Valor é mais do que o dobro da arrecadação de 2020, de R$ 22,8 milhões
A ação faz parte do Pacto Nacional de Implementação da Política de Direitos da Pessoa Idosa. (Foto: Banco de imagens/Internet)
Os Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa (FDI) receberam mais de R$ 51,5 milhões em doações realizadas durante a declaração do imposto sobre a renda da pessoa física de 2021. O valor é mais que o dobro doado no ano anterior, de R$ 22,8 milhões. Em 2020, essa quantia foi utilizada em ações para a promoção do protagonismo e autonomia dos idosos.
A ação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) faz parte do Pacto Nacional de Implementação da Política de Direitos da Pessoa Idosa, iniciativa em parceria com a Receita Federal para incentivar a criação de conselhos de direitos e fundos municipais, além de promover a capacitação de conselheiros.
Segundo o titular da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI/MMFDH), Antonio Costa, é preciso mais mobilização dos estados e municípios para a ampliação dos fundos regionais. Atualmente, dez estados aderiram ao pacto nacional: Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraíba, Acre, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina, Maranhão, Minas Gerais e Amazonas.
“Esses recursos locados nos municípios e estados permitem desenvolver a política pública sem depender somente da União nos investimentos que os idosos do Brasil precisam ter. Ao levar o Pacto para todo o Brasil, com a criação dos fundos regionais, essa é a política correta para descentralizar as ações da União e empoderar estados e municípios”, analisa Costa.
Doação
Com a publicação da Lei nº. 13.797/2019, desde 2020 o contribuinte pode – no ato de sua Declaração de Ajuste Anual – doar recursos financeiros aos fundos vinculados aos conselhos que tratem exclusivamente da pauta da pessoa idosa, sejam municipais, distrital, estaduais ou nacional.
O fortalecimento da rede local de proteção dos direitos da pessoa idosa é constituído por múltiplos atores, entre eles a Defensoria Pública, o Ministério Público, as Delegacias Especializadas, os Conselhos Estaduais e Municipais de Direitos, as Polícias Civil e Militar, além de órgãos de Assistência Social e Saúde.
Os gestores dos fundos também podem tirar dúvidas pela ferramenta Disque Cadastro. O número para atendimento telefônico é o (61) 2027-3899. Quem preferir e-mail poderá enviar mensagem para o endereço eletrônico cadastrofmi@mdh.gov.br.
Dr. André Gordilho explica que idosos têm mais dificuldade para superar a morte de entes queridos
Muitas famílias enfrentam o luto após a perda de entes queridos. O momento é um período difícil para todos, mas pode ser especialmente duro para idosos. De acordo com o Dr. André Gordilho, psiquiatra, psicogeriatra, mestre em Medicina e Saúde Humana da Holiste Psiquiatria, muitas vezes as pessoas na terceira idade desenvolvem sintomas depressivos que podem se estender pela dificuldade de ressignificar a perda. Neste momento, o apoio e a presença familiar são essenciais para que a dor da perda não coloque em risco a saúde física e emocional do indivíduo.
“O luto é caracterizado por sintomas de adaptação associados à perda de algo ou alguém importante para a pessoa. Na terceira idade, pode ser muito mais complicado redefinir a perda devido a alguns fatores, como a possibilidade de múltiplas perdas reais e simbólicas, muitas vezes de forma concomitante. Além disso, há o enfrentamento da própria finitude”, explica.
O papel da família durante o luto
É comum que as pessoas mais próximas tenham dúvidas sobre como se aproximar de uma pessoa idosa neste momento. Outra questão, é se é melhor estar mais presente – e, talvez, atrapalhar a rotina do idoso – ou se seria mais adequado respeitar o espaço. Segundo o psicogeriatra, o ideal é equilibrar os dois extremos: se aproximar respeitando o espaço e a rotina do outro.
“Os familiares ou pessoas próximas devem se aproximar, mas sem serem invasivos. Respeitar o espaço, mas se mostrar presente e empático, reafirmando que está ali para a pessoa no que ela precisar. Neste período, é necessário que a pessoa enlutada saiba que, apesar da perda, não está sozinha e que há pessoas que se importam e querem estar presentes”, diz.
Sinais de alerta
Não existe um tempo determinado para o luto, cada pessoa vai passar por esta fase dentro dos próprios termos. Contudo, mesmo respeitando os limites e o tempo de cada um, existem sinais de alerta que podem indicar a necessidade de uma intervenção profissional para colaborar com o processo. Atualmente, o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) indica que, se em meio ao luto a pessoa apresente sintomas depressivos, o caso passa a ser tratado como tal.
O psiquiatra André Gordilho indica os 5 sintomas mais frequentes e alarmantes:
A pessoa passa a se isolar
Se descuidar da aparência ou das tarefas diárias
Deixar de fazer as coisas que habitualmente gostava
Deixar de se alimentar
Apresentar perda de peso
“A atenção deve estar voltada ao comportamento ou a mudança de comportamento. No luto, com o tempo, a pessoa vai lidando com a perda e seguindo a vida, o que não quer dizer que esqueceu. Em oposição, nos casos que o luto se arrasta e começa a ter repercussões, como sintomas depressivos que não melhoram, é importante visitar um psiquiatra com familiaridade no tratamento de pessoas na terceira idade”, afirma.
Gordilho complementa que a pessoa que perdeu alguém pode e deve se lembrar, recordar, ver fotografias e vídeos, contanto que a vida não passe a girar em torno da memória e que haja a ressignificação da perda. Assim, o mais importante é estar atento quando há prejuízos à saúde do idoso.
Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, criada há 20 anos pelo médico psiquiatra, Dr. Luiz Fernando Pedroso, sediada em Salvador, Bahia, com atendimento nacional. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), dispondo sempre de estrutura e tecnologia de ponta.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.
Garantir a saúde para idosos é tão importante quanto assegurar essa condição em diversas outras idades.
Visto que a população brasileira está envelhecendo cada vez mais, de acordo com dados do IBGE.
Hoje em dia, o Brasil conta com cerca de 30 milhões de pessoas consideradas idosas, o que diz respeito a 14,3% de toda a população.
A expectativa de vida também aumentou para 75 anos, conforme dados divulgados em 2016. Enquanto em 2000 a expectativa de vida era de 70 anos, esse aumento representa uma grande conquista social para os brasileiros.
Ele simboliza a melhora das condições de vida da população, principalmente por conta do aumento do acesso aos serviços de saúde.
Isso traz mais qualidade de vida para a população, uma vez que as pessoas têm acesso a diagnósticos precoce, tratamentos preventivos e saneamento básico.
Tudo isso eleva o envelhecimento populacional e o percentual de pessoas idosas, assim sendo, é essencial saber como cuidar delas de modo adequado.
Tanto para os idosos ativos quanto para aqueles que precisam de cuidados especiais, precisamos garantir que vivam mais e melhor.
Assim sendo, neste artigo, vamos falar um pouco sobre a importância da atenção à saúde dos idosos, dentre outras informações.
A relevância dos cuidados com a saúde dos idosos
Os idosos são pessoas mais vulneráveis e os cuidados com eles devem ser intensos, pois assim garantimos mais qualidade de vida a esse grupo populacional.
Dentre as situações mais comuns de uma idade avançada estão:
Falta de equilíbrio;
Falta de sensibilidade nas mãos e pés;
Movimentos mais lentos;
Visão e audição menos acuradas.
Por essa razão, essas pessoas costumam precisar mais de aparelho auditivo para surdez profunda, dentre outros cuidados que garantem mais qualidade de vida.
Também é uma forma de evitar que doenças pré-existentes se agrave, além de evitarmos acidentes, quedas e outras situações arriscadas para quem já tem mais idade.
Por isso, agora que já sabe qual é a importância dos cuidados com a terceira idade, no próximo tópico, trazemos algumas informações importantes para quem convive com eles.
Informações indispensáveis sobre a saúde na terceira idade
A saúde do idoso é um tema que está relacionado à melhora da qualidade de vida.
Não basta apenas viver muito, é importante viver bem e aproveitar esse tempo com bem-estar físico e mental.
É natural que os idosos tenham doenças crônicas e genéticas, pois eles também estão mais propensos a elas, além daquelas desencadeadas por seus comportamentos ao longo da vida.
Assim sendo, toda vez que o idoso tiver algum sintoma, é necessário procurar um médico imediatamente.
Mesmo quando não há sintomas, essas pessoas precisam realizar exames de rotina, para prevenir qualquer tipo de incidência.
Tanto em um asilo de idosos quanto em casas de família, se houver qualquer conhecimento de doença específica, o tratamento deve ser seguido à risca, para aumentar as chances de cura ou permitir que a pessoa conviva bem com sua condição.
Para garantir a qualidade de vida da terceira idade, é essencial se atentar a alguns aspectos específicos, como os a seguir.
Alimentação saudável
Tudo o que comemos gera grandes impactos na saúde, principalmente, nas pessoas mais velhas. É por isso que elas precisam de uma alimentação balanceada, rica e saudável.
O idoso deve reduzir o consumo de sódio, açúcar e gorduras ruins. Dentre os alimentos que devem ser evitados estão a carne vermelha, alimentos industrializados, farinhas e doces.
Esses alimentos contribuem para o surgimento ou agravamento de condições como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.
A alimentação do idoso deve ser rica em frutas, verduras e legumes, além de outros componentes ricos em nutrientes, vitaminas e sais minerais.
A saúde e higiene dos dentes também é importante, portanto, deve-se procurar uma clínica especializada em prótese dentária com aparelho, e outras opções de tratamentos disponíveis.
Tudo isso ajuda a prevenir quadros de desnutrição que são bastante comuns nessa época da vida.
Para se ter uma ideia dessa incidência, segundo um levantamento realizado, 54,7% dos idosos que deram entrada em hospitais estavam desnutridos.
Para garantir uma alimentação rica e completa, é essencial o acompanhamento de um nutricionista, que estabeleça uma rotina alimentar rica e de qualidade.
Cuidar da higiene corporal
A higiene corporal é um dos fatores mais importantes para a promoção da dignidade da pessoa idosa.
Por meio dela, essas pessoas têm acesso a conforto e bem-estar, melhora da autoestima e manutenção da saúde.
Depois de uma atividade física, como pilates para coluna, bem como no dia a dia, o idoso precisa de banhos diários no chuveiro, cama ou banheira.
Se a pessoa for debilitada, é necessário a utilização de uma cadeira de banho, para garantir a sua segurança.
Por meio dela, o idoso tem acesso ao bem-estar, conforto e mais autonomia para cuidar de sua higiene corporal.
Lembre-se de que o momento do banho pode ser delicado para alguns idosos que dependem de ajuda para a sua higiene diária.
O cuidador deve respeitar os limites impostos pelo idoso, para que o momento do banho seja mais tranquilo estabeleça uma relação de confiança entre ambos.
Atividades físicas
Um dos maiores vilões para a saúde em qualquer idade é o sedentarismo, mas para os idosos ele é ainda pior.
Uma pessoa sedentária tem mais chances de desenvolver doenças crônicas e pode prejudicar severamente a sua mobilidade.
Dentre as atividades físicas mais adequadas para os idosos estão a caminhada, hidroginástica e musculação.
Juntamente com uma dieta, uma alimentação rica em nutrientes com pacote de cereais, ajudam a controlar o peso e são uma maneira que as pessoas da terceira idade têm para socializar.
Entretanto, é fundamental que o idoso conte com a supervisão e o acompanhamento de um profissional durante suas atividades físicas.
Cuidar da pele
A pele dos idosos é mais ressecada do que a pele de uma pessoa jovem, por isso, requer cuidados especiais.
É importante hidratar de maneira apropriada, para que a pele não fique fragilizada e menos maleável. Quando ela está muito ressecada, as probabilidades de feridas são maiores.
Isso também requer cuidados com a roupa de cama, com as roupas que o idoso veste e com os seus calçados.
Os ferimentos na pele dos idosos podem se transformar em situações sérias de saúde, principalmente para os portadores de comorbidades vasculares ou diabetes.
As vestimentas devem ser confortáveis, preferencialmente, feitas com tecidos naturais e que não causem fricções contínuas.
Cultivar hábitos saudáveis
As pessoas jovens procuram por tratamentos variados com uma massagem modeladora na barriga. Trata-se de um hábito saudável e que ajuda a manter a boa forma física.
No caso dos idosos, existem outras práticas que podem ser adotadas, entretanto, o primordial é que eles evitem hábitos ruins, como tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas.
É importante que eles tomem sol diariamente para metabolizar a vitamina D, mas sempre utilizando protetor solar.
Dormir bem
É comum que na terceira idade as pessoas sejam muito sonolentas ou sofram com problemas de insônia.
Também é comum que essas pessoas não sintam que o sono foi restaurador, o que as deixam mais indispostas durante o dia.
Para resolver esse problema, é importante proporcionar momentos de relaxamento, pelo menos 1 hora antes do sono.
Desligue equipamentos eletrônicos, diminua a intensidade da luz e proporcione momentos mais relaxantes.
Isso é ainda mais importante naqueles dias em que o idoso vai a uma consulta para fisioterapia para escoliose, visto que ele pode se sentir mais cansado.
Algumas sensações podem causar dificuldades para dormir, como sensação de sufocamento, respiração pesada ou ronco excessivo.
Nesses casos, é importante investigar se há a incidência de apneia do sono.
Em caso de suspeita de apneia, alguns exames são solicitados, para que o tratamento possa ser iniciado o quanto antes.
Saúde mental e psicológica
Cuidar da saúde física é importante, mas também é essencial cuidar da saúde mental.
Algumas atividades são benéficas na terceira idade, como jogo da memória, que fortalece as ligações neurais e previne a degeneração.
Casos de depressão e ansiedade precisam ser tratados para garantir a saúde emocional e mental do idoso.
É primordial evitar situações de estresse, pois, de acordo com uma pesquisa, 71% dos idosos se consideram pessoas estressadas, dentre eles, 39% são homens.
Envelhecer é um processo natural e quem não chega até ele, não teve a oportunidade de aproveitar a melhor idade.
Portanto, com alguns cuidados básicos, é possível garantir a saúde e o bem-estar das pessoas mais velhas.
Elas poderão interagir melhor com a família e a sociedade, garantindo que vivam mais tempo e aproveitem bem a sua existência.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Todos sabem que atividade física regular é fundamental para manutenção da saúde física e mental em qualquer idade. Com os avanços da medicina houve uma melhora na expectativa de vida mundial, daí a importância dos cuidados com a saúde, incluindo a prática esportiva, para uma maior sobrevida com qualidade.Em 2025 seremos, no Brasil, a sexta maior população de idosos do mundo.
O que define um idoso? Antes de abordarmos os benefícios do esporte, é importante entender o conceito de idade e definir quem é idoso.Embora varie um pouco em razão dos diferentes cenários de desenvolvimento e longevidade dos países em todo o mundo, aOMS (Organização Mundial da Saúde) definecomo idoso, em geral, pessoas com mais de 60 anos, sendo que o idoso jovem está entre 60 e 70 anos, idoso médio de 70 a 75 e muito idoso acima de 80 anos. Felizmente, essa classificação cronológica não é utilizada nos meios médicos, servindo apenas para definir privilégios na fila do banco no Brasil.
Quando se fala em saúde, o que importa é a classificação biológica, que é individual e depende da genética e da saúde atual, ou seja, duas pessoas com a mesma idade cronológica têm idades biológicas diferentes. Enquanto o idoso jovem vive de forma independente, sem restrição a atividades físicas, e o idoso médio tem alguma incapacidade física e precisa de um pouco de assistência para atividades diárias, o muito idoso, em geral, é um ser humano mais dependente deassistência para coisas do dia a dia, quando não totalmente dependente. Importante ressaltar que, em todos os casos, para idosos ou não, as doenças crônicas são levadas em consideração para definir uma avaliação e indicar atividades físicas para a manutenção da saúde global do indivíduo.
Quando começamos a envelhecer? A partir dos 30 anos iniciamos o processo que chamamos de catabolismo, que é quando iniciamosa perda de massa óssea e muscular, a perda de força física e começamos a ganhar um percentual de gordura corporal. A partir daí, o ser humano médio perde 5% da capacidade físicaa cada 10 anos. Com o avanço da idade aparecem alterações hormonais, circulatórias, osteoartrose (desgaste das articulações) e diminuição de reflexo, equilíbrio e coordenação motora. A lista é grande…
Como reduzir o ritmo desse processo tão natural quanto assustador? Se pensarmos que nosso osso é um banco que armazena massa óssea, fica fácil entender que esse processo acumulativo se inicia na infância. Quanto mais pouparmos os ossos com boa alimentação e exercícios regulares, mais estoque de massa óssea teremos no decorrer da vida. Isso vale para ossos, músculos e até para o sistema nervoso. Treinar o cérebro faz parte da brincadeira de estimular a longevidade saudável.
Aqui já posso olhar para o principal ponto do meu artigo: o esporte na terceira idade. O idoso que pratica exercícios regularmente só tem benefícios, como o ganho consistente de massa óssea e muscular, melhora da capacidade cardiopulmonar e neuromuscular, maior equilíbrio e flexibilidade. Além disso, praticar esportes facilita o controle da hipertensão, diabetes e obesidade, sem mencionar os ganhos mentais relativos à melhora da autoestima e à socialização, afinal, nada melhor do que compartilhar o prazer do exercício de uma caminhada com um amigo ou com o companheiro de anos de estrada.
De acordo com o Dr. Kenneth Cooper (90 anos de idade, aquele mesmo do teste de corrida de 12 minutos e preparador da seleção de 1970), o importante para uma vida saudável na terceira idade é melhorar o funcionamento do coração e ganhar força, equilíbrio, flexibilidade, velocidade e autoestima. Sem práticas regulares de exercícios físicos, as pessoas se tornam mais lentas no dia a dia, ficando mais “duras”, com dificuldade para entrar e sair do carro, com menos equilíbrio, experimentando até quedas inesperadas – sendo que as quedas, na terceira idade, são bem mais perigosas e com consequências mais sérias do que quando estamos na faixa dos 30. Treinamento adequado e exercícios regulares podem mudar tudo isso, e para melhor.
E aí há que se pensarna escolha: qual o melhor esporte para mim? Depende do seu objetivo e necessidade. De maneira geral,exercícios aeróbicos como a caminhada promovem benefícios relacionados à melhora das funções do coração, pulmão e outros sistemas metabólicos. Para ganhar força, resistência, equilíbrio e velocidade, o ideal é apostar – com acompanhamento de instrutor profissional – em exercícios anaeróbicos como academia e ginástica localizada, que também podem ser associados a hidroginástica se o idoso for fã de passar algum tempo na academia. O importante, independentemente do objetivo e necessidade, é que o treinamento seja prazeroso e, se possível, realizado com um grupo de amigos.
Escolhida a modalidade, é preciso definira intensidade e frequência ideais, e essa é uma decisão que não deve ser só sua, mas tomada em parceria com profissionais da saúde: médicos, preparador físico, fisioterapeuta, nutricionista, e isso após rigorosa avaliação. Nunca desrespeite o treino elaborado, principalmente se a opção for qualquer tipo de esporte competitivo.
O que pode acontecer se não houver uma avaliação prévia ou se você não seguir o treino estipulado? Há possibilidades sérias de mal súbito no coração, danos graves e irreversíveis nas articulações, lesões de tendões e músculos, além de outros descontroles metabólicos que impactam diretamente em sua qualidade de vida. Partindo do princípio de que sempre é necessário avaliar suas condições físicas antes de qualquer exercício, incluindo seu coração, pulmão, pressão, articulações, postura e condicionamento físico, a adesão a um esporte ou outra atividade física tende a sempre fazer bem.
Por fim, se observe, esteja atento a qualquer sensação diferente, aprenda a entender seu corpo. Respeite a dor, o cansaço e o mal–estar e jamais ignore esses sinais. Se doeu o joelho, mude de exercício, trabalhe o braço. Está se sentindo mal, suando muito, com o coração acelerado, pare imediatamente o treino e peça ajuda, reveja o treinamento, reavalie suas condições. Viver uma vida ativa e com as limitações da idade controladas é essencial para que se alcance boa saúde e qualidade de vida na terceira idade.
* Fábio AnauateNicolao é Médico do Esporte, Mestre e Doutor em Ortopedia e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa
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A estimulação cognitiva é um importante tratamento contra a perda de memória, autonomia e qualidade de vida de idosos
A população brasileira está em trajetória de envelhecimento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que até 2060, 1 a cada 4 brasileiros será idoso – ou seja, 25,5% da população. De acordo com a pesquisa, a parcela de pessoas com mais de 65 anos alcançará 15% da população já em 2034, ultrapassando a barreira de 20% em 2046. Para um envelhecimento saudável, além dos exercícios físicos, é necessário estabelecer uma rotina de exercícios para o cérebro.
“Assim como o corpo, o cérebro também tem seu envelhecimento natural, sem necessariamente implicar patologia ou doença. Com a idade, o sistema nervoso apresenta alterações como dificuldades de aprendizagens e esquecimento, mas a capacidade intelectual pode ser mantida sem dano cerebral até idades mais avançadas”, explica a terapeuta ocupacional, Coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Clínica Holiste, Michelle Campos.
A especialista separou uma lista de atividades que funcionam como exercícios cognitivos, ainda mais nesse momento de isolamento social. Todas as atividades propostas devem levar em consideração as condições físicas, psicológicas e sociais do indivíduo.
Jogos – Oferecer estímulos cognitivos através de jogos como quebra-cabeça, baralho, dominó, caça-palavras, sudoko, são boas opções de passatempo e de estimulação cognitiva.
Leitura e Escrita – Se possível e se for do agrado do idoso, atividades de leitura e escrita estimulam o cérebro, a memória e funções motoras importantes. Nesse sentido, é possível incluir o aprendizado de um novo idioma, um novo curso ou mesmo a troca de mensagens pelo celular com a família e amigos.
Artesanato – Quem diria que o hábito do tricô, crochê, marcenaria, costura, entre outras atividades artesanais seria um grande aliado para uma vida saudável. A estimulação visual, de memória e tátil proposta pelo artesanato pode ajudar a manter a capacidade intelectual ativa por muito mais tempo.
Atividades Físicas – Com autorização médica, atividades físicas também devem ser estimuladas. Desde uma caminhada, a esportes ou mesmo a dança, são importantes aliados do corpo e da mente. Além disso, após a pandemia, é recomendável estimular atividades externas e sociais, como ir ao supermercado, salão de beleza, shopping, cinema, teatro.
A profissional complementa que as funções cognitivas são responsáveis por receber, armazenar e processar as informações. Essas capacidades – atenção, percepção, memória, funções executivas, orientação e juízo – conferem ao idoso a capacidade de gerir a própria vida e, por isso mesmo, são essenciais para uma velhice saudável e ativa.
Quando o esquecimento é preocupante?
Com a idade, alguns idosos desenvolvem doenças neurodegenerativas ou transtornos psiquiátricos leves, moderados e graves. Nesses casos, o cuidado familiar precisa contar com o auxílio profissional de saúde mental para garantir a qualidade de vida. É importante estar atento a alguns sinais que podem indicar diagnósticos mais complexos:
Perda de memória – Esquecimento de palavras, nomes, locais que deixou determinados objetos como chave, carteira, esquecimento de eventos e situações importantes da vida a curto prazo ou a longo prazo.
Mudança de humor – Mudança ou oscilação de comportamento (agitado, agressivo, hostil, desinibido, lentificado, pouco comunicativo).
Desorientação – A desorientação no tempo e espaço é um sinal importante: não saber o dia, a hora ou local que se encontra, assim como a cidade/estado atual.
Rotina – Problemas ao fazer tarefas diárias habituais, por exemplo, esquecer como fazer uma receita que já é de costume, não conseguir pagar uma conta, ou até mesmo esquecer como dirigir. Atividades rotineiras que se tornam um desafio.
Quando diagnosticado que há comprometimento das funções neurológicas, ainda é possível alcançar uma melhor qualidade de vida através de exercícios direcionados por profissionais de saúde mental. Nesses casos, a Holiste Psiquiatria desenvolve um Programa de Estimulação Cognitiva para idosos que aplica exercícios de acordo com os domínios cognitivos que, após testes científicos e entrevistas, são identificados pela equipe médica como mais vulneráveis.
De acordo com a Coordenadora do Núcleo da Terceira Idade da Clínica Holiste, assim como os exercícios físicos, o programa monta uma rotina de exercícios personalizada com estratégias orientadas por metas e objetivos a serem alcançados. As sessões acontecem com uma frequência de duas, três ou quatro vezes por semana em dias alternados, com duração média de uma hora. A boa notícia é que agora o serviço está disponível online para todo Brasil com atendimento individual.
“Todos os atendimentos eram presenciais, mas devido à pandemia surgiu a necessidade de iniciar os atendimentos via Telemedicina. Para isso, a equipe criou três cadernos de atividades, cada um com mais de 100 atividades de estimulação cognitiva, que são enviados aos pacientes e acompanhados pela equipe médica. Realizamos as atividades online, indicando ao paciente o caderno e a página que será utilizada naquele dia”, detalha a terapeuta ocupacional, Michelle Campos.
Para mais informações sobre problemas psiquiátricos em idosos ou sobre o Programa de Estimulação Cognitiva da Holiste, acesse: https://holiste.com.br/
Sobre a Holiste
A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, que atua há 20 anos no mercado baiano. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos), ambas unidades localizadas no bairro da Pituba.
A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.
Nos últimos anos houve um aumento na expectativa de vida dos brasileiros, onde o número de pessoas com 65 anos ou mais apresentou o crescimento de 26% entre 2012 e 2018, segundo a pesquisa “Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2018”. Isso resultou no aumento da demanda para trabalhar como cuidador de idosos.
Considerando que os idosos são, por natureza, mais frágeis, é necessário que haja maior atenção com eles. Assim, o cuidador de idosos se torna um profissional de grande importância para as famílias que vivem um ritmo de vida mais acelerado.
O cuidador de idosos é o profissional responsável pelas atividades diárias a fim de proporcionar maior bem-estar ao paciente. É ele quem irá garantir a higiene, realizar atividades domésticas, controlar os medicamentos e, dependendo do combinado, pode até mesmo acompanhar o idoso em outras atividades, seja por lazer ou necessidade.
Confira a seguir algumas dicas para escolher o melhor cuidador de idosos.
Como escolher um cuidador de idosos
É necessário tomar alguns cuidados antes de contratar um profissional, como analisar o perfil do candidato, suas experiências práticas e seus conhecimentos teóricos. O profissional, inclusive, deve apresentar três principais características: paciência, empatia e autocontrole.
O primeiro passo para encontrar o cuidador de idosos ideal, é pedir sugestões para familiares e amigos, mas você também pode procurar por agências especializadas nesse serviço.
Avalie o conhecimento técnico
Antes de conhecer um possível candidato, procure saber se ele possui algum conhecimento técnico, pois a formação é um dos pontos indispensáveis ao escolher um cuidador de idosos. Além disso, o profissional deve ter a idade mínima de 18 anos, ensino fundamental completo e um curso de qualificação na área.
Atualmente existem diversos cursos livres para se tornar um cuidador de idosos. As grades em geral têm o objetivo de desenvolver competências físicas, mentais e ainda preparar o profissional para lidar com pessoas idosas independentes ou dependentes.
Vale ressaltar que a formação em outros cursos, como enfermagem, é um excelente diferencial para o candidato.
Realize uma entrevista
Depois de ter selecionado alguns candidatos para atuar como cuidador de idosos, é fundamental entrevistar cada um deles antes de tomar alguma decisão. Para facilitar o processo, prepare uma lista de perguntas que permitam que você analise se o profissional atende ou não suas necessidades.
Não esqueça de perguntar dados básicos, pretensão salarial e a disponibilidade do profissional. Também é importante pedir nomes, telefones e eventuais cartas de referência de antigos empregadores.
Investigue antes de contratar um cuidador
Infelizmente, de 2017 para 2018 houve um aumento de 13% no número de denúncias de violência contra idosos, por isso toda atenção ainda é pouca e para garantir que o profissional não seja uma ameaça, pode ser uma boa opção contratar um detetive particular.
Um detetive particular é capacitado para realizar uma investigação completa, incluindo buscas em órgãos oficiais, internet, redes sociais e bancos de dados. Suas técnicas investigativas são fundamentais e assertivas para a descoberta de algumas informações. Com isso, ao final da investigação você e toda a família estará pronta para tomar uma decisão.
Mas, você ainda pode contratar um detetive particular para realizar o monitoramento do profissional que trabalhará como cuidador de idosos, assim tendo certeza de que a pessoa que você ama estará em boas mãos.
Atividade física frequente na terceira idade previne doenças no coração, nas articulações e até melhora o humor
O grupo da terceira idade com certeza foi um dos mais afetados durante este período de isolamento social que estamos passando. Além das dificuldades de se encontrar com família e amigos, muitos idosos que tinham o hábito de se exercitar em academias, ou até mesmo com caminhadas ao ar livre, já não tem essa opção.
“O exercício físico é essencial para pessoas de todas as idades, mas é ainda mais importante para quem já está na terceira idade,” esclarece Marcella Santos, especialista em gerontologia e enfermeira chefe do Grupo DG Sênior. “A movimentação do corpo de forma frequente ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, doenças ósseas e articulares, além de aliviar dores e melhorar muito o humor”.
Marcella defende que, neste momento de estagnação, é ainda mais importante incentivar a atividade física e buscar exercícios que possam ser praticados longe de ambientes cheios. E, no momento, as melhores alternativas são as ‘caseiras’.
“Para praticar exercícios em casa”, explica a especialista, “é necessário primeiro ter certeza de que você tem condições físicas adequadas para a prática e manter em mente que muitos exercícios não são possíveis para todos. Caso haja dúvidas, basta conversar com seu médico.” Ela ainda destaca que deve ser realizada uma boa refeição antes das atividades, e beber bastante água enquanto se exercita.
Confira algumas dicas da especialista para preservar a saúde física dentro de casa.
Marcha estacionária
A indicação para este grupo de idade é não sair de casa, portanto fazer uma ‘caminhada parada’ é uma ótima alternativa ao invés de caminhar na rua. Basta realizar um movimento que imita o andar, trazendo os joelhos até a altura da cintura, ou até onde conseguir, alternadamente, mantendo a postura ereta. Pode ser realizado de uma vez durante 30 minutos, ao longo do dia, separado em seções de 5 minutos a cada duas horas deitado ou sentado.
Sentar e levantar
É muito importante trabalhar os músculos usados na hora de se sentar e se levantar, uma grande dificuldade para idosos. Sente-se em uma cadeira sem braços e tente levantar-se sem apoio, o que vai trabalhar os músculos da coxa. O ideal é realizar 3 séries de 15 repetições, com intervalos de 5 minutos. Se você sentir muita dificuldade pode começar com menos repetições e ir progredindo até o número indicado.
Sentar e estender os joelhos
Ainda com a cadeira sem braços, pode-se também trabalhar os joelhos, levantando as duas pernas do chão esticando-as para frente e depois de volta ao chão. É uma ótima alternativa para quem encontra muita dificuldade no exercício de sentar e levantar. O ideal também são 3 séries de 15 repetições, mas lembre-se de criar intervalos entre elas.
Levantar peso
Para manter a tonificação dos braços pode se realizar um levantamento de pesos leves, como de 500g ou 1Kg. Caso você não tenha pesinhos próprios em casa, produtos que tenham o peso equivalente também servem. Esse exercício deve ser realizado com a pessoa sentada, com os pés no chão. Então basta esticar os braços ao lado do corpo, segurando os pesos, e levantá-los até a altura dos ombros. Neste caso, 2 séries de 10 repetições são melhores para começar, já que é uma atividade um pouco mais pesada.
Aperte e solte
Muitos idosos sofrem com a falta de fraqueza e falta de firmeza nas mãos. Para fortalecer esses músculos e as articulações dos dedos, é necessário fazer um exercício de apertar e soltar. Existem muitas bolinhas próprias para isso à venda, porém também pode ser realizado com uma bola de tênis ou até com algumas meias dobradas uma dentro da outra. Neste caso não há um limite de repetições, mas recomendo deixar a bolinha escolhida próxima a você durante o dia, e assim você pode apertá-la enquanto assiste à televisão, por exemplo.
O suicídio é uma tragédia que abala e afeta a família inteira com efeitos deletérios e duradouros. Sua causa é multifatorial, mas sabe-se que possui uma intensa relação com transtornos mentais, financeiros, dependências químicas, violência doméstica, discriminação e demais situações estressantes. A subnotificação do comportamento do suicida passa dos 50% dos casos, o que torna o processo de causa morte ainda difícil de se avaliar, conforme descrito pela Fundação Oswaldo Cruz.
Por se tratar de um assunto delicado, que chega a ser quase um tabu, as famílias não conversam sobre essa temática, fazendo com que a busca por ajuda se torne mais difícil para quem necessita, dificultando a percepção dos familiares aos indícios de um possível suicida. Para ampliar a percepção da sociedade e fazer com que o assunto se incorpore aos diálogos em família, o Ministério da Saúde criou a campanha Setembro Amarelo, já que no mesmo mês acontece o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/09). A campanha vem despertando e ampliando o interesse da sociedade em discutir o assunto e avaliar as possíveis situações de risco.
Entretanto, os últimos acontecimentos (relacionados a pandemia) vêm provocando um aumento do risco dessa causa de mortalidade. Os números de suicídios ultrapassam 800 mil casos anuais no âmbito mundial e 12 mil no Brasil, o que configura um importante problema de saúde pública, visto que é a segunda maior causa de mortes entre os jovens, e aqui destaca-se ainda que para cada ato efetivado existem muitos outros que tentaram, mas não conseguiram. Esse dado é ainda mais relevante quando o público analisado está na faixa etária acima dos 60 anos, pois existe relação entre tentativa e efetividade que é ainda mais próxima.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que há uma estreita relação entre situações pandêmicas e o aumento no número de suicídios entre idosos, como ocorreu com a pandemia de Influenza, no início do século XX e a de 2003, ocasionada pelo SARS. Isso pode ser reflexo das medidas protetivas nessas situações, como o isolamento social; sentimento de perda advindo com o óbito de familiares e amigos; aumento de violência doméstica; e aumento da ansiedade e sentimento de angústia (Hartmann, 2020).
Decorrente desse alerta há que se ampliar a atenção aos idosos e ficar atento aos sinais que precedem o ato, tais como: apresentar sentimento de peso para a família, de culpa ou vergonha de forma inadequada, tristeza, desesperança, ansiedade, agitação e raiva, fazer a distribuição de bens, despedir-se, comer ou dormir pouco e ter atitudes arriscadas.
A prevenção é a forma mais eficaz de evitar que uma tragédia acometa uma família. Caso identifique um caso em seu seio familiar aja com paciência e busque acolher quem necessita de ajuda, não desmereça os medos e anseios do outro e nem mesmo repreenda. Busque ajuda profissional, por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou instrua o familiar a entrar em contato por meio do telefone 181, do Centro de Valorização da Vida (CVV). O fator mais importante é que haja um diálogo, pois, o silêncio contribui para o agravamento do caso e também o crescimento do número de ocorrências.
Autores:
Cristiano Caveião é professor e coordenador do Curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.
Izabelle Rodrigues é professora e tutora do Curso de Tecnologia em Gestão em Vigilância em Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.
Em decorrência da escassez de tempo e ausência de familiares devido à saída para a jornada laboral, acometimento por patologias associadas ao envelhecimento que causam dependência e dificuldades financeiras são alguns dos motivos que levam os idosos à institucionalização.
Esses fatores, unidos às necessidades regionais, fizeram com que inúmeras instituições destinadas a cuidar de idosos fossem fundadas em nosso país (Calve, 2016).
A Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), denominação sugerida pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e implantada pela legislação vigente da RDC no. 283 de 26 de setembro de 2005, tem por objetivo o acolhimento de idosos com idade igual ou superior a 60 anos de idade, e podem ser de caráter governamental e não governamental.
Segundo o Estatuto do Idosos, tal instituição tem a obrigatoriedade de manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades dos idosos, tais como alimentação regular, padrões de higiene e conforto, proporcionar cuidados à saúde e promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer.
O atendimento ao idosos na ILPI deve ser multiprofissional, oferecendo assistência social, psicológica, médica, de fisioterapia, de terapia ocupacional, de enfermagem, de odontologia, educação física e outras atividades específicas para esse público (Christophe; Camarano, 2010).
Idosos que residem em ILPIs, em sua maioria, são mais dependentes e sofrem maior impacto das características do envelhecimento e do próprio processo de institucionalização, reduzindo a mobilidade e motivação de viver. Assim, para minimizar os impactos do processo de institucionalização, se faz necessária a intervenção, com aplicação de atividade física regular, atividades de socialização, recreativas e de lazer.
O lazer e as atividades recreativas são, além de direito constitucional, consideradas como necessidades humanas básicas. Para Moura, Souza (2013), prática do lazer inclui, entre outras funções, a oportunidade de usufruir de inúmeras manifestações culturais, como esportes, jogos, brincadeiras, atividades artísticas, festas, eventos comemorativos, passeios e viagens.
Com a chegada da pandemia e, consequentemente, distanciamento social, as atividades de visitas, de recreação e de lazer foram reduzidas, no intuito de evitar contaminação das instituições e contágio dos residentes, uma vez que são extremamente vulneráveis ao vírus.
Para que os idosos não ficassem ainda mais isolados da sociedade e pudessem vir a serem acometidos por crises depressivas, muitas instituições tomaram como alternativa o uso de tecnologia da informação para entretenimento, atividades recreativas e de lazer, o que inclui visitas virtuais, com o intuito de alegrar seus dias solitários.
Além dos aplicativos e redes sociais convencionais, outra atividade que poderia ser uma boa iniciativa nas ILPIs brasileiras neste momento que estamos atravessando é a sugestão de Guerreiro (2020), que iguais aos condomínio para idosos em Portugal, implantar robôs sociais que possuem um simulador de diálogo e conseguem, mediante a inteligência artificial (IA), detectar emoções e interagir com os idosos da comunidade.
A tecnologia da informação, principalmente o computador, tablet e celular, incluindo seus aplicativos e softwares para ampliar a comunicação com amigos e familiares, vem sendo grande aliada no combate à solidão de idosos institucionalizados, ofertando-os, de maneira virtual, uma vida social mais ativa, saudável e feliz.
Autora: Tatiane Calve é doutora em Ciências da saúde e professora da área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica como “idosos” os indivíduos maiores de 60 anos nos países em desenvolvimento e acima de 65 anos nos países desenvolvidos. O envelhecimento é um processo inevitável e, com ele, surgem especificidades que devem ser consideradas para uma melhora na qualidade de vida, tanto física quanto mental.
Fazer uma atividade prazerosa que traga resultados benéficos aos indivíduos dessa faixa etária pode aumentar a longevidade e fazer com que os nossos “velhinhos” sejam muito mais felizes. Vale salientar que a segurança de estar em condições para realizar atividades físicas é primordial, e para tal um médico deve ser consultado. Após a liberação médica, é recomendado que um profissional de Educação Física acompanhe todo o processo.
Para evitar que problemas físicos e mentais comprometam a qualidade de vida, é importante a prática de atividade física durante todas as etapas da vida. Isso permitirá que a fase idosa seja repleta de oportunidades e possibilidades para ter uma vivência mais leve, agradável e proveitosa.
No campo fisiológico, essa idade sofre com as perdas de algumas funcionalidades, tais como a capacidade ventilatória e a força muscular. Esses fatores impactam diretamente na qualidade de vida, tornando esses indivíduos mais sujeitos ao aparecimento de morbidades.
Outro campo importante a ser considerado é o psicológico, pois os idosos tendem a ser mais carentes, visto que, de maneira geral, são aposentados e essa “desocupação” pode impactar em um desequilíbrio emocional, levando o o idoso a desenvolver sintomas que culminar em um caso de depressão, por exemplo.
Com a cabeça ocupada, seja em pequenas tarefas domésticas, fazendo caminhadas ou desempenhando algumas habilidades através de produção de artesanato, os idosos tendem a retardar a inatividade, pois os campos mental e físico são igualmente importantes nesse fenômeno.
Ao profissional de Educação Física cabe a tarefa de incentivar essas práticas para manter o grupo animado e ativo. À família recai a responsabilidade de dar todo o suporte emocional e financeiro, possibilitando a vivência de experiências ricas em alegria e satisfação. Isso requer tempo, paciência, amor e muita dedicação, pois nunca é tarde para retribuir todo o bem e possibilidades que eles nos proporcionaram.
Autor: Carlos Alberto Holdefer é professor dos cursos de bacharelado e licenciatura em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.
No período mais quente do ano, as pessoas gostam de se divertir, as praias ficam lotadas, as temperaturas elevadas chamam a atenção em várias cidades brasileiras, mas será que essa é uma época somente de diversão? Não. Existem alguns cuidados que precisam ser tomados, principalmente quando estamos falando da população idosa.
Em razão da maior fragilidade física, os idosos requerem cuidados específicos para evitar problemas e manterem uma boa saúde durante a estação. As elevadas temperaturas podem provocar problemas como a desidratação, hipotensão (quedas de pressão), hipertermia (aumento da temperatura corporal), devido ao calor excessivo. Além disso, indisposição alimentar e problemas respiratórios. Com o avançar da idade, os mecanismos de controle naturais se tornam menos eficientes, assim como os sistemas corporais começam a declinar, o que resulta em uma menor capacidade de adaptação a ambientes extremos.
A desidratação ocorre quando a eliminação de água é maior que a quantidade ingerida e se caracteriza pela baixa concentração de água e sais minerais impedindo o organismo de realizar funções que são vitais. Ela também é um dos males que mais aflige a população idosa no Verão, e vai desde casos leves aos severos, que incluem a perda de consciência, podendo até mesmo levar a morte do indivíduo.
É comum os idosos apresentarem queixa de quedas bruscas de pressão ou sintomas de infecções respiratórias, em especial por oscilações de temperatura, quando transitam de um ambiente aberto para outro refrigerado. Vale lembrar também, que os filtros de ar condicionado necessitam ser trocados periodicamente e higienizados com frequência.
Nos ambientes, as janelas devem ficar abertas para que haja circulação do ar. Outro fator muito importante é a ingestão de água, mesmo sem sede, já que os idosos também sofrem alterações dos mecanismos de regulação da sede, e beber água com frequência permitirá que o organismo funcione melhor. Sucos e vitaminas também podem complementar essa ingestão de líquidos.
A alimentação deve ser balanceada e excessos devem ser evitados, para que a digestão seja facilitada. Uma atenção maior deve ser dada ao vestuário, preferindo roupas mais leves. O protetor solar é outro aliado para evitar problemas na pele do idoso que é mais fina e delicada. O uso de qualquer medicamento para problemas apresentados nessa época do ano também requer que esteja sob prescrição médica, é importante evitar a automedicação.
Tomando todos esses cuidados, aliados as recomendações de isolamento e precaução respiratória nesse momento de pandemia, essa poderá ser uma época de diversão e alegrias e, principalmente de saúde.
Autores:
Cristiano Caveião é professor e coordenador do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.
Fabiana da Silva Prestes é professora do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.
Especialista em gerontologia indica 8 dicas para evitar acidentes
Quando o assunto é idoso em casa, todo cuidado é pouco. Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) assustam: em todo o mundo as quedas são a segunda principal causa de mortes acidentais. No Brasil, são a terceira causa de mortalidade em pessoas com mais de 65 anos. Estima-se que 30% das pessoas com mais de 65 anos caem pelo menos 1 vez ao ano. Mas como prevenir, já que a capacidade de cair e levantar muda conforme envelhecemos?
Segundo Marcella dos Santos, especialista em gerontologia e enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, o trauma gerado por esse tipo de acidente, que na maioria das vezes acontece no ambiente doméstico, pode muitas vezes ser irreversível. “A grande maioria dos idosos quando cai acaba fraturando o fêmur, o punho, o quadril ou a coluna. Dependendo da gravidade do acidente muitos acabam não conseguindo recuperar totalmente sua capacidade funcional”, alerta.
A baixa visão, fraqueza muscular, alterações do equilíbrio e redução de reflexos estão entre os principais causadores dos tombos na terceira idade, por isso a especialista dá 8 dicas de cuidados e adaptações para proteger os idosos em casa. Confira:
Elimine Obstáculos: fios espalhados, tapetes soltos e outros objetos devem ser tirados do caminho de idosos.
Instalação de Suportes: corrimão e barra de segurança ajudam no dia a dia oferecendo apoio. No banheiro, considere utilizar assento removível no vaso sanitário para adequar à altura do idoso. Se possível opte por pisos antiderrapantes.
Nunca usar apenas meias nos pés: opte por sapatos com solas antiderrapantes, substitua os chinelos folgados e nunca deixe o idoso apenas de meia.
Piso: evite andar em espaços com piso molhado. É importante também evitar encerar o chão da casa para não facilitar o risco de quedas.
Móveis: cuidado com móveis espalhados pela casa. Se possível evite ter mesa de centro na sala ou outros objetos que impeçam uma passagem tranquila de cômodo para cômodo.
Iluminação: ambientes bem iluminados, com interruptores de fácil acesso para o trajeto entre os cômodos é fundamental.
Exercícios Físicos: a prática de exercícios físicos no dia a dia ajuda a melhorar as funções musculares. Treinamento de equilíbrio também é importante, como por exemplo, o Tai Chi Chuan.
Uso de bengala e andador: avalie com um especialista a necessidade do uso de bengalas ou outros instrumentos de apoio, já que a fraqueza nos membros inferiores facilita a ocorrência de tombos.
O termo alienação parental geralmente é relacionado aos filhos, normalmente crianças ou adolescentes, em que um dos pais, após a separação, causa um afastamento intencional do filho com o ex-parceiro. Mas a alienação parental também acontece com os idosos. Isso ocorre quando existe uma disputa pela herança.
Muitas vezes o idoso não percebe que está sofrendo alienação ou ele pode estar em uma situação em que é considerado incapaz. Normalmente, o alienador é alguém próximo e que o idoso confia, normalmente um filho, que acaba isolando o idoso do convívio com outros parentes. Ao sofrer alienação, ele demonstra desinteresse pela vida. Isso afeta a qualidade de vida, pois ele perde o interesse por diversão, alimentação e deixa de ter uma vida prazerosa.
Com esse desinteresse, podem surgir doenças emocionais como solidão, depressão, ansiedade entre outras. Ele acaba nutrindo um sentimento de abandono. E a solidão é um dos ingredientes da depressão e traz, inclusive, dor física.
O tratamento dessa alienação é a busca da ajuda psicológica, psiquiátrica, nutricionista, terapeuta ocupacional, ou seja, um tratamento interdisciplinar. Os profissionais devem trabalhar em conjunto para tratar as doenças emocionais que esse indivíduo pode estar sofrendo. É indicado que ele faça sessões de terapia e uso de medicamentos adequados e prescritos por um psiquiatra.
Ressalto que o Estatuto do Idoso visa, em primeiro lugar, regular os direitos assegurados de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. As pessoas não devem se omitir ao ver que um idoso está sofrendo. Os familiares deveriam tratar seus idosos com respeito e dignidade, pois eles trabalharam a vida inteira em prol de uma vida melhor para os filhos, e quando chegam à velhice, muitos se encontram solitários e desamparados.
(*) Sandra Morais é Psicóloga (CRP: 5/52586) e Neuropsicóloga, com especialização em Avaliação Neuropsicológica pela PUC RJ. Atualmente cursando pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental baseada em evidências. Coautora do Livro: “É Possível Sonhar, o Câncer não é Maior que você”, com capítulo sobre “Como construir autoestima e ser Super confiante”. E psicóloga na Casa de Convivência e lazer para idosos.
Especialista em gerontologia dá dicas para ter um sono de qualidade
Comum a partir dos 65 anos, a insônia atinge entre 5% e 10% da população idosa e, apesar de ser uma queixa comum na terceira idade, é preciso se atentar aos sinais que a rotina do idoso demonstra.
Diminuição da capacidade de concentração, aumento da sonolência ao longo do dia, ter o sono fragmentado e problemas de memória, estão entre os sintomas que podem ser ocasionados pela insônia. Segundo Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia, esses sinais além de acusarem problemas no sono deixam o idoso mais suscetível a riscos como quedas, acidentes e lapsos durante atividades rotineiras. “Muitos deles acham que é normal acordar no meio da noite e não conseguir mais dormir, outros atribuem as várias idas ao banheiro como o ladrão do sono. Por isso é fundamental o familiar ou cuidador observar esses tipos de comportamentos nos idosos”, afirma.
Para quem se preocupa em cumprir as famosas 8 horas diárias de sono para manter a saúde e disposição em dia, um dado curioso aponta que conforme envelhecemos o tempo necessário de sono para um descanso efetivo diminui. “É importante saber como esse idoso passa seu dia e como está sua disposição. Nos casos recorrentes de noites em claro e cansaço extremo é necessário a consulta médica. Algumas vezes a insônia pode estar sendo provocada por efeitos colaterais de medicações que a pessoa ingere diariamente. Pacientes com diabetes, doenças cardíacas, ansiedade e depressão também estão mais propensos a sofrer deste mal”, complementa a especialista.
Outro ponto de alerta é o uso de medicamentos para induzir o sono. “Em hipótese alguma o idoso deve se automedicar, mesmo com fitoterápicos. É preciso antes identificar a causa da insônia”, diz.
A especialista em gerontologia dá algumas dicas para estimular um sono de qualidade:
– Praticar exercícios físicos, se possível ao ar livre, ao longo do dia. A luz solar durante o dia ajuda a estimular o relógio biológico para induzir ao sono na hora de dormir.
– Evitar sonecas profundas ao longo do dia.
– Dar preferência para refeições leves na hora do jantar.
– Evitar a ingestão de café ou outras bebidas com cafeína ao anoitecer.
– Ter uma rotina de horário para deitar e se levantar.
– Deixar o ambiente totalmente em silêncio, confortável e baixa iluminação facilitam o estímulo ao sono.
O Dr. Paulo Akiyama conta sobre os direitos assegurados para o bem estar na terceira idade e a alienação parental inversa
O passar dos anos não é nada fácil, ainda mais quando se olha para o nosso envelhecimento. Ao alcançar a terceira idade muitas pessoas sofrem ao se deparar com situações desagradáveis. Para isso, é importante lembrar que o Estatuto do Idoso visa, em primeiro lugar, regular os direitos assegurados de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Com esse ponto de partida, o advogado Paulo Akiyama explica que as pessoas que atingem esta idade não possuem muito conhecimento a respeito dos direitos e garantias que as amparam, seja por parte dessa classe ou mesmo de pessoas mais novas. “Tratamos de muitos casos que envolvem desrespeito, discriminação ou abandono de idosos, mas há outras circunstâncias que podem ser denunciadas. Atualmente constam 118 artigos no estatuto que abrangem os direitos fundamentais da terceira idade, entre eles estão saúde física, mental e social, direito a liberdade e dignidade”, ele relata.
Os artigos envolvem diversas seguranças e benefícios para pessoas de idade avançada, como a proteção contra todos os tipos de violência, garantindo a punição em casos de maus-tratos, negligência, discriminação, roubo ou abandono, além de assegurar o direito de ir e vir com gratuidade em transportes coletivos, atenção integral à saúde por meio do SUS e o sustento, quando necessário, através da previdência social, por meio do benefício denominado LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social). Outra vantagem é que eles também podem pleitear a redução do IPTU, caso tenha um único imóvel, em alguns municípios é concedido até 100% de desconto no imposto.
Algo que pode ocorrer com o avanço da idade é a alienação parental inversa. Esse problema que costuma ser associado a relacionamentos de pais e crianças, no entanto, também pode ocorrer de maneira inversa, talvez com mais frequência do que imaginamos. Os casos costumam envolver parentes que tentam afastar o idoso de outros familiares, em especial quando esse idoso possui renda e bens, já que isso pode ser benéfico para o alienador, que se aproveita desta situação em benefício próprio. Quantos de nós já não ouviram ou presenciaram situações como esta?
“Importante trazer ao conhecimento de todos que uma criança ou adolescente que sofre alienação tem uma vida toda pela frente, sendo certo que influenciará na sua formação, mas possui muitos anos para se refazer, buscando auxílio profissional para superar seus traumas psicológicos. Já o idoso está vivendo os seus últimos anos, caminhando na sua grande maioria par o fim da vida, passando a viver estes poucos anos que lhe resta em estado depressivo, alienado, afastado de todos os seus. Muitos aceleram o final da vida devido a angustia e ansiedade que vivem em razão de sua alienação”, Dr. Akiyama destaca.
O advogado também comenta sobre a denúncia e processo de alienação pois normalmente o idoso desconhece que está sendo alienado. Nesse caso, quem deve buscar guarida do poder judiciário é aquele que está sendo afastado injustamente e estar sendo privado da relação familiar , também o idoso pode sentir que não é querido pelos parentes, vindo a acreditar em inúmeras mentiras que aqueles que o rodea incuti na mente do mesmo. Uma lavagem cerebral de um ser humano que esta no final da vida.
“Quem detecta ou suspeita de abandono ou maus tratos deve procurar o Ministério Público e realizar uma denúncia, além de informar a assistência social local com relação ao abandono”, ele finaliza.
Sobre Paulo Akiyama
Paulo Eduardo Akiyama é formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/ ou ligue para (11) 3675-8600. E-mail akyama@akiyama.adv.br
Laboratório Hermes Pardini faz alerta para a atualização do calendário de vacinação da terceira idade
A ansiedade é grande em todo o mundo pela produção das vacinas contra a Covid-19. Todos aguardam aquela que pode devolver a vida normal. Acontece que enquanto ela não fica pronta, é preciso lembrar das que estão à disposição das pessoas e acabaram esquecidas por conta do coronavírus. Principalmente as indicadas aos idosos, que se viram no centro das atenções desde que a pandemia começou.
“Vejo um grande problema em focar a atenção apenas a uma vacina que está em desenvolvimento e deixar de lado a evidência de que há outros agentes passíveis de prevenção por vacinas que podem infelizmente levar à morte”, explica a Dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica do Hermes Pardini. O laboratório alerta sobre a queda de 20% da vacinação entre o público adulto e idoso nas unidades do grupo, desde março, em comparação ao mesmo período de 2019.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, os idosos representam hoje 14,3% da população e na próxima década eles devem superar o número de crianças e jovens de 0 a 14 anos. “Com o envelhecimento da população, é de extrema importância pensar em ações para garantir saúde e qualidade de vida. As vacinas são importantes ferramentas para isso”, acrescenta a Dra. Melissa.
Abaixo, a especialista do Pardini destaca vacinas disponíveis no serviço privado voltadas para esse público:
dTpa-Reforço: prevenção contra difteria, tétano e coqueluche (tipo acelular). O adulto deve minimamente estar em dia com os reforços de 10 em 10 anos e os idosos são inseridos nesse contexto.
Herpes-Zóster: proteção contra a reativação do vírus da varicela (causador da catapora na infância). A vacina diminui as chances de novos episódios de Herpes-Zóster, bem como previne a neuralgia pós-herpética que pode incapacitar a vida do acometido pela doença. Está licenciada em dose única a partir de 50 anos.
Vacina Pneumocócica 13 conjugada: recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações, em dose única, a todos os maiores de 50 anos. Possui nova tecnologia para gerar células de defesa de memória protegendo das infecções por Pneumococos, bactérias que causam doenças graves como meningites e pneumonias.
Vacina Pneumocócica 23 polissacarídica: recomendada seis meses após a Pneumocócica 13 para ampliar a produção de anticorpos contra os pneumococos.
Dra. Melissa adverte que, com a flexibilização do isolamento social, e a retomada do contato com os idosos, é imprescindível cuidar da saúde deles. “O idoso tende a ter a imunidade mais baixa e uma resposta de defesa mais deficiente para algumas doenças. Por isso não podemos nos descuidar do calendário de vacinação. Hoje em dia existe atendimento em domicílio, drive thru, além de processos rigorosos de segurança em postos, clínicas e laboratórios. Então a Covid-19 não pode mais ser fator para afastá-los da prevenção”, conclui a médica do Pardini.
Sobre o GrupoPardini
Aos 61 anos, o GrupoPardini é um dos maiores no setor de Medicina Diagnóstica e Personalizada do Brasil. Além das 123 unidades próprias (75 em Minas Gerais, 5 em São Paulo, 13 no Rio de Janeiro e 30 em Goiânia), é referência no serviço de Apoio Laboratorial para mais de 6 mil clientes (laboratórios e hospitais) localizados em 2 mil cidades espalhadas pelo país. Toda essa estrutura permite oferecer mais de 8 mil tipos de exames e a expertise nas áreas de análises clínicas, diagnóstico por imagem, genética molecular, testes oncológicos de alta complexidade, medicina nuclear, medicina personalizada e patologia cirúrgica. A companhia tem investido constantemente na ampliação e especialização da sua capacidade técnica, produtiva e científica, com o propósito de democratizar o acesso aos exames mais complexos e promover bem-estar e saúde dos brasileiros. O Grupo é pioneiro na montagem de uma planta produtiva de automação laboratorial, inclusive para exames RT-PCR (metodologia padrão para o diagnóstico da Covid-19) com capacidade para 20 mil testes por dia.
Rede de saúde faz alerta no Dia do Idoso e pede mais atenção à terceira idade
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Os idosos ganharam espaço no noticiário nacional e internacional nos últimos meses. Vistos como principal grupo de risco para a Covid-19, eles despertaram a atenção de todo o país, que se mobilizou em iniciativas para ajudar aqueles que moram sozinhos, os que vivem em abrigos e os que não têm ninguém para contar. Durante semanas, os olhos do mundo estavam voltados para eles. Acontece que a pandemia passa e o olhar desvia. E isso é um erro.
De acordo com dados do IBGE, em 2060 um quarto da população do Brasil deverá ter mais de 65 anos, e já a partir de 2030 constataremos a inversão da pirâmide etária populacional com o número de idosos superando o de jovens com até 14 anos. Esse envelhecimento demanda ações na área da saúde. “Uma população com expectativa de vida cada vez mais alta nos leva automaticamente a um novo perfil epidemiológico de doenças crônicas prevalentes e, consequentemente, a uma perda de autonomia e dependência maior do outro”, afirma Carlos Costa, CEO da RedePaulo de Tarso de Cuidados Continuados Integrados.
Há anos atuando no setor da saúde, o executivo alerta que ainda faltam no país mais opções para os idosos. “Hoje ainda são poucos os serviços voltados para eles. E se formos pensar que nos últimos 16 anos obtivemos um aumento de 76% da população idosa no país e em pouco tempo eles serão uma parcela relevante da população, medidas deveriam ser tomadas desde já”. Por isso, a expectativa é que a Rede do qual faz parte possa inspirar outras instituições a oferecerem serviços às pessoas da terceira idade com o objetivo de identificar não somente problemas biológicos (doenças), mas os psicológicos e sociais, inclusive.
Para isso, a família também deve ser o foco da atenção, para garantir prevenção e promoção de cuidados voltados à saúde como um todo. “Uma rede de cuidados continuados integrados, como a que formamos recentemente, aparece como um elo que faltava ao sistema de saúde e representa uma evolução às políticas assistenciais para entregar maior autonomia e qualidade de vida às pessoas, sem que elas precisem depender de parentes ou unidades hospitalares tradicionais de alta complexidade não concebidas para esta finalidade de cuidados”, explica Carlos.
O geriatra Vinícius Lisboa, Diretor Clínico da RedePaulo de Tarso, alerta que os idosos tendem a ficar muito sozinhos, o que leva a um problema recorrente que é o da automedicação. “No caso da pandemia, vimos muito isso. A orientação era não sair de casa, então eles não procuravam ajuda e resolviam qualquer problema com o remédio que tinham à mão. Mas, pela idade, o idoso já tem uma lentidão maior da resposta imunológica. Além disso, é normal que ele já tenha algumas comorbidades crônicas, como diabetes, hipertensão, doença cardíaca, entre outras já que 70% dos idosos possuem uma ou mais doenças crônicas associadas. Por isso é muito importante contarem com um acompanhamento médico, ou seja, um cuidado frequente e não pontual”.
Na formação atual, que ainda receberá reforço, a RedePaulo de Tarso conta com um Hospital de Transição, uma Clínica Integrada e o serviço de Atenção Domiciliar. O primeiro é indicado a pessoas que estiveram (ou estão) internadas por um tempo e ainda precisam de cuidados médicos e equipe multiprofissional essenciais, mas sem demandar intervenções de alta complexidade ou terapia intensiva (fornecidas pelos hospitais gerais). Trata-se da melhor opção para pacientes com enfermidades crônicas ou degenerativas, pessoas que requerem tratamento especial e cuidados prolongados que visem a reabilitação, readaptação e reinserção social, garantindo maior autonomia, independência e qualidade de vida.
Na Clínica Integrada, é realizado atendimento ambulatorial nas especialidades de geriatria, clínica médica, nutrologia, fisiatria, neurologia e serviço de aplicação de Toxina Botulínica para ganhos funcionais e reabilitação motora. Ela ainda contará, em breve, com serviços nas áreas de Psiquiatria, Endocrinologia, Ortopedia, Urologia, Cardiologia, Odontologia, Estomaterapia e Endoscopia.
Já na Atenção Domiciliar, é oferecido um serviço que vai além de um cuidado ao paciente em sua casa. Ele está conectado às linhas de cuidado do Hospital de Transição Paulo de Tarso e busca garantir um retorno seguro para o domicílio com manutenção e continuidade dos cuidados integrados. Todo o plano e meta terapêutica são pensados com o objetivo de reduzir readmissões hospitalares garantindo segurança para pacientes e famílias. Um cuidado feito de forma continuada e frequente. Afinal, a pandemia passa, mas os idosos continuam precisando de atenção.
O neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista com especialização em nutrição clínica Fabiano de Abreu, aproveitou este dia mundial do idoso para sugerir o que ele considera a revolução científica para uma vida longa e feliz
Com o avançar da esperança média de vida, é natural uma crescente preocupação com a qualidade de vida na terceira idade. Somos cada vez mais capazes e a visão da velhice como apenas um fim tem que ser descartada. O neurocientista Fabiano de Abreu esclarece sobre como o nosso cérebro se adapta e reorganiza para que possamos aproveitar melhor todas as fases da nossa vivência independentemente da idade.
“Por muitos anos a ciência acreditava que ao atingir determinada idade o cérebro perderia a capacidade de produção neuronal, que se o tecido cerebral fosse lesado em regiões específicas por conta de derrames, traumatismos ou doenças, essa região jamais se regeneraria causando no indivíduo uma perda total da função exercida por ela.”, esclarece.
Como nos refere o neurocientista, “Atualmente sabemos, por meio dos resultados das pesquisas científicas, que embora o cérebro seja incapaz de se regenerar ele possui uma capacidade de se reorganizar, ou seja, de se adaptar, de modificar o processamento das informações e que essa capacidade de modificação e rearranjo das redes de neurônios formam novas sinapses reforçadas. Assim múltiplas possibilidades de respostas ao ambiente tornam-se possíveis, pois o cérebro é altamente maleável e com os estímulos adequados e intensos pode-se modificar a estrutura cerebral desenvolvendo habilidades e retardando o próprio envelhecimento natural. “.
Seguindo estes novos conceitos Abreu relembra que, “A melhor terapia para terceira idade é uma neuropsicanálise ampla, ou uma neurofilosofia, ou seja, numa filosofia de vida em que, o tratamento está no fortalecimento de sinapses variadas e no estímulo aos neuromoduladores e estabelecemos isso através dos comportamentos e hábitos.
O fortalecimento das sinapses está na variedade das tarefas que tiram o indivíduo dos vícios cotidiano, do automático que já não há estímulos, reforço sináptico. Assim como na ginástica seja ela física ou mental para estimularmos diferentes sinapses.
Em relação aos neuromoduladores tudo isso acima contribui assim como uma dieta balanceada de acordo com o indivíduo, seu estilo de vida, genética e personalidade. Experimentar novos hábitos de acordo com a personalidade e principalmente a aprendizagem de diferentes tipos é uma ginástica cerebral importantíssima.”.
A neuroplasticidade é, portanto, a base de tudo. Pensando nesse propósito, Abreu Refere três atitudes que podem ajudar nesse processo:
Mudanças estruturais – Quando as informações são repetidas, logo após a mudança, os dendritos crescem e se formam novas conexões. Melhora a capacidade e a coordenação motora. Exemplo, quando uma mão não funciona bem, trabalhava-se a mão boa para suprir a falta. Na verdade, deve-se estimular a mão ruim pois os neurônios se adaptam para trabalhar em função da mão ruim. Se faz necessário a repetição.
Alterações funcionais – O cérebro se adapta as mudanças e as faltas. Quando mudamos os hábitos criamos novas conexões e quando repetimos fortalecemos as sinapses.
Alimentação e exercícios – Uma dieta e exercícios relacionados aos comportamentos, personalidade, através de um mapa vital do indivíduo onde pode-se analisar as produções hormonais e dos neurotransmissores para um melhor estímulo e regulação para melhores resultados. Um exame de sangue com dados hormonais é importante para auxiliar na terapia.
Esse conceito foi escrito por Fabiano de Abreu como TCC final com nota máxima na universidade Cognos em Portugal em neuropsicologia. Colocando o artigo disponível para leitura.
Formações
Neurofilósofo Fabiano de Abreu – neurocientista, neuropsicólogo, neuropsicanalista, neuroplasticista, psicanalista, psicopedagogo, jornalista, filósofo, nutricionista clínico, empresário e membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra. Especialista em estudos da mente humana e pesquisador no CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito.
O centro foi formado por dois profissionais da área da saúde com uma arqueóloga no intuito de dar relevância às pesquisas, análises e registos feitos em países da lusofonia. O objetivo principal é contribuir para a saúde e bem estar social desses mesmos países e também repercutir além fronteiras buscando uma melhor facilitação e notoriedade que as universidades e centros não estão conseguindo ter internacionalmente.
Fundadores
Fabiano de Abreu (brasileiro e português)- Neurocientista, neuropsicólogo, neuropsicanalista, psicanalista, nutricionista clínico e jornalista
Roselene Wagner (brasileira) – Neuropsicóloga, psicóloga e psicanalista
Joana Freitas (portuguesa) – Arqueóloga e historiadora
*Por: Denis Mack, filósofo, jornalista e empresário
Foto: Denis Mack/ Divulgação
Não é de hoje que a sociedade abandonou os idosos. Esse é um fato que quase ninguém quer discutir atualmente, embora seja um tema absolutamente necessário, principalmente frente ao cenário imposto pela proliferação avassaladora do novo coronavírus, que atinge de forma mais agressiva justamente a faixa dos mais velhos.
Nos tempos modernos, a valorização da juventude é notória, em detrimento da experiência naturalmente acumulada com o passar dos anos. Apesar de o vigor e os cuidados com a beleza serem atributos também almejados pelos idosos, nossa sociedade imediatista criou a noção, por meio de um marketing agressivo, de que a beleza é uma exclusividade da juventude. Por consequência, aceitamos naturalmente a venda de produtos de “rejuvenescimento” e, pasmem, todos acham natural que até mesmo um termo como creme anti-idade esteja estampado em rótulos de forma chamativa.
Sociedades mais antigas, em tempos idos, valorizavam bastante a maturidade, de forma muito peculiar. O comum era ser liderado pelos mais velhos, respeitando o conhecimento acumulado ao longo dos anos, seja por experiência empírica ou pela simples observação dos fatos cotidianos que envolviam as comunidades e histórias locais. No nosso país, ainda no século passado, era comum pedir a benção aos avós, dar lugar aos idosos e respeitar sua identidade, coisa que tem ficado bem mais rara em nossos dias.
No campo da economia e dos recursos humanos, a situação é ainda pior. Em todos os aspectos que abrangem as relações humanas, o idoso passou a ser desconsiderado apenas pelo fato de ter acumulado idade. Isso se agrava ainda mais com o aumento da expectativa de vida. Os mais velhos passaram a ser “descartados” ainda no início da sua senioridade, sendo comum empresas optarem na maioria das vezes pela contratação de pessoas mais jovens, ignorando a experiência acumulada pelos idosos. A falta de interesse em oferecer cursos de atualização tecnológica acaba afastando de vez as oportunidades para este segmento.
Portanto, ver as pessoas circulando livremente e sem máscaras durante a pandemia, ver os parques cheios, praias abarrotadas, ver os nossos líderes dando pouca, ou quase nenhuma importância, para os efeitos nocivos da Covid-19, não é um fato novo, e sim um reflexo, puro e simples, do abandono moral que os idosos do nosso país vêm sofrendo ao longo de décadas. Aos mais jovens, eu desejo: vida longa e boa sorte! Afinal, nunca é tarde para mudarmos este cenário.
Sobre o autor: Denis Mack é filósofo, jornalista e empresário, formado em Teologia (Escola Superior de Teologia de São Leopoldo – RS), Pós-graduado em Filosofia (Centro Universitário Claretiano) e Relações Públicas (UNIARA), além de especializado em Política pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Atua há mais de 20 anos, no Brasil e no exterior, administrando soluções nas áreas de Turismo, Comércio, Saúde e Tecnologia da Informação, desenvolvendo a comunicação social de organizações nacionais e internacionais de grande porte. Colabora como voluntário em associações, nas áreas de amparo à mulher e pessoas em situação de vulnerabilidade social, além de projetos para inclusão e valorização dos idosos, combate à fome e proteção ao meio-ambiente no município de Peruíbe (SP).
Iniciativa motiva idosos a se aventurarem no universo do empreendedorismo
A terceira idade pode significar o início de uma fase para descanso, mas também para novas descobertas e realização de sonhos muitas vezes deixados de lado. É com este objetivo que a tecnologia social Empreendedorismo na Melhor Idade oferece educação empreendedora aos idosos, para que venham a dar sustentabilidade ao seu conhecimento, desta forma, promovendo sua reinserção em atividades produtivas e no mercado de trabalho.
A capacitação empreendedora é um projeto inovador com metodologia dinâmica que possibilita o mergulho nas inovações no mundo dos negócios. Os participantes passam por um treinamento realizado em duas semanas, com temas interligados, em aulas interativas com teorias e práticas. Posteriormente, são disponibilizadas consultorias para assistência e desenvolvimento dos projetos, sanando dúvidas e norteando o plano de negócio. O acompanhamento é individualizado, porém, pode ser assistido por familiares e pessoas envolvidas com os alunos, por meio de parcerias ampliando novas possibilidades.
“O grande impacto é perceber que sempre é possível viver a gestão do conhecimento. Os idosos se encantam com o projeto e os resultados em suas vidas. Se sentem mais jovens, valorizados, aptos a fazerem novos planos de negócios e novos planos de vida. Com muita garra em aprender e realizar sonhos adormecidos”, explica Heliane Gomes de Azevedo, diretora institucional e idealizadora do Instituto de Pesquisa e Projetos Empreendedores (IPPE).
Ela conta que muitos relatam o resgate da autoestima, valorização pela experiência de vida e reconhecimento. E que em seus depoimentos evidenciam cases de sucesso que atestam a importância do projeto em suas trajetórias. Além de reconhecer a bagagem de vida como sendo extremamente importante, o projeto atualiza renasce possibilidades e aproxima casais que participam do curso juntos, estimula a proximidade, troca de ideias, engajamento e benefícios comum. “Os próprios familiares que também frequentam o instituto relatam mudanças positivas ocorridas no ambiente parental, que se encontram mais animados, felizes e com novos projetos de vida e trabalho”, ressalta.
Um leque de possibilidades
As áreas para empreender são as mais variadas, seja no setor de serviços ou produtos. A turma da melhor idade tem suas preferências que permeiam as categorias: economia criativa, beleza, saúde e bem-estar, moda, artesanato, móveis e decoração, construção e reformas, além de alimentos e bebidas. “Muitos alunos despertam seu lado de empreendedorismo social, e até mesmo novas habilidades antes consideradas como hobby. Temos um case de um cantor que se transformou em artista profissional. A criação ou acompanhamento do plano de negócio trabalha o individual para se tornar um projeto que se estende ao coletivo”, detalha a executiva.
Ano de realizações
Certificada no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019, a metodologia capacitou mais de 950 idosos. “Ter o selo da Fundação BB em nosso projeto é de suma importância. O reconhecimento e motivação que chancela os esforços em prol do coletivo. A certificação vem enobrecer nossas ações e fortalece a responsabilidade de aprimorar, construir e desenvolver inovações constantes para a sociedade gerando sustentabilidade, inclusão e um novo sentido de vida”, comemora a diretora.
No mesmo ano, a iniciativa conquistou o 1º lugar na categoria Pessoa Jurídica do Prêmio Pró-Longevidade da Rede Longevidade. E durante o segundo semestre de 2019 realizou o projeto “Eu e vocês – Vocês e Eu – Juntinhos”, ministrando minicursos, palestras e workshops.
“Os resultados superaram as expectativas, pois gerou conhecimento, integração, rede de contatos, criação de planos de negócios, remodelagem da vida, melhoria das relações interpessoais e familiares. Do projeto nasceu o intergeracional com alcance de mais 4 mil pessoas em 2019”, destaca.