Risco de afogamento aumenta durante as férias de verão; veja como se prevenir
Especialistas alertam para cuidados a fim de evitar acidentes graves no mar, rios e piscinas
(crédito: divulgação istock)
Com a chegada das altas temperaturas, as praias tornam-se destinos concorridos, enquanto aqueles sem acesso ao mar buscam rios e piscinas para se refrescar. Entretanto, é importante destacar que os casos de afogamento tendem a aumentar significativamente durante essa temporada, sendo que quase metade das fatalidades ocorre no verão.
Segundo informações fornecidas pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em 2020, um dado alarmante revela que um brasileiro perde a vida afogado a cada uma hora e meia. Em uma análise comparativa, considerando o tempo de exposição, os incidentes de afogamento apresentam um risco de morte 200 vezes maior do que os acidentes de transporte.
A lesão cerebral causada pela privação de oxigênio entra em cena aproximadamente cinco minutos após a exposição inadequada ao elemento vital, emergindo como a principal responsável pelas mortes decorrentes de afogamentos.
As estatísticas revelam que cerca de 20% das vítimas que conseguem sobreviver ao incidente enfrentam danos neurológicos, resultando em sequelas de longo prazo. Essa realidade destaca a urgência de abordar não apenas as fatalidades imediatas, mas também as consequências duradouras que podem afetar significativamente a qualidade de vida dos sobreviventes de afogamentos.
Cuidados para evitar afogamento
Confira abaixo algumas dicas para evitar afogamentos em praias, rios, lagos e piscinas.
- Conheça o ambiente: Antes de entrar na água, informe-se sobre as condições locais. Esteja ciente das correntezas, áreas perigosas e profundidades. O conhecimento do ambiente aquático é essencial para tomar decisões seguras.
- Esteja acompanhado: Evite nadar sozinho, especialmente em locais desconhecidos. Ter um companheiro de natação aumenta a prontidão para situações de emergência e reduz os riscos de afogamento.
- Respeite as sinalizações: Siga todas as placas e sinalizações presentes em praias e piscinas. Elas oferecem informações vitais sobre condições perigosas, áreas restritas e precauções que devem ser tomadas.
- Mantenha a vigilância infantil: Crianças devem ser supervisionadas de perto em ambientes aquáticos. Certifique-se de que estão utilizando coletes salva-vidas adequados e esteja atento às suas atividades na água.
- Aprenda a nadar: Aulas de natação são uma excelente medida preventiva. Tanto crianças quanto adultos podem se beneficiar do conhecimento de técnicas de natação básicas, o que aumenta a confiança na água.
- Utilize equipamentos de segurança: Ao praticar esportes aquáticos ou navegar em rios, use coletes salva-vidas. Certifique-se de que todos a bordo estejam equipados com dispositivos de segurança apropriados.
- Esteja ciente do tempo: As condições climáticas podem afetar significativamente a segurança aquática. Evite nadar durante tempestades, quando há aumento do risco de raios, correntezas e ondas perigosas.
- Evite consumir álcool ou outras substâncias do tipo: O consumo de álcool e as atividades aquáticas não combinam. A embriaguez diminui os reflexos e a capacidade de tomar decisões rápidas, aumentando consideravelmente os riscos de afogamento.
- Conheça condições preexistentes: Esteja com os exames em dia e saiba se você tem condições médicas que podem provocar algum tipo de mal súbito, ocasionando em afogamento. Nos cursos de medicina, como da EBMSP, os estudantes são orientados aos cuidados que devem ter e instruir os pacientes nesses casos.
- Ensine sobre segurança aquática: Compartilhe essas dicas com amigos e familiares. A disseminação de informações sobre segurança aquática é crucial para criar um ambiente de conscientização coletiva.