Para além do conhecimento técnico: como desenvolver habilidades socioemocionais e impulsionar a carreira?
soft skills são tão importantes quanto o domínio técnico, pois determinam a capacidade de lidar com situações adversas
(crédito: divulgação istock)
O mercado de trabalho é dinâmico e as habilidades que se buscavam no passado já não são mais suficientes para abarcar as novas necessidades exigidas pelas empresas. Hoje, se apoiar somente no conhecimento técnico não é o bastante para conseguir uma boa vaga de emprego. Algumas outras habilidades intra e interpessoais também são muito importantes e fazem a diferença para o empregador.
De cunho mais emocional, as soft skills são competências pessoais sobre como um profissional lida com as mais diversas situações que acontecem no dia a dia do trabalho. É comum que os trabalhadores se deparam com circunstâncias conflituosas que exigem mais do que uma simples solução técnica: são situações que demandam mais flexibilidade ou uma tomada de decisão sob pressão, por exemplo.
Tais habilidades socioemocionais também podem ser demandadas durante a jornada no trato entre profissionais. É muito importante aprender a tornar a convivência interpessoal mais saudável, e, entre as características necessárias para um ambiente mais acolhedor, está a capacidade de sentir mais empatia, isto é, colocar-se sempre no lugar do outro.
Muitas destas habilidades foram colocadas sob a categoria de “inteligência emocional”, conceito definido primeiramente pelo psicólogo Daniel Goleman, no livro de 1995, “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”. A obra aborda pilares como controle dos sentimentos, empatia, conhecimento próprio e habilidades de convívio social.
A partir deste contexto abre-se uma janela também para o conhecimento pessoal, fator determinante para uma vida pessoal mais realizada. Trabalhar em busca do domínio das soft skills é também trabalhar para a melhoria da própria mente, da vida pessoal e das relações afetivas que permeiam a todos.
Apesar de poderem ser alcançadas por meio da experiência cotidiana, precisam que sejam percebidas como tal, como, por exemplo, a resiliência. É comum que haja erros no cotidiano do trabalho. Percebê-los como uma janela de oportunidade para melhoria do processo de trabalho é algo que somente um profissional resiliente pode fazer. Do contrário, um profissional sem resiliência entenderá como uma falha e se fechará para o aprendizado.
Adaptar-se para as situações diferentes que aparecem no dia a dia do trabalho demanda uma outra habilidade emocional, a flexibilidade. Entender que as mudanças são uma constante e saber lidar com elas é algo que torna o trabalhador muito menos ansioso com o que não pode controlar e ainda demanda criatividade para contornar os obstáculos.
A prática de lidar bem com as diferentes emoções durante a jornada engrandece a autodisciplina, o que leva a mais autoconfiança. Uma pessoa com mais confiança é capaz de se comunicar melhor, uma soft skill extremamente importante e que pode levá-lo ao crescimento profissional. A capacidade de liderança exige melhores comunicadores, uma vez que o próprio papel do líder mudou muito com o tempo.
Para traçar o caminho do autoconhecimento, é preciso em primeiro lugar conhecer as próprias emoções. Entendê-las aliviará a carga emocional que atrapalha o desenvolvimento. O próximo passo é saber expressar as vontades e colocar limites, para si e para os outros. Saber impor o que é aceito para si, por meio da comunicação não violenta, é condição necessária para estabelecer boas relações profissionais.
Mais confiança leva a galgar maiores degraus na jornada profissional. Hoje, as soft skills estão lado a lado com as habilidades técnicas até mesmo no currículo. Incluir as habilidades socioemocionais em um modelo de currículo gratuito pode ser a chave para conseguir aquela tão sonhada vaga de emprego.