Dicas simples podem livrar seu cão ou gato de doenças graves
Você já parou para pensar se o alimento do seu pet está bem protegido? Embora poucas vezes nos atentemos a isso, o armazenamento inadequado pode abrir portas para contaminação por bactérias, fungos e infestações por insetos e roedores, podendo causar sérias doenças em cães ou gatos, de trazer fungos e bactérias para o produto.
“As contaminações microbiológicas no produto podem desencadear sérios problemas de saúde nos animais, como diarreia, vômito e até quadros graves de intoxicação alimentar”, explica Valéria Salustiano, responsável pela Gestão da Qualidade da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos.
Para não expor o pet a esses riscos, confira quatro dicas de como armazenar corretamente o alimento dos bichinhos:
1 – Mantenha o alimento na embalagem original
Algumas marcas contam com o sistema de “zíper”, que assegura o fechamento completo da embalagem e auxilia na manutenção da qualidade e das características sensoriais do alimento, isto é, o odor e a palatabilidade do produto.
“Ainda que, após aberta, o consumidor prefira guardar o alimento dentro de um pote, o ideal é que se mantenha sempre na embalagem original, pois nela estão impressas informações importantes de rastreabilidade, como lote de produção, data de validade e informações nutricionais”, ensina Valéria.
É interessante destacar que a Linha de produtos Fórmula Natural, da mesma fabricante dos produtos Magnus, possui algumas apresentações de produto de 7 e 14Kg embaladas de forma fracionada, com pequenos pacotes internos de 500g respectivamente, o que propicia praticidade ao cliente. Com este conceito, o cliente pode abrir um pacote de 500g por vez, sem expor todo o alimento aos perigos de contaminação.
2 – Não deixe a embalagem armazenada diretamente no chão
A especialista esclarece que armazenar a embalagem diretamente sobre o piso pode propiciar a transferência de umidade para o produto, provocando a deterioração do alimento e desenvolvimento microbiano.
“Se o alimento estiver armazenado na lavanderia ou no canto de garagens abertas, por exemplo, certamente ele absorverá umidade e se deteriorará, facilitando a proliferação de fungos e bactérias”.
Outra preocupação nessas situações, é a possibilidade de roedores terem contato com o produto, pois estes podem, através da sua urina, transmitir a leptospirose. Também não é recomendado deixar o alimento do pet exposto por muito tempo, nos comedouros dos animais, pois seu odor atrai esses vetores de doença.
3- Vede bem o pote e o proteja do sol e da luz
O calor e a luz são também inimigos da boa conservação de alimentos para cães e gatos, pois podem alterar a qualidade do alimento. “Por isso, proteja o pote da luz e do calor, pois eles podem acelerar reações enzimáticas fazendo com o que produto perca sua qualidade”, conta ela.
4 – Mantenha o alimento em lugar limpo e higienize sempre o comedouro do pet
Como última dica, Valéria afirma que não adianta seguir todas essas recomendações se o recipiente de armazenamento do alimento e o comedouro estiverem em um local sujo. “Isso anula todos os cuidados anteriores. Mantenha o pote, o comedouro e a área em que eles ficam sempre limpos e contribua para a garantia da segurança alimentar do seu pet”, finaliza a responsável pela gestão da qualidade da Magnus.
O compromisso com qualidade e bem-estar animal rege a Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos. Fundada em 2002 a empresa se estabeleceu no mercado e está entre as maiores do País, atuando nas categorias de alimentos para animais: econômico, standard, premium, super premium, snacks e úmidos.
A marca ganha cada vez mais expressividade, através da figura do seu mascote, o cão Magnus, que aparece ao lado de Ana Maria Braga, em toda a comunicação visual da empresa.
A matriz está localizada em Salto de Pirapora – SP, com mais unidades fabris em Abreu e Lima – PE, Uberlândia – MG, e seis centros de distribuição: Paraná, Ceará, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e região metropolitana de Minas Gerais.
No Brasil, já se tornou comum um cenário nas cidades: pontes, passarelas e viadutos com ferragens expostas, trincas, rachaduras e até árvores crescendo entre fendas. Dessa forma, as obras de engenharia se tornaram uma das marcas das cidades feitas em concreto e a maioria, depois de um tempo, torna um risco para a sociedade. São viadutos, passarelas e pontes que se desfazem sem manutenção. Algumas, mesmo reformadas, vão precisar de obras constantes. O tempo, a maresia e o uso trabalham contra. Assim, a inspeção dessas obras de arte especial (OAE) se torna fundamental para diminuir o perigo de colapso dessas estruturas. A inspeção de estruturas de concreto é um conjunto de procedimentos técnicos e especializados que compreendem a coleta de dados necessários à formulação de um diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os requisitos de segurança estrutural, de funcionalidade e de durabilidade. E tudo deve ser feito conforme a norma técnica.
Mauricio Ferraz de Paiva
Alguns especialistas estimam que no país cerca de 20% das pontes, viadutos e passarelas existentes requerem detecção e tratamento de patologias de forma emergencial. Ou seja, necessitam de algum tipo de inspeção. A inspeção pode ser realizada em três níveis: estrutural, funcional e durabilidade.
Na parte estrutural, é verificado se a obra ainda tem a capacidade de sustentação pré-estabelecida no projeto; no levantamento funcional é levantado se a obra tem problema de pavimento, acessibilidade, impermeabilização e se há proteção aos pedestres. No levantamento de durabilidade entra uma análise de patologias como desgaste no concreto quando houver segregação, impacto de veículos, fissuras e presença de umidade.
A NBR 9452 (NB1018) de 04/2016 – Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto – Procedimento especifica os requisitos exigíveis na realização de inspeções em pontes, viadutos e passarelas de concreto e na apresentação dos resultados destas inspeções. A inspeção de estruturas de concreto é um conjunto de procedimentos técnicos e especializados que compreendem a coleta de dados necessários à formulação de um diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os requisitos de segurança estrutural, de funcionalidade e de durabilidade. A norma cita a sigla OAE – obra de arte especial, uma estrutura classificada como ponte, pontilhão, viaduto ou passarela.
Os tipos de inspeções considerados nesta norma são: cadastral; rotineira; especial; e extraordinária. A inspeção rotineira é a de acompanhamento periódico, visual, com ou sem a utilização de equipamentos e/ou recursos especiais para análise ou acesso, realizado em prazo não superior a um ano.
Na inspeção rotineira deve ser verificada a evolução de anomalias já observadas em inspeções anteriores, bem como novas ocorrências, reparos e/ou recuperações efetuadas no período. A inspeção rotineira deve conter: introdução contendo informações básicas, como rodovia e trecho inspecionado no caso de um lote de OAE; a classificação da OAE; os comentários quanto a eventuais alterações do estado geral da OAE detectadas em relação à inspeção anterior; ficha de inspeção rotineira contendo registro de anomalias de acordo com o Anexo B; registro fotográfico; e demais informações consideradas importantes para a inspeção.
A inspeção especial deve ter uma periodicidade de cinco anos, podendo ser postergada para até oito anos, desde que se enquadre concomitantemente aos seguintes casos: obras com classificação de intervenção de longo prazo; obras com total acesso a seus elementos constituintes na inspeção rotineira.
A inspeção especial deve ser pormenorizada e contemplar mapeamento gráfico e quantitativo das anomalias de todos os elementos aparentes e/ou acessíveis da OAE, com o intuito de formular o diagnóstico e prognóstico da estrutura. Pode ser necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso a todos os componentes da estrutura, lateralmente e sob a obra e, se for o caso, internamente, no caso de estruturas celulares. Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme Anexo F.
A inspeção especial deve ser feita antecipada quando: a inspeção anterior indicar uma classificação de intervenção em curto prazo (notas de classificação 1 e 2, conforme Tabela 1) nos seus parâmetros de desempenho estrutural e de durabilidade; forem previstas adequações de grande porte, como alargamentos, prolongamentos, reforços e elevação de classe portante. O procedimento para a inspeção especial deve seguir o roteiro apresentado no Anexo D.
A inspeção extraordinária é gerada por uma das demandas não programadas a seguir, associadas ou não: necessidade de avaliar com mais critério um elemento ou parte da OAE, podendo ou não ser gerada por inspeção anterior; ocorrência de impacto de veículo, trem ou embarcação na obra; ocorrência de eventos da natureza, como inundação, vendaval, sismo e outros.
A inspeção extraordinária deve ser apresentada em relatório específico, com descrição da obra e identificação das anomalias, incluindo mapeamento, documentação fotográfica e terapia recomendada. Pode ser necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso ao elemento ou parte da estrutura.
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme Anexo F. O fluxograma do Anexo C orienta os passos decisórios para as inspeções a serem realizadas. As OAE devem ser classificadas segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade e a gravidade dos problemas detectados, respeitando as Normas Brasileiras aplicáveis em cada caso.
Os parâmetros estruturais são aqueles relacionados à segurança estrutural da OAE, ou seja, referentes à sua estabilidade e capacidade portante, sob o critério de seus estados limites último e de utilização, conforme NBR 6118. Sob o ponto de vista de prioridades de ações de recuperação, é frequente estes parâmetros serem objeto de maior atenção, notadamente quando a obra apresenta sintomatologia já visualmente detectável de desempenho estruturalmente anômalo.
Por parâmetros funcionais entendem-se aqueles aspectos da OAE relacionados diretamente aos fins a que ela se destina, devendo, para tanto, possuir requisitos geométricos adequados, como: visibilidade, gabaritos verticais e horizontais. Deve proporcionar também conforto e segurança a seus usuários, apresentando, por exemplo, guarda-corpos íntegros, ausência de depressões e/ou buracos na pista de rolamento e sinalização adequada.
Designam-se por parâmetros de durabilidade aquelas características das OAE diretamente associadas à sua vida útil, ou seja, com o tempo estimado em que a estrutura deve cumprir suas funções em serviço. A inspeção subaquática é a inspeção detalhada dos elementos submersos da OAE, com o intuito de detectar e identificar as anomalias eventualmente existentes.
A classificação das obras consiste da atribuição de avaliação de sua condição, que pode ser excelente, boa, regular, ruim ou crítica, associando notas aos parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade. Essas notas de avaliação devem variar de 1 a 5, refletindo a maior ou menor gravidade dos problemas detectados. A classificação deve seguir o estabelecido na Tabela 1, que correlaciona essas notas com a condição da obra e caracteriza os problemas detectados, segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade.
Tabela 1 – Classificação da condição da obra de arte especial
As inspeções subaquáticas devem ser consideradas como parte integrante das inspeções especiais, quando realizadas em intervalos regulares, ou extraordinárias, quando realizadas em situações excepcionais decorrentes de alterações ambientais ou acidentes. As anomalias detectadas na inspeção subaquática devem ser registradas por recursos de mídia, além de toda documentação descrita no Anexo D. Na execução da inspeção subaquática devem ser observadas as recomendações das normas regulamentadoras de segurança pertinentes ao assunto.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
A Target recomenda e autoriza a reprodução e compartilhamento do conteúdo desta mensagem.
Se você vai ser mãe pela primeira vez, deve estar super feliz e na contagem regressiva para a chegada do bebê. Para que você possa desfrutar ainda mais desse momento tão especial, o melhor é estar preparada para evitar sustos e imprevistos com as despesas que surgirão. Conheça os principais gastos no primeiro ano de vida da criança e confira as dicas de Luciana Cattonny, publicitária e fundadora do site Real Maternidade.
-Fraldas
Cada bebê é único e a quantidade de fraldas necessária pode variar bastante. No entanto, em média, são usadas de 8 a 10 por dia até os 2 meses de idade, de 6 a 8 diariamente dos 3 aos 6 meses e cerca de 6 por dia entre os 6 meses e 1 ano de idade.
Um “chá de fraldas” pode ajudar você a economizar – e muito. Uma dica é não pedir muitas embalagens nos tamanhos P ou PP, e sim focar nas M e G. “Você não sabe o tamanho que o bebê vai nascer. Você vai ter que fazer um ‘test drive’ da fralda, ver qual veste melhor, qual não vaza tanto”, alerta Luciana.
Em vez das versões descartáveis, algumas mães preferem as fraldas ecológicas, que têm como vantagem, além da economia, a preservação do meio ambiente.
– Alimentação
“No primeiro ano de vida, é legal incentivar a amamentação”, afirma Luciana, lembrando, porém, que nem todas as mães podem amamentar. Alguns bebês podem ter alergia ao leite materno ou mesmo dificuldades na amamentação. Além disso, muitas mães acabam não tendo tempo ou mesmo leite suficiente para amamentar e precisam recorrer a fórmulas infantis.
Se você não puder dar leite materno ao seu filho, pesquise e compare os preços de fórmulas em diferentes supermercados, farmácias e lojas de produtos para crianças. De tempos em tempos, refaça essa pesquisa e fique atenta a promoções – mas sempre de acordo com a orientação do pediatra.
Se puder fazer papinhas em casa, também irá economizar – além de poder acrescentar na receita um ingrediente especial: o amor de mãe.
-Equipamentos
Ao providenciar equipamentos, como carrinho de bebê e cadeirinha de alimentação, é muito importante prestar atenção à segurança e ao conforto enquanto você procura um preço bacana.
“Ao comprar um carrinho de bebê, faça um teste. Veja se cabe no porta-malas, por exemplo”, sugere Luciana. Se for adquirir um usado, certifique-se de que esteja em bom estado e com os itens de segurança em ordem.
Ao pensar nos móveis para o quarto do bebê, vale dar uma olhada nos mais neutros. “Quando o bebê crescer, eles poderão ser aproveitados por mais tempo”. Se você faz questão de que seu filho tenha um quarto bem colorido, pode concentrar nas cores dos enfeites. Mas tudo depende de cada caso: pois se você sempre sonhou com um quartinho com móveis coloridos, banheira e cadeirinha cheias de cor, vá em frente – saiba apenas que você talvez terá que gastar com um novo quarto quando o seu filho deixar de ser um bebê.
– Roupinhas
Comprar roupas de bebê pode ser uma verdadeira tentação para as mamães, ainda mais para as de primeira viagem – mas contenha o impulso. “O bebê usa as roupas por muito pouco tempo”, explica Luciana.
Não é preciso comprar várias peças de uma vez. “Compre na medida em que o bebê for precisando”, recomenda. Geralmente, as mães ganham muitas roupas de presente.
Antes de o bebê nascer, leve em consideração em qual época do ano será o nascimento, para que você possa comprar as roupas apropriadas de acordo com as condições climáticas.
Uma alternativa para economizar é comprar as roupinhas em brechós, sejam físicos ou online, dá para conseguir muitas peças novinhas por um preço justo. Você também pode adquiri-las em brechós de grupos de WhatsApp. Outro atrativo nesses grupos é a agilidade. O que também pode ajudar a economizar é fazer a lavagem à mão para que elas durem mais.
-Brinquedos
Nem sempre os brinquedos mais caros são os que mais agradam os bebês. Às vezes, um simples objeto o agrada e o distrai muito mais. “O importante é que o brinquedo seja estimulante”, diz Luciana. Então, não é necessário gastar rios de dinheiro. Veja algumas dicas de brinquedos divertidos e baratos nesta matéria.
-Creche/babá
“Quando a mãe tem alguém da família com quem deixar os filhos, isso é ótimo e ela economiza”, afirma Luciana. Porém, nem todas contam com essa vantagem e precisam colocar os pequenos em creches, escolinhas ou recorrer a uma babá.
A escolha de onde ou com quem deixar a criança é de grande importância e você deve avaliar não apenas o quanto vai gastar, mas também a qualidade e a segurança de sua opção, além da proximidade da sua casa.
Carol Ruhman Sandler ganhou o prêmio de Destaques do ano: Personalidades em Finanças Pessoais – Saiba mais http://dinheirama.com/blog/2016/01/19/destaques-personalidades-financas-pessoais/
O uso das lâmpadas LED (Light Emitting Diodes) vem aumentando muito, devido ao seu baixo consumo de energia, vida útil mais longa e menor impacto ambiental. Contudo, elas devem atender aos requisitos mínimos com foco no desempenho energético, segurança elétrica e compatibilidade eletromagnética, conforme especificado nas normas técnicas. Com grande diversidade de modelos, esse tipo de lâmpada possui características específicas que o diferencia dos produtos que estão no mercado há mais tempo. Os LED são componentes eletrônicos que geram luz com baixo consumo de energia, ou seja, antes de comprar, confira nas embalagens o fluxo luminoso em lumens (lm) – quantidade de luz emitida; a potência em Watts (W) – consumo de energia elétrica; e a eficiência luminosa (lm/W) – relação do fluxo luminoso com a potência. Assim, podem durar, dependendo do modelo, pelo menos 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais do que as fluorescentes compactas. Entretanto, o tempo (em horas de funcionamento) estimado na embalagem não significa o tempo que ela vai levar para queimar e sim o período que a lâmpada passará a funcionar com mais ou menos 70% da capacidade luminosa original. Alguns fatores não relacionados com a qualidade do produto podem afetar sua durabilidade, como oscilações da rede elétrica ou mau contato no ponto de instalação e o não cumprimento dos requisitos técnicos disponibilizados nas normas em sua fabricação.
Mauricio Ferraz de Paiva
Basicamente, no mercado, existem dois tipos de LED: as de baixa potência, utilizadas para sinalização, árvores de Natal, decorações e situações que demandam baixa luminosidade, e as de alta potência, que emitem mais luz, podendo ser utilizadas para iluminação de ambientes que exijam maior luminosidade. As de alta potência podem variar em relação ao tipo de distribuição luminosa da lâmpada, que pode ser não direcional ou direcional.
As não direcionais são lâmpadas de iluminação geral, tal como eram as incandescentes. O foco é aberto e a distribuição de intensidade luminosa é uniforme em todo o entorno, possuindo um ângulo que pode variar entre 0° e 135°, simetricamente em torno do eixo vertical.
As direcionais têm o facho de luz dirigido, correspondendo a um cone com ângulo de abertura de 120° – produzido por um refletor que direciona a luz. Além dessas, existem as LED tubulares com o foco luminoso equivalente ao da fluorescente tubular.
As lâmpadas LED costumam ter tonalidades de cores que podem ser identificadas nas embalagens como temperaturas de cor, expressas em Kelvin (K). Essas temperaturas não estão associadas diretamente à quantidade de calor gerado pela lâmpada. A luz emitida passa por uma sequência de cores, que vai do vermelho ao laranja e daí para amarelo, branco e azul, tal como acontece com a ponta de um maçarico, por exemplo.
A NBR IEC 62031 de 05/2013 – Módulos de LED para iluminação em geral – Especificações de segurança especifica os requisitos gerais e de segurança para módulos de diodos emissores de luz (LED): módulos de LED sem dispositivo de controle integrado para operação sob tensão, corrente e potência constantes; módulos de LED com dispositivo de controle integrado para uso com alimentação cc até 250 V ou alimentação ca até 1.000 V em 50 Hz ou 60 Hz. A primeira edição de uma norma para segurança de módulos de LED para iluminação em geral reconhece a necessidade de ensaios pertinentes para esta nova fonte de luz elétrica, às vezes chamada de iluminação de estado sólido.
A ABNT IEC/PAS 62612:2013 – Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de iluminação geral – Requisitos de desempenhoespecifica os requisitos de desempenho para lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado, com tensão de alimentação até 250 V, juntamente com os métodos de ensaio e condições requeridas, previstas para uso doméstico e iluminação geral similar, tendo potência nominal de até 60 W; tensão nominal de até 250 V ca ou cc; bases da lâmpada de acordo com NBR IEC 62560. Os requisitos desta norma referem-se apenas aos ensaios de tipo.
Enfim, uma lâmpada incandescente de 60 W, que permaneça ligada quatro horas por dia, consome 7,2 kWh ao mês. Uma casa de cinco cômodos tem, em média, dez lâmpadas incluindo a garagem e a área de serviço. Levando-se em conta o custo de R$ 0,50/kW serão R$ 14,40 a pagar. Em comparação com uma lâmpada fluorescente compacta equivalente (15 W) o consumo é de 1,8 kWh/mês. No mesmo exemplo, seriam gastos R$ 3,60 com esta iluminação. Já com uma lâmpada LED de 8 W a economia é de 90% em comparação com a incandescente. Na mesma casa, o custo com a iluminação seria de R$ 1,92. Apesar do custo inicial de uma lâmpada LED ainda ser alto em relação às demais, o tempo de duração é dez vezes maior, o que compensa a troca e a manutenção.
Desde que foram lançadas, as lâmpadas LED têm evoluído em relação a uma característica que é chamada IRC (Índice de Reprodução de Cor). Nesse índice, a referência é a luz do sol, que é considerada 100%. Inicialmente, as lâmpadas LED apresentavam entre 60% e 65% de IRC; atualmente estão entre 85% e 90%, com tendência a subir.
Com a evolução do processo de construção do LED, estes componentes passaram a emitir luzes em cores diferentes, mesmo tendo uma carcaça transparente. Além disso, surgiram os LED capazes de reproduzir várias cores, sendo assim, um mesmo componente poderia criar centenas ou até milhares de cores diferentes.
Claro que para isso, a tecnologia no componente evoluiu muito, mas o modo de funcionamento continuou quase o mesmo. Através de um controle de alta precisão na corrente elétrica, o LED consegue emitir tonalidades de cores diferentes, o que se tornou um fator muito importante para as novas tecnologias que têm aderido este pequeno item da eletrônica.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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Eu recebo muitos e-mails de mulheres de todo o Brasil, que me contam suas histórias e pedem uma orientação. E todas estas histórias me tocam muito: são todas únicas, mas os problemas não são tão diferentes assim. É a garota que ainda mora com os pais e está com uma dívida gigantesca no cartão de crédito. É o casal que quer comprar um apartamento, mas ainda está afogado em dívidas. É a mulher que quer aprender a guardar dinheiro para poder investir. É a esposa que está infeliz no casamento, mas não consegue sair pois depende financeiramente do marido. É a profissional que quer muito abrir o negócio próprio para poder conciliar melhor a carreira e a família.
Hoje é o Dia Internacional da Mulher e todas estas histórias me apontam para uma única conclusão: a autonomia da mulher só vai acontecer no dia em que ela assumir o controle da sua vida financeira. O nosso trabalho no Finanças Femininas vai além da educação financeira: nossa missão é empoderar mulheres através das boas escolhas feitas com o seu dinheiro.
Todos nós temos nossos sonhos e objetivos, mas para chegar lá, é preciso ter planejamento. É preciso foco. Autocontrole. Disciplina. O que te motiva a se manter na dieta é o mesmo que pode te ajudar a enfrentar melhor todas as tentações no dia-a-dia para saber lidar melhor com o seu dinheiro. Todas temos desejos de consumo e impulsos, mas saber lidar com eles tendo as suas prioridades em vista pode te ajudar a fugir de muitas armadilhas.
Questões financeiras não se limitam a um gênero só, homens e mulheres terão que enfrentar ao longo de suas vidas pontos como crédito, poupança, investimento, seguros, financiamentos, e assim por diante. Só que os homens vêm fazendo isso há centenas de anos, enquanto nós, mulheres, começamos há pouquíssimo tempo. Nossa ascensão no mercado de trabalho começou para valer nos anos 1960, ao mesmo tempo em que pudemos ter um CPF e uma conta bancária individual. Como pensar que não existem diferenças na forma que um homem e uma mulher controlam a vida financeira?
Eu acredito que a educação financeira para mulheres muda o mundo. É o que vai mostrar para meninas que elas podem fazer e ser o que quiserem quando crescerem. Que vai ajudar tantas mulheres a se livrar de dívidas por besteiras e a questionar a relação com o consumismo. Que vai permitir que tantas mulheres saiam do seu emprego para empreender sem tanto sufoco. Que vai ajudar mulheres infelizes em seus casamentos a colocar um basta e deixar aquela pessoa que não lhes faz bem. É o que vai permitir que tantas de nós comecem a guardar dinheiro, aprender a investir e ir atrás dos nossos sonhos. Eles são possíveis – mas para isso, você vai ter que (re)aprender a ganhar, gastar e guardar dinheiro.
Os elevadores são equipamentos destinados ao transporte de cargas e passageiros em planos verticais e inclinados e são considerados os veículos mais seguros que existem. Diariamente, transportam milhões de pessoas em todo o mundo e falhas de segurança acontecem por vários fatores, normalmente provocadas pelos usuários ou por falta de manutenção adequada. Para o cálculo do tráfego nos elevadores, usa-se uma norma técnica, a NBR 5665, que determina as condições mínimas exigíveis para o cálculo de tráfego das instalações de elevadores de passageiros em edifícios, para assegurar condições satisfatórias de uso.
Mauricio Ferraz de Paiva
Um elevador é um sistema de transporte vertical projetado para movimentar as pessoas ou bens entre diferentes níveis ou andares. Ele pode ser usado tanto para subir ou descer em um edifício ou uma construção, sendo compatível com as peças mecânicas, elétricas e eletrônicas que trabalham juntas para alcançar um meio seguro de mobilidade.
E, por mais incrível que possa parecer, o princípio básico de funcionamento é o mesmo desde que foi inventado há mais de 150 anos atrás: fica ligado a um contrapeso por meio de cabos e polias, movidas por um motor que torna possível o sobe e desce vertical. Claro que hoje existem modelos mais modernos que contam com vários aditivos, tudo para garantir a segurança e a rapidez no transporte de pessoas: freios de emergência, um computador que calcula o caminho mais lógico a ser percorrido pela cabina e sensores que impedem o fechamento da porta quando há pessoas no caminho.
A cabina é montada sobre uma plataforma, em uma armação de aço constituída por duas longarinas fixadas em cabeçotes (superior e inferior). O conjunto cabina, armação e plataforma denomina-se carro. O contrapeso consiste em uma armação metálica formada por duas longarinas e dois cabeçotes, onde são fixados pesos (intermediários), de tal forma que o conjunto tenha peso total igual ao do carro acrescido de 40 a 50% da capacidade licenciada.
A cabina e o contrapeso deslizam pelas guias (trilhos de aço do tipo T), através de corrediças. As guias são fixadas em suportes de aço, os quais são chumbados em vigas, de concreto ou de aço, na caixa. O carro e o contrapeso são suspensos por cabos de aço ou novos elementos de tração que passam por polias, de tração e de desvio, instaladas na casa de máquinas ou na parte superior da caixa.
O movimento de subida e descida do carro e do contrapeso é proporcionado pela máquina de tração, que imprime à polia a rotação necessária para garantir a velocidade especificada para o elevador. A aceleração e o retardamento ocorrem em função da variação de corrente elétrica no motor.
A parada é possibilitada pela ação de um freio instalado na máquina. Além desse freio normal, o elevador é dotado de um freio de segurança para situações de emergência. O freio de segurança é um dispositivo fixado na armação do carro ou do contrapeso, destinado a pará-los, de maneira progressiva ou instantânea, prendendo-os às guias quando acionado pelo limitador de velocidade. Sua atuação é mecânica.
O limitador de velocidade, por sua vez, é um dispositivo montado no piso da casa de máquinas ou no interior da caixa, constituído basicamente de polia, cabo de aço e interruptor. Quando a velocidade do carro ultrapassa um limite preestabelecido, o limitador aciona mecanicamente o freio de segurança e desliga o motor do elevador.
Há uma sistemática de cálculo que permite avaliar se a quantidade de elevadores e a área das caixas previstas durante o desenvolvimento de um projeto serão satisfatórias para proporcionarem um transporte vertical adequado ao fluxo de pessoas do edifício. É indispensável para a fixação das especificações básicas dos elevadores e de seu número.
A NBR 5665 (NB596) de 04/1983 – Cálculo do tráfego nos elevadores fixa as condições mínimas exigíveis para o cálculo de tráfego das instalações de elevadores de passageiros em edifícios, para assegurar condições satisfatórias de uso. Aplica-se a todos os elevadores destinados ao transporte da população dos edifícios.
Para o cálculo de tráfego, a população deve ser consignada no projeto e estipulada em comum acordo entre o proprietário e o autor do projeto em função do espaço útil projetado do edifício atendendo os valores mínimos prescritos nessa norma. O tráfego deve ser calculado em função da população estipulada e atendendo aos percentuais das áreas de ocupação prescritos, objetivando o transporte de pessoas em edifícios destinados a: escritórios; apartamentos; hotéis; restaurantes; hospitais; escolas; edifícios-garagem com rampas, sem manobrista; e lojas ou centros comerciais. O cálculo de tráfego deve ser condensado em formulário próprio conforme modelo do Anexo A.
Quanto à lotação das cabinas, quando for projetada uma instalação que satisfaça as condições de capacidade e de intervalo de tráfego, pode ser ampliada, mesmo que esta modificação altere o cálculo do intervalo de tráfego, desde que atenda a relação entre a lotação e a área útil, conforme a Tabela 1 (disponível na norma).
A população de um edifício deve ser calculada baseada nas relações: escritório de uma única entidade: 1 pessoa por 7 m² de sala; escritório em geral e consultórios: 1 pessoa por 7 m² de sala; apartamentos: 2 pessoas por 1 dormitório, 4 pessoas por 2 dormitórios, 5 pessoas por 3 dormitórios, 6 pessoas por 4 dormitórios ou mais e 1 pessoa por dormitório de serviço; hotéis: 2 pessoas por dormitório; hospitais: 2,5 pessoas por leito; restaurantes: 1 pessoa por 1,5 m² de salão de refeição; escolas: salas de aula= 1 pessoa por 2m², salas de administração = 1 pessoa por 7 m², edifícios-garagem com rampas, sem manobrista: 1,4 pessoas por vaga e lojas e centros comerciais: 1 pessoa por 4 m² de loja.
Em qualquer tipo de edifício podem ser descontados 50% da população do pavimento imediatamente acima e/ou do pavimento imediatamente abaixo do pavimento de acesso, desde que estes pavimentos estejam situados a uma distância máxima de 5 m em relação ao pavimento de acesso. Nos edifícios escolares podem ser descontados 30% da população dos pavimentos acima e/ou imediatamente abaixo do pavimento de acesso, contidos dentro de uma distância máxima de 12 m em relação ao pavimento de acesso.
Nos edifícios de escritório, para efeito de cálculo da população, devem ser incluídas áreas de todos os compartimentos, independentemente de suas denominações, excluindo apenas aquelas que pela sua própria natureza não ofereçam quaisquer possibilidades de utilização como local de trabalho, ou que no interior destes compartimentos não se inscreva um círculo de 1,30 m de diâmetro. Para os compartimentos com área até 7,00 m², deve ser considerada uma pessoa; para os compartimentos com área maior que 7,00 m² e menores que 14,00 m² devem ser consideradas duas pessoas.
Em edifícios de escritórios pode ser reduzida em 15% a área de salas corridas que ocupam todo o pavimento, ou salas com área igual ou superior a 200 m². Em qualquer tipo de edifício pode deixar de ser computada a população dos pavimentos servidos por escadas rolantes, desde que estas tenham ligação ao pavimento de acesso e capacidade para transportar essa população.
Em qualquer tipo de edifício, as áreas de pavimentos utilizadas como restaurantes de utilização exclusiva, depósitos, garagens, mesmo quando servidas por elevadores, não deverão ser computadas para o cálculo da população.
Considerando-se o tráfego predominante de subida, os elevadores devem ser capazes de transportar em 5 min as seguintes porcentagens mínimas da população de um edifício: escritórios de uma única entidade: 15%; escritórios em geral e consultórios: 12%; apartamentos: 10%; hotéis: 10%; restaurantes: 6%; hospitais: quando houver tubos de queda, para roupa e lixo e monta carga para o serviço de nutrição: 8%; quando não houver essas condições: 12%; escolas: 20%; edifícios-garagem com rampa sem manobrista: 10%; e lojas e centros comerciais: 10%.
Enfim, para edifícios de médio e grande porte recomenda-se uma análise detalhada do projeto e orientações do fabricante que permitam alcançar a melhor performance de tráfego para o edifício. Vários municípios exigem a apresentação do cálculo de tráfego que demonstre estarem os elevadores atendendo aos preceitos mínimos exigidos pela norma, para que seja aprovado o projeto do edifício.
Posteriormente, para a expedição dos alvarás de instalação e funcionamento dos elevadores, esses municípios exigem que o cálculo de tráfego seja novamente apresentado, este feito pela empresa fabricante dos equipamentos. Recomenda-se que seja feito o cálculo de tráfego, pois esse é um instrumento de grande valia na fixação da solução mais adequada e mais econômica para o uso dos elevadores.
Para que se possa efetuar o cálculo, as seguintes variáveis deverão ser conhecidas: população do prédio, número de paradas dos elevadores, percurso dos elevadores, tipos de portas dos elevadores, capacidade das cabinas, velocidade dos elevadores e quantidade de elevadores. Para efeito do cálculo de tráfego, os elevadores com comando em grupo devem ter: as mesmas paradas; as entradas no mesmo hall; somente um pavimento principal de acesso definido em projeto; e a mesma destinação de uso.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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Wi-fi lento pode ser sinal de que existem muitos aparelhos conectados ao mesmo tempo. Para aqueles que desconfiam de que a conexão lenta esteja ocorrendo por conta de roubo de sinal, o site TechTudo montou um passo-a-passo para descobrir quantos dispositivos estão ligados à sua rede.
1 – Abra o Prompt de comando do seu computador clicando em “Windows+R” e digite a palavra cmd na tela que se abre;
2 – Digite o comando “ipconfig” e pressione enter;
3 – Procure pelo item “Gateway Padrão” da rede sem fio Wi-Fi e anote o número exibido;
4 – Abra seu navegador e digite o número exibido para acessar as configurações do seu modem;
5 – O aparelho solicitará o login e a senha do administrador. Digite-os e toque em “Fazer Login” para continuar;
6 – O local da lista, com os dispositivos conectados, pode variar. Com um modem DS-Link, estará em “Wireless>Station Info”. Procure também em “Device List”, “Attached Device”, “My Network” ou opções similares;
7 – Uma lista com os dispositivos conectados será mostrada junto com seus respectivos endereços MAC. Confira se eles batem com os dos seus dispositivos.
8 – Caso você constate que existe algum aparelho desconhecido conectado ao seu wi-fi, mude a senha.
Especialista em economia da Estácio recomenda reconhecer o que é necessidade e o que é desejo, listar o orçamento e somente depois planejar o que fazer
A segunda parcela do 13º deve ser paga até o dia 20 de dezembro, o que para muitos significa garantir as compras do Natal. Porém, segundo dados divulgados em outubro deste ano pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a principal fatia do 13º deve pagar gastos já contraídos: três de cada quatro brasileiros devem usá-lo para quitar dívidas. O número revela um crescimento de 8,8% se comparado ao mesmo período de 2014.
A gratificação natalina, nome correto do popular 13º salário, ocorre uma vez no ano e por isso não deve compor o orçamento mensal, de acordo com o professor Jorge Alberto Medeiros, especialista em Economia da Estácio Zona Norte e Romualdo. Para ele, é preciso reconhecer o que é necessidade e o que é desejo, listar a realidade orçamentária e somente depois planejar o que fazer com a gratificação.
“Infelizmente não temos a cultura do consumo planejado e até mesmo de guardar para consumir depois. Não podemos dizer que existe uma regra para gastar, porém, cada um precisa reconhecer sua capacidade de consumo e jamais ir além do que pode, como também não enxergar apenas os gastos somente de curto prazo, mas também no médio e longo, que são impactantes no orçamento”, orienta ele.
O consultor sugere, no entanto, que se a pessoa tem condições de realizar algum desejo deve fazer. “O consumo é salutar se for realizado de forma saudável para as finanças”, pondera. Assim, trocar algum aparelho que já não está funcionando bem (e pode estar causando gasto maior); trocar o veículo, se for oferecer mais conforto e segurança; fazer uma viagem ou passeio desejado, de forma que você retorne mais motivado para produzir mais e melhor; aplicar o recurso no aprendizado e no conhecimento com forma de buscar novas colocações no mercado de trabalho, são algumas das opções sugeridas pelo professor para utilizar o 13º.
Para as famílias que já estão pensando no material escolar, o especialista indica que gastar o salário extra nessas compras é uma excelente opção. “Sabe-se que nos meses de janeiro e fevereiro, principalmente, esse tipo de produto sofre uma elevação nos preços devido ao aumento da demanda por esses bens. A antecipação pode ser considerada um consumo planejado, pois busca evitar um gasto maior e, consequentemente, realizado na modalidade à vista, ainda tem a favor o poder de barganha para angariar descontos”.
Investir, para o economista Jorge Medeiros, continua sendo a melhor opção, principalmente diante da situação econômica que o Brasil enfrenta. Porém, esse investimento só deve ser realizado se o retorno for melhor do que outras atividades a serem realizadas. Por exemplo, se a rentabilidade de uma aplicação financeira for menor que os juros da dívida do cartão de credito, é melhor pagar a dívida do que realizar a aplicação.
No mercado brasileiro, há pouco tempo, começaram a surgir as chupetas e mamadeiras customizadas totalmente sem especificações normativas, alterando as características originais dos produtos com a fixação de partes pequenas como cristais, pérolas, miçangas e adereços em geral. Muitas com pintura de elementos decorativos e alteração da cor do produto. Esses processos de customização podem comprometer a segurança dos usuários, expondo-os a potenciais riscos de asfixia pela aspiração ou ingestão de partes pequenas adicionadas aos produtos. Todas as chupetas, mamadeiras e bicos de mamadeiras, comercializadas no país, devem atender aos requisitos mínimos de segurança definidos nas normas técnicas.
Mauricio Ferraz de Paiva
Mamadeiras de vidro ou de plástico? Bico de chupeta de látex ou silicone? Há, no mercado, diversas opções e as mães ficam confusas na hora de comprar. Os especialistas alertam que o plástico, tanto das mamadeiras como de potes em geral, pode liberar uma substância prejudicial às crianças: o bisfenol A, também conhecido pela sigla BPA.
Assim como nas mamadeiras, as chupetas fabricadas com matéria-prima que contenham bisfenol podem fazer mal à saúde. Soma-se a isso a discussão sobre os danos que as chupetas podem causar à arcada dentária das crianças, determinando mais tarde a busca por tratamento com ortodontistas. Dessa forma, as chupetas, mamadeiras e bicos fabricados ou importados comercializados no Brasil devem passar por ensaios, para que se verifique o atendimento aos requisitos mínimos de segurança. Esses produtos só podem ser colocados no mercado se estiverem certificados de acordo com as especificações das normas técnicas.
A NBR 10334 de 11/2003 – Segurança de chupetas fixa os requisitos exigíveis para a fabricação de chupetas, incluindo formas de embalagem e recomendações de uso, em função da segurança, com exceção das chupetas para uso terapêutico, tais como as que contêm termômetros, as que se destinam a aplicar medicamentos, entre outras. Os materiais empregados na fabricação de chupetas devem ser de elastômero, plástico ou combinação destes.
As chupetas não devem ter plásticos, elastômeros, película de tinta, verniz, ou acabamentos similares que contenham antimônio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cromo. Mercúrio e selênio ou os seus compostos solúveis em proporções excedentes aos máximos expostos na tabela 1 disponível na norma. Os ensaios devem ser realizados de acordo com o anexo C. As chupetas não devem ter migração total superior a 50 mg/kg por peça, para cada parte, quando ensaiadas de acordo com o anexo B.
A quantidade de ditiocarbamatos, tiouramas e xantogenatos em partes feitas de compostos de elastômero, exceto silicone, migrável no líquido de cessão, é expressa em sulfeto de carbono e não deve ser superior a 1 ppm, quando ensaiada de acordo com o anexo B. A quantidade de peróxidos em partes feitas de silicone, não em partes de borracha ou de látex natural, migrável do líquido de cessão, é expressa em oxigênio ativo. A quantidade de oxigênio ativo presente não deve ser superior a 3 ppm, quando ensaiada de acordo com o anexo B.
As chupetas, bicos, mamadeiras ou protetor de mamilo feitas de elastômeros não podem conter mais de 10 ppb (partes por bilhão) de nenhum tipo de N-nitrosaminas. Adicionalmente, o total de N-nitrosaminas não deve exceder 20 ppb (partes por bilhão) e o teor de N-nitrosáveis não deve exceder 100 ppb (partes por bilhão). Deve-se ensaiar de acordo com ASTM F 1313 ou EN 12868.
As partes de chupetas confeccionadas em PVC não devem apresentar monômeros com teores superiores a 1 mg/kg. A tolerância máxima, como presença acidental, deve ser 0,1% (m/m) no material. Deve-se ensaiar de acordo com o anexo B da NBR 13883:1997.
A chupeta deve permanecer intacta, sem sinais visíveis de fratura ou rachadura no escudo, anel, botão e bico, quando ensaiada de acordo com o item 6.2. A chupeta não deve mostrar sinais visíveis de fratura ou rachadura no escudo, anel e pino, e não deve existir dano permanente no bico que possa tornar a chupeta imprópria para o uso, quando ensaiada de acordo com 6.3.
A chupeta deve permanecer perfeita e sem distorção permanente que impeça seu uso, e não deve apresentar qualquer sinal de dano visível no bico, esta condição é complementada pela resistência à tração vertical. Não deve mostrar sinal visível de quebra ou rachadura no escudo, anel ou pino, ou sinal de dano no bico.
O bulbo deve ser feito de elastômero ou plástico e pode ser oco ou sólido. Quando montado, ou após se apresentar como peça única, seu comprimento à frente do escudo deve ser de 25 mm ± 2 mm para o tamanho 1 (0 – 6 meses) e 29 mm ± 2 mm para o tamanho 2 (maiores de 6 meses), e 33 mm ± 2 mm para o tamanho 3 (não recomendado para menores de 18 meses) quando medido no gabarito mostrado na figura A.2. A superfície externa deve ser lisa, sem falhas, fendas ou orifícios. Um bico oco não deve conter qualquer objeto solto internamente.
O escudo pode ser de material flexível ou rígido. O escudo redondo deve ter no mínimo 40,0 mm de diâmetro externo para os materiais rígidos. Os escudos para os demais casos devem atender ao requisito de não atravessar o gabarito de medida, quando posicionados na direção de sua maior dimensão coincidindo com o eixo maior do gabarito. O escudo deve ter a superfície lisa, com bordas arredondadas, satisfazendo o requisito de não ter borda cortante ou ponta aguda.
Já os fabricantes brasileiros de mamadeiras e bicos precisam cumprir obrigatoriamente a NBR 13793 de 08/2012 – Segurança de mamadeiras e de bicos de mamadeiras que estabelece os requisitos mínimos para a fabricação e comercialização de mamadeiras e de bicos de mamadeiras, incluindo recomendações de uso. Segundo a norma, na fabricação de mamadeiras e bicos não podem ser empregadas matérias-primas originárias de varreduras e rejeito de natureza ou de composição diferente daquela que está sendo utilizada na produção normal. As de policarbonato, por conterem bisfenol A (BPA) não podem ser fabricadas e comercializadas no Brasil de acordo com a Resolução 41/2011. As de vidro só com vidro borossilicato e sódio cálcico.
E como saber se a mamadeira possui o BPA? Para a identificação, procure por um número na embalagem, geralmente gravado no fundo. Os plásticos de números 3 e 7 são os que trazem maior risco de liberarem a substância após o contato com líquidos aquecidos ou detergentes fortes. Os de número 5 não apresentam riscos. Existem também produtos com o alerta livre de BPA.
Baseado em estudos toxicológicos, a European Food Authority (EFA) estabeleceu um limite diário de consumo de BPA em 50 microgramas por kg de massa corporal. No entanto, o limite não inclui estudos feitos sobre o impacto hormonal do BPA, que normalmente são difíceis de interpretar.
A equipe de pesquisa do Konrad Hungerbühler’s Safety and Environmental Technology Group começou determinando quais doses eram absorvidas por quais produtos. Isso foi feito medindo a concentração do BPA em vários alimentos e outras fontes relevantes. O resultado foi multiplicado pelo total absorvido pela pessoa, dado já coletado em estudos anteriores. Por último o total acima foi dividido pelo peso do consumidor. Os pesquisadores chegaram então a doses individuais de 17 fontes estudadas para obter o valor médio de consumo de BPA para cada grupo de idade.
O estudo revelou que os bebês que absorvem mais BPA são os que mamam em mamadeiras com BPA, em média ingerindo 0,8 microgramas por quilo de massa corporal através do contato do leite com a garrafa. Esse montante é abaixo do que é permitido legalmente.
Pesquisas demonstraram que em ratos, mesmo doses muito pequenas, podem ter um impacto negativo. A exposição diminui com a idade, embora o estudo relate que a exposição também depende da dieta e do estilo de vida: pessoas que ingerem alimentos enlatados, esquentam comida em embalagens plásticas feitas com policarbonato no forno micro-ondas ou acabaram de fazer ou refazer obturações com resina epóxi são expostas a uma maior dose de BPA.
A solução parece ser a volta das mamadeiras de vidro, que sumiram do mercado. Atualmente, só existem marcas estrangeiras, mais caras, mas nunca precisam ser trocadas, a não ser que quebrem, são muito mais ecológicas, completamente inócuas, e não fazem mal à saúde.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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São vários os produtos usados para o tratamento acústico ou isolamento térmico. A escolha e a maneira da disposição deles dependem se a pretensão é corrigir, reduzir ou eliminar o ruído ou o calor. Forros e paredes recheadas com lãs minerais podem corrigir o tempo de reverberação do som/calor e a sua propagação, mas se deve tomar cuidado com os índices de absorção acústica e de calor, porque quando em excesso podem impedir que uma pessoa, por exemplo, em uma sala de aula, escute o professor ou sofra com calor ou frio. A escolha do forro ou revestimento precisa levar em conta a taxa de ocupação do ambiente, a sua durabilidade, estabilidade e, principalmente, a resistência ao fogo. Dessa forma, os produtos para tratamento acústico ou isolamento térmico têm muita importância para a diminuição dos riscos e todos eles, comercializados no país, devem atender a requisitos mínimos, visando à segurança contra incêndios em edificações. E todos precisam ser fabricados de acordo com as normas técnicas.
Mauricio Ferraz de Paiva
O alerta para os perigos dos produtos usados para o tratamento acústico ou isolamento térmico veio depois de alguns incêndios em estabelecimentos comerciais. O da boate Kiss, em janeiro de 2013 no Rio Grande do Sul, revelou que o ambiente dispunha de revestimento acústico constituído por espuma flexível de poliuretano, não aditivada com retardantes de chama, que em contato com as faíscas de um artefato pirotécnico sofreu ignição imediata e contribuiu para a rápida propagação do fogo e desenvolvimento de fumaça tóxica, culminando com a morte de 242 pessoas.
Igualmente, alguns estudos concluíram que outros produtos para tratamento acústico ou isolamento térmico usados na construção civil, além da espuma de poliuretano, também podem ser combustíveis e, em situações de incêndio, contribuir para o seu agravamento. São considerados produtos para tratamento acústico ou isolamento térmico de ambientes as espumas, mantas e painéis, de material polimérico ou de materiais fibrosos em geral, ensacados/revestidos ou não, que são empregados em elementos construtivos das edificações (estruturas, paredes, divisórias, pisos, forros e coberturas) e em tubulações das instalações de serviço visando: reduzir a transmissão de calor e de som aéreo através desses elementos; promover ou reduzir a reflexão sonora em suas superfícies; e/ou reduzir a transmissão de ruído de impacto, também em suas superfícies.
Na verdade, existe uma categoria de enquadramento dos produtos de acordo com o seu comportamento em relação ao fogo, que é determinado em função da sua combustibilidade/incombustibilidade; densidade ótica da fumaça produzida; fluxo crítico; índice da taxa de crescimento do fogo; índice de propagação superficial da chama; liberação total de calor; produção total de fumaça; propagação lateral da chama; propagação vertical da chama; taxa de crescimento de fumaça. As características determinadas para classificação dos produtos para tratamento acústico ou isolamento térmico variam de acordo com o tipo de utilização do produto.
Os resultados encontrados com este método refletem o desempenho do piso, incluindo qualquer substrato, se utilizado. Modificações nos apoios, ligações com o substrato, camadas inferiores ou outras modificações no piso podem afetar os resultados do ensaio. Esta norma é aplicável para a medição e descrição das propriedades dos pisos em resposta ao calor e à chama em condições laboratoriais controladas. Não convém que ela seja utilizada sozinha para descrever ou classificar o risco ou perigo de fogo de pisos em condições de fogo reais.
A NBR 9442 de 08/1986 – Materiais de construção – Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante prescreve o método para determinar do índice de propagação superficial de chama em materiais de construção. O isolamento protege o usuário das interferências de ruídos e da temperatura, tanto internos quanto externos, pois ele tem o objetivo de barrar a entrada e/ou saída dos ruídos/calor entre cômodos de um apartamento, por exemplo. Também tem a função de barrar os ruídos de dentro para fora, caso típico de casas de shows, casa noturnas, bares e restaurantes que não podem deixar o som invadir a vizinhança.
Existem produtos para isolamento sonoro que podem ser aplicados em pisos, paredes, forros, tubulações hidráulicas e muito mais. Geralmente, estes produtos fazem parte de um sistema isolante, portanto, na maioria das vezes, não ficam aparentes no ambiente. Um exemplo disso é a própria lã de vidro, elemento indispensável para garantir o isolamento acústico entre os ambientes.
O tratamento acústico é o fenômeno que minimiza a reflexão das ondas sonoras num mesmo ambiente. Ou seja, diminui ou elimina o nível de reverberação (que é uma variação do eco) num mesmo espaço. Nestes casos se deseja, além de diminuir os níveis de pressão sonora do recinto, melhora o nível de inteligibilidade. A reflexão de som por superfícies é extremamente importante em auditórios e recintos em que a boa audibilidade seja necessária. Por outro lado, onde for necessário atenuar o ruído e controlar o espalhamento do som, é necessário tratar as superfícies de tal modo que reduzam a energia sonora refletida. Isto quer dizer: a parte da onda que não for absorvida ou transmitida, é refletida de volta para o recinto.
O barulho ou o calor excessivo influenciam diretamente no bem-estar e na saúde das pessoas e por isso o isolamento acústico e térmico na construção civil é um tema de extrema importância. Devido ao avanço das novas tecnologias, o setor passou adotar materiais e sistemas com menor espessura nas edificações que, apesar de garantirem a estabilidade das obras, prejudicam o seu desempenho acústico e térmico.
Existem normas técnicas que estabelecem os critérios e métodos de avaliação para alguns sistemas que compõem uma edificação, como conforto térmico e acústico, proteção ao fogo, estanqueidade e ciclo de vida da edificação, divididos em seis partes: requisitos gerais, sistemas estruturais, sistemas de pisos, de vedações verticais internas e externas, de coberturas e hidrossanitários. No que diz respeito ao isolamento sonoro, a principal mudança foi a abrangência da normativa, já que agora todos os edifícios novos construídos, independente do número de andares, devem atender às especificações acústicas a fim de garantir a qualidade de vida dos que nele residem.
Enfim, as máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Da mesma forma, os ruídos e a temperatura provenientes dos meios urbanos podem ocasionar sérios transtornos dentro das edificações, degradando a qualidade de vida da população.
Os principais materiais empregados na construção civil como os blocos cerâmicos, de concreto e o próprio concreto armado já possuem certa característica isolante, nem sempre suficiente para determinadas aplicações em que se necessite de elevado grau de atenuação. Para esta atenuação suplementar pode-se empregar, por exemplo, lã de vidro, lã de rocha, espuma acústica, fibra mineral, etc.
Esses materiais podem ser aliados a utilização do processo dry-wall, técnica atual e bastante difundida no Brasil. Contudo, só existe conforto quando há um mínimo de esforço fisiológico em relação ao som (e a luz, ao calor e à ventilação) para a realização de uma determinada tarefa. Um ambiente confortável proporciona bem estar e harmonia quando as necessidades são atendidas.
As principais variáveis do conforto acústico e térmico são: entorno (tráfego), a arquitetura, o clima (ventilação, pluviosidade) e orientação/implantação (materiais, mobiliário). É importante ressaltar que tudo na natureza tem propriedades acústicas e térmicas, mas a capacidade de absorção varia em função do material. A capacidade de absorção é quando, por meio da transformação vibratória em energia térmica, o material pode dissipar a energia sonora.
Enfim, os os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não devem acarretar riscos à saúde e à segurança do consumidor, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se o fornecedor a prestar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. Assim, lã de vidro, lã de rocha, vermiculita, espumas elastoméricas, fibra de coco, etc. devem ser fabricadas com os requisitos mínimos de segurança, principalmente contra o fogo.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Consolidando-se nos últimos anos como a maior provedora de informações tecnológicas da América Latina, a Target oferece uma excelente prestação de serviços e atendendo prontamente às necessidades de seus clientes e usuários, dos mais diversos segmentos corporativos. A Target desenvolve soluções para facilitar o acesso e gerenciar informações tecnológicas para as maiores empresas e profissionais do país e, através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, oferece hoje muito mais do que simples informações ao mercado em que atua.
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Os consumidores possuem várias opções para os sistemas de aquecimento de água: a gás, solar, elétrico e híbrido, e qual é a melhor opção? A resposta: é preciso analisar vários fatores, ponderar entre os valores para finalmente decidir pelo mais conveniente mas, contudo, sem ter certeza absoluta de ter escolhido o melhor. Cada um deles tem as suas vantagens e desvantagens. O importante e fundamental: que sejam fabricados de acordo com as normas técnicas para oferecer segurança aos usuários.
Mauricio Ferraz de Paiva
O mais conhecido de todos é o chuveiro elétrico, que pode ser considerado um sistema de aquecimento localizado. A água quente é fornecida diretamente na mesma unidade onde será aquecida. Os aquecedores de passagem são também chamados de aquecedores rápidos. Podem ser elétricos ou a gás. Existem também os aquecedores de passagem à gás. Os aquecedores de acumulação podem ser elétricos, a gás ou solares.
Segundo os especialistas, dos sistemas existentes, o que tem demonstrado mais economia durante o uso e menor impacto ambiental é o solar por causa da gratuidade da fonte de energia A energia solar é obtida por meio de uma tecnologia de coleta da radiação em equipamentos que a transformam em energia térmica, aquecendo então a água que seguirá para um reservatório térmico, onde fica disponível para o banho.
A instalação de placas coletoras e de um reservatório térmico em uma residência pequena, por exemplo, gera uma economia no consumo de energia (comparando com a energia elétrica e o gás) que pode pagar o investimento inicial, orçado por volta de R$ 2.000,00, em um intervalo de tempo de um a dois anos, dependendo do uso do equipamento. A difusão do aquecimento solar em larga escala pode provocar ganhos relevantes também para o meio ambiente.
Os modelos híbridos de aquecimento – aquele que combina energia solar com elétrico ou o solar com o gás – podem ser considerados como as soluções mais adequadas. Por exemplo, o solar/elétrico reúne as vantagens do chuveiro elétrico com as do coletor solar, permitindo economia de energia elétrica na maior parte dos dias em que o aquecimento da água seria feito pela energia solar e a complementação do aquecimento, quando necessária, seria fornecida pelo sistema elétrico.
Para o consumidor, as vantagens e as desvantagens dos sistemas de aquecimento variam de um para outro, sendo necessário considerar para fazer a avaliação a mesma vazão de água e de temperatura. O sistema elétrico, por exemplo, é mais vantajoso na hora da aquisição do chuveiro, com custo relativamente baixo, porém, o custo da energia elétrica para operação do equipamento – pelo lado da geração, transmissão e distribuição – é cada vez mais alto.
Já o solar implica em custo alto para a instalação das placas solares e custo praticamente zero de funcionamento. Já o preço de aquisição do sistema à gás é pouco inferior ao do aquecedor solar e os custos de operação estão em posição intermediária entre o solar e o elétrico.
O híbrido solar/elétrico, por sua vez, tem preço de aquisição alto, principalmente por causa do aquecedor solar, e custo de operação baixo, porque pode atender cerca de 70% das necessidades de água quente de uma residência sem necessidade de aquecimento elétrico. Para os 30% restantes, em dias de chuva e céu nublado, o chuveiro elétrico entra em funcionamento. Quanto ao híbrido solar/gás, a aquisição é alta e o custo de operação é mais baixo que o híbrido solar/elétrico, porque o custo do gás é mais baixo do que a o da eletricidade para cumprir a mesma função.
Os usuários devem se lembrar que o sistema elétrico tem custo alto de produção porque as usinas precisam disponibilizar eletricidade para atender a demanda da população principalmente nos horários de pico, das 17 às 20 horas. O solar tem custo baixo de infraestrutura, exigindo apenas que haja por parte do governo linhas de financiamentos para aquisição dos equipamentos.
Em comparação, o gás tem custo médio devido ao investimento necessário para canalização do gás natural ou na logística de distribuição dos botijões. O sistema híbrido solar/elétrico se torna viável porque diminui a demanda por eletricidade e reduz a pressão para construção de novas usinas geradoras de energia elétrica. O híbrido solar/gás também é considerado interessante por não demandar energia elétrica, podendo significar o desligamento permanente de algumas termelétricas que entram em funcionamento somente nos horários de pico para atender a demanda de energia dos chuveiros elétricos.
Quanto às normas técnicas, a NBR 15569 de 02/2008 – Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto – Projeto e instalação estabelece os requisitos para o sistema de aquecimento solar (SAS), considerando aspectos de concepção, dimensionamento, arranjo hidráulico, instalação e manutenção, onde o fluido de transporte é a água. Aplica-se ao SAS composto por coletores solares planos, com ou sem reservatórios térmicos, e com eventual sistema de aquecimento de água auxiliar. Não é aplicável ao aquecimento de água de piscinas nem a sistemas de aquecimento solar em circuito indireto.
A NBR 16057 de 04/2012 – Sistema de aquecimento de água a gás (SAAG) – Projeto e instalação estabelece os requisitos para o projeto (contemplando concepção, dimensionamento,arranjo hidráulico e especificação de componentes, entre outros) e a instalação (contemplando montagem, ensaios, entre outros) de Sistema de Aquecimento de Água a Gás (SAAG) para sistemas prediais e uso humano. Aplica-se aos seguintes gases combustíveis: gás natural (GN), gases liquefeitos de petróleo (GLP, propano, butano) em fase vapor e mistura ar e GLP. Não é aplicável na geração de vapor e ao aquecimento de água para processos industriais.
A NBR 16305 de 09/2014 – Aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água – Requisitos de desempenho e segurança especifica as condições de desempenho e segurança aplicadas a aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água, de uso doméstico ou similar, destinados ao aquecimento da água à temperatura abaixo do seu ponto de ebulição, cuja tensão nominal não seja superior a 220 V, para aparelhos monofásicos, e 380 V para outros aparelhos. Os elementos de aquecimento incorporados aos aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água podem ser blindados ou nus.
Quanto à manutenção, existe a NBR 13971 de 01/2014 – Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento – Manutenção programada que estabelece orientações básicas para as atividades e serviços necessários na manutenção de conjuntos e componentes, em sistemas e equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento. Esta norma, em conformidade com a NBR 16401-1, aplica-se a equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento voltados ao atendimento das exigências de qualidade do ar, conforto e processo, respeitando-se as condições de referência.
Para a execução da manutenção programada, a instalação deve atender aos seguintes itens: facilidade de acesso; iluminação adequada para a prática das atividades; ponto de energia elétrica compatível com as atividades a serem desenvolvidas; pontos de água e de drenagem; ponto de ar comprimido (recomendável); ponto de internet (recomendável); sala de máquinas limpa e desimpedida, livre de objetos que não tenham uma função determinada neste local; estar operando sem pendências provenientes da necessidade de intervenções corretivas, ou seja, nas condições de referência.
Quanto à documentação, é necessário disponibilizar para a equipe de manutenção os documentos técnicos referentes à instalação, como: projeto, memorial descritivo, folhas de dados, manuais de operação e manutenção, fichas de partida e outros. Os intervalos para as atividades periódicas não estão indicados nesta norma e devem ser definidos pelo profissional habilitado, considerando-se os seguintes aspectos: tipo de equipamento; tempo efetivo de operação; regime de operação; tipo de aplicação; grau de agressividade do ambiente; disponibilidade da instalação para manutenção; e fatores específicos da instalação.
As atividades apresentadas nesta norma definem as tarefas aplicáveis à maioria dos conjuntos e dos componentes dos sistemas e equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento. As atividades estão estabelecidas nas Tabelas 2 a 14 (disponíveis na norma), classificadas em dois tipos: P = atividades periódicas a serem executadas em intervalos de tempo regulares, preestabelecidos; e S = atividades a serem executadas, se necessário, em função de avaliação durante os serviços de campo.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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O manejo ou a disposição dos resíduos sólidos urbanos no Brasil é um dos maiores problemas no Brasil, mesmo com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos que ainda está distante de produzir resultados concretos. A Lei estabeleceu alguns procedimentos e ações a serem seguidos e determinou prazos específicos para cumprimento de algumas delas. É o caso da apresentação de planos de gestão de resíduos sólidos pelos estados e municípios brasileiros. Hoje, 7% das cidades não concluíram os seus planejamentos e mais de 65% dos municípios das regiões Norte e Nordeste não conseguiram apresentar os seus planos após o prazo de dois anos concedido pela Lei. A carência dos serviços básicos de gestão de resíduos (coleta e destinação adequada) traz diversos e graves prejuízos para a sociedade, a começar com a contaminação do meio ambiente que, além do impacto na qualidade ambiental e da saúde pública, traz uma grande demanda de recursos para posterior remediação e culmina com o desperdício de recursos que poderiam ser aproveitados através de processos de recuperação, reciclagem e tratamento adequados. Dessa forma, é emergencial que as ações sejam sustentadas pelos recursos humanos e financeiros, a fim de que possam ser efetivadas e que sejam feitas conforme as normas técnicas.
Mauricio Ferraz de Paiva
Os resíduos sólidos urbanos são vulgarmente denominados por lixo urbano e resultantes da atividade doméstica e comercial das cidades. A sua composição varia de população para população, dependendo da situação socioeconômica e das condições e hábitos de vida de cada um. Restos de comida, papel e papelão, plásticos, vidro, latas, roupas, óleos de cozinha e de motor, resíduos informáticos, etc. são gerados pelos brasileiros, estimando-se que cada pessoa produza, em média, 1,3 kg de resíduo sólido por dia. Desta forma, uma pequena cidade de apenas 10.000 habitantes produziria cerca de 10 toneladas de lixo diariamente.
58,3 % desse material seguem para aterros sanitários e 41,7% restantes, ou seja, 79 mil toneladas diárias, são encaminhadas para lixões ou aterros controlados, os quais pouco se diferenciam dos lixões, uma vez que ambos não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações. E, mesmo com uma legislação mais restritiva, a destinação inadequada e faz presente em todas as regiões e estados brasileiros e 3.344 municípios, correspondentes a 60,0% do total, ainda fazem o uso de locais impróprios para destinação final dos resíduos coletados.
O lixo oferece água, alimento e abrigo, dando condições para o desenvolvimento de animais como mosca, rato, barata, escorpião, pulga, piolho, mosquito, etc., que transmitem ou são vetores de várias formas de doenças. Por exemplo, os ratos que vivem em ambientes com acúmulo de lixo podem ser os vetores da leptospirose entre outras doenças.
Assim, os resíduos sólidos descartados de forma inadequada causam problemas ao meio ambiente, pois a decomposição da matéria orgânica gera líquidos (chorume) e gases, poluindo a água, solo e ar. Outro problema observado é o assoreamento quando eles são dispostos às margens do rio, contaminação da área (solo) por um longo período impossibilitando o uso para a agricultura, desvalorização da terra e deterioração da paisagem.
Essa norma é indicada para uma gestão compartilhada, ou seja, quando dois ou mais municípios trabalham juntos para solucionarem um problema em comum, como, por exemplo, na construção e operação de um aterro sanitário para utilização pelos municípios vizinhos. Ela estabelece as condições mínimas exigidas para as instalações de pequeno porte para a disposição final de resíduos sólidos urbanos. Estabelece também as condições para a proteção dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos, bem como a proteção do ar, do solo, da saúde e do bem-estar das populações vizinhas.
Deve-se destacar que a maior parte dos municípios brasileiros tem pequena população e apresenta contextos ambientais bem diversificados. Nestes municípios, ou associações de municípios, sempre que as condições físicas permitem, é possível a implantação de sistemas de disposição final simplificados, em razão das pequenas quantidades e das características dos resíduos gerados diariamente, sem prejuízo do controle de impactos ambientais e sanitários.
As normas existentes, especialmente as NBR 8419:1992 e NBR 13896:1997, tratam, de forma abrangente, dos aterros de resíduos, independentemente do porte. No entanto, entende-se que algumas estruturas ou sistemas comuns a esses empreendimentos podem, sob certas condições, ser facultativas em aterros de pequeno porte.
Assim, a norma contém prescrições para a localização, projeto, implantação, operação e encerramento de sistemas de disposição final simplificados e define os condicionantes físicos locais que permitem sua adoção. A disposição de resíduos no solo não deve comprometer a qualidade das águas subterrâneas, conferindo-lhes características indesejáveis e em desacordo com a sua classificação, sendo recomendável que seja realizado o monitoramento das águas subterrâneas.
Tal monitoramento deve ser realizado no mínimo a partir de amostras de um poço de monitoramento à montante e outros três à jusante do empreendimento, não alinhados com o sentido de fluxo subterrâneo das águas. A eventual supressão do monitoramento ou sua implementação sob outros critérios deve ser devidamente justificada pelo projetista e autorizada pelo órgão de controle ambiental.
Devem ser previstas medidas para a proteção das águas superficiais, respeitando-se as áreas de preservação permanentes de corpos de água. O manejo de águas pluviais é obrigatório, mediante implantação de sistemas compatíveis com a macrodrenagem local e capazes de suportar chuva com períodos de recorrência equivalentes ao da vida útil do aterro sanitário de pequeno porte, que impeçam: o acesso ao maciço do aterro de águas precipitadas no entorno; e o carreamento de material sólido e líquidos percolados para fora da área do aterro.
As soluções para drenagem, reservação e tratamento dos lixiviados devem ser adotadas sempre que houver impermeabilização complementar. Devem ser ainda adotadas nos casos em que não houver impermeabilização complementar e a permeabilidade da camada de solo entre a base do aterro e o freático possibilitar o acúmulo de líquidos ou comprometer a estabilidade do maciço. Estas soluções podem ser dispensadas quando o balanço hídrico indicar a ausência de líquidos a serem drenados.
Em resumo, o projeto de um aterro sanitário de pequeno porte deve conter todas as informações técnicas necessárias para a adequada implantação de todos os seus componentes físicos, informações essas a serem convenientemente apresentadas sob a forma de desenhos técnicos (projeto gráfico e detalhamento construtivo), memorial descritivo, memorial técnico de dimensionamento, planos de operação, de monitoramento e de fechamento da instalação, com sufi ciente nível de detalhes.
O projeto deve ser elaborado por profissional (is) devidamente habilitado(s) pelo conselho profissional correspondente. Todos os documentos técnicos e todas as peças do projeto gráfico devem conter a assinatura e o número de registro no conselho Profissional do(s) profissional (is), com apresentação da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Os projetos apresentados devem ser obrigatoriamente constituídos do memorial descritivo; do memorial técnico (memória de cálculo); do projeto gráfico. As unidades adotadas devem ser as do Sistema Internacional de Unidades (SI) e os desenhos técnicos correspondentes ao projeto gráfico e ao detalhamento construtivo devem ser apresentados de acordo com as normas brasileiras aplicáveis.
Enfim, a coleta seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são passíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais recicláveis podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros.
Esse tipo de pode ser indiferenciada ou seletiva, sendo indiferenciada quando não ocorre nenhum tipo de seleção na sua coleta e acabam rotulados como lixo comum. A seletiva é feita quando os resíduos são recolhidos já com os seus componentes separados de acordo com o tipo de resíduo e destino para o qual são enviados. Após a coleta, o lixo comumente pode ser encaminhado para três lugares: um aterro sanitário, uma unidade de incineração ou uma unidade de tratamento.
A reciclagem é termo genericamente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
O seu conceito serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. Seus princípios são diferentes do de reutilização que consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Consolidando-se nos últimos anos como a maior provedora de informações tecnológicas da América Latina, a Target oferece uma excelente prestação de serviços e atendendo prontamente às necessidades de seus clientes e usuários, dos mais diversos segmentos corporativos. A Target desenvolve soluções para facilitar o acesso e gerenciar informações tecnológicas para as maiores empresas e profissionais do país e, através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, oferece hoje muito mais do que simples informações ao mercado em que atua.
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Para economia de água, os sistemas de descargas são obrigados a obedecer integralmente a norma técnica
Há pouco tempo, as bacias sanitárias funcionavam com grande volume de água que chegava até 18 litros, ocasionando um gasto excessivo de um recurso cada vez mais escasso no Brasil e no mundo. Depois de vários estudos, determinou-se que o volume de descarga racional que proporciona maior economia de água deve ser de 6,8 litros. Diversos métodos de ensaios foram alterados e outros inseridos, tendo em vista que a avaliação de desempenho das bacias de volume racional requer métodos de ensaio específicos, uma vez que aqueles que verificam o funcionamento de bacias com alto volume de água não são suficientemente eficazes quando se trata das de volume reduzido. Dessa forma, os fabricantes devem obedecer a norma técnica, o que colabora com menor consumo de água por parte dos consumidores e o Planeta agradece.
Mauricio Ferraz de Paiva
Os sistemas de descarga são parte integrante dos sistemas hidráulicos e têm por objetivo fornecer água com volume e energia adequados para a remoção e o transporte dos dejetos das bacias para os ramais de esgoto, bem como para a reposição do fecho hídrico que evita o retorno de odores ao ambiente. Em relação à remoção, é necessário que a quantidade de água acionada leve os dejetos até a rede de esgoto, sem, contudo, tornar o consumo de água por demais oneroso.
Já o fecho hídrico precisa repor a quantidade de água limpa no fundo da bacia, que impede o retorno dos gases da tubulação de esgoto e trazem mau cheiro e germes. Muitos atribuem aos sistemas de descarga o elevado consumo de água em residências. Avaliar o consumo e o desempenho de um sistema de descarga se revela, contudo, complicado, uma vez que, ao contrário de um eletrodoméstico, os mecanismos de descarga têm seu desempenho influenciado pela instalação predial, que pode interferir no volume e na vazão da água.
Assim, sistemas de descargas idênticos podem apresentar desempenho diferente, em função, por exemplo, da quantidade de curvas na tubulação ou de declives no canal de esgoto, já que os dejetos saem para o canal principal do esgoto sanitário por gravidade. Não obstante, as normas brasileiras possuem requisitos mínimos para as duas situações, de alta e baixa pressão, que precisam ser atendidos para que se tenha um desempenho satisfatório.
São comercializados no país tipos distintos de mecanismos de descarga, cada um com uma instalação e um funcionamento diferente. As válvulas de descarga não possuem reservatório para água e são acopladas diretamente na tubulação, o que torna o seu desempenho mais sujeito às condições de instalação das tubulações. Seu uso pode ser concomitante a qualquer modelo de bacia, uma vez que é possível regular a energia da descarga na própria válvula. Para tanto, é importante a consulta às instruções do fabricante que precisam acompanhar o produto.
As caixas de descarga, outro mecanismo de descarga, podem ser de dois tipos: aquelas com caixa acoplada e as não acopladas. Ambas as caixas funcionam como reservatórios para a água a ser utilizada na descarga. No primeiro caso, a caixa é acoplada à parte traseira da bacia, o que requer uma bacia específica.
As caixas e bacias, neste caso, são comercializadas em conjunto. Já no caso das caixas não acopladas, esta é fixada na parede em altura superior à bacia, podendo ser utilizada uma bacia convencional qualquer. Além disso, as características das bacias sanitárias também podem interferir no sistema de descarga.
Por este motivo, assume-se que as bacias devem cumprir com as funções de remoção dos dejetos líquidos e sólidos, a troca da água após a descarga, a limpeza das paredes e o impedimento do retorno de odores e de respingos de água. Elas devem, igualmente, consumir um volume de água adequado, não sendo necessário o uso exagerado do mecanismo de descarga.
No contexto da grande preocupação mundial sobre a escassez da água, várias soluções têm sido estudadas. A maioria é buscar formas de uso racional da água no cotidiano de cada cidadão. A água é um recurso natural precioso que vem cada vez mais sendo estuda da nas últimas décadas. O uso racional da água e o combate ao seu desperdício são hoje uma preocupação mundial.
Alguns estudos de instituições internacionais estimam que, até 2025, um terço da população mundial experimentará efeitos extremos de escassez de água. Com a preocupação e agravamento de falta de água, as pessoas devem assumir uma nova forma de pensar e agir, mudando seus hábitos e desenvolvendo formas de economizar água.
Dessa forma, todo o esforço dos fabricantes de bacias sanitárias foi diminuir os impactos ambientais causados por produtos não normalizados. Direcionou-se um estudo para avaliar o comportamento do conjunto bacia sanitária e sistema de descarga em condições usuais de útil inação e o impacto de redução do consumo de água, resultando no advento das bacias sanitárias de volume reduzido de descarga e consequente mudança de paradigma.
Tornou-se necessária uma revisão dos documentos normativos existentes para garantir o bom desempenho do produto e a eficiência na economia de água. O consumo de água deve estar sempre associado ao bom desempenho deste produto e não só ao menor volume de água. Uma bacia sanitária com desempenho insatisfatório não removerá todos os dejetos e será necessário aplicar uma nova descarga.
Para melhorar todo o setor, houve uma revisão normativa realizada nos requisitos e métodos de ensaio, adequando-os ao novo volume racional de descarga das bacias sanitárias. Com isso, ocorreram importantes mudanças no setor de bacias sanitárias.
Uma das mais significativas foi quanto à alteração do volume de descarga utilizado para o funcionamento das bacias sanitárias. Em 1998, as bacias operavam com volume de 12 litros, passando para 9 litros até o ano 2000 e, a partir de 2003, a maioria dos fabricantes adotava as bacias sanitárias que funcionavam com volume reduzido de descarga. Hoje, quase todas as bacias sanitárias convencionais e com caixa acoplada disponíveis no mercado brasileiro funcionam com volume racional de descarga de 6,8 litros.
A NBR 15857 de 09/2011 – Válvula de descarga para limpeza de bacias sanitárias – Requisitos e métodos de ensaio estabelece as condições que devem atender as caixas de descarga destinadas à limpeza de bacias sanitárias fabricadas de material cerâmico. As caixas de descarga (todos os tipos) são classificadas pela posição da sua instalação em relação à bacia sanitária em: acopladas; integradas; convencionais do tipo elevada, externa a parede; a média altura, externa a parede; a média altura, embutida na parede; e baixa, externa a parede.
As caixas de descarga convencionais são classificadas pela forma como se processa a descarga do volume útil em ciclo fixo e ciclo seletivo. São classificadas em função da energia da descarga em: caixa de alta energia; caixa de baixa energia; e caixa de descarga universal. O importante é que essas caixas de descarga de qualquer tipo devem ser projetadas para serem utilizadas com pressão estática máxima de alimentação de água igual a 400 kPa, conforme estabelecido na NBR 5626.
Alguns requisitos precisam ser cumpridos pelos fabricantes, como aquele que determina que nenhum material constituinte da caixa de descarga deve facilitar o desenvolvimento de bactérias ou de qualquer atividade biológica capaz de causar risco a saúde. Os materiais e peças que constituem a caixa de descarga devem ser resistentes à corrosão.
No caso de utilização de vários metais, deve-se cuidar para não ocorrer a corrosão eletrolítica. O corpo e a tampa das caixas de descarga fabricadas em material cerâmico devem obedecer a norma NBR 15097. O corpo e a tampa das caixas de descarga devem ser construídos de forma a obedecer às condições impostas pelos ensaios de resistência a carga estática.
As caixas de descarga devem permitir a manutenção de seus componentes. No caso das caixas de descarga embutidas na parede, a manutenção deve ser possível sem que haja a necessidade de sua remoção do local de instalação, com exceção do mecanismo de descarga das bacias com caixa acoplada por estar conectado ao tubo de descarga ou a bacia sanitária. Deve ter uma tampa removível, protegida contra deslocamentos acidentais como o escorregamento, para evitar acidente com os usuários.
A conexão da caixa de descarga com o tubo de descarga ou com o corpo da bacia, no caso das caixas acopladas, deve ser estanque a água quando do seu funcionamento, conforme a NBR 8133. O nível de entrada de água no extravasor deve estar, no mínimo, 10 mm acima do nível operacional a torneira de boia deve ser construída de modo a possibilitar o ajuste correto do nível operacional, isto é, deve ser dotada de dispositivo de regulagem adequado. Além disso, a caixa de descarga e seus mecanismos não devem oferecer risco de injúria física ao usuário ou ao instalador pela existência de rebarbas, partes pontiagudas ou arestas cortantes.
E o fabricante deve fornecer, junto com a caixa de descarga, instruções, por escrito, sobre o modo correto de instalar a caixa e como proceder as regulagens necessárias, particularmente aquela que permite o ajuste do nível operacional e do repositor do fecho hídrico, para alta ou baixa pressão. Também devem informar sobre a limitação da pressão no ponto de utilização da instalação hidráulica predial que é de 400 kPa.
No caso de caixa de descarga convencional, as instruções devem informar sobre a forma de fazer a instalação correta, alertando sobre a necessidade ou não de entrar ar pelo local onde a saída da caixa é ligada ao tubo, prejudicando ou não o bom funcionamento do produto. As caixas de descarga, de todos os tipos, devem apresentar volume útil igual a 6,8 L, com tolerância de ± 0,30 L, quando ensaiada conforme o procedimento estabelecido no Anexo A.
As caixas acopladas e integradas (avaliadas conjuntamente com as bacias sanitárias) são ensaiadas de acordo com as instruções do fabricante e, nestes casos específicos, o volume útil pode estar compreendido entre 5,8 L e 7,1 L. As caixas convencionais de ciclo seletivo podem apresentar um volume residual de descarga de no máximo 500 ml. Nestes casos específicos, o volume total descarregado deve estar compreendido entre 6,5 L e 7,6 L. Este requisito não se aplica às caixas de descarga acopladas e integradas.
Todos os produtos devem ter uma ou duas marcações de nível operacional (volume útil) para as condições de baixa ou alta pressão, executada de maneira indelével no seu interior, em local facilmente visível, com a tampa removida e com a caixa instalada. Pode não apresentar a marcação do nível operacional desde que conste nas instruções para instalação e operação que a caixa de descarga vem regulada de fábrica e que o usuário não deve proceder a qualquer regulagem. Estas caixas de descarga não devem possibilitar que o usuário proceda a qualquer regulagem do volume útil.
Quando houver um dispositivo para funcionamento contínuo, capaz de acionar a caixa de descarga de modo periódico, automático e regulável (possibilidade de ajuste do tempo de acionamento, do tempo de espera e da força de acionamento), o esforço aplicado no órgão de comando do acionamento deve ser em condições que simulem o uso real da caixa de descarga, sem ocorrência de golpes desnecessários. O dispositivo deve ter meios de contar o número de ciclos de funcionamento que ele provoca, sendo que um ciclo completo se constitui de uma descarga seguida pelo tempo necessário para encher novamente a caixa até o nível operacional, com o total fechamento da torneira de boia. Quando houver duas marcações para o nível operacional, ajustar a caixa no nível de alta pressão para a realização do ensaio nessa condição.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br
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Um Equipamento de Proteção Individual (EPI) pode ser definido como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho. A proteção respiratória é uma das medidas universais de segurança e visa formar uma barreira de proteção ao trabalhador, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas a agentes de risco de quaisquer naturezas. É, portanto, um equipamento de proteção individual e deve, obrigatoriamente, ser fabricado conforme a norma técnica.
Mauricio Ferraz de Paiva
A escolha do tipo de proteção respiratória a ser utilizada deve ser determinada por uma avaliação de risco criteriosa, devendo levar em consideração a natureza do risco, incluindo as propriedades físicas, deficiência de oxigênio, efeitos fisiológicos sobre o organismo, concentração do material de risco ou nível de radioatividade, limites de exposição estabelecidos para os materiais químicos, concentração no meio ambiente; o(s) agente(s) de risco; o tipo de atividade ou ensaio a ser executado; características e limitações de cada tipo de respirador; o nível mínimo de proteção do equipamento (veja tabela a seguir), além de considerar a localização da área de risco em relação às áreas onde haja maior ventilação.
A legislação brasileira estabelece alguns critérios que devem ser observados pelo empregador, tais como: o estabelecimentos de procedimentos operacionais padrões específicos para a seleção e uso destes equipamentos, procedimentos emergenciais, treinamento do trabalhador/usuário, monitoramento ambiental periódico, dentre outros. A NBR 13698 de 03/2011 – Equipamentos de proteção respiratória – Peça semifacial filtrante para partículas especifica os requisitos para as peças semifaciais filtrantes para as partículas utilizadas como equipamentos de proteção respiratória do tipo purificador de ar não motorizado.
A norma define a peça semifacial filtrante (PFF) como constituída parcial ou totalmente de material filtrante que cobre o nariz, a boca e o queixo. Pode ter válvulas de inalação e/ou de exalação. O filtro principal forma uma parte inseparável da peça facial.
De acordo com o nível de penetração e resistência à respiração da PFF, medidos nas condições de ensaio, as PFF podem ser classificadas em PFF1 , PFF2 e PFF3. A proteção proporcionada por uma PFF2 ou PFF3 inclui aquela proporcionada por uma PFF de classe ou classes inferiores.
As PFF são ainda classificadas de acordo com a sua capacidade de reter partículas sólidas e líquidas à base de água (S, aprovadas no ensaio com aerossol de cloreto de sódio, conforme ensaios que devem ser realizados conforme a norma ou sólidas e líquidas à base de óleo ou outro líquido diferente de água (SL, aprovadas nos ensaios com aerossol de cloreto de sódio e de óleo de parafina ou de dioctil ftalato, conforme ensaios realizados de acordo com a norma).
Em todos os ensaios, todas as amostras devem satisfazer todos os requisitos especificados na norma. Os ensaios devem ser realizados nas condições de temperatura e umidade ambientes. Devem ser conduzidos de tal modo que o ar ou o aerossol de ensaio passe através de toda a superfície de entrada de ar durante o uso da PFF.
Os valores especificados na norma são expressos em valores nominais. Excluindo limites de temperatura, valores não especificados como máximo ou mínimo estão sujeitos a uma tolerância de ± 5 %. A temperatura ambiente deve estar entre 15 °C e 30 °C, estando os limites de temperatura sujeitos a uma exatidão de ± 1 °C.
A PFF deve ser feita de material que suporte o manuseio e uso durante o período de uso para a qual foi projetada. Os materiais utilizados que entram em contato com a pele não podem ser conhecidos como causadores de irritação ou efeitos adversos à saúde. Qualquer material liberado pelo meio filtrante e pelo fluxo de ar através deste meio não pode constituir risco ou incômodo para o usuário.
O acabamento de qualquer parte da PFF que possa entrar em contato com o usuário deve estar livre de rebarbas ou cantos vivos. Os requisitos descritos na norma devem ser avaliados por inspeção visual.
Todas as partes desmontáveis (se existentes) devem ser facilmente conectadas e mantidas firmemente na peça, preferivelmente sem o uso de ferramentas. A inspeção visual deve ser feita de acordo o especificado na norma.
As PFF devem ser submetidas ao condicionamento de vibração estabelecido em tabela da norma. Depois de submetidas ao condicionamento de vibração, as PFF não podem apresentar defeitos mecânicos e devem satisfazer os requisitos de penetração através do filtro, vazamento e tração da válvula de exalação. O condicionamento de vibração simula impactos sofridos pelas PFF em situações de transporte e manuseio.
Igualmente, as PFF devem ser submetidas ao condicionamento térmico, conforme tabela da norma e, quando submetidas ao condicionamento térmico, não podem colapsar. Após o condicionamento térmico, as PFF não podem apresentar sinais de danos que comprometam seu desempenho, como rasgos e deformações, e devem satisfazer os requisitos de inflamabilidade, resistência à respiração, penetração através do filtro, vazamento e tração da válvula de exalação.
A penetração dos aerossóis de ensaio através do filtro da PFF não pode exceder em momento algum os valores contidos em uma tabela da norma. O ensaio de penetração através do filtro da PFF deve ser realizado em amostras como recebidas e submetidas aos condicionamentos de vibração, de simulação de uso e térmico, conforme especificado em tabela.
O ensaio de penetração através do filtro deve ser realizado com o aerossol de cloreto de sódio. Se a PFF for indicada também para a remoção de partículas oleosas, deve ser realizado o ensaio de penetração com óleo de parafina ou dioctil ftalato (DOP). Outros tipos de aerossóis oleosos podem ser usados, desde que uma correlação seja estabelecida. A penetração deve ser medida durante o carregamento da PFF com 150 mg de aerossol de cloreto de sódio e 150 mg de aerossol de óleo de parafina ou dioctil ftalato (DOP), respectivamente.
Por fim, é importante saber que os equipamentos de proteção coletiva (EPC) são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros. Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente ou se oferecer proteção parcialmente. Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para atender a situações de emergência.
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
Os tipos de EPI utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como: proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares; proteção respiratória: máscaras e filtro; proteção visual e facial: óculos e viseiras; proteção da cabeça: capacetes; proteção de mãos e braços: luvas e mangotes; proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas; e proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação (CA), expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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Av. das Nações Unidas, 18.801, Conj. 1501 – São Paulo – SP
CEP 04795-000 – Brasil – Tel.: (55) 11 5641-4655 ou 5525-5656 w w w . t a r g e t . c o m . b r
O transporte terrestre de produtos perigosos quimicamente incompatíveis não deve ocorrer, a não ser que eles sejam segregados uns dos outros para minimizar os riscos, em caso de vazamento, ruptura de embalagem ou de qualquer outro acidente. Os critérios normativos são aplicáveis às cargas fracionadas e a granel de produtos e de resíduos perigosos, mesmo em se tratando de quantidade limitada por veículo, em uma mesma unidade de transporte e durante o eventual armazenamento temporário. No caso do armazenamento temporário no decorrer do transporte, o responsável pelo transporte do produto perigoso deve aplicar obrigatoriamente as disposições na norma, caso não seja possível garantir que os produtos perigosos incompatíveis estejam armazenados de tal forma que, no caso de um vazamento, não ofereçam risco. Se um mesmo carregamento compreender produtos perigosos e produtos não classificados como perigosos ou ainda outras categorias de mercadorias compatíveis, os volumes com produtos perigosos devem ficar separados dos demais produtos e mercadorias do carregamento, de modo a facilitar o acesso a eles em casos de emergência. Em uma mesma unidade de transporte é proibido transportar produtos perigosos incompatíveis entre si ou com produtos não classificados como perigosos, quando houver possibilidade de risco direto ou indireto, de danos a pessoas, bens ou ao meio ambiente.
Mauricio Ferraz de Paiva
Para prevenir os acidentes e minimizar os riscos que eles trazem ao meio ambiente, à saúde da população e ao patrimônio público, deve-se cumprir o requisito normativo e a legislação específica e rigorosa em relação ao transporte de produtos químicos por rodovia. As normas e a legislação detalham como deve ser feita a identificação e o transporte dos produtos perigosos, sua classificação, os tipos de embalagem, a sinalização externa dos veículos de carga, a documentação necessária para o transporte, os equipamentos de segurança e quem são os responsáveis em caso de acidentes, entre outros aspectos.
A incompatibilidade química é o risco potencial entre dois ou mais produtos de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores, compostos ou misturas perigosas, devido à alteração das características físicas ou químicas originais de qualquer um dos produtos, se colocados em contato entre si, devido a vazamento, ruptura de embalagem, ou outra causa qualquer. Assim, para poder trafegar pelas estradas brasileiras, os caminhões que transportam produtos ou resíduos químicos perigosos são obrigados a adotar uma série de medidas de segurança.
O motorista precisa ser treinado para conduzir produtos perigosos. Na viagem, ele tem que levar a documentação com dados sobre a classificação da carga, o fabricante ou importador do produto, as autorizações para circulação e informações de segurança para o caso de acontecer um acidente, além de um kit de emergência pronto para ser usado em caso de acidente.
O caminhão tem que estar em boas condições de manutenção e externamente precisa estar sinalizado com placas indicativas para mostrar o produto (ou produtos) que carrega e seus riscos. A indicação dos perigos é feita por painéis de segurança e rótulos de risco, que trazem números e símbolos indicando a classificação dos produtos transportados e seu enquadramento em uma das classes ou subclasses especificadas. Existem cerca de 3.500 números ONU relacionando os produtos perigosos. A ONU possui um comitê específico para legislar sobre o assunto.
Os produtos químicos perigosos são divididos em nove classes: explosivos; gases; líquidos inflamáveis; sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea e substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis; substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos; substâncias tóxicas e substâncias infectantes; materiais radioativos; substâncias corrosivas; e substâncias e artigos perigosos diversos. As classes podem ter subclasses como, por exemplo, os gases, subdivididos em três grupos: gases inflamáveis, gases não inflamáveis e não tóxicos e gases tóxicos.
A NBR 14619 de 07/2015 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Incompatibilidade química estabelece os critérios de incompatibilidade química a serem considerados no transporte terrestre de produtos perigosos e incompatibilidade radiológica e nuclear no caso específico para os materiais radioativos (classe 7). Os critérios definidos nesta norma são aplicáveis às cargas fracionadas e a granel de produtos e de resíduos perigosos, mesmo em se tratando de quantidade limitada por veículo, em uma mesma unidade de transporte e durante o eventual armazenamento temporário.
Aplica-se também ao transporte de embalagens (incluindo IBC ou Intermediate Bulk Container e embalagens grandes) vazias e não limpas que contiveram produtos perigosos. Os critérios de incompatibilidade desta norma podem ser orientativos em relação ao armazenamento, desde que sejam observados as normas e os regulamentos de segurança específicos aplicáveis.
A elaboração desta norma visa estabelecer os parâmetros para o transporte terrestre dos produtos perigosos quimicamente incompatíveis que são segregados uns dos outros para minimizar os riscos, em caso de vazamento, ruptura de embalagem ou de qualquer outro acidente. A incompatibilidade química pode ser definida como o risco potencial entre dois ou mais produtos de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor, formação de gases, vapores, compostos ou misturas perigosas, devido à alteração das características físicas ou químicas originais de qualquer um dos produtos, se colocados em contato entre si, devido a vazamento, ruptura de embalagem, ou outra causa qualquer.
Assim, se um mesmo carregamento compreender produtos perigosos e produtos não classificados como perigosos ou ainda outras categorias de mercadorias compatíveis, os volumes com produtos perigosos devem ficar separados dos demais produtos e mercadorias do carregamento, de modo a facilitar o acesso a eles em casos de emergência. Em uma mesma unidade de transporte é proibido transportar produtos perigosos incompatíveis entre si ou com produtos não classificados como perigosos, quando houver possibilidade de risco direto ou indireto, de danos a pessoas, bens ou ao meio ambiente, exceto nos casos estabelecidos na legislação específica ou quando os produtos perigosos (exceto substâncias e artigos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7) ou não perigosos forem colocados em cofres de cargas ou contentores distintos.
Além das incompatibilidades previstas nesta norma, também é proibido o transporte de produtos perigosos juntamente com alimentos, medicamentos ou objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal, ou com embalagens de produtos destinados a estes fins, salvo quando transportados em cofre(s) de carga ou contentor(es), conforme previsto na legislação em vigor (exceto o previsto no item 4.7). É proibido o transporte de produtos perigosos juntamente com insumos para fins alimentícios, cosméticos, farmacêuticos ou veterinários, exceto quando transportados em cofre (s) de carga ou contentor (es), conforme previsto na legislação em vigor.
É proibido o transporte de produtos perigosos para uso/consumo humano ou animal, com outros produtos perigosos que não têm a mesma destinação, exceto quando transportados em cofre(s) de carga ou contentor (es), conforme previsto na legislação em vigor. É permitido o transporte de produtos classificados como perigosos (exceto para substâncias e artigos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7), conforme legislação em vigor, com produtos não classificados como perigosos ou outras categorias de mercadorias, desde que não reajam entre si, não sejam destinados ao uso/consumo humano e/ou animal e não sejam insumos alimentícios, cosméticos, farmacêuticos ou veterinários, ou ainda embalagens destinadas a estes fins.
É proibido o uso de cofres de carga para segregar qualquer tipo de substância e artigo explosivo da classe 1 ou materiais radiativos da classe 7 de outros produtos perigosos incompatíveis, alimentos, medicamentos, objetos destinados ao uso/consumo humano ou animal, ou ainda de embalagens de produtos e insumos destinados a fins alimentício, cosmético, farmacêutico ou veterinário. Exceto para substâncias e artigos da classe 1 e materiais radioativos da classe 7, os cofres de carga ou contentores distintos podem ser utilizados para segregação de produtos incompatíveis no transporte de produtos fracionados (embalados) ou no transporte combinado de produtos a granel e produtos fracionados (embalados) na mesma unidade de transporte.
O interior e as partes externas do cofre de carga devem ser inspecionados antes do carregamento, a fim de garantir a ausência de qualquer dano que possa afetar a sua integridade ou a dos volumes a serem carregados. É responsabilidade do fabricante e/ou do expedidor do produto perigoso a escolha do cofre de carga adequado, cabendo a eles a responsabilidade por danos comprovadamente associados a acidentes provocados, no todo ou em parte, por utilização equivocada.
O cofre de carga não pode apresentar trinca(s), rachadura(s) e/ou perfuração(ões) em qualquer uma das superfícies internas e/ou externas ou qualquer deformação permanente que possa comprometer a estanqueidade do cofre de carga, durante toda a sua vida útil. Os critérios de incompatibilidade estão estruturados tomando-se por base as classes e subclasses de risco previstas na legislação de transporte de produtos perigosos em vigor. Dois produtos são considerados incompatíveis se pelo menos uma relação cruzada, entre seus riscos principais e/ou subsidiários, indicar incompatibilidade nas Tabelas B.1 e B.5, disponíveis na norma.
Os critérios de incompatibilidade, por classe e subclasse de risco, encontram-se sintetizados na Tabela B.1 (no caso específico para produtos da classe 1 – Explosivos) e Tabela B.5 (para todas as classes e subclasses de risco de produtos perigosos). Os critérios de incompatibilidade previstos nesta norma não são restritivos, devendo o fabricante e/ou expedidor do produto perigoso orientado pelo fabricante, estabelecer as incompatibilidades, fazendo as considerações necessárias quando: houver incompatibilidades não previstas nas Tabelas B.1 e B.5, desde que mais rígidas, tomando como base as características físico químicas, propriedades específicas e concentrações dos produtos perigosos; houver incompatibilidade química entre produtos perigosos dentro de uma mesma classe ou subclasse de risco ou incompatibilidade radiológica e nuclear no caso específico para a classe 7 (materiais radioativos); e houver incompatibilidade entre produtos perigosos e produtos não classificados como perigosos pela legislação específica.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Consolidando-se nos últimos anos como a maior provedora de informações tecnológicas da América Latina, a Target oferece uma excelente prestação de serviços e atendendo prontamente às necessidades de seus clientes e usuários, dos mais diversos segmentos corporativos. A Target desenvolve soluções para facilitar o acesso e gerenciar informações tecnológicas para as maiores empresas e profissionais do país e, através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, oferece hoje muito mais do que simples informações ao mercado em que atua.
Os produtos eletroeletrônicos são produzidos com substâncias perigosas, como o chumbo que é utilizado na soldagem de placas de circuitos impressos, no vidro dos tubos de raios catódicos, na solda do vidro das lâmpadas elétricas e fluorescentes e pode acarretar danos nos sistemas nervosos central e periféricos dos seres humanos. Também contém mercúrio, usado em termostatos, sensores, relês e interruptores e equipamentos médicos, transmissão de dados, telecomunicações e telefones celulares e pode se acumular facilmente nos organismos vivos e se concentrar através da cadeia alimentar pela via dos peixes. Quando absorvido, provoca efeitos crônicos e causa danos no cérebro. Dessa forma, os fabricantes podem seguir uma especificação técnica para que os comitês de produtos façam uma declaração adequada a uma categoria de produto de interesse e para a divulgação confiável, pertinente e harmonizada relacionada à informação ambiental de produto para aqueles que dela necessitam ou a solicitam.
Mauricio Ferraz de Paiva
Os equipamentos eletroeletrônicos contêm substâncias perigosas e o não aproveitamento de seus resíduos representa também um desperdício de recursos naturais não renováveis. Sua disposição no solo em aterros ou lixões, assim como os pneumáticos, as pilhas e baterias e as lâmpadas fluorescentes, são igualmente prejudiciais à segurança e saúde do meio ambiente. O processo de reciclagem desses produtos é complexo e requer a utilização de tecnologias avançadas, devido a diversidade de materiais de sua composição e à periculosidade das substâncias tóxicas.
Os produtos eletroeletrônicos, em geral, possuem vários módulos básicos. Os módulos básicos comuns a esses produtos são conjuntos/placas de circuitos impressos, cabos, cordões e fios, plásticos antichama, comutadores e disjuntores de mercúrio, equipamentos de visualização, como telas de tubos catódicos e telas de cristais líquidos, pilhas e acumuladores, meios de armazenamento de dados, dispositivos luminosos, condensadores, resistências e relês, sensores e conectores. As substâncias mais problemáticas do ponto de vista ambiental presentes nestes componentes são os metais pesados, como o mercúrio, chumbo, cádmio e cromo, gases de efeito estufa, as substâncias halogenadas, como os clorofluorocarbonetos (CFC), bifenilas policloradas (PCBs), cloreto de polivinila (PVC) e retardadores de chama bromados, bem como o amianto e o arsênio.
Assim, as indústrias de alta tecnologia, como as de computadores e eletrônica, também se globalizaram nos anos recentes. A despeito de sua reputação inicial relativamente limpa, essas indústrias representam hoje um custo extremamente pesado para o meio ambiente. O setor de semicondutores utiliza centenas de produtos químicos, inclusive arsênico, benzeno e cromo, todos reconhecidamente cancerígenos. Mais da metade de todo o setor de manufatura e montagem de computadores – processos intensivos no uso de ácidos, solventes e gases tóxicos.
A ABNT IEC/PAS 62545 de 09/2011 – Informação ambiental para equipamentos eletroeletrônicos é uma especificação PAS que fornece um guia dos atributos ambientais genéricos a serem considerados por comitês de produtos durante a preparação de uma estrutura de declaração adequada a uma categoria de produto de interesse e para a divulgação confiável, pertinente e harmonizada relacionada à informação ambiental de produto para aqueles que dela necessitam ou a solicitam. Como resultado, os requisitos genéricos a serem seguidos pelos fornecedores iniciais (upstream suppliers) para entregar a informação necessária para os produtores finais (downstream producers) são também especificados. Essa especificação PAS é um documento autônomo e somente aplicável se a informação dos requisitos pertinentes dos aspectos e impactos ambientais não existirem em normas relativas ao produto.
A consciência global da urgência da preservação do meio ambiente natural tem resultado no desenvolvimento de regulamentações locais, nacionais e/ou internacionais para produtos, em uma crescente conscientização dos consumidores sobre os impactos ambientais e, de um modo geral, em um envolvimento crescente de cada parte interessada nestes assuntos. Esse fato está resultando em uma necessidade crescente de troca de informações ambientais entre todos os operadores do ciclo de vida do produto, desde o fornecedor da matéria prima até o reciclador, passando pelo fabricante e pelo usuário do produto final. A cada estágio, as necessidades em termos de conteúdo e formato da informação ambiental são diferentes e possíveis soluções para atender a estas necessidades são múltiplas.
Mas o principal ator nesta cadeia é definitivamente o produtor, que deve colocar no mercado produtos que: estejam em conformidade com as regulamentações ambientais pertinentes; e atendam aos requisitos técnicos e ambientais/expectativas dos usuários. Cada produtor é então levado a coletar a informação anterior (upstream) ao estágio de manufatura e a entregar a informação relacionada ao produto para o estágio posterior (downstream).
A informação anterior (upstream) é até o momento coletada por produtores individuais entre seus numerosos fornecedores. Isto significa que cada fornecedor está recebendo tantas solicitações quanto o número de clientes que ele tenha. Apesar destes pedidos geralmente tratarem dos mesmos itens, eles são diferentes entre si e necessitam de respostas personalizadas.
Da mesma maneira, os produtores têm que responder tantos questionários quanto o número de clientes que possuam ou prover aos consumidores as informações que atendam às suas expectativas. A permanência desta situação torna mais e mais difícil o gerenciamento pelas empresas devido ao crescente número de questionários que são normalmente muito diferentes em conteúdo e formato e o crescente número de respostas a serem fornecidas. É custoso e fatigante para: cada fornecedor responder a vários questionários diferentes e cada produtor gerenciar uma enorme quantidade de dados e entregar a informação apropriada.
Porém, a principal preocupação sobre a situação atual é que ela não assegura o nível de condições equivalentes no mercado. As regras correntes parecem insuficientes para evitar problemas de entendimento entre as partes interessadas, as falhas e as reclamações não procedentes que eventualmente levam à distorção do mercado. Há, portanto, uma necessidade clara e urgente de normalização para estruturar e harmonizar essa troca de informação.
Atualmente existem várias formas de alcançar estas necessidades para fornecimento de informações ambientais (ver Anexo A), porém todos os sistemas existentes apresentam algumas deficiências que esta Especificação PAS pretende solucionar. Na verdade, como recomendado pelo IEC Guias 109 e 114, os impactos ambientais de um produto devem ser avaliados em relação ao seu ciclo de vida completo, e a identificação de seus aspectos ambientais significativos deve ser suportada em uma base multicritério.
A limitação da avaliação a um ou dois aspectos ambientais pode ser enganosa quando não for precedida de uma avaliação completa. A declaração de materiais que foquem somente conteúdo de um único material ou no consumo de energia durante sua fase de uso pode ocultar a transferência da poluição de uma fase para outra, ou obscurecer aspectos que são mais prejudiciais ao meio ambiente. Em alguns casos, produtos de uma mesma categoria podem diferir em alguns aspectos que não são ambientalmente significativos ou que diferem de acordo com parâmetros bem conhecidos (por exemplo, a massa de um dado componente). Os comitês técnicos de produtos ou, na falta destes, as organizações terão então a oportunidade de definir uma categoria de produto ambientalmente homogênea (CPAH) a qual pode ser coberta por uma simples declaração.
A Informação Ambiental para Equipamentos Eletroeletrônicos (IAEEE) pode ser usada para diferentes produtos, simplificando assim o trabalho e reduzindo custos. É importante que a AIEEE única não induza o cliente a erro a respeito dos impactos ambientais de qualquer produto da família de produtos, que, por qualquer razão, pode ter diferentes impactos. Quando possível, os impactos ambientais de um produto devem ser considerados de acordo com um uso normalizado, como definido pelo CT pertinente.
Adicionalmente, a AIEEE deve ter as seguintes características ambientais significativas comuns, como, por exemplo: eles são fabricados com as mesmas tecnologias (mesmo material genérico e mesmo processo industrial de fabricação genérico); e/ou tem aproximadamente a mesma massa e o mesmo número de partes construtivas para a mesma função; e/ou tem aproximadamente as mesmas perdas e consumo de energia.
Como exemplo, usando o exemplo de interruptores para uso doméstico, interruptor de uma via ou de duas vias podem ser considerados membros da mesma CPAH, entretanto quando combinado com uma lâmpada piloto, podem ser considerados como pertencendo a uma diferente CPAH. Os minidisjuntores podem ser considerados como tendo a mesma CPAH, se possuírem a mesma massa, sem a necessidade de considerar suas avaliações. Assim, a IAEEE deve fazer referência: ou para um produto escolhido como o mais representativo no CPAH, isto é, o produto mais vendido; ou pela referência do produto acima e abaixo da faixa.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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A interceptação telemática pode ser definida como uma ação, com base na Lei nº 9.296/96, realizada por um provedor de acesso, para capturar qualquer tráfego de telecomunicações e fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática e encaminhá-los ao responsável pela investigação e/ou responsáveis pela interceptação. No fundo, o crescimento dos crimes informáticos no Brasil está exigindo investigações criminais mais apuradas e eficientes. Para tanto, é indispensável a realização de interceptação da comunicação de dados, a fim de ser colhidas as provas para permitir a configuração do crime. Essa lei, que rege a modalidade de interceptação, ainda não foi bem explorada e compreendida e, aliado ao fato de que há pouco investimento nas polícias brasileiras, torna o uso desse importante instrumento ainda raro. Dessa forma, a NBR 16386 é indispensável para ajudar em todo esse processo.
Mauricio Ferraz de Paiva
Atualmente, muitos criminosos transferiram a sua atuação para a internet, sobretudo pelo anonimato que oferece e aos problemas de segurança dos programas de computadores utilizados para o acesso a ela e seu desenvolvimento. Na medida em que os computadores são mais populares, nada mais lógico que haja o aumento da atividade criminal dentro dessa área.
A internet se tornou um paraíso de informações e pessoas com suas propriedades. O que atrai o crime. Onde há riqueza há crime. Pode-se constatar que a fragilidade dessa riqueza quando se percebe que sinais digitais, representando vastas quantias de dinheiro, podem ser interceptados e furtados.
Em vez de pistolas automáticas e metralhadoras, os ladrões de banco podem agora usar uma rede de computadores e sofisticados programas para cometer crimes. O risco da empreitada criminosa foi substituído pela praticidade e facilidades concedidas pela internet.
O rápido crescimento da internet, aliado ao fato de ela oferecer cada vez mais oportunidades para a aquisição de bens de consumo, evidenciam a potencialidade de materialização de crimes, o que culmina na necessidade da implementação de sua segurança e a de seus usuários. Por meio da interceptação de e-mails pode-se descobrir a prática de um crime por meio da internet, como o estelionato, fraude, etc., como também pode servir de apoio para uma investigação criminal, auxiliando na localização do autor de algum crime que esteja foragido. Quando não houver a constatação do crime, as mensagens interceptadas servirão como meio de prova, para o êxito da investigação criminal.
A NBR 16386 de 06/2015 – Tecnologia da informação – Diretrizes para o processamento de interceptação telemática judicial estabelece orientações para a interceptação telemática oriunda de ordem judicial, considerando o relacionamento entre provedores de acessos, os responsáveis pela investigação e/ou responsáveis pela interceptação e o judiciário. O modelo adotado para a entrega dos dados interceptados utiliza o protocolo SFTP (SSH File Transfer Protocol). A norma também fornece um conjunto de orientações relativas à interface de entrega dos dados interceptados e estabelece diretrizes para a operacionalização das interceptações telemáticas (em redes de dados, redes IP ou Internet) decorrentes de ordem judicial.
Os critérios para a realização destes procedimentos são oriundos da legislação pátria, principal e especialmente da Lei no 9.296, de 24 de julho de 1996, que define as circunstâncias e os critérios para a realização da interceptação do tráfego de telecomunicações, buscando o cumprimento da ordem judicial. Para a definição da interface de entrega dos dados interceptados,convém que seja levado em consideração alta confiabilidade; baixo custo; interrupção mínima; rapidez; autenticação; garantia na entrega dos dados interceptados; padronização dos procedimentos operacionais; e eficácia.
Internacionalmente, alguns padrões são fortemente adotados, especialmente o modelo especificado pelo European Telecommunications Standards Institute (ETSI). Este modelo abrange todos os aspectos de interceptação a partir de uma visão lógica de toda a arquitetura, define o fluxo de dados interceptados de diferentes tecnologias, incluindo serviços específicos, como serviços de e-mail e internet.
Entretanto, as discussões realizadas no âmbito do grupo de trabalho envolvendo os representantes dos prestadores de acesso, fornecedores de equipamentos e soluções, e responsáveis pela investigação e/ou pela interceptação demonstraram que a adoção integral de qualquer padrão internacional mostra-se tecnicamente inviável no cenário brasileiro atual. A adoção de um modelo internacional exige uma série de estudos de viabilidade técnica e econômica, estudos estes de grande valia, porém sem valor prático para a situação atual, de total ausência de uma norma específica no Brasil.
A ausência de uma norma gera grandes esforços para operacionalizar as interceptações telemáticas, pois cada provedor de acesso, através de seu fornecedor de solução de interceptação, disponibiliza os dados interceptados de forma sui generis, ou seja, à sua própria maneira. Deste modo, o grupo de trabalho optou por definir um modelo intermediário para a entrega dos dados interceptados, com critérios de segurança adicionais quando comparado a outros procedimentos adotados no Brasil, porém sem a necessidade de investimentos adicionais por parte dos provedores de acesso.
A elaboração deste documento teve como premissa que as diretrizes para interceptação legal sejam abordadas separadamente para o provedor de acesso (nível de rede) e provedor de serviço ou conteúdo (nível de serviço). Convém que as diretrizes e padrões da interceptação sejam abordadas diferentemente para os dois níveis. Esta versão da norma especifica o modelo de entrega somente para os dados interceptados pelos provedores de acesso.
As considerações e exigências para a interceptação legal de serviços OTT (Over The Top) serão fruto de trabalhos futuros. Assim, de acordo com a respectiva ordem judicial, convém que um provedor de acesso assegure que: todos os dados da comunicação associada a uma identidade alvo da investigação que está sendo interceptada sejam entregue durantes todo o período vigente na ordem judicial, imediatamente após a captura, nos termos da ordem judicial; a entrega dos dados interceptados seja pautada por procedimentos que garantam a confiabilidade da transmissão e a garantia da entrega destes; na ocorrência de variações de desempenho nas redes de telecomunicações e/ou nos sistemas de destino da interceptação (velocidade de transmissão, alterações de rotas, congestionamentos ou alto processamento dos sistemas de destino) que venham a causar variações na entrega dos dados provenientes da interceptação, a informação interceptada pode ser mantida em buffer no sistema e/ou rede do provedor de acesso para posterior transmissão; caso a transferência do arquivo de captura seja finalizada indevidamente, convém que a interface de entrega estabeleça uma nova conexão, no menor tempo possível, considerando as condições técnicas envolvidas na falha na(s) rede(s) de telecomunicações e/ou nos sistemas de destino da interceptação; no caso de falha prolongada na(s) rede(s) de telecomunicações e/ou nos sistemas de destino da interceptação, os dados provenientes da intercepção telemática podem ser descartados até que a rede e/ou o sistema estejam funcionando novamente.
Convém que todo assinante tenha seu fluxo de comunicação tecnicamente passível de interceptação judicialmente autorizada, independentemente das tecnologias utilizadas. Convém que o resultado da interceptação fornecido através da interface de entrega seja direcionado para o repositório informado pelo responsável pela investigação e/ou responsável pela interceptação.
Na verdade, pode-se dizer que interceptar é interromper o curso originário, impedir a passagem, sendo que na lei tem o sentido de captar a comunicação, conhecer seu conteúdo. Interceptar é ter contato com teor da comunicação, não impedindo que ela chegue ao seu destinatário. A telemática é uma ciência que trata da manipulação de dados e informações, conjugando o computador, sistemas de informática, com os meios de comunicação, telefônicas ou não.
A interceptação poderá ser feita nas comunicações telemáticas desde que preenchidos os requisitos enumerados na lei nº 9.296/96. Inicialmente, exige-se indícios razoáveis da autoria ou da participação em infração penal, assim, alguma prova deve embasar a medida, podendo ser a oitiva de uma testemunha, um documento, etc. O segundo requisito refere-se à ausência de outro modo para demonstrar o fato apurado. A interceptação só será concedida quando for o único meio para provar a conduta delituosa. Por fim, é cabível apenas nos crimes punidos com reclusão.
A comunicação de dados permite, a realização de conversas eletrônicas e a troca de informações digitais, como, por exemplo, arquivos, registros e outros dados que não contém em si uma mensagem. Com a interceptação, as mensagens do e-mail grampeado são recebidas on-line pelo receptor. Através do grampo, pode-se descobrir o IP do usuário, e consequentemente identificar a máquina utilizada para enviar os e-mails. Sabendo qual a máquina utilizada, há como realizar a leitura de seu disco rígido (HD), e desta maneira conhecer os textos e documentos contidos na máquina e que foram enviados e/ou recebidos por e-mail.
A internet utiliza o protocolo TCP/IP para regular as comunicações, sendo que o protocolo é uma espécie de linguagem que os computadores falam para trocar informações entre si. No TCP/IP, quando o dado é criado em um computador, ele, para ser transmitido, precisa ser submetido à uma técnica denominada de packet switching – comutação de pacotes – em que é quebrado, através de um programa (cliente de email, por exemplo), em pequenas partes, denominadas de pacotes, que contém não só pedaços dos dados originais, mas também algumas outras informações (número IP do remetente e do destinatário etc).
Esses pacotes são enviados para um servidor conectado à internet e, assim sucessivamente passa por vários outros servidores, até alcançar o destinatário, quando então são remontados na informação originária. Por conseguinte, a interceptação de um ou de alguns pacotes não é suficiente para ter a ciência do conteúdo da comunicação ou de parte dela. Só com a reunião de todos os pacotes é que se terá uma informação completa.
Por meio dos provedores de internet pode-se obter nos logs de acesso discado: o número do telefone utilizado para realizar a conexão; o tempo de conexão; data e hora de início e término da conexão; o IP (Internet Protocol), instrumento para identificar a máquina utilizada. O armazenamento dos logs pelos provedores normalmente é de no mínimo 30 dias, e em alguns casos chegam a até cinco anos. Trata-se dos documentos enviados e recebidos pelo usuário. Por intermédio das informações cadastrais do usuário podem ser obtidos o nome do cliente, RG, CPF, endereço completo, telefones para contato e conta de e-mail.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Consolidando-se nos últimos anos como a maior provedora de informações tecnológicas da América Latina, a Target oferece uma excelente prestação de serviços e atendendo prontamente às necessidades de seus clientes e usuários, dos mais diversos segmentos corporativos. A Target desenvolve soluções para facilitar o acesso e gerenciar informações tecnológicas para as maiores empresas e profissionais do país e, através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, oferece hoje muito mais do que simples informações ao mercado em que atua.
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As garrafas squeeze são fabricadas como um frasco plástico não rígido com válvula de retenção frasco destinado a fornecimento de líquido para beber, com paredes não rígidas com efeito memória, ou seja, a partir de uma deformação decorrente de aperto das paredes laterais, a garrafa retorna ao seu formato original sem apresentar deformação permanente significativa. Possuem também uma válvula de retenção (bico) para evitar derramamento do líquido. Devem ser fabricadas conforme a norma técnica para não oferecerem riscos de contaminação aos consumidores. Ou seja, os squeezes podem acumular microorganismos após alguns dias de uso, que podem causar males à saúde, como infecções. E a contaminação pode ocorrer por falta de higienização correta.
Mauricio Ferraz de Paiva
As garrafas squeezes podem sofrer contaminação por microorganismos após alguns dias de uso, que podem causar males à saúde, como infecções. E a contaminação se dá por falta de higienização correta.
A higienização deve ser feita pelo menos três vezes por semana, com meia tampinha de hipoclorito durante dez minutos. Sempre após o uso ela deve ser seca e nunca ser guardada úmida. A limpeza deve ser feita com uma esponja própria para mamadeiras, conhecidas como rabo de gato.
Comum entre atletas e praticantes de esportes, os squeezes têm se popularizado por suas diversas utilidades. Além de serem instrumentos a favor da saúde e do bem-estar, já que mesmo no dia a dia ou em atividades de baixo impacto é necessário manter-se sempre hidratado, atualmente, por exemplo, muitas empresas têm promovido campanhas de preservação ambiental oferecendo esses tipos de garrafas como brindes, a fim de diminuir o consumo de copos descartáveis no ambiente de trabalho.
Os ensaios devem atender a três quesitos a serem seguidos pelos fabricantes de squeezes, que procuram garantir a segurança no armazenamento do conteúdo e, portanto, a dos consumidores também. Desenvolveu-se um dispositivo de aperto para checar a rigidez do material, e verificou-se a existência de cantos vivos (superfícies cortantes) e a resistência de arrancamento do bico retrátil das garrafas.
O princípio dessa embalagem é ela conter alguma coisa. Se ela rasga, por exemplo, ela perde a sua função. Além disso, os squeezes não podem ter cantos vivos, para não machucar a boca do consumidor, e a tampa tem que suportar o puxar, pelo perigo de engasgamento.
Segundo a norma, a garrafa squeeze é um frasco plástico não rígido com válvula de retenção frasco destinado a fornecimento de líquido para beber, com paredes não rígidas com efeito memória, ou seja, a partir de uma deformação decorrente de aperto das paredes laterais, a garrafa retorna ao seu formato original sem apresentar deformação permanente significativa. Possui também uma válvula de retenção (bico) para evitar derramamento do líquido.
A garrafa squeeze, bem como todas as matérias-primas utilizadas na sua fabricação, devem atender às legislações sanitárias vigentes (ver Bibliografia). A garrafa, para ser considerada squeezable, deve retornar ao seu estado normal após o ensaio de 6.1, em 5 min, sem apresentar deformação permanente significativa. As garrafas squeeze devem atender ao ensaio descrito em 6.2, sem gerar riscos potenciais causados por partes pequenas, verificados de acordo com os ensaios de 4.4.
Os componentes removíveis ou soltos e fragmentos devem ter tamanho tal que, enquanto em estado não comprimido, não caibam nos limites de um cilindro reto truncado (ver 6.3). As garrafas squeeze, quando ensaiadas de acordo com 6.2, não devem estar sujeitas aos perigos das pontas agudas. Se uma ponta acessível falhar no ensaio de pontas agudas conforme determinado em 6.4, deve ser determinado o quanto essa ponta apresenta de risco não razoável de lesão, levando-se em consideração o uso previsto.
Os bicos acoplados às garrafas squeeze, quando submetidos ao ensaio de tração conforme 6.5, na posição mais crítica de travamento, com força igual a 70 N, não devem gerar riscos potenciais por partes pequenas, verificados de acordo com o ensaio específi co de 4.4. As garrafas squeeze não devem apresentar evidência de vazamento de produto quando submetidas ao ensaio de estanqueidade (ver 6.6).
O dispositivo de carga deve ser um disco de metal com diâmetro de 15 mm ± 1,5 mm e espessura mínima de 10 mm. O perímetro do disco deve ser arredondado, com um raio de 0,8 mm, para eliminar bordas irregulares.
Colocar a garrafa squeeze vazia, com a válvula de retenção aberta, sobre uma superfície plana, na posição horizontal. Posicionar o disco de maneira que a superfície plana de contato esteja paralela à superfície de ensaio.
Para garrafas squeeze com volume superior a 350 mL e outras formas que não cilíndricas, com uma velocidade de 100 mm/min, comprimir no centro a garrafa squeeze até 50 % do seu diâmetro. Manter a carga por 10 s e retornar ao estado inicial. Para as garrafas squeeze com volume até 350 mL e outras formas que não cilíndricas, com uma velocidade de 100 mm/min, comprimir no centro a garrafa squeeze até 40 % do seu diâmetro. Manter a carga por 10 s e retornar ao estado inicial.
Deixar a garrafa squeeze em repouso por 5 min e avaliar visualmente se há alguma deformidade que a desconfigure para utilizações repetidas. O ensaio de impacto visa simular os danos que uma garrafa squeeze pode sofrer ao cair de uma mesa, de um balcão ou outras situações em que haja impacto que possa ocorrer em consequência de abuso razoavelmente previsível.
A superfície de impacto deve consistir em ladrilhos de composição vinílica de espessura nominal de aproximadamente 3 mm, assentados sobre concreto de pelo menos 64 mm de espessura. O ladrilho deve ter uma dureza Shore A de 80 ± 10 e a superfície de impacto deve ter pelo menos 0,3 m².
A garrafa squeeze deve ser identificada através de impressão legível e indelével com as informações a seguir: nome ou marca do fabricante; e identificação do material (garrafa squeeze e tampa) conforme NBR 13230.
Enfim, as garrafas plásticas descartáveis são mais indicadas para quem se hidrata no trabalho ou na prática de esportes do que as garrafas de plástico usadas por mais tempo, conhecidas como squeezes. Um problema dessas embalagens descartáveis, squeezes e copos, é que elas podem acumular microorganismos após alguns dias de uso, que podem causar males à saúde, como infecções. E a contaminação se dá por falta de higienização correta.
Assim, uma higienização deve ser feita pelo menos três vezes por semana, com meia tampinha de hipoclorito durante dez minutos. Sempre após o uso ela deve ser seca e nunca ser guardada úmida. A limpeza deve ser feita com uma esponja própria para mamadeiras, conhecidas como rabo de gato.
A garrafinha plástica descartável, aquela de água mineral, é a que acumula um número menor de bactérias, segundo os testes. Mas ela deve ser trocada a cada três dias. Descarte a garrafa caso ela apresente fissuras, rachaduras ou ranhuras, pois dificultam a limpeza e podem servir de esconderijo para bactérias, fungos e vírus. Para lavar o ideal é escova de mamadeira. Para os copos mais largos serve a esponja comum.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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