Crianças em casa: engasgo e introdução de objetos no nariz ou ouvido pode ser perigoso
Durante a quarentena, todo cuidado é necessário para evitar acidentes com pequenos objetos e se atentar a engasgos
Botões, pedrinhas, miçangas, feijão e massinha fazem parte de uma grande lista de coisas que as crianças costumam engasgar ou até mesmo introduzir no ouvido ou no nariz. Em um período em que as aulas presenciais foram interrompidas e os mais novos passam o dia em casa, vale ficar atento. Se há irmãos maiores, redobre a atenção, pois é comum que, em um ato inocente de brincadeira, os bebês sejam “alimentados” por eles com objetos pequenos que podem causar danos à saúde.
No caso de engasgos, os menores de dois anos são as grandes vítimas, já que estão na fase oral e costumam levar todo o tipo de objeto até a boca. Caso perceba que a criança engoliu um corpo estranho e está com problemas, o primeiro passo é avaliar se tem falta de ar associada. Nessa situação, ela não conseguirá chorar, falar ou respirar e ficará com os lábios roxos.
“Para uma ajuda segura, o ideal é dividir as tarefas: um adulto cuida da criança e o outro chama o serviço de emergência, pois podem ser necessárias manobras como a de Heimlich e de ressuscitação, se a situação estiver grave, sendo que esta última nem todos estão aptos a executá-la com precisão. Caso ela apresente falta de ar, não consiga respirar e esteja ficando azulada, o serviço de emergência deve ser chamado imediatamente”, destaca a Dra. Renata Garrafa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
Em situações de engasgos, a manobra de Heimlich é uma técnica de primeiros socorros utilizada em casos de emergência por asfixia e que pode ser realizada por qualquer pessoa, bastando que siga corretamente as orientações.
“A manobra de Heimlich acontece de formas diferentes em bebês e em crianças maiores de um ou dois anos. No bebê, devemos colocá-lo de bruços, deitado em cima do nosso antebraço e com a cabeça virada para baixo. Então, com bebê com as costas retas e, segurando com firmeza, devemos dar cinco tapas no meio das costas e entre os ombros, não muito fortes, mas com impacto suficiente para que o objeto saia”, explica a médica.
“Já em uma criança acima de dois anos, devemos nos posicionar atrás dela, sendo que ela fica de pé e nós ajoelhados. Então, com a criança de costas, abraçaremos até que uma de nossas mãos esteja fechada na altura do estômago e a outra mão estará aberta, apoiada sobre essa mão fechada. Então, devemos pressionar com força moderada a barriga da criança para dentro e para cima ao mesmo tempo”, completa a especialista do Hospital Paulista.
Nariz e ouvido
A presença de um corpo estranho no ouvido pode gerar dificuldade para escutar, sensação de entupimento e até mesmo lesão na membrana do tímpano. A criança pode queixar-se de dor ou de ouvido tampado e, eventualmente, pode ter saída de sangue ou secreção pelo canal externo do ouvido.
Já a introdução de objetos no nariz pode acarretar em obstrução, secreção e sangramento provenientes de apenas um lado do nariz, além de odor fétido nasal. Em ambos os casos, pode gerar infecção se a situação não for contornada a tempo.
Muitas vezes, as crianças podem não admitir que introduziram objetos no ouvido ou no nariz. No caso dos menores, é possível que não consigam comunicar o ocorrido. “A tentativa de remoção destes objetos em casa, seja no ouvido ou no nariz, é perigosa e pode gerar sérias lesões. Assim que o adulto perceber que a criança está com um objeto preso nesses locais, é preciso ir imediatamente ao pronto-socorro”, finaliza a especialista.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.