização, informações sobre dor (intensidade, informação); e Escala Multidimensional de Lócus de Controle. Das 1.022 mulheres, dois terços delas têm curso superior e as demais 2º grau incompleto a superior incompleto.
Estudos internacionais – A grosso modo, esses resultados do novo estudo se assemelham aos de uma pesquisa de 17 artigos sobre queixas de 204.586 pacientes, feitas via online em 5 países – EUA, Reino Unido, Alemanha, Canadá e China –, (2000/ 2018 https://www.jmir.org/2019/8/e14634/), na qual a metade dos pacientes (49,71%) criticava atitudes ou comportamentos da equipe médica relativos ao paciente, tais como não levar em conta suas preferências, suporte emocional, informação e educação, entre os mais relevantes. E ainda: das mais de 2.400 mulheres americanas com dor crônica entrevistadas online pelo National Pain Report (2014), 65% acha que os médicos levavam a sua dor menos a sério por serem mulheres; e 84% foi tratada de forma diferente pelos médicos por causa de seu sexo. Aproximadamente a metade ouviu dos médicos as suas dores “estarem apenas nas suas cabeças”:http://nationalpainreport.com/women-in-pain-report-significant-gender-bias-8824696.html.
Segundo Julio, como se pode notar, o assunto já é motivo, há mais de uma década, de pesquisas e de um movimento muito forte em países desenvolvidos. Mas até o momento, não tem sido pesquisado no Brasil. “Nos últimos 50 anos, em diversos países desenvolvidos têm sido progressivamente apontada a disparidade de gênero que caracteriza os serviços de saúde, seja no atendimento clínico, na pesquisa, na farmacologia, e até no reconhecimento das profissionais de saúde mulheres. Disparidades que, ao afetar o acesso da mulher a recursos de promoção da saúde, prejudicam a sua saúde e bem-estar. Dessa evolução pouco se sabe no Brasil, onde o tema em pauta não tem sido pesquisado”, conta. Um pequeno estudo abrangendo mulheres fibromiálgicas, admitiu que “na maioria das vezes elas sofrem caladas, enfrentam discriminação, preconceitos e exclusão. Nesse caso, possuem vulnerabilidade física e social aumentada.”
Projeto sobre conscientização de Dor Crônica – Os projetos de Julio Troncoso convergem para um foco: ajudar a construir uma conscientização sobre Dor Crônica no Brasil, entre pacientes e profissionais de saúde. Esse foi um dos motivos de ter criado o Dor Crônica – O Blog (https://dorcronica.blog.br), projeto filantrópico de educação em dor no Brasil que reúne artigos, posts, e-books, vídeos, questionários médicos, aplicativos, cartuns, lâminas pedagógicas e outros conteúdos nas redes sociais. Pelo fato de o blog ter muitos acessos de pessoas de outros países, a maior parte de seu conteúdo já se encontra para o inglês e espanhol. Após sofrer por 25 anos de dor cervical, Julio passou a se dedicar à pesquisa sobre dor crônica, e desenvolveu uma estratégia de vida e um tratamento multifatorial capaz de controlá-la. Pesquisador profissional e estudioso da área de dor, Julio já lançou 10 e-books e dois aplicativos relacionados à esta temática e o fato de falar quatro idiomas facilitou interpretar, compilar e analisar as mais diversas pesquisas realizadas no mundo sobre a dor feminina e o viés de gênero na saúde, e trazer como resultado por exemplo o e-book ‘O Paradoxo de Eva’, juntamente com o aplicativo gratuito ‘Alívio Mulher’ e também o ‘Alívio Coronavírus’, terceiro aplicativo desenvolvido pelo pesquisador. O projeto tem consultoria de Rosana Pereira, administradora de empresas com pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas.
Mais informações no: https://dorcronica.blog.br, Facebook: @dorcronicablog, Instagram: @blogdorcronica // Linkedin: blogdor e Canal no Youtube: Blog Dor Crônica.
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Com medo da pandemia, brasileiros deixaram de realizar exames, o que pode aumentar número de mortes por outras doenças
Mesmo sem os números de 2020 computados pela maioria dos municípios brasileiros, estima-se que o número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tenha caído próximo a 50% no ano passado em comparação com 2019. Os dados da rede privada corroboram com esta tendência. No Hospital Marcelino Champagnat, por exemplo, o número de mulheres que realizaram o exame reduziu em 58% no mesmo período.
Hoje, a mamografia é o principal exame para rastreamento para o câncer de mama, doença responsável por muitas mortes no Brasil. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que 66 mil mulheres tenham desenvolvido a doença no país em 2020.
A ginecologista Renata Hayashi alerta que o retardo das avaliações periódicas pode incorrer em diagnóstico mais tardio do câncer de mama. “Quando as mulheres deixam de realizar as consultas e exames preventivos, diminuem as chances do diagnóstico precoce e de sobrevida, já que, quando descoberta no início, a doença tem mais chances de cura”, explica a médica.
Assim como a mamografia, outros exames e avaliações preventivas diminuíram desde o início da pandemia. Com receio de contraírem o novo coronavírus, muitas pessoas deixaram de consultar seus médicos. “Se o paciente passou por consulta recente, é jovem e manteve estilo de vida saudável neste período, tudo bem esperar mais um pouco. Mas se deixou de praticar atividade física, não está se alimentando como deveria e já tem problemas de saúde ou histórico familiar, esperar pode ser um risco desnecessário”, ressalta a cardiologista e coordenadora do serviço de check-up do hospital, Aline Moraes.
Sobre o Hospital Marcelino Champagnat
O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).
O impacto do tumor guarda íntima relação com indicadores sociais e econômicos. A incidência na região Norte do Brasil é cerca de três vezes maior do que no Sudeste
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em todo o mundo, em 2020, aproximadamente 604 mil mulheres receberam diagnóstico de câncer de colo uterino e 341.831 mulheres morreram devido à doença. Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para os anos de 2020-2022, serão diagnosticados mais de 16 mil novos casos de câncer de colo uterino a cada ano, representando, no Brasil, o terceiro câncer mais comumente diagnosticado entre as mulheres. “O impacto deste tipo de tumor guarda íntima relação com indicadores sociais e econômicos. De fato, 80% dos casos são detectados em países de baixa e média renda, nos quais a mortalidade pela doença também é maior quando comparadas aos países ricos”, conta o oncologista Leonardo Roberto da Silva, do Grupo SOnHE – Sasse Oncologia e Hematologia.
No Brasil, ao longo dos últimos 20 anos observou-se uma redução da incidência da doença, passando de 21,15 casos a cada 100 mil mulheres, no ano 2000, para 11,44 casos a cada 100 mil mulheres em 2015. No entanto, existem importantes diferenças regionais tanto em termos de incidência quanto em mortalidade por câncer de colo uterino. “No período de 2000 a 2015, a taxa de incidência de câncer de colo uterino foi de 33,16/100 mil mulheres na região Norte do país, em comparação a 10,80/100 mil mulheres na região Sudeste. Além disso, a região Norte também apresenta a maior taxa de mortalidade por câncer de colo uterino, com 12,17 mortes/100 mil mulheres, em comparação a 3,71 mortes/100 mil mulheres na região Sudeste. Tal heterogeneidade reflete desigualdades socioeconômicas que são fatores determinantes da capacidade de cada região oferecer o cuidado de saúde adequado às mulheres”, explica o oncologista.
Em 2020, a OMS lançou uma ambiciosa iniciativa mundial para acelerar a erradicação do câncer de colo uterino como um problema de saúde pública. O objetivo é que cada país atinja e mantenha uma incidência de 4 casos/100 mil mulheres. Para isso, três estratégias iniciais são recomendadas: cobertura de vacinação de 90% das meninas até os 15 anos; cobertura de rastreamento do câncer de colo uterino de 70%, aos 35 anos e aos 45 anos, com testes adequados e de qualidade e garantia de que 90% das mulheres com doença de colo uterino (lesões precursoras ou câncer) recebam tratamento adequado e em tempo hábil. “Estima-se que, caso essas metas sejam atingidas no ano de 2030, consiga-se reduzir a incidência do câncer de colo uterino em 10% já em 2030 e que, até 2120, tenham sido evitados 70 milhões de casos da doença (e 62 milhões de mortes)”, conta Dr. Leonardo.
Câncer prevenível
O câncer de colo uterino é uma doença potencialmente evitável, o que é de extrema importância em termos de saúde pública. Programas de controle da doença foram implementados na grande maioria dos países, baseados inicialmente na realização de exames de rastreamento e, posteriormente, na introdução da vacinação contra o vírus HPV. Porém, segundo Dr. Leonardo, o sucesso desses programas depende de uma complexa organização que garanta o amplo acesso à população. “Bem como campanhas educativas que tenham como foco melhorar o entendimento das mulheres quanto à importância do diagnóstico precoce e da vacinação, bem como a abordagem de outros fatores de risco (como hábitos de vida sexual e tabagismo)”.
O oncologista explica que o rastreamento do câncer de colo uterino pode ser feito de duas formas: pelo exame de papanicolaou e pelo teste de HPV. O mais amplamente usado no Brasil, e incluído nas recomendações do Ministério da Saúde, é o papanicolaou. “É um exame indolor, de baixo custo, seguro e de fácil execução, que pode ser realizado em unidades básicas de saúde durante um exame ginecológico. No Brasil, recomenda-se a sua realização a partir dos 25 anos de idade para todas as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. Deve ser feito anualmente nos dois primeiros anos e, caso os dois primeiros exames sejam normais, pode ser repetido a cada 3 anos até os 64 anos. Com o papanicolaou é possível detectar o câncer de colo uterino em estágios muito iniciais, o que garante uma elevada chance de cura”, afirma.
Infelizmente, a cobertura de rastreamento do câncer de colo uterino no Brasil ainda é inferior ao recomendado pela OMS (meta de 85%). Além disso, algumas regiões do país enfrentam problemas relacionados à baixa qualidade do teste, principalmente em cidades com menos recursos e populações socialmente e economicamente vulneráveis. Com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) conduzida no Brasil em 2013, 79,4% das mulheres relataram terem sido submetidas ao exame de papanicolaou. Mulheres mais velhas (55-64 anos; 71%) e com menor nível de escolaridade (fundamental incompleto; 71%) apresentaram menores taxas de rastreamento. “Diferenças regionais na cobertura do rastreamento enfatizam a necessidade de se levar em consideração questões culturais, sociais e econômicas na elaboração de medidas adequadas a cada população, de acordo com os recursos disponíveis”, conclui o médico.
Vacina
A infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de colo uterino. Assim, a prevenção da infecção por esse vírus é uma estratégia potencial para a prevenção de lesões precursoras e do câncer de colo uterino. “O HPV é um vírus de DNA altamente prevalente na população, de forma que se estima que, aos 50 anos de idade, 80% das mulheres já tenham tido contato com esse vírus em algum momento da vida. A despeito da recomendação da OMS de que a vacina contra o HPV seja incluída nos programas de imunização nacionais para crianças e adultos jovens, a cobertura mundial com a vacina é baixa (cerca de 1,4% das meninas na faixa etária recomendada). Desigualdades no acesso são evidentes entre os países, com uma cobertura de 33% em países ricos em comparação a apenas 2,7% em países de baixa renda”, explica o especialista.
No Brasil, a vacina quadrivalente contra o HPV foi introduzida no calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização em 2014. Tal vacina protege contra quatro tipos de HPV com potencial de causar câncer de colo uterino (6, 11, 16 e 18). É recomendada para as meninas com 9-13 anos de idade, com duas doses aplicadas com intervalo de seis meses. Os meninos foram incluídos a partir de 2017, devendo ser aplicada entre os 11-13 anos. Entre os anos de 2014 e 2017, a cobertura entre as meninas foi de 72,4% para uma dose e de 45,1% para as duas doses. Para os meninos, a cobertura foi bastante inferior, da ordem de 20%. Assim como observado em outros países, a baixa cobertura vacinal poderia ser atribuída à recusa pelos pais, principalmente por preocupação quanto à ocorrência de efeitos colaterais. No entanto, um estudo realizado em sete capitais brasileiras, representando todas as regiões do país, mostrou que os principais fatores associados à baixa cobertura foram as dificuldades específicas de se vacinar adolescentes e questões relacionadas ao próprio sistema de saúde. “Importante ressaltar que a vacina quadrivalente contra o HPV empregada no Brasil é segura e eficaz na prevenção da infecção por esse vírus. Inicialmente, foram reportados casos de reações neurológicas em algumas meninas. No entanto, diversas análises clínicas e laboratoriais foram realizadas, bem como pesquisados os resultados em outros países, concluindo-se que tais ocorrências não representavam efeitos colaterais aos componentes da vacina”, afirma o médico
Os efeitos benéficos da vacinação contra o HPV na prevenção do câncer de colo uterino serão obtidos 15-20 anos após a vacinação, considerando o longo período observado entre a infecção e o desenvolvimento do câncer. Assim, a OMS reforça a necessidade de se melhorar a cobertura e a qualidade dos programas de rastreamento, com o exame de papanicolaou e/ou o teste de HPV. A combinação das duas estratégias tem o potencial de reduzir significativamente o impacto do câncer de colo uterino no mundo.
* Leonardo Roberto da Silva, formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do Caism/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. É mestre em Oncologia Mamária pela Unicamp e doutorando na área de Oncologia Mamária pela FCM-Unicamp, com extensão na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium Instituto de Oncologia, no Hospital e Maternidade Madre Theodora e no Hospital Santa Tereza.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, é formado por oncologistas e hematologista que fazem o atendimento oncológico humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Instituto do Radium, Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas. E no Hospital Santa Casa, em Valinhos. A equipe oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado pelos oncologistas: André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinicius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva e Higor Montovani e pelos hematologistas Márcia Torresan Delamain e Bruno Kosa Lino Duarte. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas Redes Sociais @gruposonhe.
Como eu faço para trocar o DIU por pílula? E quando quiser mudar da injeção para o comprimido? E para ir de um tipo de pílula para outro? Todas essas dúvidas são relativamente comuns no consultório, e fazem parte do dia a dia das mulheres. Para dar uma mãozinha nessa questão, separei alguns tópicos que podem ajudar nesse momento.
Ao trocar por uma pílula de outra marca, o ideal é quando acabar a cartela, no dia seguinte você já comece com uma outra nova cartela. Se por acaso decidir esperar a pausa, então o ideal é usar a camisinha por sete dias. Em resumo: vai trocar de pílula? Termine uma cartela e já emende a outra no dia seguinte. A pílula é de uso contínuo? A ideia é a mesma: acabou a cartela, no dia seguinte já inicie a nova.
Você usa injeção e quer trocar para comprimido
Neste caso, assim como a injeção, você tem que começar a tomar a pílula na mesma data em que a injeção seria aplicada. Uma nova cartela deve ser iniciada independentemente da sua menstruação. Se, ao contrário, você segue uma cartela e quer mudar para injeção, o ideal é que, no término de uma cartela, no dia em que começaria outra, já opte pela injeção.
Você quer tirar o DIU e passar a tomar pílula
Assim que tirar o DIU, no dia seguinte, inicie uma cartela de anticoncepcional. O ideal, preferencialmente, é esperar a menstruação. Ou seja, retirar o DIU quando estiver menstruada e começar uma nova cartela no dia seguinte, ou no mesmo dia que tirar o DIU.
Você toma pílula e quer colocar o DIU
Recomendamos sempre que o DIU seja colocado durante o período menstrual. Assim, você para com a cartela, espera a menstruação vir e coloca o DIU. E, então, não precisa mais tomar pílula nenhuma.
Sobre Dr. Rodrigo Ferrarese
O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu…). Mais informações podem ser obtidas pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/
Dados do Instituto Nacional do Câncer comprovam que mais de meio milhão de mulheres são afetadas pela doença todos os anos
Na semana passada, a apresentadora Fátima Bernardes anunciou que foi diagnosticada com câncer de útero e pausaria as gravações de seu programa matinal para realizar o tratamento. Felizmente ela descobriu a doença em estágio inicial, graças a um check-up. A notícia acende um alerta sobre a importância das consultas de rotina.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de meio milhão de mulheres no mundo todo são afetadas pelo câncer de colo de útero anualmente. Com isso em mente, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) anunciou na última semana, em conjunto com a OMS, uma campanha para erradicar a doença no país.
Os sintomas do câncer de colo de útero só aparecem com sinais de corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica, e até mesmo sangramento fora do período menstrual, quando está num estágio muito avançado. “O acompanhamento anual com um ginecologista, mesmo que a paciente esteja bem e não apresente nenhum tipo de sintoma, é de extrema importância. Algumas doenças, como o câncer de útero, no início podem ser assintomáticas”, enfatiza doutor Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana.
De acordo com o especialista, o exame preventivo inicial mais indicado para todas as mulheres que iniciaram a vida sexual é o Papanicolau. “O exame é o responsável por detectar infecções e alterações na região íntima, além de analisar as condições do útero, se há algum tipo de lesão que precisa ser investigada por biopsia ou até mesmo raspagem para descartar qualquer indicativo de câncer”, explica.
Nos casos de resultados anormais no Papanicolau, o ginecologista pode solicitar também a Colposcopia, exame que analisa diretamente o colo uterino, além de outras estruturas genitais.
Ao falar de câncer de útero a primeira dúvida levantada é sobre a necessidade da remoção do órgão. “O ginecologista junto com o time de oncologia avaliará cada caso. Primeiro deve-se analisar a extensão do câncer, e caso seja possível, realizar uma conização, ou seja, a retirada de um pedaço um pouco maior do tecido uterino. Desta maneira é possível remover a parte doente sem que ela se espalhe para o resto do corpo, conservando também a funcionalidade do útero”, esclarece doutor Prado.
Se a expansão das células cancerígenas for muito grande também será realizado tratamento de radioterapia ou quimioterapia. “Nessas situações é importante uma conversa com a paciente sobre o desejo de uma gravidez futura, já que os tratamentos quimioterápicos e a radiação podem levar a uma menopausa precoce. Quando a mulher está em idade fértil é válido considerar deixar óvulos ou embriões congelados que podem ser fertilizados quando a paciente estiver livre da doença”, enfatiza. Caso o câncer tenha se espalhado para todo o órgão, é necessário realizar a remoção.
A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano). “Quando não causa o sintoma mais comum das verrugas genitais, o vírus vai lesionando a parede do útero aos poucos. Podem passar anos até que se desenvolva um câncer”, explica doutor Fernando.
A vacinação contra o HPV tem como função prevenir as doenças causadas por este tipo de vírus. Desde 2014 o SUS distribui a vacina gratuitamente para meninas entre 9 e 14 anos, e meninos entre 11 e 14. A vacina também pode ser tomada pela população com idade superior em clínicas particulares.
Em tempos de pandemia, a busca por vacinas e até mesmo consultas de rotina caíram bastante. “Quanto mais cedo a doença for detectada mais fácil será o processo, então é importante manter em dia a visita anual com seu ginecologista”, finaliza.
Fernando Prado – Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife.
Pensando nisso, a INTT Cosméticos decidiu lançar o Vagisex: um hidratante intravaginal à base de ácido hialurônico que restaura naturalmente a umidade vaginal
Dor durante ou após a relação sexual, coceira, queimação e infecção bacteriana: esses são alguns dos sintomas de ressecamento vaginal. De acordo com a Women´s Health Concern, uma associação que trabalha em conjunto com a Sociedade Britânica para a Menopausa, aproximadamente 17% das mulheres entre os 18 e 50 anos sofrem com secura vaginal bem antes de entrarem na menopausa, que geralmente ocorre após os 50 anos.
Há diversos fatores que podem ter relação com o ressecamento vaginal, inclusive o stress. “A lubrificação acontece pelo fluxo de sangue que passa pela zona genital quando a mulher está excitada. Isso ocorre normalmente durante as preliminares da atividade sexual, então, se ela estiver nervosa ou estressada, certamente irá influenciar no nível hormonal e ela não vai conseguir ficar lubrificada”, explica a sexóloga da INTT, Lauren Souza.
O ressecamento vaginal é mais comum durante o pós-parto, tratamento de câncer, menopausa e uso de medicamentos específicos. “É fato que a secura vaginal acontece, na maioria da vezes, após a menopausa, pois é nesse período que a mulher passa por alterações hormonais e tem uma queda na produção de estrogénio, o que causa uma atrofia na região da vagina, levando à secura”, diz Lauren.
Mas esse problema não é restrito apenas às mulheres depois da menopausa, muitas não sabem, no entanto, a lavagem em excesso e a utilização de produtos inadequados na hora de realizar a higiene da região intima podem influenciar e agravar o ressecamento vaginal. Pensando nisso, a INTT Cosméticos decidiu lançar o Vagisex: um hidratante intravaginal à base de ácido hialurônico que restaura naturalmente a umidade vaginal.
O ácido hialurônico é uma molécula natural responsável pela manutenção do nível correto de hidratação nos tecidos e que, quando utilizado por um determinado período, proporciona lubrificação e umidade. Ele fixa-se à parede vaginal, formando uma superfície hidratada e permanece até a descamação das células epiteliais, que ocorre geralmente em três dias, hidratando, dessa maneira, o tecido da região.
Livre de hormônios e parabenos, além se der testado ginecologicamente e dermatologicamente, o Vagisex deve ser utilizado diariamente após a última urina do dia, devendo-se dormir com o produto. A forma de uso é bem simples e prática: no total são 10 aplicadores e uma bisnaga de 30g. Em geral, o tratamento dura em torno de 10 dias e possui preço sugerido de R$65.
Sobre a INTT Cosméticos
Marca inovadora, a INTT Cosméticos é conceituada no mercado erótico e sensual, tanto pela qualidade de seus produtos quanto pela beleza de suas embalagens. A empresa é especializada em bem-estar e cosméticos sensuais. Trabalha incansavelmente na busca de levar produtos de qualidade aos consumidores no Brasil e no mundo. Saiba mais em: www.lojaintt.com.br.
Dra. Marcella Marinho possui especialização na área e descreve como é realizado o tratamento para esse problema
Problemas de saúde feminina acontecem o tempo todo e é necessário estar sempre atenta no que se refere ao bem estar de forma geral. Por isso, é fundamental que consultas e exames estejam em dia. Dessa forma, é possível tratar doenças que possam acarretar qualquer situação desagradável no dia a dia e também ao longo da vida.
Esse é o caso da Síndrome de Ovários Policísticos (SOP), que impacta milhões de mulheres entre os 15 e 45 anos de idade em todo o mundo e pode causar estresse. A ginecologista e especialista no tema, Dra. Marcella Marinho, revela que esse problema infelizmente não pode ser evitado. “A SOP pode ser minimizada e controlada, mas não evitada, por ser uma doença de origem genética. Atualmente, é o foco de muitas pesquisas da área médica, mas não existe uma resolução quanto ao impedimento desse transtorno ocorrer”, explica.
No entanto, é possível alinhar que existem alguns agravantes para a condição, como o bisfenol A, alguns medicamentos e a obesidade. E embora seja comum em mulheres com excesso de peso, esse não é um critério para apontar um diagnóstico. Entre os sintomas mais comuns está a irregularidade menstrual, sinais de excesso de hormônios androgênicos no corpo (acne, pele oleosa, excesso de pelos, escurecimento da pele e alopecia) e múltiplos pequenos cistos nos ovários que são detectados pela ultrassonografia.
Para o diagnóstico da síndrome é necessário que o médico realize uma avaliação completa com anamnese, exames físicos, laboratoriais e de imagem, isso porque existem outras doenças que podem causar os mesmos sintomas. Os exames obrigatórios de sangue incluem um perfil hormonal, glicêmico e a ultrassonografia. “É fundamental que todas as pacientes com SOP façam o rastreamento para dislipidemias e diabetes, uma vez que a síndrome oferece riscos de apresentar outros distúrbios, como resistência insulínica, hipertensão, obesidade, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares”, relata Dra. Marcella.
Além de menstruação irregular e problemas hormonais, as complicações causadas pela síndrome de ovários policístico podem ir mais além, provocando o risco de infertilidade em casos que não há o tratamento adequado. “Algumas mulheres podem sim engravidar sem tratamento, porque a ovulação ocorre mesmo que de maneira irregular, já outras talvez necessitem a indução da ovulação por meio de medicação. Para uma gravidez saudável, o ideal é realizar a avaliação pré-concepcional e conversar com o médico para minimizar transtornos durante a gestação”, ressalta a especialista.
Segundo a médica, o tratamento é individualizado e dependendo da gravidade e também dos objetivos da paciente, uma vez que a queixa de acne é diferente da dificuldade para engravidar. Ela também destaca a importância da prática de exercícios físicos, visando evitar sobrepeso, que é um dos fatores de risco.
Sobre Marcella Marinho
A médica Marcella Marinho é especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É pós graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo Hospital do Servidor Estadual (IAMSPE), em Sexualidade Humana pela USP e em Ciências da Longevidade Humana – Grupo Longevidade Saudável. Realiza acompanhamento preventivo de mulheres, priorizando o atendimento integral em todas as fases da vida, da adolescência até a menopausa. Como obstetra, dedica-se em estar junto a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para mais informações, acesse @dramarcellamarinho, por e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com ou através do telefone 11 93429.0805
O ginecologista da clínica de Reprodução Humana Origen, Dr. Selmo Geber Divulgação
Em alusão ao Outubro Rosa, dr. Selmo Geber, ginecologista da Clínica de Reprodução Humana Origen, esclarece algumas dúvidas comuns a muitas mulheres sobre a relação entre o câncer e a fertilidade
O mês de outubro é mundialmente marcado por uma das mais importantes campanhas de conscientização sobre a saúde feminina: o outubro rosa. O movimento surgiu na década de 90, nos Estados Unidos, com o objetivo de alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Anos mais tarde, o câncer do colo de útero, por sua alta incidência, foi incorporado à campanha, numa tentativa de tornar acessíveis as informações sobre este tipo da doença, que ainda é o terceiro mais comum entre mulheres no país.
Apesar de a tecnologia viabilizar o acesso às informações, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre a relação entre o câncer de colo de útero e a fertilidade. O ginecologista da clínica de Reprodução Humana Origen, Dr. Selmo Geber, explica que, qualquer neoplasia em estágio mais avançado, em função dos tratamentos necessários, pode interferir na fertilidade da mulher. Por isso a importância de as pacientes serem bem orientadas sobre as alternativas capazes de viabilizar uma gravidez saudável mesmo após o tratamento, entre elas, o congelamento de óvulos. Dr. Geber aproveitou para esclarecer outras dúvidas sobre assunto. Confira!
O tratamento do câncer de colo pode causar infertilidade?
Em estágios iniciais, o tratamento não interfere na fertilidade. Todavia, para os casos mais avançados, independente do tipo de câncer, quando a quimioterapia, radioterapia ou cirurgias invasivas são necessárias, a fertilidade pode ser comprometida.
O congelamento de óvulos pode ser uma opção para a mulher que precisa se submeter ao tratamento do câncer?
Com certeza. O congelamento de óvulos é uma alternativa eficaz que possibilita às mulheres com câncer realizarem o sonho da maternidade. É indicado especialmente para os casos da doença em estágio avançado -independentemente do tipo e não só o de colo-, quando o risco de se “perder” os óvulos em função da quimioterapia, radioterapia ou cirurgia invasiva é eminente.
Toda mulher com HPV vai desenvolver, necessariamente, o câncer de colo do útero?
Não. Na verdade, apenas uma minoria irá desencadear o câncer de colo.
Qual a forma mais eficaz de diagnosticar a doença?
Antes do diagnóstico é importante se fazer o rastreamento com a colpocitologia oncótica, o famoso exame de Papanicolau. Quando houver a suspeita, deve-se fazer a biopsia guiada pela colposcopia.
É possível desenvolver o câncer de colo durante a gestação?
Sim, sendo o câncer ginecológico mais comum na gravidez. Este tratamento deverá ser individualizado, de acordo com cada caso, já que algumas variáveis precisam ser consideradas, como o tipo de câncer de colo e o tamanho dele.
Sobre Dr. Selmo Geber
Formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1989. Residência médica no Hospital Mater Dei e título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBASGO. Realizou doutorado em Fertilização in vitro e Embriologia no Royal Postgraduate Medical School, Universidade de Londres (Inglaterra) com os estudos pioneiros no mundo, em diagnóstico genético preimplantação. Pós Doutorado com pesquisa em células-tronco embrionárias. É Professor Livre docente pela UNESP. É Professor Titular do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e Diretor da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida, para o Brasil. É pesquisador do CNPq. Possui 10 livros publicados, mais de 50 capítulos de livros e mais de 100 artigos científicos publicados em revistas especializadas.
Cardiopatias preexistentes devem ser avaliadas para não oferecer riscos gestacionais
A gravidez promove uma série de alterações físicas, hormonais e emocionais na mulher. Ao descobrir a gestação, inicia-se o pré-natal, que inclui as consultas e exames mensais com o objetivo de acompanhar não somente a evolução da gravidez, mas também a saúde da mãe e do bebê. Mulheres que engravidam e possuem algum problema de saúde preexistente precisam ter uma atenção especial durante o pré-natal, a fim de garantir uma gravidez segura e com pouca chance de complicações. “Antes de engravidar, é comum a mulher passar pela consulta com o ginecologista, mas o cardiologista também deve ser procurado, pois muitas delas têm problemas cardíacos e não sabem. Durante a gestação uma complicação não detectada anteriormente pode aparecer e precisa ser tratada”, alerta o Dr. Augusto Vilela, cardiologista especializado em gestação de risco pelo Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
O metabolismo da mulher fica sobrecarregado nesta fase, pois ele trabalha por dois. Com isso, exige-se muito mais de todo o seu corpo. Uma das alterações que ocorre, é a frequência cardíaca aumentada, fazendo a circulação sanguínea passar de 4 para 8 litros. “O coração é o órgão responsável para fazer com que o sangue circule por todo o corpo e é importante que a gestante apresente uma condição cardiológica adequada. Quando a mulher tem algum problema cardíaco, ela pode desenvolver doenças que afetam outros órgãos, como a insuficiência respiratória ou algum edema no pulmão”, explica o médico.
Segundo o Dr. Augusto Vilela, o grau de risco de em uma gravidez vai depender do tipo de cardiopatia apresentada pela paciente. “É preciso avaliar cada caso. Os riscos variam de acordo a cardiopatia apresentada. Algumas alterações como batimentos cardíacos acelerados, são comuns, mas é preciso ter atenção para mulheres que apresentam problemas na válvula cardíaca, insuficiência cardíaca ou cardiopatias congênitas. Em casos mais graves, essas doenças podem levar, por exemplo, a um quadro de eclampsia com risco de morte”, afirma.
A prevenção é sempre a melhor maneira de cuidar da saúde, principalmente quando a mulher pretende ter filhos. “Uma gravidez planejada inclui muitos cuidados com a saúde, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, estar com o peso adequado, não fazer uso de cigarro e nem de bebida alcóolica. Fazer um check up antes de engravidar é necessário, pois só assim o médico pode identificar alguma doença preexistente e tratá-la de maneira adequada, evitando riscos para a futura mãe e bebê”, finaliza o cardiologista.
Ir ao dentista com periodicidade e manter a saúde bucal são medidas necessárias para prevenir doenças Crédito: Pixabay
Pesquisa aponta que a periodontite também pode estar relacionada a distúrbios de infertilidade, complicações na gravidez e partos prematuros
A periodontite, doença bucal caracterizada por uma infecção grave na gengiva e ossos que sustentam os dentes, pode ser um potencial fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. É o que indica uma meta-análise realizada por um grupo de especialistas com base em 11 estudos epidemiológicos e publicada na revista Frontiers in Oncology. Como diversos tumores podem ser formados a partir de processos inflamatórios, a pesquisa revela que a periodontite pode ser um fator de risco para o surgimento de câncer de mama em mulheres.
De acordo com o estudo, há uma prevalência de casos de doenças periodontais entre as mulheres em diversas etapas da vida, como puberdade, período menstrual, gravidez e menopausa. Isso acontece porque a constante variação de hormônios nas mulheres propicia o surgimento de inflamações. O estudo aponta uma relação entre a doença periodontal e o desenvolvimento de várias doenças, como distúrbios de infertilidade, complicações na gravidez, partos prematuros e, em alta incidência, o câncer de mama.
Nesse cenário, o tratamento efetivo da doença periodontal pode ser considerado uma medida efetiva de prevenção dos casos de câncer de mama no Brasil e no mundo. O dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sérgio Bernardes, explica que a doença periodontal tem sintomas pontuais e que devem ser tratados o quanto antes. “Mau hálito, inflamação na gengiva, sangramento durante a escovação dos dentes, dor e gengiva com a cor mais escura são alguns dos sinais e devem ser tratados com urgência”, afirma.
O estudo ainda aponta que as mulheres devem ter a saúde bucal e uma boa higienização como uma prioridade, já que uma eventual inflamação pode desencadear outras doenças graves. “Escovar bem os dentes, usar fio dental e ir ao dentista com periodicidade são as melhores atitudes para manter a saúde da boca e também do corpo”, diz Bernardes.
Sobre a Neodent
Fundada há mais de 25 anos, a Neodent é a empresa líder em implantes no Brasil, onde vende mais de um milhão de implantes anualmente. A Neodent está entre os três principais fornecedores de implantes do mundo e está disponível em mais de 60 países. O sucesso da marca se deve a suas soluções odontológicas diretas, progressivas e acessíveis, que trazem novos sorrisos para milhões de pessoas. Sediada em Curitiba, Brasil, a Neodent® é uma empresa do Grupo Straumann (SIX: STMN), líder global em substituição de dentes e soluções odontológicas que restauram sorrisos e confiança.
Dr. Fábio Akiyama e Dr. Rodrigo Ferrarese explicam quais são os exercícios que podem ser feitos durante a gestação e suas vantagens
A gestação é um dos momentos mais especiais na vida de muitas mulheres e também é uma fase de muita preocupação com a saúde, tanto do bebê quanto da gestante. É ideal manter esses cuidados e adaptar algumas das atividades do dia a dia, como por exemplo os exercícios físicos, que podem ser mantidos nesse período.
O fisioterapeuta Fábio Akiyama explica que na verdade se exercitar é ótimo hábito durante a gravidez. “Se movimentar fundamentais para a saúde em qualquer momento da vida. Além de produzir endorfina, o que deixa as pessoas mais felizes, também diminui dores e aumenta a disposição. Ainda assim, é necessário manter um ritmo apropriado durante a gestação, evitando movimentos que podem causar desconforto ou dores”, ele aconselha.
Uma boa ideia é encontrar algum tipo de esporte com que a gestante se identifique e que seja agradável de fazer durante nesse momento especial, já que é importante manter os cuidados. No entanto, também existem casos em que é necessário evitar ao máximo qualquer tipo de atividade, naqueles em que o repouso absoluto é fundamental para a uma gravidez saudável. A consulta com um médico especialista é o que faz toda a diferença.
Para Dr. Fábio Akiyama, algumas modalidades de exercício são ótimas durante esse período, pois além da movimentação, também colabora com a gestação. É o caso do Pilates, que tem como objetivo melhorar dores e a postura também. A vantagem é que ela fortalece a musculatura pélvica e pode ajudar na oxigenação que chega ao bebê, o tranquilizando, bem como alongamentos, que previne lesões e ajudam com prisão de ventre e gases.
Caminhadas também podem ser muito benéficas e podem ser executadas de 3 a 5 vezes por semana, mas é importante se atentar nesses casos para evitar as lesões musculares. O fisioterapeuta ressalta a importância da prática ainda fora do período de gestação. “Mudanças de hábito repentinas não são saudáveis. Tanto uma alimentação saudável quanto as atividades físicas devem ser realizadas com alguma frequência antes, durante e após a gestação, mantendo o bem estar da mãe e do bebê”, Dr. Fabio diz.
Mas é possível tentar coisas novas, como a hidroginástica e danças. A primeira opção combate o inchaço e dores nas pernas, além de promover o relaxamento. Outra prática recomendada por especialistas é a musculação, embora soe controverso: os exercícios ajudam a prevenir as varizes e diabetes gestacional, sem contar que também aumentam a flexibilidade, o que tem importância durante o parto.
O ginecologista Dr. Rodrigo Ferrarese recomenda o acompanhamento de especialistas em qualquer um dos casos. “Toda a atividade deve ser indicada a partir de uma avaliação prévia junto aos médicos que estão assistindo a gestante. Sabemos da importância de manter a movimentação, mas em alguns casos pontuais isso podem colocar a mãe e o bebê em risco”, aconselha.
Como ressalta o médico, a atividade física é ideal em qualquer momento da vida, mas é ainda mais importante ter recomendações médicas para não ter qualquer tipo de complicação. “Estar acompanhada de instrutores durante os exercícios também é essencial, fazê-los sem o conhecimento pode prejudicar áreas que estão mais suscetíveis a lesões, como a região pélvica, o abdômen e as costas”, ele finaliza.
Sobre Fábio Akiyama
Atua na área da saúde desde 2009. É fisioterapeuta e trabalha com a microfisioterapia, terapia que estimula a auto cura através do toque, ou seja, faz com que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo de reprogramação celular. É pós-graduando em técnicas osteopáticas e terapia manual, além da formação em osteopatia visceral, posturologia clínica e equilíbrio neuro muscular. Possui curso na área de tratamento da articulação temporomandibular (ATM) e introdução ao Método Rosen. Em 2014, realizou um curso de especialização em prevenção e tratamento de lesões de membros inferiores e análise biomecânica de corrida, pela The Running Clinic no Canada. Atua desde 2012 também como instrutor de Pilates e treinamento funcional. Em 2015, foi monitor no Instituto Salgado de Saúde Integral no módulo avançado do curso de formação em microfisioterapia. Para saber mais, acesse www.mindtouch.com.br
Sobre Dr. Rodrigo Ferrarese
Médico formado pela Universidade São Francisco, ele possui especialização em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atualmente atua principalmente nas áreas de ginecologia regenerativa funcional e estética, uroginecologia, cirurgia ginecológica e patologias da vulva e da vagina. Para saber mais acompanhe os canais do Dr.: @dr.rodrigoferrarese ou acesse https://drrodrigoferrarese.com.br/
Young blonde long-haired curvy topless woman performing breast self exam against white background
O aumento de peso nas mamas gera acúmulo de tecido adiposo, que pode produzir proteínas inflamatórias e enzimas responsáveis pelo desenvolvimento de câncer de mama; Estimativas do INCA apontam 66.280 novos casos de câncer no Brasil em 2020
Uma pesquisa divulgada neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que mais de um quarto dos brasileiros, acima dos 18 anos, concluiu o ano de 2019 na obesidade. O total de 41,2 milhões de pessoas, ou 25,9%, pesando mais do que o recomendado pelos médicos. Para além das questões estéticas e a busca pelo corpo ideal, o sobrepeso chama a atenção para questões sérias relacionadas à saúde, tais como o aumento na incidência de doenças graves, como o câncer.
Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres foram as mais atingidas pela enfermidade no ano passado, com 29,5% dos casos, o equivalente a 25 milhões de brasileiras. Ao todo, 21,8% dos homens, ou 16,2 milhões, foram considerados obesos. Já as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), também alertam para um problema grave: segundo as projeções, no Brasil mais 66.280 novos casos de câncer devem surgir apenas em 2020.
Para a nutróloga e endocrinologista Bruna Manes, a prevenção do câncer de mama – um dos que mais mata no país – está diretamente ligada ao controle do peso.
“O sobrepeso, a obesidade, o sedentarismo, a má alimentação estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. No caso das mulheres, em especial, o acúmulo de tecido adiposo provocado pela obesidade, pode produzir proteínas inflamatórias e enzimas aromatase, que metabolizam alguns hormônios e aumentam o risco de câncer de mama”, detalhou,
No Outubro Rosa, mês em que se reforça a prevenção da doença, a especialista orienta para importância do acompanhamento médico para uma alimentação saudável e controle de doenças.
Idealizada por alunos da Faculdade de Medicina da São Judas, projeto Florescer leva saúde e bem-estar para mulheres vítimas do câncer
A autoestima é um fator importante na vida de todo ser humano e mantê-la alta pode ser determinante momentos de dificuldade, como no caso do combate ao câncer. A Universidade São Judas, que integra o ecossistema Ânima, convida mulheres de Cubatão que estão passando ou já passaram por tratamento de câncer de mama para um dia exclusivo para elas com serviços de saúde e estéticos. Denominada “Florescer”, a ação acontece no campus da Faculdade de Medicina da São Judas, em Cubatão, e foi idealizada por alunos do curso de Medicina como programação para o Outubro Rosa. Para participar, é preciso agendar pelo WhatsApp (11) 95256-5765.
Respeitando todos os protocolos de prevenção à Covid 19, as participantes terão à disposição serviços voltados para saúde e bem-estar das 9 às 17 horas como duas tatuadoras que fazem micropigmentação areolar, design de sobrancelhas, esteticista, fisioterapeuta, nutricionista e massagista para drenagem linfática, massagem modeladora e relaxante, além de um lanche. Desde o início do mês, os alunos de Medicina da São Judas estão promovendo palestras virtuais sobre câncer de mama com vários convidados. A próxima será nesta sexta-feira (dia 30), às 20 horas, com a ginecologista Cecília Prado. Para saber como participar, basta acessar o Instagram do Centro Acadêmico da faculdade @caesaaa.usjt.
Prevenção na Pandemia – Por conta da pandemia, muitas mulheres deixaram de procurar seus médicos para realizar os exames de prevenção ao câncer de mama, como a mamografia. O ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da São Judas em Cubatão, Maurício Sabbatino, destaca que a Sociedade Brasileira de Mastologia informou que todos os serviços de diagnóstico sofreram uma redução drástica no número de pacientes e o atraso no diagnóstico pode reduzir as chances de cura. “Os serviços de saúde pública, contudo, estão atendendo as mulheres com segurança”.
Sabbatino ressalta que não há como estimar corretamente se haverá ou qual será a magnitude de prejuízo em relação ao prognóstico de câncer de mama pelo atraso no diagnóstico precoce. “Devemos seguir as recomendações de nossas Sociedades Científicas e avaliar a situação da pandemia em cada região, estado e cidade, a fim de minimizar eventuais prejuízos futuros, ponderando com a recomendação ainda vigente de distanciamento social”.
Quanto mais cedo o câncer for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as taxas de cura podem superar os 95%. A mamografia é o único método de rastreio associado com diminuição da mortalidade pelo câncer.
Serviço:
O que: Projeto Florescer Quando: 27/10 Onde: Rua São Paulo, 328, Jardim São Francisco – Campus da Faculdade de Medicina da São Judas
Inscrições: (11) 95256-5765
Quanto: Gratuito
Sobre a São Judas
A São Judas, que integra o Ecossistema Ânima, é a segunda melhor universidade privada do estado de São Paulo, segundo o Ministério de Educação (MEC), com nota 4 de 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). Com aproximadamente 37 mil alunos, 11 unidades localizadas na Capital e Grande São Paulo e mais de 80 cursos, a instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios multidisciplinares de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. Além disso, o aluno aprende na prática desde o primeiro dia de aula.
Durante o processo de tratamento do câncer de mama, inúmeras transformações físicas e hormonais ocorrem no organismo da mulher. Apesar de ser algo comum nesta batalha pela cura, ainda pouco se fala sobre o quanto essas mudanças impactam na sexualidade da paciente. De acordo com a mastologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dra. Natália Cordeiro, é preciso atenção a este assunto, a fim de melhorar a qualidade de vida destas mulheres.
Uma potencial consequência do tratamento na sexualidade feminina é a disfunção sexual – que está ligada à redução do desejo e à dificuldade de excitação. Segundo a médica, é preciso lembrar que, mesmo com os avanços científicos que minimizam esses efeitos, eles existem e são inerentes ao tratamento. “As mudanças hormonais e a manipulação cirúrgica, principalmente as mais extensas, podem agravar o quadro e, por isso, merecem atenção e nunca devem ser desprezados”, explica.
Um dos fatores que ajudam a explicar estas consequências à qualidade de vida e até mesmo o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos é o grande peso simbólico das mamas no conceito de feminilidade. “Muitas pacientes sentem que o seu feminino está ferido e essa junção de condições físicas e psicológicas deve ser trabalhada para que resultados mais completos sejam obtidos”, enfatiza.
Deixar de olhar para o assunto pode gerar sequelas para a vida após o tratamento. Natália lembra que, para evitar isso que se concretize, é indicada uma abordagem médica multiprofissional que garanta à mulher liberdade em expor seus medos e angústias sobre o assunto.
“O médico precisa estar atento para perceber o problema desde o início e isso pode ser identificado por meio de sinais, perguntas indiretas ou mudanças de temperamento. Para facilitar essa identificação, é sempre bem-vinda a ajuda de outros profissionais como psicólogos que auxiliam nesta jornada de cura sem julgamentos”, reforça.
HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.
Rua Borges Lagoa, 1.450 – Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Criadora da Jornada da Alma Feminina, Anna Patrícia Chagas aponta o caminho para que as mulheres possam corrigir os desajustes do corpo e da alma.
São Paulo, setembro de 2020 – “Todas as mulheres têm feridas para serem curadas. Curar a nossa alma é um processo humano e profundamente biográfico, autoral, que tem a ver com a nossa origem, nossa história e justamente por isso é um processo necessário”. É assim que a psicóloga e coach sistêmica Anna Patrícia, referência em comportamento feminino, aborda um dos temas mais buscados em meio a seus cursos e formações: cura e autocura.
Para ela, este é um processo que reside em “voltar para o nosso lar, se reconectar com a nossa alma e nossa essência”. Mas como empreender essa jornada de cura da alma feminina? Anna Patrícia explica: “Toda cura é uma autocura. O primeiro passo é se reconectar com o seu corpo, porque ele é uma grande caixa de memórias; toda a nossa história está impressa no nosso corpo”.
Há muitas formas de escutarmos o corpo (medicina integrativa, escutar o pulso, iridologia, exame de imagem), atentando para o local no nosso corpo dos nossos desequilíbrios, garganta, coluna, estômago. “Existe um lugar físico onde a angústia se instala e precisamos identificar e dialogar com essas angústias. Todo sintoma quer nos dizer algo sobre o nosso sistema de equilíbrio, ele abre uma comunicação”.
Segundo Anna Patrícia, nosso sistema de equilíbrio passa pela sabedoria do corpo físico, pela intuição, pelos sonhos (sem jamais se desvincular dos cuidados médicos, quando necessário). “O corpo se comunica. Ele está buscando restauração e cura o tempo todo, sempre dizendo para nós o que ele precisa, tanto do ponto de vista físico quanto mental, através de simples gatilhos automáticos, como sede, fome, frio etc., como também enviando mensagens de desconforto”.
É por isso que a especialista afirma que “a nossa essência se comunica com a gente”. Ela explica: “As tristezas não choradas e o luto não vivido podem virar uma depressão. Podem encher o nosso corpo de raiva, desgosto, angústias e crises de ansiedade e pânico. Todos esses sintomas comunicam um desajuste em nosso sistema. É preciso impor limites aos outros e as contrariedades recorrentes”.
O caminho a ser trilhado a partir desse diagnóstico é o da escuta ativa, da percepção, identificação e respeito às suas próprias necessidades. “É preciso ativar a escuta para podermos ouvir nossas emoções e sentimentos. Só isso já é uma expressão de cura e autocura. Discernir o seu desejo dos desejos dos outros. Conhecer e valorizar a história dos nossos ancestrais e as origens de nossos comportamentos. Tudo isso nos leva ao caminho da autocura e configuram importantes primeiros passos”.
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CURRICULUM ANNA PATRÍCIA CHAGAS
=> Psicóloga, Coach Sistêmica, Facilitadora de Círculos de Mulheres desde 2003, Mentora de mulheres profissionais que trabalham com mulheres.
=> Escritora e Consteladora familiar, Terapeuta Corporal, Terapeuta Comunitária, desde 1999 trabalhando com famílias, casais e atendimentos terapêuticos. Mestre em Ciências da Religião pela PUC-SP, foi professora universitária e coordenadora de cursos de pós-graduação em diferentes instituições.
=> Co-fundadora do Instituto Ipê Amarelo e Instituto e Editora Diálogos do Ser, co-criou a “Escola de Liderança”, um programa de desenvolvimento de liderança, com abordagens sistêmica e integrativa.
=> Autora dos livros: “Maria Madalena: o feminino na luz e na sombra” e “Corpo: prazer, dor e luz”. Mãe da Giulia (que não nasceu), do João Gabriel e da Ananda, amante das plantas e da música.
Ter a mamografia em dia é fundamental, mas outros exames são igualmente importantes para diagnosticar precocemente, acompanhar e prevenir também outras doenças. Não precisamos estar necessariamente em outubro para que você saiba que a mamografia é um dos exames que a mulher, ao chegar aos 40 anos, deve fazer. Mas e quanto aos outros?
Falar sobre exames está ligado diretamente a prevenção, algo que devemos ter em mente sempre, além do outubro Rosa, mas durante todo o ano!
Apesar do câncer de mama ser o mais frequente nas mulheres (depois do câncer de pele), a atenção não deve estar focada somente para este tipo. Outras ocorrências também são bem comuns, como por exemplo, aqueles que acometem o colo do útero, do estômago e do intestino.
A mamografia é só um dos exames
Porém, não se atentar para essas doenças, ter a mamografia em dia e, de repente, passar por um infarto agudo ou um acidente vascular cerebral (AVC). Isso porque todas se assustam com essas doenças mais temerosas, mas não se preocupam para a principal causa de morte no mundo: as doenças cardiovasculares.
Com a finalidade de orientar sobre os cuidados com sua saúde, trago alguns dos exames mais importantes aos quais a mulher de 40 deve ser submetida, além da mamografia.
Claro que a escolha dos procedimentos só deverá ocorrer após uma avaliação clínica individual. Assim, trago apenas algumas sugestões para esclarecer a importância de cada um deles.
Estes são os exames mais importantes
O exame colpocitológico, conhecido como papanicolaou, é fundamental para diminuir a incidência do câncer do colo uterino. Ele detecta algumas alterações nesta região antes de elas virarem câncer. Hoje, existem algumas opções mais modernas de exames, como a captura híbrida de HPV e a genotipagem do HPV, cujas intenções são similares, mas o bom e velho “papa” já ajuda bastante!
Para as mulheres de 40 que já entraram na menopausa, exames como a densitometria óssea são importantes para identificar alterações na composição do osso, como por exemplo osteopenia ou osteoporose. Com isso, é possível realizar um acompanhamento melhor para evitar fraturas na terceira idade. Ainda para aquelas no climatério, um perfil hormonal ajuda a entender melhor essa fase e como é possível aliviar melhor seus sintomas.
Outro exame que pode ser solicitado nessa faixa etária, sendo mais comum esse tipo de solicitação ocorrer para pacientes após os 50 anos, é a colonoscopia. Através deste procedimento é possível localizar lesões, como pólipos intestinais que caso não forem retirados, podem causar o câncer colorretal. Uma alternativa mais fácil, porém, não a ideal, é a pesquisa de sangue oculto nas fezes.
Fique atenta também aos exames laboratoriais
Alguns exames laboratoriais são fundamentais, como por exemplo, a glicemia (para diagnosticar diabetes) e colesterol total e suas subdivisões. Quando há diabetes ou dislipidemia, o risco de doença cardiovascular aumenta.
Para as fumantes, indica-se fazer um Raio-X do tórax, que permitirá visualizar possíveis alterações pulmonares. Já para as portadoras de diabetes, dislipidemia ou hipertensão, entre os exames a serem feitos deve estar um eletrocardiograma, que permite checar como está o coração.
As ultrassonografias, incluindo a transvaginal, não são indicadas de rotina. No entanto, se forem feitas, permitem uma avaliação da área em específico, sem riscos associados ao exame. Mas, atenção: o ultrassom de mamas não substitui a mamografia!
Tanto para o câncer como para as doenças cardiovasculares, o mais importante é a prevenção primária. Já está comprovado que uma vida saudável, com sono em dia, atividades físicas constantes e alimentação adequada podem afastar essas enfermidades. Além, claro, de cessar o tabagismo.
É muito mais difícil tratar uma doença quando ela aparece. Assim, vamos cuidar de suas causas para dificultar o seu aparecimento. E fazer exames para acompanhar e identificar qualquer anomalia precocemente.
Sobre Dr. Rodrigo Ferrarese
O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu…). Mais informações podem ser obtidas pelo canal no YouTube e também pelo Spotify –https://linktr.ee/dr.rodrigoferrarese
Close-up of female hands shaping heart on belly outdoors. Fitness and dieting concept Congelamento óvulos Katemangostar
Especialista em reprodução humana responde 5 dúvidas sobre o procedimento
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) o número de mulheres inférteis em todo o mundo cresce a cada ano. A organização aponta que são cerca de 80 milhões de casos, sendo 8 milhões apenas no Brasil.
Em último levantamento da REDLARA (Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida), o Brasil lidera o ranking latino-americano dos países que mais realizam tratamento de fertilização in vitro e transferência de embriões.
Apesar de não existir uma idade limite para passar pelo procedimento, as mulheres precisam estar cientes de que a partir dos 40 anos as chances de sucesso diminuem. Segundo o doutor Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita, o envelhecimento reduz a quantidade de óvulos produzidos. “Por isso a recomendação da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana é que o congelamento seja feito até os 35 anos. A partir dessa idade existe uma diminuição considerável da qualidade de óvulos que pode comprometer o resultado final”, alerta.
O especialista responde as principais dúvidas sobre o procedimento:
Quando o congelamento de óvulos é indicado?
Muitas mulheres acabam recorrendo ao procedimento por não ter previsão de quando terá o desejo de engravidar, mas desejam conservar a fertilidade. Com a chegada do coronavírus, muitas mulheres tiveram que adiar os planos de gestação e viram no tratamento uma alternativa para ser retomada num futuro.
Além disso, o congelamento de óvulos também é indicado para mulheres que passarão por tratamento oncológico e mulheres com histórico de menopausa precoce na família.
Como o congelamento é feito?
Primeiramente a mulher passa por exames que avaliam sua condição de saúde e se há alguma doença que possa interferir no tratamento. Após isso, a técnica consiste em estimular o ovário feminino por meio de medicamentos para ele produzir óvulos extras e serem extraídos com o manuseio de uma agulha específica guiada por ultrassonografia com a paciente sedada. Os óvulos retirados são tratados para serem congelados por tempo indeterminado
Existe uma quantidade ideal de óvulos que devam ser congelados?
O número ideal de reserva suficiente geralmente é de 10 a 15 óvulos. Mesmo assim, para conseguir chegar ao sucesso do tratamento cada caso é avaliado pontualmente.
Como é feita a fertilização?
Os óvulos são fecundados com o espermatozoide do parceiro ou em casos de produção independente ou homoafetivo feminino é feito com espermatozoides do banco de sêmen. O procedimento, feito em laboratório, transfere os embriões para o útero. Em casos de embriões excedentes, há a possibilidade de congelamento.
Quais são as chances do sucesso na gravidez com os óvulos congelados?
Tudo depende da idade da mulher e da qualidade dos óvulos que foram congelados. Quanto mais cedo, até os 35 anos, maior a taxa de sucesso.
“Para a melhor segurança da paciente é fundamental procurar um especialista de confiança e uma clínica que siga todos os padrões da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana”, finaliza Prado.