Como a diálise supre a necessidade da função renal?
Hoje, aproximadamente 86 mil pacientes fazem tratamentos de diálise pelo SUS no Brasil; procedimento garante a sobrevivência de muitas pessoas
(Crédito: divulgação)
Problemas renais são sérios e exigem atenção. A partir do momento que os rins deixam de fazer sua função que é filtrar e eliminar as substâncias tóxicas do corpo, este organismo corre perigo. No entanto, mesmo em situações extremas, como esta, existe uma solução clínica conhecida por diálise. Entenda o que é este procedimento e como ele pode suprir a função renal.
Segundo experiência médica comprovada, pessoas que possuem até 50% ou mais da função renal preservada não precisam ser tratadas com diálise e podem levar uma vida normal. Mas quem apresenta disfunções graves dos rins, precisa contar com o tratamento.
Explicando de maneira simplificada, diálise é o tratamento que visa suprir as falhas da função renal de indivíduos que não conseguem eliminar água e substâncias de excreção do sangue. De acordo com o Hercilio da Luz, médico nefrologista e presidente da Fundação Pró-Rim de Joinville, “pacientes com problemas crônicos no rim e baixa função renal tem que realizar tratamento, do contrário terão poucas chances de sobrevivência”.
Saúde renal: tipos de diálise
Existem dois tipos de diálise: a diálise peritoneal e a hemodiálise. Na diálise peritoneal o sangue é filtrado e os fluídos excedentes são removidos através de um dos filtros naturais do próprio corpo, a membrana peritoneal que fica na cavidade abdominal. Para que ocorra essa diálise é introduzido um cateter no abdômen do paciente.
Já a hemodiálise é o tipo mais conhecido de diálise. Cerca de 93% das pessoas que tratam problemas renais o fazem por meio deste procedimento. Nela, o sangue é filtrado em uma máquina que controla a velocidade, a pressão do filtro e o volume, funcionando como um rim artificial, retirando as toxinas e devolvendo o sangue limpo ao organismo. Um adulto tem cerca de 5 litros de sangue no organismo e esse volume é filtrado diversas vezes durante a hemodiálise.
Rede Pública de Saúde recebe investimento para diálise
Neste ano, o Ministério da Saúde já destinou aproximadamente R$ 111 milhões, financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC), para a melhoria dos serviços de hemodiálise do Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, aproximadamente 86 mil pessoas são pacientes em diálise pelo SUS e, em todo o país 689 centros estão habilitados para assistência às pessoas com doenças nos rins, pela rede pública.
Segundo o nefrologista Hercilio da Luz, os pacientes que apresentam as condições clínicas necessárias para o tratamento de rins devem entrar na lista de transplante. “Caso tenha boa saúde é melhor fazer um transplante de rim do que permanecer em hemodiálise”, comenta.