Mulher
Ser mulher custa caro…
Convivendo com o eterno paradoxo: ganhar menos e pagar mais
Uma constatação: produtos e serviços voltados para o público feminino são sempre mais caros do que os similares masculinos. A diferença de valor entre eles é conhecida com pink tax, a taxa rosa. É uma questão social, uma distinção criada pelo próprio mercado de consumo, que afeta cotidianamente a carteira das mulheres.
Segundo pesquisa da MPCC – ESPM (Mestrado Profissional em Comportamento do Consumidor), com apoio da InSearch, as mulheres desembolsam, em média, 12,3% a mais por produtos que podem ser idênticos àqueles destinados aos homens. Especificamente em alguns serviços, a diferença é ainda mais marcante. Corte, escova, hidratação, depilação e manicure, por exemplo, pesam 27% a mais nos bolsos femininos. Quando falamos em vestuário, peças básicas como camisetas e calças jeans, a diferença fica em torno dos 17%. Mas, os armários femininos são mais amplos e complexos, repletos de uma diversidade de roupas e acessórios para todas as estações. Na moda, o fast fashion, as novas coleções, estão focadas no público feminino. A indústria especializada sabe bem como suscitar o desejo de compra. E o que dizer sobre a infinidade de produtos de beleza? O Brasil é o terceiro maior consumidor! Há um assédio publicitário fortemente estimulador para o consumo de itens de beleza.
É fato: as mulheres dificilmente visitam um shopping e não compram nada, são atraídas por uma boa vitrine. Elas têm consciência de que usam mais acessórios e, culturalmente, investem em produtos para cuidados com o corpo, rosto, pele, cabelos etc.
Mas, como conviver com a taxa rosa ganhando salários, em média, 22% mais baixos para o desempenho da mesma função? A diferença salarial entre homens e mulheres registrada no Brasil é uma das maiores do mundo, apontam análises do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A diferença salarial aumenta quando se refere a cargos executivos, chega a mais de 50%. Mulheres ocupam apenas 37% das funções de chefia nas empresas. A situação fica mais desestimulante quando a nossa atenção se volta para o topo nas hierarquias de poder. Nas mais altas posições, nos comitês executivos, elas são apenas 10%.
A isonomia salarial varia no mundo conforme a cultura de cada país. Considerando a posição brasileira no ranking, verifica-se que, historicamente, é natural que os homens brasileiros assumam uma posição mais provedora. As mulheres conquistaram muitos direitos, mas não concorrem em igualdade de condições com os homens, pelo menos não como em países mais desenvolvidos.
A busca das mulheres por um parceiro com estabilidade econômica é milenar e antropológica. Em nossos códigos genéticos existe a tendência a procurar e escolher este parceiro que, no momento da procriação, possa proteger e sustentar a família. Ninguém precisa ser escravo dos seus códigos genéticos e culturais, seguir repetindo a história da mãe, que refez a da avó, mas é importante reconhecer que eles existem. Nem sempre uma geração consegue revolucionar processos culturais tão arraigados.
Neste contexto, o conceito de relacionamento sugar também pode ser visto como algo que sempre aconteceu, mas não tinha uma nomenclatura específica. Na relação sugar, as questões financeiras e as expectativas de vida do casal são alinhadas desde o início. Jennifer Lobo, matchmaker e CEO da plataforma de relacionamentos Meu Patrocínio, pondera que “principalmente mulheres jovens, estudantes ou em início de carreira, têm buscado na figura do provedor uma forma de driblar as consequências das diferenças salariais que ocorrem no mercado de trabalho, garantindo a manutenção do seu estilo de vida. O dinheiro ainda é um tabu e está em jogo nas parcerias emocionais. É evidente que ser mulher custa mais caro. O salário, muitas vezes, não é capaz de propiciar todos os produtos e serviços que a mulher deseja. De certa forma, contar com um provedor garante uma posição mais igualitária, mesmo que seja somente para bancar os estudos, permitindo à mulher, lá na frente, usar as suas próprias armas de conhecimento e experiência para lutar por seus direitos”.
Sobre o MeuPatrocínio.com
O primeiro e maior site de relacionamento para Sugar Babies e Sugar Daddies do Brasil foi criado em 2015 com objetivo de unir o estilo de vida ‘doce’ de homens maduros, generosos e bem-sucedidos a mulheres jovens, atraentes, inteligentes e ambiciosas em relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos pré-estabelecidos, expectativas alinhadas e benefícios mútuos. Mais informações no www.meupatrocinio.com
Contato:
A vida é práxis e quer viver
Alguns grandes empresários brasileiros atuais iniciaram as suas fortunas de modo prático, muito simples, porém ininterruptamente perseguiram as suas paixões de adolescentes de acordo com as oportunidades que se mostraram a cada momento. O primeiro deles, vendendo doces que a mãe fazia de porta em porta. O segundo, entregando marmitas aos funcionários de empresas construtoras da sua cidade natal e, o terceiro, viajando com pesadas malas repletas de sapatos para comercializar pelo interior do Rio Grande do Sul. A observação é da escritora, palestrante e pesquisadora do gênero feminino Alice Schuch. “Também uma amiga, empresária do ramo da moda, assim como Coco Chanel, iniciou a sua atividade vendendo produtos confeccionados por ela e hoje tornou-se referência na arte do bem vestir”, completa. Pautada nessas evidências, os exemplos demonstram o valor da ambição, em um período em que a pesquisadora batiza de Neofeminino. Porque afinal, cita ela, “a vida é práxis e quer viver!”.
Alice lembra que para Aristóteles (384 a C.), não havia ciência em si como uma teoria avulsa, pois a vida é práxis. “Segundo o filósofo, estudamos a ética a fim de melhorar nossas vidas, seu interesse principal era a natureza do bem-estar humano. Pontua ainda que o que precisamos, a fim de viver bem é a sabedoria prática que não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, mas precisa também ser vivenciada de modo experimental”, explica.
“E quanto a nós?”, indaga a pesquisadora. Substancialmente considera-se que a pessoa boa e virtuosa é aquela que alia inteligência e vontade, isto é, trabalha para ampliar sua identidade pessoal: sabe aquilo que almeja, agrada-lhe aquela ação, realiza e então distribui a felicidade que de fato possui.
Ela sugere: “experimente-se, busque a independência econômica, sem a qual não temos barganha, pois como já dizia Wiston Churchil: você não pode negociar com um tigre quando a sua cabeça está na boca dele. Sejamos ambiciosas! Conforme lê-se na obra Psicologia do Líder de Antonio Meneghetti, se não existe a ambição, a inteligência é inútil.
Projeto de Extensão “Mulheres na TI” quer aumentar a representatividade feminina na área
Em abril de 2017, um grupo de professores do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) iniciou debates a respeito da inserção da mulher na área de Tecnologia da informação. Essas discussões foram amadurecendo e deram início a um projeto de extensão com o objetivo de desmistificar o papel da mulher na área de Tecnologia da Informação e aumentar a representatividade feminina como profissional de TI na comunidade local. O projeto foi aprovado no final de fevereiro de 2018 e realizará a sua primeira ação na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Para embasar a submissão do projeto, foram levados em consideração, entre outros fatores, alguns dados que apontam para a grande discrepância na quantidade de homens e mulheres na área de TI. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, apenas 17% dos profissionais de TI no Brasil eram mulheres, ganhando 30% a menos que homens nos mesmos cargos, com mesma escolaridade.
Trazendo esses números para a realidade local, no âmbito da UFRN, em um trabalho realizado na disciplina de Tópicos Especiais, do curso de Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) do IMD, sobre “Análise de Dados Educacionais”, foi identificado que o número de alunas ingressantes no BTI tem aumentado proporcionalmente ao número de alunos, permanecendo baixo, em torno de 15%.
Nesse contexto, o projeto de extensão “Mulheres na TI” pretende organizar múltiplas ações de atração e estímulo às mulheres na área de Tecnologia da Informação com foco em dois públicos: meninas que cursam ensino médio e alunas de graduação em computação. A estratégia é mostrar que jovens mulheres têm atuação destacada como estudantes universitárias e que as mulheres têm papel de destaque no mercado de trabalho e comunidade acadêmica.
Fazem parte do projeto de extensão as professoras Isabel Dillmann Nunes (coordenadora), Iris Linhares Pimenta, Anna Giselle Câmara Dantas Ribeiro Rodrigues e os professores William Brenno dos Santos Oliveira e Cesar Renno Costa. Para auxiliar nas ações, o projeto conta com um grupo de discentes voluntários e bolsistas: Elma Ramá dos Santos Rocha, Thayrone Dayvid dos Santos, Joicy Daliane Silva Oliveira, Sarah Raquel de Lima Ferreira, Soraya Roberta dos Santos Medeiros.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Aproveitando a data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher e enfatizando o contexto no qual o dia foi criado, em prol das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito de voto, o projeto de extensão “Mulheres na TI” vai promover, nesta quinta-feira, dia 8 de março, às 13, no hall de entrada do CIVT (prédio principal do IMD) uma Roda de Conversa, coordenada pela professora Mônica Magalhães Pereira (DIMAp). NO dia seguinte (9/03), serão realizados mais dois eventos: a palestra “Level UP – Desvendando o Universo Game”, e a oficina “Game Designer – Construindo Mundos”, a partir das 14h, na sala A402 do CIVT.
Todas as mulheres do Instituto Metrópole Digital e interessadas no tema estão convidadas a participar dessa programação. Para os eventos do dia 9 há um limite de 40 pessoas, a ser preenchido por ordem de chegada.
Seguro de vida mulher garante indenização em casos de câncer de mama e outras doenças graves
O seguro ideal para mulheres de 16 a 64 anos
Normalmente, as mulheres brasileiras tendem a se preocupar em fazer a mamografia a partir dos 40 anos. Entretanto, recentemente, foi divulgado um estudo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o qual mostra que mundialmente, o câncer de mama é o que mais mata mulheres na faixa de 20 aos 59 anos. A doença também atinge homens, mas a incidência representa 1% do total.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) no ano passado foram estimados cerca de 57.960 novos casos de câncer de mama no país. Apesar do aumento das taxas em mulheres mais jovens, ainda, a faixa entre 40 e 50 anos representa 74% dos casos. Por isso, a Sociedade Brasília de Mastologia recomenda a realização da mamografia anualmente a partir dos 40.
O tratamento para a doença existe e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde – SUS. Além da prevenção, existem outras maneiras da mulher se precaver. Uma delas é através da contratação de um seguro.
A Seguralta, uma das maiores corretoras de seguros do país, aproveita o mês de março onde é “celebrado o dia internacional da mulher” para estimular a participação da população no controle do câncer de mama e para mostrar os benefícios do Seguro “Vida Mais Mulher”, que garante indenização para o tratamento da doença.
O Seguro foi criado para dar mais tranquilidade às mulheres que precisam enfrentar este difícil momento da vida. Além de receber uma indenização para o tratamento, cujo valor também pode ser utilizado de outras maneiras, a segurada conta ainda com uma segunda avaliação médica e dispõe de ampla assistência 24h em viagens. O capital segurado pode ser de até R$ 500 mil, dependendo da cobertura escolhida, sendo a de diagnóstico de câncer limitada a 50% do capital da cobertura básica.
A indenização também é garantida para invalidez permanente total ou parcial, por acidente ou pagamento do capital ao beneficiário em caso de morte natural ou acidental. O seguro é destinado para todas as mulheres com idade entre 16 e 64 anos. Quer saber mais? Consulte a unidade mais próxima da sua região através do telefone 0800-8785150 ou 4003-5150 e faça uma cotação.
Sobre a Seguralta
Com cerca de 200 mil clientes atendidos desde que está no mercado há 50 anos, e um índice de renovação de seguros que ultrapassa 90%, a Seguralta é uma das maiores corretoras de seguros do país e é pioneira em seguros no setor de franchising. Com mais de 900 unidades comercializadas, a rede foi considerada a 17ª maior rede de franquias do país pela ABF (Associação Brasileira de Franchising).
A Seguralta trabalha com as seguradoras mais bem conceituadas do mercado: são mais de 30 companhias. Entre os seguros oferecidos estão os pessoais como: seguro auto, residencial, vida, previdência privada, consórcio, acidentes pessoais, responsabilidade civil, empresarial, condomínios, fiança, frota, transporte, equipamentos, rural, risco de engenharia, garantia de obrigações contratuais, náutico, aeronáutico, entre outros.
Para mais informações, acesse: http://seguralta.com.br/
No Dia Internacional da Mulher cabe refletir sobre a relação do esporte e o sexo que nada tem de frágil
No futebol o apoio virou regra, os times são agora obrigados a ter modalidade feminina e no MMA as portas svão gradativamente se abrindo; um espaço conquistado com muita luta e que promete avançar ainda mais com planejamento e estímulo
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, está chegando. A data é importante para enfatizar que a luta por igualdade e respeito no Brasil está longe de terminar, mas também serve para comemorar algumas das conquistas no espoerte. Uma delas é a regra de 2017 que obriga os clubes de futebol a terem a modalidade feminina se quiserem participar na Libertadores, quem não apoia está automaticamente fora da competição. Outra atividade predominantemente masculina e que a mulhjer ganha cada vez mais espaço é o MMA. Mas há muito caminho ainda a ser percorrido, por exemplo, a falta de patrocínio em se tratando de combates.
Então, o momento agora é de conhecermos a nossa atuação, saber o que mudou no decorrer dos anos e como a performance pode melhorar. Mesmo porque, se as diferenças fisiológicas existem, com peculiaridades próprias do sexo feminino a serem observadas para evitar certos males, ao contrário de limitar podem proporcionar inúmeros resultados. Resumindo, a mulher é capaz de tudo, basta querer, ser bem orientada e receber estímulo para atingir os seus objetivos.
Crescimento na participação
O papel das mulheres nos eportes de alto rendimento cresceu muito desde a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, na Inglaterra. Só para se ter uma ideia da evolução, apenas nos Jogos Olímpicos de 1932 competiu a primeira mulher brasileira, a nadadora Maria Lenk. Já nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, eram 209 delas que representaram o País. Mostrando que é possíveçl superar os preconceitos e os temores de uma profissão efêmera e fazer história;
Apoio ao futebol feminino virou regra
Diante de tanta desigualdade em competições, recentes mudanças nas regras de gestão para os clubes brasileiros de futebol prometem alavancar a participação da mulher nesse esporte. O programa de licenciamento implantado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Conmebol e FIFA no ano passado determina que, dentre outras medidas, a partir de 2019, o time sem modalidade feminina ficará fora da Copa Libertadores da América.
A expectativa é de que o apoio traga inúmeros benefícios. “As alterações no regulamento vão permitir que a mulher passe a contar com um trabalho de medicina esportiva individualizado e estratégico, específico para atender as suas necessidades e pensando no antes, durante e depois dos jogos. O planejamento sem dúvida irá contribuir para a melhora do desempenho do atleta”, analisa Dra. Karina Hatano, médica do exercício e do esporte.
Invadindo o octógono
Além do futebol, outro esporte ainda predominantemente masculino mas que começa a contar com a presença cada vez mais marcante das mulheres é o MMA, sigla em inglês para Mixed Martial Arts ou, em uma livre tradução, Artes Marciais Misturadas. De pouco tempo para cá, ganham mais e mais visibilidade e melhora no tratamento das organizações, mas ainda vivem com menos patrocinadores voltados aos combates, Mesmo assim, elas não desistem e mostram que podem ter algumas vantagens. “Possímos força, agilidade, explosão, coordenação física completa e resistência para o esporte, bem como grande poder em pensar a estratégia de luta”, explica Karina. Ou seja, somos capazesde tudo, basta investimento, planejamento e orientação para atingirmos a nossa meta.
Diferenças fisiológicas
A doutora Karina explica que, seja no futebol, MMA ou em qualquer outro esporte, é fundamental conhecer a mulher, suas particularidades, saber sobre tensão pré-menstrual, ajustar os exercícios para as características físicas e apresentar treinamento adequado, incluindo o nutricional.
“São menos glóbulos vermelhos (que transportam o oxigênio), menos massa muscular e coração e pulmões menores, em comparação ao homem. Mas é fundamental não subestimar a performance feminina em virtude dessas e outras peculiaridades, que podem nos proporcionar melhores resultados”, reforça. Na ginástica artística e patinação, em razão do tamanho, da leveza e flexibilidade, temos maior movimento coordenado, enquanto que na natação há melhor flutuabilidade. “Por tudo isso, é imprescindível adequar a carta, dar atenção não especial mas necessária, com atividades planejadas, não menosprezar e ao mesmpo tempo saber valorizar as diferenças”, pontua a médica.
Afastando a temida Tríade da Mulher Atleta
Uma das questões a se observar na mulher é a temida TMA. As atletas profissionais ou amadoras que praticam exercícios fíciso vigorosos em excesso correm o risco de desenvolver a Tríade da Mulher Atleta, caracterizada pelo desequilíbrio de energia consumida e gasto no dia a dia e a mudança do ciclo menstrual e da densidade óssea. “Isso pode acontecer devido à diminuição da taxa de gordura corporal. Se existe pouca energia no organismo por mecanismos fisiológicos hormanais, ela começará a aparesentar irregularidades menstruais e ter a densidade do osso alterada, podendo levar às oteopatias e fraturas ainda na idade jovem”, alerta a médica que também é especialista no assunto.
Primeira mulher transexual
Ainda que lentamente, o esporte vai vencendo barreiras até bem pouco tempo inimagináveis. A ponteira Tifanny Abreu, que defende o time Vôlei Bauru, tornou-se a primeira mulher transexual a disputar a Superliga Feminina. Um pioneirismo que, se infelizmente arrancou manifestações de preconceito e mensagens discriminatórias nas redes sociais, de outro lado também ajudou a derrubar obstáculos e a suscitar o debate científico sobre as regras das provas. Afinal, o controle do nível de testosterona é o suficiente para colocá-la em pé de igualdade, ao menos no aspecto físico, em relação a outras atletas cisgênero? Um caso emblemático que ainda requer alguns estudpos e renderá diversas discussões.
Elas não querem só status: Sugar Babies revelam conquistas além do luxo
“Nós mulheres belas, educadas e bem instruídas, devemos estar ao lado de homens que nos levem ao topo e não para baixo”. A declaração é de Cristina M. C. de 20 anos, uma Sugar Baby que está prestes a adquirir cidadania italiana. Ela afirma que parte do dinheiro desta realização pessoal veio do relacionamento sugar.
Cidadania italiana e o sonho de estudar na Holanda
Ao escrever sobre seu perfil na plataforma, Cristina M. C. diz ter personalidade forte e excêntrica, e nos enviou um depoimento sobre sua experiência na ferramenta.
“Venho utilizando o “sistema Sugar” há alguns meses e tive a oportunidade de conhecer ótimos mentores. São homens inteligentes e bem resolvidos que em uma troca de interesses mútuos, auxiliam o lado financeiro abrindo caminho para que eu possa realizar meus sonhos e objetivos. Para este ano, a cidadania italiana já está quase feita. Parte do dinheiro veio do sugar e para 2020, farei faculdade na Holanda. É com essa meta que sou uma baby. Nós como mulheres belas, educadas e bem instruídas, devemos estar ao lado de homens que nos levem ao topo e não para baixo” argumentou.
Assim como Cristina, que mirou em realizar o sonho da cidadania italiana e a faculdade fora do Brasil ao unir-se a um Sugar Daddy (patrocinador), a estudante de jornalismo Alice, concretizou um projeto pessoal que estava longe de sua realidade financeira.
Realização de um projeto pessoal
Alice B.C. é Sugar Baby e mora na capital paulista. Desde que ingressou no Universo Sugar, entrou com um propósito: conseguir um patrocinador para colocar em prática um projeto pessoal. A jovem de 22 anos, cursa o segundo período de jornalismo, é apaixonada por fotografias e construiu um estúdio na casa dela. Tudo pago pelo patrono R.V.P de 55 anos, proprietário de um restaurante na zona oeste de São Paulo.
“Não procurei por estilo de vida de luxo! Conduzi a relação para atingir a minha meta de construir meu estúdio e eu consegui. Ganhei uma câmera profissional, lentes diferenciadas, tripés, fundos fotográficos e puffs. O resto corro atrás”, disse.
Certamente você conhece alguém que desfrute de um estilo de vida de luxo alimentado por algum ricaço. Geralmente eles são mais velhos e possuem uma posição social de prestígio. Muitas estão em busca da palavra que define a felicidade moderna: status.
Segundo a definição no dicionário Aurélio, a palavra “status” significa: posição favorável na sociedade; consideração, prestígio, renome. Entretanto, existem mulheres sonhadoras que buscam a realização de um projeto pessoal ou profissional.
As Sugar Babies escolhem seus pretendentes pelo poder econômico e estes, propõem um estilo de vida de luxo, porém, eles também direcionam para oportunidades de sucessos como as de Cristina e Alice, que vivem o estilo de vida sugar. O “relacionamento sugar” chama a atenção de olhares preconceituosos sobre a união dos casais, já que o protagonista principal da relação é o dinheiro, que traz mimos, cria oportunidades e abre portas.
Para fazer parte do Universo Sugar as mulheres devem informar os detalhes do estilo de vida que procuram, inclusive do que esperam receber do patrono, como presentes, viagens e mesadas para bancar as despesas. As babies têm o registro grátis. Já os daddies precisam desembolsar até R$ 799,00 por mês para interagir com as mulheres.
Parece um conceito ultrapassado ou pouco romântico, mas o site é o que mais cresce no país e já ultrapassou a marca de 120 mil usuários.
Ser mulher em um mundo corporativo tão masculino
Fonte: Tarsia Gonzalez
Eu nunca senti muita diferença convivendo entre meus irmãos, e depois, em uma empresa quase que 100% masculina. Sempre tive igualdade de condições, talvez pela forma como fui criada ou pela minha própria personalidade.
Sempre vivi irresponsavelmente, como normalmente acontece com os homens. Na minha família, nunca tive homens protetores e cresci tendo que fazer a minha parte, porque logo cedo descobri que nunca teria uma vida de princesinha. Aprendi a jogar bola, a descer a rua de carrinho de rolimã e a andar de bicicleta com os meninos. Subia no telhado, no pé de jabuticaba e tinha poucas meninas no bairro. Mas, quando chegava em casa, gostava de brincar de casinha e de me maquiar.
Sempre fui irreverente e, desde pequena, aprendi a dizer e a lutar pelo que eu queria. Dessa forma, não sentia diferença no tratamento por parte do meu pai ou dentro da família. Entretanto, quando comecei a trabalhar de verdade nesse universo masculino das empresas, apesar de me sair bem das situações, comecei a perceber claramente as injustiças que existem.
Diferenças salariais, deboches desnecessários. Mesmo sendo filha do dono, muitas vezes escutei o que não queria. Até os caminhoneiros mais antigos me tratavam com desdém por eu ser mulher. Meu pai nunca me defendeu, nem mesmo meus irmãos e, ao invés de chorar em cada situação inadequada, fui crescendo na “porrada” e sobrevivi, cada vez mais forte. Mas penso em quantas mulheres acabaram retraídas ou desistindo, porque a pressão é realmente grande.
Mesmo vivendo em um mundo 100% masculino e sendo, às vezes, hostilizada, nunca perdi minha doçura e meu coração maternal. Queria sempre cuidar de quem realmente precisasse e o fazia por instinto. Isso tem um lado bom, porque consegui, com meu jeito, criar alternativas para ir vencendo as barreiras e conquistando meu espaço. Porém, o reconhecimento real nunca chegava.
Tive de brigar muito por meus direitos e, para buscar agregar valor, minha única saída era o conhecimento. Estudar, estudar e ainda achar que nada sei. Falar do passado me faz recordar de inúmeras situações desagradáveis que vivenciei durante minha carreira, por ser mulher. Mas falar do presente me mostra o quanto valeu a pena lutar e hoje, aos 47 anos, ser referência para tantas mulheres e homens em todo Brasil.
Essa semana, fui questionada sobre meu real propósito, e minha resposta foi “fazer diferença na vida de todas as pessoas que passarem por mim”. Mas agora, na antevéspera do Dia Internacional da Mulher, pensando melhor, quero encorajar e empoderar mulheres desse nosso Brasil. Ter a oportunidade de contar um pouco da minha vida como executiva, filha, mãe, mulher, esposa e, quem sabe, de alguma forma, ser incentivadora de todas as mulheres. Mostra, com minha própria história, que vale a pena lutar. 08.03.2017. Dia da Mulher, mês da mulher, ano da Mulher.
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