Hipnose pode ser a resposta para quem não deseja tomar remédios para controlar o transtorno
A síndrome do pânico é um transtorno que causa crises intensas, ligadas ao medo e desespero, na maioria das vezes sem motivo aparente. O cérebro identifica uma situação de perigo e reage a ele, resultando em palpitações graves, dor no peito e fraqueza, situação essa, na maioria das vezes imaginária.
“Apenas quem já passou por uma crise de pânico entende outra pessoa que sofre do mesmo mal, e mesmo assim, não inteiramente, pois pode ser diferente para cada um”, afirma Madalena Feliciano, hipnoterapeuta.
O transtorno pode ser decorrente de fatores genéticos, estresse, situações traumatizantes e temperamentos fortes, que certamente abala a saúde emocional, e se não tratada, poderá causar outras doenças.
Os principais sintomas são a falta de ar, taquicardia, formigamento, zumbido e dores no estômago. O cérebro prioriza enviar sangue para outras partes do corpo ao sentir algum perigo, que pode ou não existir realmente, causando assim as crises.
Quando a síndrome do pânico é diagnosticada, é comum que o paciente busque ajuda psicológica e tome medicamentos, mas, fora da medicina tradicional, é possível encontrar outros tratamentos, como a hipnose.
“A terapia com hipnose costuma resolver as crises de pânico em até três sessões, cortando o mal pela raiz, evitando assim o uso excessivo de medicamentos e visitas constantes a psicólogos ou psiquiatras para controle dos sintomas”, explica a especialista.
O hipnoterapeuta pode acessar o subconsciente e identificar o que está causando as crises de pânico, depois ressignificar a experiência, diminuindo ou exterminando o problema.
O filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu alerta para o uso da inteligência emocional para o equilíbrio e assim evitar o pânico
Lidar com uma situação de pânico pode ser extremamente difícil para muita gente. Para alguns a situação num ataque de pânico é tão extrema que o seu corpo lhe dá uma resposta física extremamente forte também. Em tempos de quarentena, o nível de stress aumenta e, para muitos, leva a um estado de pânico.
Levando em consideração de que há muita gente que sofre deste tipo de transtorno o filósofo, psicanalista e especialista em estudos da mente humana, Fabiano de Abreu decidiu abordar o tema.
“O pânico e suas consequências como em qualquer outro comportamento depende das nuances e do tamanho de sua potência. Um ataque de pânico, por exemplo, pode até baralhar a sua mente com emoções que aceleram o batimento cardíaco, desfocam a visão e aumentam a transpiração levando inclusive, em casos extremos, a um ataque cardíaco ou AVC. Há o cuidado com a questão dos sintomas pois a ansiedade resulta em sintomas que pareça com infarto e não é.”, explica o psicanalista.
“O pânico é um episódio de medo e a sua intensidade varia de acordo com o tamanho das circunstâncias para o tamanho do seu medo. “, refere Abreu, consciente de que nem todos temos a mesma capacidade de gerir estas situações.
Mas tudo tem a sua explicação lógica e racional. O pânico não é exceção e também ele tem a sua definição biológica e química.
“Um aglomerado de neurônios que constitui a amígdala é o centro integrativo das emoções, motivações e todos os comportamentos emocionais incluindo a nossa reação de medo levando ao aumento da ansiedade. Há dois medos nos dias atuais, do falecimento e da falência.”, explica o especialista.
O pânico é um encadear de situações, um comboio interno que acelera a toda a velocidade quando lhe perdemos o comando. Como muito bem explica Fabiano de Abreu: “Então a definição do pânico é o medo que leva ao aumento da ansiedade que causa estresse e, nessa situação podemos distorcer a realidade por ter fugido em larga escala da razão sendo tomado totalmente pela emoção. “
Mas há sempre formas de controlar e contornar este tipo de problemas. Ter ciência deles é o grande primeiro passo.
“Inteligência emocional é como denominamos a capacidade de manter o equilíbrio entre a razão e a emoção. Quando a emoção está fora de controle, perdemos a razão e, então, deixamos de ter a racionalidade e começamos a agir de uma maneira que nós mesmos em sã consciência, na razão, não aprovaríamos.”, explica Fabiano.
Para o psicanalista há uma série de etapas que devemos seguir. Segundo ele, “Temos que usar da inteligência emocional para vencer o pânico e a melhor forma é agir de acordo para que isso aconteça. Uma boa alimentação, atividades físicas, técnicas de relaxamento e distrações que lhe tragam conforto e bem-estar são o melhor remédio para evitar o pânico e controlar assim a ansiedade para que não perca a razão. São técnicas que aumentam a produção dos hormônios do prazer e do humor para buscar o equilíbrio em relação ao hormônio do estresse.”
Tudo parte de pequenas escolhas que fazemos para nós mesmos e de pequenas atitudes de hábitos que podemos controlar e mudar. Segundo Abreu, “Não podemos esquecer que podemos controlar a nossa mente e os nossos comportamentos. Se alimentamos a nossa mente de informações negativas, estamos a induzindo-nos ao pânico. Isso pode ser um ciclo vicioso, o medo causa estresse que libera o hormônio cortisol, responsável pela resposta do organismo ao estresse, ele afeta os receptores do hipocampo lugar onde está determinada a nossa capacidade de memória, atenção e codificação da realidade.
O cortisol se mantendo em alta dosagem pode ser muito perigoso e se, continuamente nos alimentarmos de informações que mantenham o nosso medo, estaremos também mantendo essa produção maior de cortisol.”
Concluindo, o pânico tolda-nos a razão, retira-nos a capacidade de agir dentro de um padrão racional, impede-nos de fazer as melhores escolhas. No entanto, há pequenos comportamentos que conseguimos adotar que vão melhorar de forma significativa a nossa vida e a maneira como lidamos com algo que nos assusta.
“O pânico bloqueia a razão inibindo a plasticidade cerebral.”, termina Fabiano de Abreu
O conceito sobre o pânico de Fabiano de Abreu encontra-se no CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede em Portugal e unidades no Brasil e na Holanda e estará no seu livro que será lançado este ano com o nome, Viver Pode Não Ser Tão Ruim – volume 2, ‘Das Frasetas ao Contexto.’
Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede em Portugal e unidades no Brasil e na Holanda.
As recomendações do Ministério da Saúde são de evitar contato físico ao máximo com outras pessoas e manter uma distância mínima de dois metros, a fim de prevenir o contágio com o novo coronavírus (covid-19). A inclusão destas medidas sociais e de proteção na rotina dos brasileiros tem obrigado as pessoas a mudar completamente os seus hábitos, inclusive a maneira como buscam por atendimento na área da saúde.A neuropsicóloga Dra. Roselene Espírito Santo Wagner revela que, devido a pandemia do coronavírus, a procura dos seus pacientes pelo atendimento modalidade online cresceu exponencialmente: “A partir desta segunda-feira, dia 16 de março de 2020, houve um aumento na procura pelo atendimento de psicoterapia on-line. Aqui na cidade do Rio de Janeiro, depois de um momento de pouca importância dada ao cenário atual mundial, as pessoas tomaram consciência da responsabilidade de seguir as orientações, adotando hábitos para impedir o avanço do contágio. Logo, em função da informação largamente divulgada, todos resolveram se preservar em quarentena e; em função disso, nós profissionais da saúde mental, estamos atendendo online.”
Benefícios do atendimento online
O atendimento on-line é uma prática que respeita as normas do CFP (Conselho Federal de Psicologia) e do CRP (Conselho Regional de Psicologia), sendo regularizada como ferramenta de trabalho em casos como este, de quarentena ou de outra impossibilidade qualquer no deslocamento: “a ferramenta do atendimento online não é apenas útil, mas totalmente eficaz, não havendo prejuízo algum no andamento do tratamento nem nos resultados obtidos, tanto para o paciente como para o Psicólogo, além de estar em conformidade com as normas de segurança necessárias para o momento que vivemos”, ressaltou a Dra. Roselene Wagner.
Segundo a neuropsicóloga, os atendimento telepresenciais são fundamentais também para que as pessoas mantenham sua saúde emocional equilibrada: “Com isto podemos atuar evitando o pânico, a ansiedade e depressão, mantendo o atendimento psicológico, mas sem que ninguém (paciente- Psicólogo) se exponha a riscos de infecção e contaminação”.
Responsabilidade coletiva
Para a especialista, é importante que todos tenham a consciência das dificuldades do momento e da responsabilidade coletiva para superar a crise: “Bom seria que todos se conscientizassem que não há vítimas nem culpados. Mas precisamos parar de disseminar além do vírus da “fake news”, o pânico, a paranóia, ansiedade e depressão, a síndrome do pânico. Somos um grupo de pessoas, que precisam cuidar de si e do outro. Cuide do seu equilíbrio emocional, para manter a saúde do seu sistema imunológico.”