O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPC-S), que mede semanalmente a variação do custo de vida para as famílias que possuem de 1 a 33 salários mínimos, mostrou que das sete capitais avaliadas, cinco estão em desaceleração da inflação. A maior alta ficou com o Rio de Janeiro (+0,68%), e a menor no Recife (-0,17%).
Confira a tabela:
IPC-S
0,43%
Salvador
0,24
Brasília
0,09
Belo Horizonte
0,49
Recife
-0,17
Rio de Janeiro
0,68
Porto Alegre
0,52
São Paulo
0,56
O IPC-S da terceira quadrissemana de abril (15/04 a 25/04) ainda mostrou que houve uma variação de 0,43%, o que fez com que a variação em 12 meses chegasse a 3,37%. E isso colaborou com os resultados obtidos nas sete capitais pesquisadas. É o que destaca o economista Newton Ferreira.
“Das sete capitais que foram avaliadas, só Recife apresentou uma queda nessa variação quadrissemanal, o maior aumento foi do Rio de Janeiro: +0,68%. As desacelerações em relação a 15 de abril ocorreram em cinco das sete capitais. A maior desaceleração foi em Brasília, de 0,44% para 0,09%.
O economista Alexandre Arci explica que a economia brasileira está em processo de desaceleração, fazendo com que o mercado hesite na hora de investir, optando por aplicar no mercado financeiro.
“A nossa economia está em processo de desaceleração onde o custo do dinheiro se torne muito alto, não trazendo motivação para todo mercado investir dentro da própria economia. Isso é visível quando um empreendedor prefere colocar seu dinheiro dentro do mercado financeiro, do qual traz através da própria renda fixa uma remuneração extremamente interessante, fazendo com que o mercado todo vire um processo de desaquecimento”, explicou.
A próxima divulgação dos resultados regionais do IPC-S será no dia 03.05.2023.
O índice de preço ao consumidor – semanal (IPC-S) obteve uma aceleração em cinco das sete capitais pesquisadas da segunda quadrissemana de março. É o que apontou a Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). O indicador de inflação subiu 0,61% no período e acumula alta de 3,90% nos últimos 12 meses.
De acordo com a FGV, as capitais que tiveram alta foram:
São Paulo (de 0,44% para 0,53%)
Belo Horizonte (0,35% para 0,72%)
Porto Alegre (0,73% para 1,06%)
Brasília (0,48% para 0,67%)
Salvador (de 0,33% para 0,34%).
Tiveram desaceleração as capitais Recife (de 0,56% para 0,43%) e Rio de Janeiro (0,35% para 0,32%).
Para o economista Newton Marques, esse é um sinal de que em alguns serviços ainda há uma pressão, mas que não é possível apontar nenhuma causa, já que esse resultado é mensal.
“Isso é um dos indicadores de que há pressão de alguns setores, principalmente transportes. Não há mais aquela pressão de alimentos como vinha acontecendo, então isso vai acomodando preços, como é o caso também da educação. Nesse início de ano a gente consegue ver que itens ligados à educação também subiram de preço, então não dá para apontar nenhuma tendência”, afirmou Marques.
A empresária e contadora Emanulle Silva explica que essa variação deve impactar o consumidor final, mas acredita que essa aceleração é causada apenas pelo início que todo novo governo sofre.
“Eu acredito que essa variação não seja em relação às projeções do governo, acho que é justamente por conta do primeiro trimestre do novo governo, a gente vive uma incerteza no início de todo governo”, explicou a contadora.
A próxima divulgação dos resultados regionais do IPC-S será no dia 11.04.2023.
O aumento de 7,47% no preço de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras que começou a valer nessa semana pode levar a um acréscimo de 0,25 ponto percentual (p.p) na inflação nos próximos 30 dias. A projeção é do coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE, André Braz, que detalhou o impacto da alta do combustível na atividade econômica ao Brasil 61.
De acordo com o economista, o cálculo feito para estimar o quanto o aumento no preço da gasolina vai pressionar a inflação leva em conta dois fatores. O primeiro deles é que o reajuste da Petrobras se dá na gasolina A. O combustível que é vendido aos consumidores é a gasolina C, que é composta por 27% de álcool anidro, o que acaba mitigando parte do aumento. “Como a gasolina C tem mistura de álcool anidro, ela não recebe 7,5% de aumento. Então, o que o consumidor vai perceber nos próximos trinta dias é um aumento de preço da gasolina que pode variar entre 3,5% e 5%”, explica.
O segundo fator é o peso da gasolina no orçamento doméstico, diz André Braz. “Considerando que esse aumento pode chegar a 5% e levando em conta que a gasolina também compromete 5% do orçamento familiar, a gente teria um impacto na inflação, nos próximos 30 dias, em torno de 0,25 ponto percentual. Só que, como esse reajuste está valendo já a partir de janeiro e ainda falta aproximadamente uma semana para o mês ser concluído, uma pequena parte desse movimento já deve influenciar a inflação deste mês. Então, desse 0,25 p.p, 0,05 p.p deve ficar na inflação de janeiro e 0,20 p.p restantes na inflação de fevereiro”, afirma.
Segundo o anúncio da Petrobras, o preço médio de venda da gasolina A para as distribuidoras vai passar de R$ 3,08 para R$ 3,31, ficando 23 centavos mais caro. Mas com a mistura obrigatória com o álcool anidro para a composição que é comercializada nos postos, cada litro vendido terá um acréscimo de 17 centavos, o que não significa que será esse o impacto sentido pelo consumidor.
Amplitude
O economista afirma que o impacto da alta da gasolina será mais sentido pelas pessoas de classe média que usam veículos particulares para se locomover. “Exatamente porque a gasolina é um bem de luxo que cabe no orçamento daqueles que têm veículo próprio. Então, para as famílias mais humildes, que não possuem veículo, esse aumento da gasolina não traz nenhum impacto na variação do custo de vida”.
Caso o reajuste fosse sobre o diesel, a situação seria diferente, explica André Braz. “Nós teríamos um impacto inflacionário maior, porque o diesel é o combustível usado pelo frete rodoviário, é utilizado pelas máquinas no campo, é o combustível que movimenta o ônibus urbano, então como diesel tem o compromisso de ser o combustível para execução de outras atividades, um aumento de preço nele pode causar um espalhamento das pressões inflacionárias”.
Como o diesel é o combustível usado pelos caminhões, que são os principais responsáveis pelo transporte de cargas no país, incluindo os alimentos, um aumento no preço do litro seria sentido de forma mais ampla pela população e pressionaria mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Como é formado o preço da gasolina
O preço médio do litro da gasolina no Brasil entre 15 e 21 de janeiro foi de R$ 4,98, de acordo com a Petrobras. Segundo a companhia, desse valor, R$ 2,25 são parcela da própria empresa. Esse valor deverá ser de R$ 2,42 com o reajuste anunciado esta semana. Vale lembrar que, desde o ano passado, os impostos federais sobre o combustível estão zerados. A medida deve durar, pelo menos, até 28 de fevereiro deste ano.
Já o ICMS, imposto estadual sobre os combustíveis, foi de R$ 0,91 em média. Ele varia de estado para estado, mas sua alíquota não pode ultrapassar o teto de 17% determinado após aprovação da Lei Complementar 194/2022, em junho de 2022. Confira como é formado o preço da gasolina.
Cenário
André Braz explica que ainda é cedo para projetar o impacto dos combustíveis na inflação de 2023. Segundo o economista, no nível internacional, há uma tendência de desaceleração da atividade econômica. Isso deve ocorrer porque os países estão elevando as suas taxas de juros para conter a inflação. A consequência é a retração da economia e, portanto, do consumo.
“Se as famílias vão economizar mais, vão gastar cada vez menos, isso significa que o preço do barril de petróleo pode ceder ao longo de 2023. Não só por um efeito aqui no Brasil, mas no mundo todo. O mundo está com uma tendência de redução da atividade econômica. E essa redução na atividade econômica favorece a redução do preço de grandes commodities, que é onde o petróleo está inserido”, diz.
Por outro lado, o especialista diz que o temor quanto ao equilíbrio fiscal do país é um risco que tem como resultado a desvalorização do real frente ao dólar, o que na atual política de preços adotada pela Petrobras pode puxar o preço dos combustíveis para cima.
A alta generalizada de preços no Brasil, que somente nos últimos 12 meses teve um acumulado de 12,13% sem mostrar sinais de queda, está fazendo com que muitos trabalhadores parem de comprar básicos. Mais um sinal claro da ausência de governo e da deterioração da economia nacional, que registrou a pior inflação para o mês de abril desde 1996.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio surpreendeu negativamente o mercado, confirmando o que as famílias brasileiras estão sentindo no bolso: a inflação não para de subir. No acumulado dos últimos 12 meses (de junho de 2020 a maio de 2021), o IPCA, que é o índice oficial do Governo Federal, alcançou 8,06%, o maior resultado para o mês desde 1996 e bem acima do centro da meta de inflação fixada pelo Banco Central.
Veja sete dicas de Evaldo Perussolo, CFO do Banco Bari, para proteger seu orçamento doméstico e investimentos.
Entenda o que é este índice: o IPCA é o índice utilizado pelo governo para fixar a meta anual de inflação. Todo mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pesquisa os preços de uma cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos que residem em regiões metropolitanas. Isto quer dizer que a inflação da sua família pode ser ainda maior do que a oficial, dependendo do peso de cada item em seu orçamento.
Controle seus gastos: fazer uma planilha mensal de gastos da sua família, fixando uma meta para cada um, ajudará a economizar. Existem os gastos que variam anualmente, como aluguel e mensalidade escolar. Mas outros podem ter variação diária. É o caso do grupo alimentação, justamente o que tem maior peso no IPCA e nos gastos das famílias.
Fique de olho na lista de compras: quanto menor a renda da família, maior o peso dos gastos de alimentação e produtos de higiene e limpeza. Fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado faz grande diferença, pois ajuda na pesquisa de preços e evita a compra de itens desnecessários. Para frutas e legumes, vale dar preferência aos produtos da safra, que têm mais qualidade e são mais baratos.
Atenção à conta de luz: preços controlados pelo governo, como combustível e tarifas de energia elétrica, também fazem parte do IPCA. E estes dois itens são os que mais pressionaram a inflação de maio. Neste caso, não há como fazer pesquisa de preços, mas sim controlar o consumo. Como o país passa por uma crise hídrica, entramos na chamada “bandeira vermelha”, o que significa que a conta de luz sofre acréscimo de R$ 4,169 a cada 100 quilowatt-hora consumido. Ou seja: não deixar as luzes acesas sem necessidade e racionalizar o uso dos eletrodomésticos são atitudes que farão diferença.
Renegocie reajustes: embora o IPCA seja o índice oficial do governo, existem outros, que indexam alguns contratos e que têm metodologia de cálculo diferente. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é o principal deles e serve como referência para muitos contratos de aluguel. Se for o seu caso, entre em contato com o locador e peça renegociação do reajuste, pois o IGP-M acumulado nos últimos 12 meses já alcançou 37,04%. Se o Índice for o IPCA, renegocie também, procurando saber por quanto os alugueres de imóveis próximos estão sendo negociados atualmente.
Fique de olho nas aplicações financeiras: se seu dinheiro está na tradicional caderneta de poupança, muito cuidado: o rendimento está perdendo feio para inflação. Em 2020, a inflação pelo IPCA foi 4,52% e a poupança rendeu 2,11%. Em 2021, essa diferença será ainda maior.
Busque investimentos atrelados à inflação: uma das formas mais eficientes de proteção dos investimentos em períodos de inflação elevada é buscar aqueles que oferecem remuneração pela inflação (geralmente o IPCA), mais determinada taxa de juros, que o investidor já sabe qual é no momento de aplicar. Entre estes investimentos estão: Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). No caso de LCIs e CRIs, há a vantagem extra, pois assim como a poupança são isentos de Imposto de Renda.
Sobre o Banco Bari
Especializado em crédito com garantia de imóvel, o Banco Bari pertence ao Grupo Barigui, tradicional grupo financeiro de Curitiba e o maior revendedor de automóveis novos e seminovos do Sul do Brasil. Há dois anos, o Banco Bari recebeu a licença de banco múltiplo, já concedeu mais de R$ 1 bilhão em crédito imobiliário e tem mais de R$ 5 bilhões em crédito securitizado. Mais informações: www.bancobari.com.br. Acompanhe o Banco Bari no Facebook e no Instagram.
Aumento dos preços de alimentos e bebidas foram os grandes vilões dos bolsos brasileiros em 2020. Especialista vê possibilidade da alta da taxa Selic como instrumento do governo para conter o aumento da inflação
O Brasil finalizou 2020 com a desanimadora notícia da aceleração da inflação em dezembro, alcançando 4,52%, a maior alta desde 2016, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgado pelo IBGE. O resultado ficou acima da meta de 4% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, interferindo diretamente no poder de compra dos brasileiros. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções dos economistas para o IPCA em 2021 subiram de 3,32% para 3,34%.
Segundo o CEO da Cronos Capital e especialista em controle e gestão financeira, Cidinaldo Boschini, o avanço da inflação exige atenção, mesmo que ainda não apresente um grave risco ao país por não estar descontrolada. “A pressão nos preços deve continuar nos próximos meses e é esperado que este ano apresente um gradual aumento na taxa básica de juros [Selic], justamente para controlar a inflação”, explica Boschini.
A alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas foi a que mais impactou o bolso dos consumidores, mas outros indicadores variaram pouco, como a inflação de serviços, que alcançou 1,73%, a menor da série histórica do IBGE desde 2012. “Os principais índices que medem a variação de preços subiram, mas não na mesma medida. Os indicadores de preços ao consumidor são mais pressionados pela alta dos alimentos, mas têm o alívio da pouca variação de itens de serviços”, detalha o especialista.
Cidinaldo Boschini
Para Boschini, o aumento da inflação pode comprometer e impactar negativamente a economia se persistir, podendo gerar aumento do desemprego e das taxas de juros. “A inflação provoca perda de poder aquisitivo, diminuição dos investimentos de empreendedores e gera também um ambiente de incertezas sobre a economia”, explica. Em dezembro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua), o desemprego no Brasil foi de 14,3%.
O especialista ainda explica que o cenário de inflação elevada contribui para afastar os investimentos do país e isso acaba impactando todos os setores da economia. “É um cenário em que ninguém ganha com a inflação e pode resultar em adiamento de projetos e cancelamento de muitos outros”, detalha Boschini.
O que é a inflação
A inflação é resultado de um descompasso entre a oferta e a procura. Quando a procura por um produto e serviço aumenta, ou a sua produção não consegue acompanhar a demanda, os preços sobem e aí começa o aumento dos preços. Para controlar sua variação, o Brasil conta com um sistema de metas para a inflação, que foi instituído pelo Banco Central em 1999, que utiliza o IPCA como indicador.
“Para manter o nível de inflação dentro do esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros [Selic]. Quando o Banco Central observa que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros e, com isso, desestimular o consumo”, explica Boschini.
“A partir da Selic, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos das pessoas e das empresas. Quando os juros estão altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação”, exemplifica.
Durante a pandemia, os gastos com bebidas e alimentos voltaram a ser o maior peso no orçamento das famílias brasileiras. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) representam 19,97% do orçamento das famílias brasileiras. No mês de agosto, o Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,44% em 12 meses enquanto a inflação dos alimentos subiu 8,83% no período. Com o isolamento social, as pessoas se movimentaram menos e com o bares e restaurantes fechados, as vendas em supermercados dispararam. A maior demanda na é um dos fatores que pressionou a alta nos preços dos alimentos.
Segundo Anderson Locatelli, diretor executivo da Troco Simples – startup que simplifica transações financeiras que envolvem dinheiro em espécie -, para economizar na hora da alimentação vale o mesmo princípio básico de toda economia financeira: planejamento. O especialista ainda comenta que toda moedinha na hora das compras é dinheiro. “Para muitos, os centavos encostados na gaveta podem não parecer muito dinheiro. No entanto, se você for somar tudo no final do mês, verá que o peso dessas moedas deixadas de lado é grande nas suas finanças”, afirma.Pensando nisso, Locatelli separou 5 dicas para economizar durante as compras familiares de supermercado:
Conheça a sua inflação:
Para saber como a inflação de cada item impacta no seu orçamento, vale registrar os preços de produtos que você mais consome ao longo do tempo. Fazendo um planejamento é possível saber quanto é o seu gasto por mês, e vendo as diferenças de um mês para o outro e de um ano paro outro, saberá como está a sua inflação.
Faça uma lista de compras
Antes de sair de casa faça uma lista de tudo o que precisa comprar. É importante para você comprar apenas o que necessita, além disso diminuiu o tempo no supermercado. Lembrando que não há motivos para estocar comida dentro de casa. Comprar a quantidade certa para o número de pessoas da família pode evitar mais despesas no orçamento final.
Maneire no estoque
Evite compras compras mensais muito grandes, que ocupam espaço e podem passar da validade. Ir uma vez por semana ou a cada 15 dias ao supermercado pode ser favorável para aproveitar as ofertas. Comprar algo que já tenha em casa e que vá durar meses, como produtos de limpeza, também não é financeiramente interessante.
Fique atento às promoções
Muitos supermercados têm dias especiais de produtos de limpeza e higiene, ou dia em que o hortifruti está mais barato. De acordo com o seu cardápio e a sua lista de compras, você pode escolher o dia que compensa mais ou que é mais vantajoso.
Pesquise preços de outros estabelecimentos
Uma forma de economizar nas compras é comparar preços de outros estabelecimentos. Lembre-se que um produto pode estar na promoção em uma loja e na outra não. Vale ressaltar que não importa qual seja a mercadoria desejada, você sempre precisa pesquisar os valores dos produtos que quer comprar.
Invista em pagamentos em dinheiro
Com dinheiro na carteira, fica mais fácil fazer um controle do que está gastando. Além disso, ao final das compras em dinheiro é possível receber o troco digital. Com a solução da Troco Simples, ao invés do consumidor receber o troco em moedas ou notas de pequeno valor, o troco vira crédito no próprio CPF. A vantagem é que crédito fica rendendo em nuvem e ainda pode ser usado para comprar em outros estabelecimentos parceiros.
Surgical mask and brazilian real money, on the light blue background
Índice teve alta de apenas 0,07%; menor resultado para o mês de março desde o início do Plano Real
A alta de apenas 0,07% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março, divulgada na semana passada pelo IBGE, demonstrou um comportamento inesperado dos bens industriais, que caíram 0,05% no mês, além da já esperada redução de 0,14% em serviços. Segundo a instituição, é o menor resultado para um mês de março desde o início do Plano Real (1994).
Para o professor de Cenários Econômicos do Centro Universitário Internacional Uninter, Cleverson Luiz Pereira, esta queda é um reflexo da pandemia, já que o indicador de preços no mercado, a taxa de inflação (IPCA), trabalha em virtude da demanda e oferta. “O setor de transporte foi o responsável pela queda no índice, uma vez que o setor aéreo e os combustíveis apresentaram quedas significativas no mês de março. Além disso, com o isolamento a atividade produtiva de alguns setores reduziram e até paralisaram”.
Na contramão das quedas, Pereira destaca o setor de alimentação. “Como as pessoas estão em suas residências em maior período de tempo, há maior consumo de alimentos e queda na oferta, gerando preço maior”, explica. O grupo Alimentação e Bebidas apresentou a maior variação positiva: passou de 0,11% em fevereiro para 1,13% em março. Pereira explica que, mesmo com o movimento de estocagem, o aumento do preço dos alimentos ocorreu por demanda causada na mudança de comportamento.
O que é o IPCA?
O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) é a taxa de inflação oficial do governo federal para o controle e avaliação dos preços dos produtos e serviços na economia de um país. Ele é medido mensalmente através de uma pesquisa e coleta de preços em mais de 28 mil comércios visitados pelos pesquisadores do dia 1° até o dia 30° de cada mês. Os preços são coletados presencialmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no entanto em virtude do isolamento essa prática só foi possível até o dia 18/03 e depois a coleta passou a ser realizada via pesquisas em sites.
Além disso, o índice também aponta mensalmente a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 a 40 salários mínimos das 11 principais regiões metropolitanas do país.
Sobre o Grupo Uninter
O Grupo Uninter está entre os maiores players do segmento educacional, e é a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, o centro universitário conquistou o conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado pelo MEC. O resultado aliado à nota máxima de seu programa de educação a distância (EAD), consolida a Uninter como a melhor instituição EAD no Brasil, à frente dos outros cinco maiores grupos educacionais que atuam na modalidade.
Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com
A inflação, que tanto castiga os consumidores, desacelerou em junho, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,35%, menos da metade da taxa de maio, que foi de 0,78%.
No acumulado de janeiro a junho, o IPCA avançou 4,42%, em comparação a 6,17% no mesmo período do ano passado. Na comparação entre maio e junho, sete dos nove grupos que compõem o IPCA desaceleraram.
Mesmo que a inflação tenha desacelerado em junho, você não deve se descuidar na hora de poupar, principalmente porque alguns itens de alimentação básica continuam com preços elevados.
O grupo de Alimentação e Bebidas desacelerou de 0,78% em maio para 0,71% em junho. Ainda assim, teve a maior contribuição entre os grupos do índice no resultado do mês passado. Os preços do feijão-carioca continuaram se destacando. O valor do quilo ficou mais caro em 41,78%. O preço do litro do leite longa vida também teve forte aumento (10,16%).
Para economizar nas compras do supermercado, a dica é pesquisar muito antes de comprar. “A pesquisa pode ser pela internet, em sites especializados e gratuitos (que fazem comparação de preços). Leve uma lista do que vai comprar e leve só o que for consumir. Veja se os supermercados cobrem o preço da concorrência”, sugere Múcio Zacharias, professor de economia do IBE-FGV e diretor do Economies Consultoria Empresarial.
Para economizar com feijão especificamente, você pode cozinhar uma grande quantidade de uma vez, separar em pequenas porções e congelar. Assim você vai descongelando aos poucos, conforme for consumindo, e evita o desperdício. Experimente marcas diferentes e mais baratas, mas que sejam de boa qualidade.
Para o dinheiro render mais nas compras da feira, compre semanalmente e em quantidades menores. Leve uma lista do que precisa comprar e dê preferência às frutas de época, que tendem a ser mais baratas.
No IPCA de junho, o grupo Transportes teve recuo de 0,53%, em comparação à baixa de 0,58% em maio. Mesmo com os preços em trajetória de queda, vale a pena continuar economizando. “Veja se compensa ter carro tendo em vista todos os gastos relacionados a ele. Às vezes não vale a pena. Use o transporte público e divida carona”, afirma Zacharias. Veja se há pessoas em seu prédio, ou perto de onde você mora, que vão para lugares próximos ao seu local de trabalho. Vocês podem ir juntos e dividir as despesas com combustível.
O grupo Comunicação teve variação de 0,04% em junho, ante 0,01% em maio. Para economizar, a sugestão é avaliar se vale a pena manter a linha de telefone fixo e mudar o plano de celular para um mais barato.
Os dados do IPCA divulgados hoje mostraram também que o grupo de Artigos de Residência desaceleraram de 0,63% em maio para 0,26% em junho. O de Vestuário passou de 0,91% para 0,32% na mesma base de comparação. O grupo de Saúde e Cuidados pessoais desacelerou de 1,62% em maio para 0,83% em junho, o de Despesas Pessoais de 1,35% para 0,35%, enquanto o de Educação passou de 0,16% para 0,11%.