10 dicas de como manter sua imunidade boa
A manutenção de uma boa imunidade é essencial para garantir a saúde e o bem-estar em todas as fases da vida. [Ler mais…]
A manutenção de uma boa imunidade é essencial para garantir a saúde e o bem-estar em todas as fases da vida. [Ler mais…]
A imunidade do organismo é um tema relevante em qualquer situação. Entretanto, com a pandemia de covid-19, falar sobre imunidade – e, principalmente, sobre como fortalecê-la – é essencial.
De acordo com Bruna Manes, médica nutróloga e especialista em modulação hormonal e endocrinologia, o sistema imunológico precisa estar forte para auxiliar o indivíduo no combate a diversas doenças, como a covid-19. “A boa notícia sobre o sistema imunológico é que, com ações simples, o indivíduo consegue aumentar sua imunidade e garantir mais saúde”, explica.
A nutróloga aponta que a prática de exercícios físicos aliada a uma alimentação saudável é fundamental para fortalecer o sistema imunológico. “De maneira geral, adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios e consumir todos os nutrientes necessários, é suficiente para aumentar a imunidade do organismo”, ressalta a especialista.
A alimentação é um fator importante para o sistema imunológico. Por isso, a nutróloga explica que o consumo de frutas, de legumes e de verduras no dia a dia é indispensável. “Prefira consumir esses alimentos em sua forma natural, especialmente as frutas. Os legumes podem ser consumidos refogados, desde que sejam temperados com ingredientes naturais”, aponta.
Para Manes, o grande segredo da alimentação no que se refere à imunidade está em diminuir o consumo de produtos industrializados.
“Alimentos processados ou ultraprocessados são pobres em nutrientes e não trazem benefícios para o organismo. Na verdade, eles prejudicam o sistema imunológico e podem contribuir com o desenvolvimento de algumas doenças, como a diabetes. Por isso, a principal dica para quem deseja fortalecer o sistema imunológico e, assim, ter mais saúde, é consumir alimentos naturais sempre que possível”, finaliza a especialista.
O açaí é um alimento que muitos brasileiros amam comer, mas além do gosto vale ressaltar que ele é rico em fenólicos que atuam no organismo do ser humano como por exemplo potentes antioxidantes. De acordo com Dani Borges, ex-atleta, nutricionista e educadora física, o açaí é uma das frutas com maior valor de ORAC (Capacidade de Absorção dos Radicais Oxidantes). “Quanto maior o valor do ORAC, maior é o poder em neutralizar os radicais livres e maior o seu potencial antioxidante”, explica a profissional.
Como o fruto é rico em vitamina A, D, E, C, K e vitaminas do complexo B, ele fornece uma boa quantidade de ferro, potássio, zinco, ácidos graxos essenciais e minerais como manganês, magnésio, cálcio e cromo, que também são antioxidantes.
O açaí é um potente aliado contra gripes e resfriados, isso porque tem a ação de auxiliar na melhora do sistema imunológico. “Isso acontece pela falta de vitaminas e principalmente da vitamina D e dos antioxidantes que ajudam a proteger o nosso organismo e a fortalecer o nosso sistema imunológico, aumentando a capacidade do nosso corpo de combater infecções por fungos, bactérias e vírus”, explica a nutricionista.
Segundo Dani, nesse frio com a virada de tempo e sobretudo com a pandemia da Covid-19, é indispensável as pessoas fortalecerem ainda mais a sua imunidade.
“Ao contrário do que muitos pensam, o açaí não é um alimento tão calórico, ele possui apenas 60kcal em cada 100g. Agora, o que faz o alimento ficar calórico são os incrementos, como xarope de Guaraná, leite integral, mel e outros ingredientes açucarados”, conclui.
*Dr. Pedro Schestatsky
Há muito tempo se sabe da influência que os alimentos exercem em nossa imunidade. De fato, as vitaminas e sais minerais encontradas nos mais variados tipos de alimentos são fundamentais para o equilíbrio e manutenção da saúde. Mas você sabe como fortalecer um dos órgãos mais importantes do corpo? O intestino é um dos principais órgãos do corpo humano, sendo responsável tanto pelo bom funcionamento do cérebro (por isso chamado de 2º cérebro), mas também pelas nossas defesas, também chamada de imunidade. Por causa desta última, a saúde intestinal vem se tornando prioridade no combate ao coronavírus. Mas como isso acontece?
Diversos tipos de bactérias vivem naturalmente no nosso organismo desde que nascemos. O saudável desenvolvimento do nosso sistema imunitário depende intimamente da diversidade da microbiota intestinal, antigamente conhecida por flora intestinal. Ou seja, se houver pouca diversidade bacteriana, haverá baixa imunidade e consequentemente mais chance contrairmos doenças em geral, incluindo COVID-19.
Segundo uma recente revisão publicada na Vírus Research, os probióticos (um concentrado de bactérias intestinais) agem diretamente no vírus ligado à infecção respiratória e inibe a ligação desse vírus ao receptor da célula hospedeira. Os lactobacilos, por exemplo, são capazes de bloquear a fixação de partículas virais às células humanas. Na infecção por SARS-CoV-2, as células T auxiliares e os macrófagos (uma célula de defesa do organismo e que atua no sistema imunológico) iniciam a liberação descontrolada de citocinas. Essa tempestade de citocinas leva a uma forte síndrome do desconforto respiratório agudo associada à inflamação. Assim, a suplementação de probióticos se mostra útil promovem ações anti-inflamatórias para redução da carga viral pulmonar.
Um intestino em desequilíbrio, também chamado de “disbiótico” pode criar um ambiente inflamatório que o novo coronavírus pode adorar. A replicação viral no intestino determina um aumento exponencial da carga viral na mucosa digestiva, levando a uma perda da integridade da barreira intestinal e uma forte produção de citocinas pró-inflamatórias. A inflamação pode desencadear uma reação imunológica descontrolada. A ação dos probióticos é tão ampla, que foram usadas cepas de lactobacilos nasais com efeitos imunoestimulante como adjuvantes para a vacinação intranasal contra SARS-CoV-2.
Se o microbioma está por trás da prevenção e do combate de incontáveis doenças, seria imprescindível que os médicos soubessem e orientassem seus pacientes a produzirem seus próprios probióticos caseiros também chamados de fermentados.
Na prática, a produção e consumo de alimentos probióticos são mais simples e baratos do que imaginamos. Vale destacar que qualquer alimento pode ser fermentado, nome que se dá ao processo bioquímico da privação de oxigênio por determinado tempo.
Por isso, ensino o passo a passo de como fazer o probiótico fácil, barato seguro e eficaz na sua própria casa. Trata-se de um potente anti-inflamatório que pode salvar vidas não só evitando o Covid, mas também criando saúde em geral. Aqui, pode-se usar cebolas, repolho, rabanete, cenoura ou o vegetal que preferir.
Passo a passo:
Depois de aberto, o probiótico ou fermentado (são sinônimos) dura 6 meses dentro da geladeira. O difícil é não acabar antes disso, de tão gosto que fica, seja misturado na salada ou mesmo puro. Fermentação é probiótico, e o nome já diz: pró-vida!
Pedro Schestatsky é médico e autor do Best-seller Medicina do Amanhã
Referência
Dhar D, Mohanty A. Gut microbiota and Covid-19- possible link and implications. Virus Res. 2020 Aug;285:198018.