Educação Inclusiva
Secretaria de Educação participa do II Fórum de Educação Especial em Caicó
Nesta quinta-feira (24), será realizado o II Fórum de Educação Especial, no Centro Cultural Adjunto Dias, das 7h30 às 16h. O evento é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes de Caicó, 10ª DIREC e Subcoordenadoria de Educação Especial (SUESP).
O Fórum vai reunir profissionais de Educação das redes estadual e municipal de ensino de Caicó. A secretaria de Educação informa ainda, que nesse dia, não haverá aula para nenhum turno.
Banda Braille Ponto Positivo promove inclusão e educação especial por meio da música
Por Hellen Almeida

Banda Braille Ponto Positivo é um projeto de extensão universitária da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
“Nós podemos fazer música ou qualquer outra arte de nosso interesse, basta termos vontade”. Essas palavras são de Sebastião Francisco de Lima, ou simplesmente Tião, como gosta de ser chamado. Ele tem cegueira total desde três anos de idade, quando teve uma infecção.
Essa deficiência visual não foi obstáculo para que ele tocasse bateria e percussão e se tornasse integrante da Banda Braille Ponto Positivo, projeto de extensão universitária da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMUFRN).
Sebastião entrou no projeto em 2014 e já tinha experiência anterior, pois havia estudado percussão e bateria. Para ele, a Banda Braille representa uma oportunidade de mostrar o seu talento e estar na ativa. “Queremos mostrar que dá para os deficientes apresentarem seus trabalhos na arte, na música. Para mim é uma oportunidade de estar sendo visto no mercado da arte, está sendo mostrado, estar em evidência”, complementa.
Assim como seu Tião, a superação e dedicação levaram outras pessoas com deficiência visual a participar da Banda Braille, que surgiu 2014 dentre de um projeto maior de inclusão da EMUFRN – o Esperança Viva.
Uma dessas pessoas que superaram barreiras para ser músico é Francisco Dalvino, ou Chiquinho, que perdeu a visão já adulto. Ele tinha tido uma experiência em tocar teclado, mas nada profissional. “Eu tinha conhecimentos técnico, mas a leitura de partituras comecei a aprender com o projeto Esperança Viva”, destaca.
Dalvino, que é vocalista da Banda Braille acredita que para conseguir se profissionalizar em música, basta querer e ter força de vontade. “Eu percebi que não é tão fácil ser músico com técnicas, é preciso ter conhecimento teórico, assistir aulas de canto para aperfeiçoar a voz e cantar de maneira exata. Pretendo fazer novos cursos e aperfeiçoar meus conhecimentos”, revela. Para ele, cantar é fazer as pessoas felizes e trazer alegria para o público.
Experiência
Os ouvidos atentos a cada melodia procuram chegar a harmonia e ritmo corretos para acompanhar os outros músicos. Tocar em conjunto é a grande experiência vivenciada por Sidney Soares Trindade, tecladista, ao participar da Banda Braille. O músico, que tem cegueira, faz parte do grupo desde a criação e chega a ser chamado sócio-fundador da banda.

Entre os objetivos do projeto Banda Braille estão o de desmistificar preconceitos e estereótipos com relação ao fazer musical das pessoas com deficiência e fortalecer a inclusão através das ações promovidas pelo grupo
“Toquei muito tempo na noite, mas era apenas sozinho com um teclado. A Banda Braille Ponto Positivo dá a oportunidade de ter a prática de tocar com outras pessoas, a prática de conjunto”, destaca. Sidney acrescenta que a prática adquirida no projeto vem trazendo aperfeiçoamento para seus conhecimentos musicais. “Eu não tinha conhecimento teórico e acesso à musicografia braille, o que estou aprendendo agora”, atesta.
Quem também já tinha contato com música desde cedo, aos 16 anos, é o acordeonista do grupo, José Ivanaldo da Silva. Ele começou a participar do projeto Esperança Viva em 2011, quando começou a ter aulas de flauta doce. “Para mim, o projeto serviu para enriquecer o meu conhecimento”, afirma. Atualmente, tocando sanfona na banda, Ivanaldo declara que “se tirasse a música de perto de mim eu me considerava um homem sem vida, porque eu vivo pela música. Ela dá o meu sustento”.
História
A Banda Braille é formada por sete componentes, entre pessoas que têm deficiência visual e as que não têm, que são os alunos monitores da Escola de Música, tendo como coordenador musical o professor Ticiano D’Amore. Fazem parte do grupo, Francisco Dalvino (voz), Magna Luana Farias (voz), Sidney Trindade (teclado), Sydney Xavier (Guitarra), Allyson Freire (Baixo), Sebastião Francisco de Lima (bateria) e José Ivanaldo da Silva (Acordeon).
Entre os objetivos do projeto Banda Braille estão o de desmistificar preconceitos e estereótipos com relação ao fazer musical das pessoas com deficiência e fortalecer a inclusão através das ações promovidas pelo grupo. Para a coordenadora geral do projeto Esperança Viva e da Banda Braille, professora Catarina Shin Lima de Souza, uma única disciplina em um curso de graduação é pouco para capacitar e para abranger todo o universo de pessoas com deficiência, que se refere à educação especial.
“O projeto não é só para as pessoas com deficiências, é também para a formação dos nossos alunos de graduação, para que já saibam como atuar em uma sala de aula com inclusão. Nossos alunos têm a possibilidade, por meio do Esperança Viva e da Banda Braille, de terem essa experiência prática já no processo de formação”, ressalta a professora.

Banda se apresenta em diversos eventos, sendo a maioria ligados à inclusão
Os ensaios da Banda Braille acontecem semanalmente em um dos estúdios da Escola de Música da UFRN, toda quinta-feira, das 10h às 12h. A cada encontro, novas músicas são experimentadas, ampliando o repertório do grupo.
Segundo o coordenador musical da Banda Braille, Ticiano D’Amore, a proposta é estender o projeto além da extensão e virar uma banda que toque em outras situações. “Queremos trabalhar de uma forma particular também, de virar uma empresa, para que os músicos possam receber cachês e que agreguem as suas rendas ao trabalho que desenvolvem na Banda Braille”, explica.
A banda se apresenta em diversos eventos, sendo a maioria ligados à inclusão. De acordo com D’Amore, o nome Banda Braille faz referência às bandas que animam bailes com músicas dançantes e românticas. “Tocamos xote, pop, axé, forró, com um repertório vasto mais popular que façam as pessoas dançarem. Fazemos show com 40 a 45 minutos, mas temos repertório para até duas horas de show”, afirma.
Fotos: Anastácia Vaz
Educação Inclusiva é o tema do próximo Debate Aberto
Fundador do Instituto Rodrigo Mendes participa de discussão sobre o atendimento a estudantes com deficiência em escolas comuns no site do projeto Diversidade na Rua da empresa Mercur
28 de abril é o Dia Mundial da Educação. A data marca a realização do Fórum Mundial de Educação, no ano 2000, na cidade de Dakar, no Senegal. Na ocasião, representantes de 180 países se comprometeram a não poupar esforços para garantir o direito de todas e todos a um ensino de qualidade. Para comemorar a data, na próxima quinta-feira (28/04), às 19h, o site do projeto Diversidade na Rua (www.diversidadenarua.cc) da Mercur realizará um debate online sobre a Educação Inclusiva nas escolas.
Um dos pontos centrais do debate é desmistificar se é possível atender um estudante com deficiência na escola regular. Desde 2011, o projeto DIVERSA tem viajado para diferentes regiões do mundo para pesquisar escolas que atendem com qualidade crianças e adolescentes com deficiência em salas de aulas comuns. Além disso, a plataforma desenvolvida pelo Instituto Rodrigo Mendes (IRM) recebe relatos de educadores que oferecem respostas positivas a essa questão. O objetivo do projeto é transformar essas práticas em fonte de referências para pessoas comprometidas com o desafio da educação inclusiva.
A conversa será comandada pelo superintendente do IRM, Rodrigo Hübner Mendes. Rodrigo é graduado em Administração de Empresas e mestre em Gestão da Diversidade Humana pela Fundação Getúlio Vargas, onde atua como professor. “Temas complexos, como a educação inclusiva, requerem espaços que estimulem e valorizem o diálogo entre as diversas esferas sociais envolvidas com o tema”, destaca o superintendente.
Por ser aberto ao público, qualquer pessoa que tenha interesse no tema pode participar do Debate Aberto acessando o site (www.diversidadenarua.cc/debate). O formato é como o de um fórum: as questões são lançadas pelos participantes e todas as respostas podem ser replicadas. Para interagir é preciso fazer um cadastro rápido e simples.
SERVIÇO
Debate aberto Diversidade na Rua
Tema: Educação Inclusiva
Data: 28 de abril de 2016
Horário: 19h
Para participar acesse: http://www.diversidadenarua.cc/debate
Sobre Rodrigo Hübner Mendes e o IRM:
Rodrigo foi aluno do curso de Liderança e Políticas Públicas para o século XXI na Kennedy School of Government, em Harvard e é membro do Young Global Leaders (World Economic Forum) e empreendedor social Ashoka. Desde 2004, dirige o Instituto Rodrigo Mendes (IRM), organização sem fins lucrativos fundada por ele em 1994. O Instituto desenvolve programas de pesquisa, formação continuada e controle social na área da educação inclusiva. O objetivo da organização é contribuir com a transformação do sistema público de ensino brasileiro em um modelo inclusivo, capaz de acolher a diversidade humana em sua plenitude.
IRM na Web:
Site IRM: www.rm.org.br
Facebook: https://www.facebook.com/pages/Instituto-Rodrigo-Mendes
Twitter: @projetodiversa
Youtube: http://www.youtube.com/user/InstRodrigoMendes
Sobre a Mercur:
A Mercur é uma empresa brasileira, fundada em 1924 na cidade de Santa Cruz do Sul (RS) e começou sua trajetória com produtos derivados da borracha. Com o passar dos anos e o repensar constante das suas atividades, a empresa entende que tudo que é produzido para atender as necessidades humanas tem um impacto no ambiente, indivíduos e na sociedade. A Mercur assume publicamente o compromisso de participar com pessoas e organizações na criação de soluções sustentáveis e que indiquem novos patamares de uso, criando facilidade que possam se traduzir em produtos, serviços ou novos modelos de comercialização.Atualmente a empresa conta com cerca de 650 colaboradores, com um portfólio de produtos voltados aos segmentos de educação e saúde, como borrachas de apagar, bolas de exercício, bolsas térmicas, muletas e etc. A companhia também atua na área industrial com soluções customizadas, disponibilizando lençóis de borracha e peças técnicas, bem como pisos especiais e revestimentos.
Mercur na Web:
Site da Mercur: www.mercur.com.br
Mercur no Facebook: Mercur Oficial
Mercur no Twitter: @mercuroficial
Mercur no Youtube: Mercur S/A
Nas redes sociais, utilize a hashtag: #deumjeitobompratodomundo