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Blog Anselmo Santana

Perigo

A explosão no porto de Beirute e a importância das características químicas no armazenamento

18 de agosto de 2020 por Anselmo Santana Deixar um comentário

A cena que tomou conta dos noticiários e das redes sociais nos últimos dias veio da capital do Líbano. Uma grande explosão ocorrida em 4 de agosto, no porto da cidade de Beirute, causou a morte de mais de cem pessoas e deixou pelo menos cinco mil feridas. Imediatamente a atenção se voltou para as causas do ocorrido e quais as circunstâncias que permitiram uma tragédia de tamanha proporção.

A partir das informações apuradas até o momento, o produto químico responsável foi o nitrato de amônio, um sal inorgânico cuja coloração pode variar do branco ao marrom dependendo do grau de pureza. Esse composto é produzido e comercializado mundialmente em grandes quantidades, tendo em vista a aplicabilidade e a elevada demanda. Além disso, o potencial explosivo o torna uma matéria-prima interessante para a fabricação de explosivos. O uso mais evidente do nitrato de amônio ocorre na agricultura para a fabricação de fertilizantes e alguns tipos de agrotóxicos, o que demanda o estoque e processamento de grandes quantidades do material. A composição química o torna vantajoso para a mistura NPK (produto fertilizante que fornece nutrientes essenciais às plantações), pois fornece ao mesmo tempo o nitrito e o nitrogênio amoniacal que são importantes para o desenvolvimento das plantações.

Considerando o ocorrido no porto de Beirute, naturalmente o principal questionamento refere-se à segurança em relação ao nitrato de amônio. Entretanto, é preciso destacar que o composto é seguro desde que as condições corretas de estocagem e transporte sejam seguidas ao longo do processo produtivo. Os locais em que o produto fica armazenado devem contar com mecanismos protetores contra incêndios, além da localização que deve ser distante de fontes de calor. Em razão das propriedades químicas, o material não deve ser acumulado nos locais de armazenamento, mas sim distribuído em vários locais contendo menores quantidades.

O nitrato de amônio não possui a capacidade de explosão espontânea, de forma que os principais motivos para que acidentes ocorram estão relacionados à ausência de medidas de segurança compatíveis com as características químicas do produto. Diversos produtos químicos são estocados para alimentar processos produtivos, muitos deles com capacidade de causar grandes acidentes. Desta forma, são estabelecidas normas internacionais e até regulamentações nacionais para o correto armazenamento e transporte de produtos químicos considerando as propriedades físico-químicas, ou seja, a inflamabilidade, a reatividade e a capacidade de causar explosões. O fato é que o tipo de armazenamento e a presença de outras substâncias químicas podem ser incompatíveis, condição ainda mais crítica para produtos com elevada reatividade.

Para que o nitrato de amônio cause explosão é necessário um aquecimento excessivo ou a presença de chamas nas proximidades, o que pode reforçar as informações iniciais de que um incêndio teria sido a causa. O caso ainda precisa ser investigado pelas autoridades competentes, entretanto, a cada novo desdobramento ficam mais claras as situações de negligência. Entre os problemas identificados o acúmulo do material em uma quantidade muito superior àquela recomendada e a falha ou ausência de mecanismos para o controle de incêndios, podem ter sido determinantes para uma explosão de tamanha proporção.

Autores:

Augusto Lima da Silveira é coordenador dos cursos Saneamento Ambiental e Gestão em Vigilância em Saúde na modalidade a distância do Centro Universitário Internacional Uninter. É formado em Química Ambiental e licenciado em Química.

Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter e Pós Doutor em Educação e Ciências Ambientais pela Universidade Nacional de Ensino à Distância (Madrid-ES UNED).

Postado em: Notas Marcação: Perigo, Segurança

Uma iminência do perigo

15 de agosto de 2020 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Ao conduzir um veículo vamos nos defrontar com perigos iminentes no itinerário que fazemos, estamos à mercê das condições adversas do trânsito, entretanto, o grande problema são as combinações de um ou mais fatores que contribuem para o aumento de risco como exemplo:  via, condutor, luz, calor, frio, trânsito, tempo.

Quem nunca passou por uma condição adversa de tempo, como por exemplo de neblina ou cerração? O problema poderá se agravar mais com a possibilidade de queimadas e fumaça ao longo da via. O grande problema é que não se sabe o que encontraremos dentro dela ou sobre o tamanho da sua extensão.

O Código de Trânsito Brasileiro Lei 9.503/97, no Capítulo III – Das Normas Gerais de Circulação e Conduta, enfatiza: “o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito”.

Transitar sob fumaça densa, além da iminência de possíveis acidentes, poderá causar irritação nos olhos, falta de visibilidade e problemas de respiração no condutor, principalmente nos motociclistas que ficam expostos diretamente.

Sendo inevitável transitar nessas condições combinadas de neblina e fumaça, reduza a velocidade antes de entrar em uma nuvem, mantenha a luz baixa ligada, nunca pare dentro da cortina de fumaça, evite frear bruscamente e procure sair o quanto antes.

É imprescindível dirigir com os cuidados indispensáveis para a segurança no trânsito, mantendo seu olhar proximal ao mesmo tempo longe e completo enquanto conduz. Isso inclui manter uma distância de segurança lateral e frontal dos demais veículos.

Ao presenciar um acidente de trânsito, preste socorro à vítima, no entanto, primeiro a sua segurança. Pare em um local seguro, sinalize com o pisca-alerta, triângulo, sinalizadores se possível, galhos de árvores, para que não aconteça novos acidentes.

A resolução do Contran nº 36/98 regulamenta o dever do condutor em “acionar as luzes de advertência do veículo (pisca-alerta) e colocar o triângulo de sinalização, ou equipamento similar, a no mínimo 30 metros da traseira do veículo”.

Deixar de sinalizar o local conforme regulamentado, além de expor a riscos a integridade das pessoas, caracteriza infração de trânsito.

Uma grande dica para quem não estiver ajudando a prestar os primeiros socorros como, por exemplo, curiosos, fotógrafos e cineastas amadores da imprensa marrom é evitar caminhar sobre a pista, a menos que queira ser a próxima vítima. A preocupação é real com os atropelamentos e os acidentes, devemos considerar em primeira instância a segurança, praticando diariamente o uso correto da direção defensiva.

Assim, ressalta-se cada vez mais a necessidade de uma educação para o trânsito de forma real e presente em nosso cotidiano, por meio da mídia, em nosso local de trabalho, no meio educacional, nas campanhas educativas permanentes por parte dos órgãos de Segurança Pública, ONGs e outros, no sentido de que o trânsito seguro se torne uma realidade constante em nosso pensar e agir, poupando a vida de muitos que desejam apenas chegar ao seu destino.

O texto foi escrito em decorrência do grave acidente ocorrido na BR 277, Em Curitiba (PR), no domingo 02/08/2020, contabilizando oito mortos.

Autores:

Valdilson Aparecido Lopes e Gerson Luiz Buczenko são professores do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana do Centro Universitário Internacional Uninter.

Postado em: Notas Marcação: Perigo, Trânsito

Distrito Federal infestado por escorpiões

22 de julho de 2020 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Determinadas condições climáticas, como o aumento da temperatura, podem favorecer a proliferação de escorpiões, fazendo com que o índice de acidentes com estes animais seja mais elevado. Somente neste ano, os casos no Distrito Federal aumentaram em 37%, de acordo com um levantamento efetuado pela Vigilância Ambiental.

Os escorpiões estão entre os animais mais antigos do planeta Terra e possuem um exoesqueleto, que é uma camada interna resistente e flexível, porém, se difere dos ossos dos vertebrados. As características morfológicas dos escorpiões permitiram que pudessem colonizar uma grande variedade de ambientes terrestres, sendo que existem cerca de 2000 espécies espalhadas pelo planeta. A maior parte das espécies habitam regiões que apresentam um clima tropical ou subtropical, como grande parte das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.

Eles se alimentam principalmente de pequenos insetos, como aranhas e baratas e podem predar até mesmo pequenos vertebrados, como rãs e roedores, e apresentam glândulas que produzem uma peçonha que é inoculada em suas vítimas através de ferrão conhecido como télson. Em função de seus hábitos alimentares e dos riscos que representam, os acidentes com estes animais, os escorpiões podem causar problemas para a saúde das populações humanas que estão localizadas nas regiões que estes animais se distribuem, sendo animais sinantrópicos, ou seja, se adaptaram para viver na presença dos seres humanos.

As grandes cidades apresentam um excelente habitat para os escorpiões, já que fornecem abrigos através das redes de esgoto e quando o lixo não é recolhido ou destinado em um local adequado, pode atrair insetos e pequenos animais que fazem parte de seu leque alimentar.  No Brasil, se destacam o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), as duas espécies apresentam uma peçonha neurotóxica que age sobre o sistema nervoso e pode gerar óbito por parada cardíaca ou edema pulmonar. Pessoas idosas que apresentam problemas preexistentes, com diabetes e problemas cardíacos, podem apresentar uma maior sensibilidade ao veneno dos escorpiões, devendo fazer uma busca por ajuda médica imediata em casos de acidentes com estas espécies, pois o soro antiescorpiônico apresenta uma maior eficácia se for aplicado logo após a picada.

Alguns cuidados são extremamente necessários para manter os escorpiões afastados das residências, como o hábito de manter o quintal das casas limpos e sem a presença de entulho, o descarte de alimentos em locais inadequados deve ser evitado em função de que pode atrair insetos, e, consequentemente escorpiões. Também, deve-se evitar deixar calçados próximos de móveis e tampar os ralos dos banheiros, já que os escorpiões podem adentrar a parte interna das residências através destas tubulações. As mudanças climáticas contribuem com o aparecimento da espécie inclusive na região sul do Brasil.

Autores: André Maciel Pelanda é tutor central do curso de Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter; Rodrigo Berté é diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

Postado em: Notas Marcação: Brasília, Perigo

Crianças em casa: engasgo e introdução de objetos no nariz ou ouvido pode ser perigoso

21 de maio de 2020 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Durante a quarentena, todo cuidado é necessário para evitar acidentes com pequenos objetos e se atentar a engasgos

Botões, pedrinhas, miçangas, feijão e massinha fazem parte de uma grande lista de coisas que as crianças costumam engasgar ou até mesmo introduzir no ouvido ou no nariz. Em um período em que as aulas presenciais foram interrompidas e os mais novos passam o dia em casa, vale ficar atento. Se há irmãos maiores, redobre a atenção, pois é comum que, em um ato inocente de brincadeira, os bebês sejam “alimentados” por eles com objetos pequenos que podem causar danos à saúde.

No caso de engasgos, os menores de dois anos são as grandes vítimas, já que estão na fase oral e costumam levar todo o tipo de objeto até a boca. Caso perceba que a criança engoliu um corpo estranho e está com problemas, o primeiro passo é avaliar se tem falta de ar associada. Nessa situação, ela não conseguirá chorar, falar ou respirar e ficará com os lábios roxos.

“Para uma ajuda segura, o ideal é dividir as tarefas: um adulto cuida da criança e o outro chama o serviço de emergência, pois podem ser necessárias manobras como a de Heimlich e de ressuscitação, se a situação estiver grave, sendo que esta última nem todos estão aptos a executá-la com precisão. Caso ela apresente falta de ar, não consiga respirar e esteja ficando azulada, o serviço de emergência deve ser chamado imediatamente”, destaca a Dra. Renata Garrafa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

Em situações de engasgos, a manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros utilizada em casos de emergência por asfixia e que pode ser realizada por qualquer pessoa, bastando que siga corretamente as orientações.

“A manobra de Heimlich acontece de formas diferentes em bebês e em crianças maiores de um ou dois anos. No bebê, devemos colocá-lo de bruços, deitado em cima do nosso antebraço e com a cabeça virada para baixo. Então, com bebê com as costas retas e, segurando com firmeza, devemos dar cinco tapas no meio das costas e entre os ombros, não muito fortes, mas com impacto suficiente para que o objeto saia”, explica a médica.

Manobra de Heimlich em crianças em bebês

Se o engasgo persistir, o bebê deve ser virado de barriga para cima, sob o outro antebraço, pressionando cinco vezes com os dois dedos indicadores no meio do peito do bebê, entre os dois mamilos. Caso chore, vomite ou tussa é sinal que conseguiu desengasgar. Se continuar engasgado, repetir desde o início o procedimento até que o bebê desengasgue.

“Já em uma criança acima de dois anos, devemos nos posicionar atrás dela, sendo que ela fica de pé e nós ajoelhados. Então, com a criança de costas, abraçaremos até que uma de nossas mãos esteja fechada na altura do estômago e a outra mão estará aberta, apoiada sobre essa mão fechada. Então, devemos pressionar com força moderada a barriga da criança para dentro e para cima ao mesmo tempo”, completa a especialista do Hospital Paulista.

Manobra de Heimlich em crianças a partir de dois anos

É importante também ficar atento a alguns objetos como pilhas ou baterias, por exemplo, que podem, após algumas horas, liberar substâncias tóxicas. “Mesmo que a criança acabe não engasgando, a presença dessas peças no corpo pode agravar o quadro. Portanto, esses materiais devem ser mantidos longe do alcance dos pequenos”, diz a Dra. Renata.

Nariz e ouvido

A presença de um corpo estranho no ouvido pode gerar dificuldade para escutar, sensação de entupimento e até mesmo lesão na membrana do tímpano. A criança pode queixar-se de dor ou de ouvido tampado e, eventualmente, pode ter saída de sangue ou secreção pelo canal externo do ouvido.

Já a introdução de objetos no nariz pode acarretar em obstrução, secreção e sangramento provenientes de apenas um lado do nariz, além de odor fétido nasal. Em ambos os casos, pode gerar infecção se a situação não for contornada a tempo.

Muitas vezes, as crianças podem não admitir que introduziram objetos no ouvido ou no nariz. No caso dos menores, é possível que não consigam comunicar o ocorrido. “A tentativa de remoção destes objetos em casa, seja no ouvido ou no nariz, é perigosa e pode gerar sérias lesões. Assim que o adulto perceber que a criança está com um objeto preso nesses locais, é preciso ir imediatamente ao pronto-socorro”, finaliza a especialista.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

Postado em: Notas Marcação: Crianças, Dicas, Perigo

Ministério da Saúde apoia campanha de conscientização sobre o perigo de fogos de artifício

31 de maio de 2019 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Muito comum nas festas de junho e julho, a comemoração com fogos traz grande risco de acidente

A fim de evitar o aumento de acidentes com fogos de artifício, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), em parceria com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Ministério da Saúde, anunciam em mais um ano, esforços para a campanha de conscientização sobre o perigo dos fogos de artifício.

Muito comum em festas e comemorações, os fogos de artifício trazem altos riscos de acidentes, dos mais leves aos mais graves, como casos de amputações de membros. Durante os meses de junho e julho, com as festas juninas espalhadas pelo Brasil, mas principalmente no nordeste do País, há uma preocupação maior dos órgãos de saúde em relação às possíveis ocorrências de acidentes e queimaduras

“O manuseio inadequado de fogos de artifício é um dos graves problemas que enfrentamos todos os anos, e importante ressaltar que não existem fogos seguros para a exposição, e muito menos, manejo de crianças. Além disso, adultos também devem seguir à risca todas as orientações de segurança fixadas pelos fabricantes. A redução do número de acidentes depende, principalmente, do uso do produto com responsabilidade”, enfatiza o Dr. Marcelo Rosa de Rezende, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

As entidades também reforçarão a campanha através de ações publicadas nas redes sociais durante os próximos meses.

 

Sobre a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão (SBCM):

A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão (SBCM), fundada em 1959, congrega os médicos especialistas em Cirurgia da Mão e Reconstrutiva do Membro Superior. Promove e tem a responsabilidade na formação de especialistas, e fornece condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa, educação continuada, desenvolvimento cultural e defesa profissional.

http://www.cirurgiadamao.org.br/

Postado em: Notas Marcação: Perigo, Saúde

34,5% dos acidentes fatais com eletricidade aconteceram no ambiente doméstico em 2017

21 de agosto de 2018 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Fios desencapados, extensões, T’s e tomadas, além de eletrodomésticos com fuga de corrente escondem os principais perigos nas residências; para especialista, população ainda carece de informações

Entre 2013 e 2017, o número de acidentes envolvendo energia elétrica tiveram aumento de 33,6% em todo o país. De acordo com o Anuário Estatístico Brasileiro dos Acidentes de Origem Elétrica, realizado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o aumento progressivo revela a falta de informação da população sobre os riscos de movimentar instalações elétricas sem ajuda profissional. Só no ano passado foram registrados 1.387 casos em todo Brasil; destes, mais de 50% foram fatais.

Os dados levantados pelo Anuário mostram outro grave problema: o ambiente doméstico continua sendo o local de maior ocorrência de acidentes fatais, com cerca de 34% dos registros. E, apesar de crianças e adolescentes representarem o principal grupo de risco, mais da metade do número de mortes relacionadas são de adultos na faixa etária entre 21 e 40 anos. Os dados levantados nos últimos cinco anos pela Abracopel sugerem haver maior incidência em época de férias escolares e feriados nacionais, apesar de não haver um padrão consistente.

Para o engenheiro elétrico e coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário Internacional Uninter, Juliano de Mello Pedroso, a falsa impressão de que para realizar pequenos consertos em casa não “precisa de mão de obra especializada” é um dos grandes vilões dos acidentes com eletricidade. “São situações que parecem pequenas, como consertar um fio desencapado ou não estar atento à sobrecarga de extensões com diversos eletrodomésticos, mas que geram perdas irreparáveis”, avalia Pedroso.

Reparos domésticos: como proceder e evitar

Nos últimos cinco anos, cerca de 3 mil pessoas morreram em situações de exposição à energia elétrica no Brasil, o que representa 1,64 mortes por dia. Segundo Pedroso, a maioria desses acidentes tem como fator em comum a falta de precaução e cuidado. Fios desencapados, extensões, T’s e tomadas, além de eletrodomésticos com fuga de corrente escondem os principais perigos nas residências. “Fuga de corrente é um tipo de falha na isolação ou defeito no equipamento ou instalação que deixa escapar energia. Além do perigo que isso representa, essa energia é cobrada sem a pessoa ter feito uso do equipamento”, explica.

Para conseguir identificar se algum eletrodoméstico está com o problema de fuga de corrente, explica o especialista, é necessário desconectar todos os aparelhos da casa e ainda desligar a iluminação. “A seguir, verificar no medidor de energia se os valores ainda continuam girando ou incrementando. Se continuar a aumentar ou girar, temos uma fuga de corrente na fiação”, orienta.

Confira entrevista:

1.   Como identificar problemas elétricos, como possíveis curtos-circuitos?

Os curtos-circuitos queimam as extremidades de contato. Identificá-los não é difícil: fios derretidos, tomadas derretidas, cheiro de plástico queimado e chaves ou disjuntores que desarmam frequentemente. Isso acontece tanto dentro da instalação quanto nos equipamentos.

2.   Como evitar acidentes domésticos com energia elétrica? Quando é recomendado chamar um profissional para fazer uma avaliação da fiação?

Não devemos mexer em fios desencapados ou jogar água quando houver curtos-circuitos. Além disso, devemos evitar ligar muitos aparelhos numa mesma tomada. Na maioria dos casos, recomendamos somente desligar os disjuntores ou chave e chamar um eletricista ou um eletrônico. É uma profissão que requer estudo e esforço, por isso cabe ao usuário apenas identificar ou desconfiar que algo está errado, sem curiosidade ou confiança demais.

3.    Quais pontos da casa são os mais problemáticos em relação à fiação elétrica?

Cabos expostos, tomadas com uma quantidade grande de equipamentos, conexões malfeitas como no chuveiro e torneiras elétricas, conexões velhas e enferrujadas, falta de aterramento.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo UNINTER é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).  Sediado em Curitiba – PR, já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 200 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com mais de 700 polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém quatro campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Postado em: Notas Marcação: Cuidados, Perigo

QUEIMADURAS: professor da UFRN fala sobre o aumento dos riscos durante festas juninas e período de férias

29 de junho de 2016 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Por Igor Duarte

Wallacy Medeiros - Queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando morte celular

Wallacy Medeiros – Queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando morte celular

As festas juninas são sinônimo de quadrilhas, comidas típicas e também de fogueiras, balões e fogos de artifício. O contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que o risco de acidentes com queimaduras aumente. Esse risco torna-se ainda maior se considerarmos que estamos também em época de férias, período em que as crianças passam mais tempo em casa e, consequentemente, estão mais suscetíveis a acidentes domésticos que podem causar traumas como as queimaduras.

O professor Rodrigo Assis Neves Dantas, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), trabalhou durante oito anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado (SAMU 192-RN) e é vice-coordenador de um projeto de extensão que instrui professores e alunos sobre a prevenção de queimaduras e sobre os primeiros socorros que devem ser tomados. Segundo Rodrigo Dantas, as queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando a morte celular. Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de 1º ao 4º grau, dependendo da gravidade.

“As queimaduras de 1º grau são aquelas mais simples, ocasionadas, geralmente, pela radiação solar. A de 2º grau atinge a epiderme e a derme da pele e se caracteriza pela formação de uma estrutura que a gente conhece como bolha. Já a queimadura de 3º grau acomete a epiderme, a derme e pode atingir músculos e outros tecidos. A de 4º grau, que é a mais grave de todas, atinge todos os tecidos da pele e pode atingir órgãos, tendões e até sistema neurológico,” explica o professor.

Anastácia Vaz Contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que risco de acidentes com queimaduras aumente

Anastácia Vaz
Contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que risco de acidentes com queimaduras aumente

Rodrigo Dantas lembra ainda que as queimaduras não estão totalmente ligadas ao fogo. “Existem as queimaduras térmicas que podem ser pelo calor ou pelo frio, as queimaduras químicas, que são ocasionadas por substâncias como ácidos, e existem também as biológicas, que são ocasionadas, por exemplo, por caravelas e águas-vivas,” ressalta.

Os motivos são inúmeros e as crianças, por exemplo, podem se queimar brincando com fósforos, ao encostar em aparelhos elétricos quentes, no fogo ou fogão ou até mesmo serem queimadas pelo sol. Porém, baseando-se na literatura local e nos dados do atendimento do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Walfredo Gurgel, que é referência de atendimento de trauma do estado, a maior incidência de queimaduras é por conta de acidentes domésticos, de maneira geral com líquidos quentes. “Geralmente as crianças se queimam com líquidos quentes. Elas alcançam as panelas que estão no fogão com água fervendo, por exemplo, e puxam, então o líquido se derrama sobre seu corpo e causa a queimadura. Essa é a maior incidência,” afirma Rodrigo Dantas.

Um período que merece atenção é o das festas juninas. “Obviamente, na época das festas juninas, o risco de queimaduras por fogo aumenta bastante por causa do contato com os fogos de artifício e pela falta de segurança no seu manuseio, já que algumas empresas não indicam uma maneira adequada para utilização. Então é comum o aumento no número de casos, mas isso não significa que seja a maior incidência comparando com outros períodos do ano. A maior incidência continua sendo nos períodos de férias,” enfatiza.

Primeiros socorros

Segundo o professor, a primeira coisa que se deve fazer diante de uma queimadura por fogos de artificio, que é uma queimadura térmica, é conduzir imediatamente esse indivíduo para uma fonte de água corrente e limpa que esteja na temperatura ambiente, como o chuveiro. “Esse é o único tratamento pré-hospitalar que deve ser feito por leigos no atendimento a um paciente queimado. Dependendo da gravidade dessa queimadura o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisa ser acionado pelo 192,” afirma.

Professor do departamento de Enfermagem - UFRN

Anastácia Vaz Professor Rodrigo Assis Neves Dantas, do Departamento de Enfermagem da UFRN,  é vice-coordenador de um projeto de extensão que instrui professores e alunos sobre prevenção de queimaduras e sobre primeiros socorros

O professor também fala sobre a aplicação de substâncias em queimaduras. “Há uma crença cultural de algumas pessoas de que se deve passar pasta de dente, urina, pó de café e outras substâncias para tratar queimaduras, mas isso não é aconselhável, como também não é aconselhável estourar as bolhas das queimaduras de 2º grau em ambiente doméstico. As bolhas precisam ser estouradas, mas dentro de um ambiente hospitalar,” esclarece.

Além disso, Rodrigo Dantas lembra que não se deve puxar a roupa do paciente caso ela esteja grudada na pele, pois isso pode aumentar a lesão e, consequentemente, contribuir para a piora do ferimento. “Nos casos de queimadura, há um consenso entre os especialistas de que não se deve desgrudar a roupa do contato da ferida, pois a roupa tende a colar na pele. Então, no ambiente pré-hospitalar, não se deve puxar para não aumentar a lesão e agravar ainda mais o quadro. Esse procedimento deve ser feito com anestesia dentro do ambiente hospitalar,” explica.

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Postado em: Notas Marcação: Dicas, Perigo, Saúde, Segurança

Fogos de artifício são os maiores responsáveis pelos acidentes no período junino‏

10 de junho de 2016 por Anselmo Santana Deixar um comentário

Fogos (1)Junho é um dos períodos mais esperados do ano pelas crianças, momento em que as ruas ficam iluminadas e enfeitadas com bandeirolas, fogueiras, balões e que as festas ficam fartas de comidas típicas: canjica, milho cozido, amendoim, mugunzá e outras. No entanto, tem um lado dos festejos que é preocupante, é a utilização de fogos de artifício pela população, especialmente as crianças.

De acordo com a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão, cerca de 70% dos casos de queimaduras são provocados por artefatos pirotécnicos e 10% das vítimas sofrem amputações, principalmente das mãos e dedos. As lesões provocadas por fogos de artifício são graves e difíceis de recuperar.

É fundamental nesse período que os pais e responsáveis fiquem atentos à utilização desses fogos pelas crianças que ainda representam as maiores vítimas das queimaduras. Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) mostram que, durante as festas juninas, os atendimentos a pessoas que sofreram queimaduras nas emergências dos hospitais chegam a dobrar. Mais de 80 por cento das vítimas são crianças.

O especialista do Hapvida Saúde, Dr. Lauro D’ávila Silveira Barreto alerta para o não uso de fogos por crianças, e caso haja algum acidente é preciso manter a calma e agir com precisão, encaminhar a pessoa acidentada ao hospital é primordial mas existem algumas ações que podem amenizar. Ele orienta que em caso de queimadura é necessário tomar alguns cuidados como:

– Evitar passar qualquer tipo de produto

– Não passar pasta de dente

– Não usar borra de café

– Não lavar com água gelada

– Lavar com água corrente e temperatura ambiente

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Postado em: Notas Marcação: Perigo, Saúde
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