Mudanças climáticas: entenda o por que
As mudanças climáticas têm sido um tópico de crescente preocupação global. Neste artigo, exploraremos o que são as mudanças climáticas, suas causas e impactos. [Ler mais…]
As mudanças climáticas têm sido um tópico de crescente preocupação global. Neste artigo, exploraremos o que são as mudanças climáticas, suas causas e impactos. [Ler mais…]
É fundamental termos políticas públicas que favoreçam as estratégias de adaptação às mudanças do clima, principalmente nas áreas urbanas, que vão concentrar mais de 80% da população mundial nas próximas décadas
Por Juliana Baladelli Ribeiro*
São cada vez mais fortes as evidências de que a mudança do clima está causando impactos negativos no modo de vida da sociedade e no funcionamento dos ecossistemas. Já sabemos que enfrentar este cenário desafiador não é uma missão para o futuro, e sim uma prioridade para os nossos dias. Afinal, se não formos capazes de agir de forma estratégica, as condições de vida para amplas parcelas da população serão cada vez mais prejudicadas, com riscos elevados para a saúde, segurança hídrica, segurança alimentar, infraestrutura urbana, entre outros aspectos.
O sexto relatório síntese do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês), um órgão que reúne cientistas do mundo todo sob a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), é muito claro ao atualizar o cenário preocupante das mudanças do clima do planeta. O documento, lançado em março de 2023, ressalta a urgência de implementar medidas de mitigação do aquecimento global e ações para a adaptação às transformações que estão em curso. Temos que agir ainda nesta década, avançando rapidamente na redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na adaptação dos territórios aos impactos já identificados, visando reduzir perdas e danos.
O lado positivo é que os cientistas indicam que já estão disponíveis os recursos e as tecnologias para adotar as medidas necessárias em busca de um desenvolvimento socioeconômico resiliente ao clima. Os custos para a obtenção de energia eólica e solar diminuíram, assim como a tecnologia para armazenamento de energia e baterias teve grandes avanços, com custos 85% menores, o que possibilitará o avanço na adoção de fontes mais limpas. Isso é essencial, visto que precisamos reduzir 100% das emissões de GEE até 2050, sendo 50% até 2030.
Por outro lado, o desenvolvimento resiliente ao clima torna-se mais difícil de ser alcançado a cada incremento no aquecimento da temperatura média global. As opções de adaptação que são viáveis e eficazes hoje se tornarão cada vez mais restritas e menos eficazes conforme o aquecimento global vai avançando. Infelizmente, algumas mudanças já são irreversíveis, como derretimento de geleiras, destruição de ecossistemas, desertificação e perda de biodiversidade.
Diante desta realidade, alguns municípios já estão realizando ações de adaptação, ainda de forma reativa devido ao impacto direto em seus territórios. Planos de adaptação municipais são essenciais para direcionar as políticas públicas e investimentos necessários, mas a mudança do clima deve ser tratada de forma integrada nos diversos setores da administração pública, como saneamento, mobilidade, habitação, saúde, cultura e meio ambiente.
É fundamental termos políticas públicas de adaptação cada vez mais abrangentes, principalmente nas áreas urbanas, que vão concentrar mais de 80% da população mundial nas próximas décadas. Inovação e tecnologia são palavras-chave nesse processo, mas é muito importante compreender que a natureza deve estar no centro das soluções. As chamadas Soluções Baseadas na Natureza precisam fazer parte deste novo modelo de desenvolvimento.
Nesse sentido, a criação de unidades de conservação marinho-costeiras que permitam a restauração e preservação de ambientes que estão na linha de frente da proteção da costa, como manguezais, recifes de corais, dunas e restingas, é essencial para a resiliência climática. São exemplos práticos de como as cidades litorâneas podem contar com os ecossistemas naturais como estratégia de adaptação e mitigação, já que os manguezais também são capazes de absorver e reter carbono atmosférico, contribuindo para o equilíbrio do clima.
A natureza no entorno das cidades exerce um papel de filtro, melhorando a qualidade dos recursos hídricos que abastecem os centros urbanos. Além disso, essas áreas são essenciais para a conservação da biodiversidade, formando uma malha verde que acompanha os recursos hídricos e interliga diferentes ecossistemas.
Nas cidades, as áreas naturais podem agregar serviços ambientais como a regulação do microclima local, aumento da permeabilidade do solo, reduzindo o risco de enchentes e enxurradas, e melhoria das condições ambientais de forma geral, garantindo maior contato da população com a natureza, fator tão importante para a nossa saúde e bem-estar. Os parques lineares às margens dos rios são ótimos exemplos de Soluções Baseadas na Natureza no ambiente urbano, pois permitem o fluxo natural das águas, a permeabilidade do solo e a preservação da biodiversidade.
Chegou a hora de incorporar a lente climática às políticas públicas já existentes, principalmente no planejamento urbano. Não é mais possível se basear em séries históricas que já não condizem com a realidade e, principalmente, com os desafios dos próximos anos. As cidades devem se preparar para o aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos e os gestores, em todos os níveis, precisam compreender que a natureza é parte da solução, também para os ambientes urbanos.
*Juliana Baladelli Ribeiro é gerente de projetos da Fundação Grupo Boticário
Saiba quais são as expectativas de mercado para o inverno de 2023
A chegada da estação mais fria do ano é também sinônimo de oportunidades para o varejo nacional. Além do setor de vestuário, os supermercados também devem se beneficiar da economia de inverno. É importante focar no segmento de alimentos e bebidas e tudo o que contribui para o seu consumo.
A cada estação, as necessidades mudam e especialmente no frio, alguns produtos são mais procurados do que em outras épocas. “Então seja em qualquer área do comércio é importante o empresário se antecipar e fazer um planejamento para não perder as vendas da época. No setor de supermercado, algumas linhas e categorias de produtos chegam a crescer as vendas em até 30% nessa época”, afirma Valéria Bax, Conselheira do Decisão Atacarejo.
Os itens mais vendidos, geralmente, são bebidas quentes como vinhos, conhaques, cafés, chás e chocolates. Sopas e massas também aumentam nessa época. Além dos produtos sazonais para as festividades juninas como canjica, milho, amendoim e também produtos para fondues, pratos quentes e alimentos que trazem conforto e esquentam no inverno.
É bom ficar de olho também em produtos de bazar como pratos e bowls próprios para sopas, massas e risotos, os cobertores e edredons para quem trabalha com a linha de casa, assim como itens de vestuário. “Uma outra linha que precisa de atenção é a de perfumaria, pois a linha de hidratantes, creme para as mãos e pés e também os hidratantes labiais têm maior venda nessa época”, destaca Valéria. Mas também é importante ressaltar que os produtos e a sazonalidade podem variar pois nas regiões que são mais quentes não faz tanta diferença.
Expectativa de vendas no inverno 2023
As expectativas são boas pois é uma época de muitas festividades como o Dia dos namorados que acabou de passar, as festividades de festa junina que vão até agosto, festivais de inverno, fechando com o almoço ou jantar do dia dos pais. Também é época de férias e quem está em destinos turísticos também deve se preparar bem.
A conselheira do Decisão Atacarejo finaliza dizendo que é fundamental se preparar bem. “Antecipar sempre o planejamento para trabalhar bem o marketing e vendas de acordo com o calendário, antecipar a compra de produtos para que cheguem com antecedência e uma boa divulgação, além de exposições atrativas e uso das redes sociais”, conclui.
Fonte: Valéria Bax, conselheira do Decisão Atacarejo. Possui ampla experiência no atacado e varejo há mais de 30 anos. Especialista nas áreas de Marketing e RH. MBA em Marketing, Gestão de Negócios e Gestão Comercial. Conselheira Empresarial. Instagram @/decisaoatacarejo
Foto: Internet
A transição do mês de maio e junho reserva a mudança do clima seco para o frio devido às estações do ano presentes nesse período: o outono e o inverno. Existe uma expectativa de três frentes frias passarem pelo Brasil nos próximos dias que deve predominar no Sul do país. Antes dessa frente fria chegar, a meteorologia indica que haverá primeiramente um aumento de temperatura em grande parte do centro-sul do Brasil, mas com a chegada da frente fria, esse cenário muda, como explica o meteorologista, Mamedes Luis Melo. “As condições de tempo indicam e projetam a chegada de uma frente fria para o final de semana e início da semana que vem pela região Sul do Brasil. Atrás dessa fria, um ar frio de origem polar, vai fazer a temperatura cair especialmente no RS. Já em SC em direção ao Paraná, até mesmo MS, e sudoeste do MT, a temperatura vai cair, mas devido a condição de nebulosidade que vai estar intensa e provocando chuva”.
O meteorologista destacou que se esse cenário vier a se confirmar a condição é de que para o RS na semana que vem depois dia 14 é que a formação de geada. A possibilidade de geada será muito forte, ou seja, há condição dessa geada ser fraca a moderada já que essa massa de ar polar é bem tensa, porém é claro deve passar rápido pelo Sul do Brasil.
Temperaturas extremas, tanto quentes quanto frias prejudicam direta e indiretamente diversos setores de produção no país e no mundo, como por exemplo a agricultura, que em condição de extremo frio sofre diversos prejuízos, desde a perda na produção agrícola até inflação na economia do país.
Esses aspectos negativos do clima afetam diretamente na questão do preço final dos produtos ofertados, como explica o economista especialista em agro, Alessandro Azzoni.“O frio intenso ele atinge a questão de destruição praticamente de lavouras de hortifruti, pois o gelo acaba queimando com a questão do congelamento do orvalho e na questão da produção dos grãos ela também afeta porque ela acaba também queimando as suas produções. Toda redução, quebra ou perda de safra, não importa o setor impacta diretamente no preço final da commoditie, porque você tem uma redução de oferta’.
O economista lembrou que se os produtores tiverem uma perda substancial, que comprometa mais de 50% da sua produção, praticamente inviabiliza todo o plantio do ano e destaca os prejuízos financiamentos que podem vir a se acumular, podendo ocasionar a saída de mercado deste produtor. Para a economia, pode-se ter um impacto negativo na inflação, podendo haver alta nos produtos hortifruti, como hortaliças e vegetais, afetando diretamente o bolso dos consumidores.
Fonte: Brasil 61
Nesta quinta (8) foi anunciada pela Administração Nacional de Atmosferas e Oceanos (NOOA – sigla em inglês), a formação do El Niño no Brasil. Este é um fenômeno climático que se caracteriza pelo aquecimento anormal da superfície da água do Oceano Pacífico, ou seja, acima da média, e por um longo período de tempo. O fenômeno não tem um período de duração definido, mas pode persistir até 2 anos ou mais. Ele é classificado por faixas e aqui no Brasil, a faixa que influencia o nosso país é a 3.4.
Segundo o NOOA, o último El Niño ocorreu de 2018 a 2019. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil estava num período neutro, que nem El Niño e nem El Niña se formam, mas nessa semana foi confirmada a atuação do fenômeno El Niño aqui no país e que ele deve durar até o próximo verão. A especialista do Inmet Andrea Ramos explica por que esse fenômeno acontece. “Durante a formação do El Niño, o comportamento dos ventos alísios tem um papel fundamental. Esses ventos são constantes que vêm tanto do Hemisfério Sul quanto do Hemisfério Norte. Normalmente, os ventos interferem no Oceano Pacífico e ele empurra as águas da superfície oeste. No entanto, quando esses ventos alísios estão enfraquecidos ou interferem a direção, essa troca de água não ocorre, e as mais quentes permanecem por mais tempo paradas na superfície, podendo chegar até em torno de 3ºC acima da média, formando assim o El Niño”.
No Brasil, esse fenômeno climático é responsável por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em diversas áreas do mundo e, dessa maneira, ocasiona secas prolongadas na região Norte e Nordeste e chuvas intensas na região Sul, acrescenta a meteorologista do Inmet. “Isso ocorre porque a água da superfície do pacífico está muito mais quente do que o normal [e] evaporar com mais facilidade. Ou seja, ar quente sobe para atmosfera mais alta, levando umidade e formando uma grande quantidade de nuvens de chuva”.
O fenômeno ainda não está definido com um Super El Niño, classificação mais intensa desse fenômeno, mas o Instituto de Meteorologia do Brasil já está em monitoramento para acompanhar possíveis alterações. Os últimos três Super El Niños que ocorreram na história ocorreram em 1982 / 1983, o segundo em 1997 / 1998 e o 3º em 2015 e 2016. O Inmet prevê que em 2023, o volume de chuvas deve voltar a ser intenso, principalmente na região Sul do país, como foi em 2015, em Porto Alegre e Guaíba (RS).
Fonte: Brasil 61
Nesse período do ano vários municípios se preparam para a chegada das chuvas. O portal Brasil61.com acompanha essa trajetória há tempos e traz as principais novidades a respeito de cada região. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, no oeste e sul da Bahia, no sul do Piauí e em grande parte do Maranhão, além de Amazonas, Acre e Rondônia o período de estiagem vai chegando ao fim e as chuvas começam nos próximos meses. Mas o que por um momento traz alívio, logo vira transtorno em alguns locais. Alagamentos, enxurradas, inundações, enchentes e deslizamentos de terra são alguns dos problemas que acontecem nessa temporada.
Para evitar ou reduzir esses transtornos, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil recomenda aos entes federativos que ações de monitoramento, alertas, alarmes, ações preventivas, gestão de riscos, orientação e capacitação da população local aconteçam a fim de se prepararem para eventuais desastres naturais.
“É fundamental que a população adote algumas medidas de prevenção, como desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia. Em caso de enxurrada, coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos. Já em situação de grande perigo confirmada, procure abrigo e evite permanecer ao ar livre. É importante que a população fique atenta às informações oficiais e aos locais onde serão divulgados os alertas, além de adotar as medidas de autoproteção”, observou o coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Tiago Molina Schnorr.
Oito municípios brasileiros têm situação de emergência reconhecida por conta de desastres naturais
O Distrito Federal se preparou para receber as chuvas em 2022 com antecedência. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) realizou ações preventivas ao longo de todo o ano, com cortes e podas de árvores.
De acordo com o chefe do departamento de parques e jardins da Novacap, Raimundo Silva, independentemente de ações preventivas, é comum a queda de árvores. “Vivemos em uma floresta urbana, Brasília tem cinco milhões de árvores e mais de 100 espécies diferentes. Em qualquer lugar do mundo, se tiver um vento acima de 60 quilômetros por hora, com certeza algumas árvores vão cair. Então, se o vento vier com maior força do que a resistência da árvore, independente de poda, independente de manutenção, independente de ações preventivas, nós vamos ter queda de árvores, sim”, explica.
Apenas neste ano, a Novacap já retirou mais de 5 mil espécies de árvores que estavam condenadas no Distrito Federal. Além disso, a Companhia também é responsável pela limpeza das redes de águas pluviais na cidade. Raimundo conta os itens que mais são encontrados nessas tubulações. “Além do lixo que a própria população despeja em via pública, já encontramos sofá, animais mortos e entulho de reforma. Então, quando uma rua alaga, não é responsabilidade apenas do governo. Os próprios moradores da cidade não colaboram jogando lixo em local errado, que termina na rede de águas pluviais”, pontua.
Na última terça-feira (4), o GDF Presente e a Novacap se reuniram para discutir a ação de limpeza em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, focando a prevenção de entupimentos e alagamentos comuns no período chuvoso que se aproxima. Nas últimas semanas, todas as bocas de lobo das Asas Sul e Norte já foram limpas.
O município do Rio de Janeiro também segue a recomendação de se preparar para as chuvas. Todos os anos, no final do mês de setembro, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil realiza um simulado de desocupação com os moradores dos bairros de Acari, Fazenda Botafogo e Parque Colúmbia, na Zona Norte da cidade, localizados em áreas que apresentam risco de alagamentos durante ocorrências de chuvas fortes.
O processo de conscientização e capacitação dos moradores da região dura duas semanas. A população aprende a localização dos 11 pontos de apoio para casos de alagamentos e como se cadastrar no sistema de envio de mensagens da prefeitura que alerta aos riscos de desastres naturais.
Há um ano, em outubro de 2021, o Brasil 61 conversou com o subsecretário de Defesa Civil do município do Rio de Janeiro, coronel Rodrigo Gonçalves, que explicou as demais providências preventivas adotadas na capital fluminense. “Temos dois tipos de simulados, o de risco geológico, voltado para as áreas de encostas, e o de riscos hidrológicos. Mapeando a cidade do Rio de Janeiro nós temos muitas áreas bem suscetíveis a esses riscos hidrológicos. Então capacitamos as lideranças das comunidades, para que em casos de chuvas fortes, elas sejam o nosso ponto focal, os nossos primeiros agentes em campo até a chegada da Defesa Civil.”
O coronel Gonçalves pontuou ainda que um dos problemas no estado é a quantidade de morros, além da ocupação desordenada dos últimos anos, que atrapalha obras de melhorias. E quando há desastres naturais, como o transbordamento dos rios, a recomendação é que a população saia da área de risco e vá até os pontos de apoio mais próximos, que são escolas e igrejas.
“Se as pessoas estiverem cadastradas no serviço de envio de mensagens, que é o 40199, conseguimos previamente avisá-los que vai chegar uma chuva forte para aquela região nas próximas horas, para que eles fiquem em alerta quanto aos riscos de alagamento”, explicou.
Outro município do estado do Rio de Janeiro que sofre com o período de chuvas é Niterói. Além de alagamentos, os moradores da região enfrentam também o deslizamento de terra, que, por vezes, deixa famílias desabrigadas.
Morador da região há mais de 40 anos, Sandro Beserra Alves contou ao Brasil 61 que todo ano a cidade alaga e que a situação atrapalha o desenvolvimento do município. “Ninguém quer colocar um supermercado de qualidade aqui na área porque chove e enche tudo, o comércio aqui tem um prejuízo tremendo. Além disso, os ônibus vêm cheios de passageiros, às vezes em horário de pico não pode passar porque dá um metro e meio d’água e é muito complicado.”
Sandro relatou ainda que a prefeitura municipal de Niterói realiza trabalhos preventivos na região, mas que falta manutenção na rede de águas pluviais. “Aqui no Largo do Barradas a tubulação tem mais de 100 anos embaixo do chão, com medidas que não suportam escoar tanto esgoto, tanta água. São tubulações de quando o bairro tinha 500 casas, hoje ele tem 100 mil. Então, quer dizer, era para ter mais bocas de lobo e as que existem no bairro estão assoreadas, cheias de areia.”
Todos os entes federativos, estados ou municípios que passam por desastres naturais e necessitam de recursos para ações de socorro, assistência humanitária, restabelecimento e recuperação de danos podem solicitar auxílio financeiro disposto pela Lei 12.608/2012. Para tanto, a Defesa Civil exige que seja solicitado o reconhecimento federal por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) e que atendam aos critérios exigidos pela Instrução Normativa n° 36/2020.
Dentre os critérios para subsidiar a declaração de situação de emergência ou estado de calamidade em caso de desastres, exigidos pela Instrução Normativa n° 36/2020, é necessário especificar a intensidade dos desastres, apresentar parecer técnico municipal ou, quando solicitado, do órgão estadual de proteção e defesa civil, relatório fotográfico, entre outros.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) instrui que, após o reconhecimento, “prefeituras e/ou governos estaduais devem apresentar diagnóstico dos danos e plano de trabalho para a execução das ações, também por meio do S2ID. A pasta avalia as demandas, levando em conta a adequabilidade da solicitação à ação orçamentária, a magnitude dos danos humanos e das infraestruturas públicas afetadas, a proporcionalidade dos recursos em relação aos danos e a solução técnica (a demanda tem que ser proporcional à extensão dos danos)”.
Após a conclusão da análise, uma portaria é publicada no Diário Oficial da União, com a especificação do recurso ou apoio a ser liberado. O MDR informou à reportagem que apoia a atuação dos governos estaduais e municipais de forma complementar e emergencial.
O portal Brasil61.com separou algumas dicas, com base nas recomendações do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), para que você saiba como agir em casos de desastres naturais, como alagamentos e deslizamentos.
Medidas preventivas
Medidas preventivas
Fonte: Brasil 61
Segue a previsão de chuva volumosa em Salvador e Recôncavo Baiano, bem como no PI, sul do MA e interior do PE e do CE.
A temperatura no Nordeste pode ficar entre 18 e 33 graus. Em toda a região, os índices de umidade relativa do ar variam entre 40% e 100%.
As informações são do Somar Meteorologia.
Fonte: Brasil 61
No Nordeste, o sol ainda aparece mas há previsão de chuva para todos os estados. No norte do MA e do PI, não há risco de temporais, mas a chuva ainda segue intensa. No litoral de PE, PB e AL, o sol predomina e há possibilidade de chuva rápida.
A temperatura no Nordeste pode ficar entre 18 e 33 graus. Em toda a região, os índices de umidade relativa do ar variam entre 30% e 100%.
As informações são do Somar Meteorologia.
Fonte: Brasil 61
A chuva acontece em vários momentos sobre o litoral do MA, PI, CE, norte e leste do RN. Sol e pancadas de chuva à tarde na PB, sul do CE, PI e leste do PE. No extremo sul da BA, sol e chuva passageira. Tempo firme no interior baiano
A temperatura no Nordeste pode ficar entre 15 e 36 graus. Em toda a região, os índices de umidade relativa do ar variam entre 12% e 100%.
As informações são do Somar Meteorologia.
Fonte: Brasil 61
O ar seco ganha mais força sobre o interior do Nordeste, tempo firme no oeste de Pernambuco, sul do PI e do CE e grande parte da BA, com muito sol e baixa umidade do ar. A chuva vem em forma de pancadas rápidas e irregulares entre a BA e o RN, já a nebulosidade e chuva permanecem entre o norte do CE e do MA.
A temperatura no Nordeste pode ficar entre 15 e 33 graus. Em toda a região, os índices de umidade relativa do ar variam entre 30% e 100%.
As informações são do Somar Meteorologia.
Fonte: Brasil 61
Temperaturas em alta podem ser amenizadas com algumas medidas simples
O verão chegou e, com ele, os termômetros de todo o país já começam a registrar recordes de temperatura. Seja no Rio de Janeiro ou no interior do Paraná, o calor pode causar muitos incômodos, provocando sintomas como desidratação, sudorese excessiva, exaustão e até mesmo cãibras. Mas alguns truques podem ajudar a manter o clima nos ambientes internos mais agradável para pessoas e animais de estimação. De acordo com o assessor da área de Física do Sistema Positivo de Ensino, Danilo Capelari, é possível tornar o ar menos quente dentro de casa adotando algumas medidas simples.
Itens de decoração podem influenciar de muitas formas a temperatura interna das casas. “Acessórios como tapetes, por exemplo, ajudam a reter o calor e tornam esses ambientes mais quentes”, explica o especialista. E eles não são os únicos com essa característica. “Em momentos de picos de sol, a luz que entra pelas janelas aquece os ambientes. É importante evitar isso usando cortinas, mas com atenção às cores e tecidos. Cores escuras absorvem o calor, então é interessante optar por persianas ou cortinas de tecido leve e cores claras”, sugere.
Algumas lâmpadas emitem calor e também ajudam a tornar o ar mais quente. São as lâmpadas dicroicas, muito usadas no caso de iluminação embutida, como nos tetos de gesso. “Se a potência da lâmpada for muito alta, ela tende a aquecer muito”, afirma Capelari. Outra medida é desligar os aparelhos eletrônicos da tomada porque, mesmo desligados, se estiverem na tomada, eles emitem calor.
“O cultivo de plantas é uma boa maneira de arejar a casa. É necessário um especialista para indicar quais as melhores espécies para cada ambiente, mas elas ajudam na refrigeração”, aconselha.
Quem não tem aparelho de ar condicionado não precisa passar calor. Outra ideia é pendurar lençóis claros e úmidos em frente às janelas abertas, assim o ar que vem de fora fica mais fresco. A velha prática de espalhar recipientes com água funciona bem porque, quando evapora, a água torna o ar um pouco mais úmido. Por fim, bolsas de água colocadas no congelador podem ser usadas sobre os lençóis um pouco antes de dormir.
Quando bem usados, os ventiladores ajudam muito. “É fundamental lembrar que ventiladores não esfriam o ambiente, apenas fazem o ar circular. Se você tiver um ventilador de teto, ligue-o na função exaustor, o que faz com que o ar quente circule só na parte de cima do ambiente. Em seguida, use um ventilador portátil na parte de baixo do cômodo para ajudar o ar mais fresco a circular”, detalha o especialista.
Uma outra forma de usar esses aparelhos é colocá-los virados de frente para janelas, porque isso empurra o ar quente para fora e traz o ar mais fresco para dentro. Ou ligá-lo da forma convencional, virado para as pessoas, mas com um recipiente com gelo ou água gelada na frente dele.
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Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltadas à educação.
Adoção de práticas ESG e de economia circular tornaram-se uma necessidade global urgente, para reverter os danos causados nas últimas décadas
As mudanças climáticas tornaram-se muito mais visíveis e frequentes nos últimos anos. Estações indefinidas, períodos longos de seca e chuva, nuvens de poeira, furacões: o planeta tem enviado sinais de que tem tentado se auto regenerar, mas as ações humanas, de forma desenfreada, não têm contribuído para este processo natural. Um exemplo real é a antecipação das datas que demonstram o “Dia de Sobrecarga da Terra”, que neste ano de 2021, aconteceu ainda no mês de julho, no dia 29.
Neste cenário, as relações de consumo e produção têm muito a contribuir. Pensando em como reescrever essa história, com a proposta de uma verdadeira mudança em prol de um mundo melhor, a Avery Dennison promoveu, no último dia 21 de outubro, o quinto e último webinar da série “Reconstruir o amanhã juntos”. O encontro contou com um time de especialistas que discutiram práticas de como “ReGenerar” o planeta, a partir de seus produtos, ações e iniciativas que envolvam processos produtivos, bem como toda a cadeia.
O evento online contou com a moderação da jornalista especializada em ciência, saúde, ambiente e negócios, Gabriela Ensinck, e com a participação dos especialistas Camilo Sandoval, presidente da Associação das Nações Unidas (UNA) da Colômbia; Ivan Trillo, gerente de marketing de sustentabilidade e reciclabilidade da Dow, situada no México; Edson Grandisoli, especialista em educação e embaixador acadêmico do Movimento Circular no Brasil; e Cecília Mazza, gerente de sustentabilidade da Avery Dennison na América Latina.
“Passamos por um momento de crise socioambiental e climática muito importante. Nossa forma de produzir e consumir tem muito a ver com isso. Nesse aspecto, as empresas são parte do problema e da solução. Por isso, é tão importante falar, cada vez mais, em sustentabilidade, economia circular e economia regenerativa, que é um passo adiante”, declara Gabriela.
Sustentabilidade e o papel das iniciativas privadas
De acordo com Camilo Sandoval, apesar de os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU) terem sido projetados para que fossem implementados pelos governos, em escala nacional, o papel do setor privado é essencial para o sucesso dessas ações. “As empresas podem e devem contribuir em suas atividades com a busca dessas metas, avaliando seu impacto e estabelecendo para si objetivos ambiciosos, que divulguem, com transparência, seus resultados. Não importa o tamanho da empresa, é preciso maximizar seu impacto positivo no desenvolvimento sustentável, utilizando os ODSs como marcos globais em sua estratégia de sustentabilidade, com responsabilidade social e empresarial”, destaca o executivo.
Ivan Trillo complementa que as empresas são parte do problema, porém não se contentam com essa posição. “Buscamos ser parte da solução. A DOW está presente em muitos setores e, falando especificamente sobre plásticos, muitos questionamentos são levantados, como ‘para onde este material irá após consumo?’; ‘quem vai recuperá-lo?’; ‘qual será seu destino final?’; e, aqui, entramos no tema de economia circular, que pode responder muito bem a todo esse processo”, comenta.
Para que as futuras gerações possam encontrar oportunidades e melhores condições para o seu desenvolvimento, Cecília Mazza pontua que a Avery Dennison traçou, globalmente, objetivos alinhados aos desafios ambientais e sociais mais urgentes; e frisa que, não basta apenas falar de sustentabilidade, é preciso reparar os danos já causados. “Desde 2015 temos esses objetivos implantados e temos feito grandes progressos, especialmente ao trabalhar e continuar oferecendo inovações que promovem a economia circular, que é o nosso principal foco aqui. É necessário construir um caminho colaborativo em toda a cadeia, com todos os integrantes, para unir forças e gerar esse impacto positivo. Por isso, pensamos em regeneração. A mudança começa conosco”, destaca.
O Movimento Circular, do qual Edson Grandisoli é coordenador educacional e embaixador acadêmico no Brasil, caminha justamente na direção de estimular essa transformação nas pessoas e empresas e promover essa união. “Costumo compreender a sustentabilidade como um processo de transformação profundo e não somente um destino ou indicador. Para agir de forma diferente precisamos de vontade e coragem”, ressalta o educador.
Princípios ESG e a importância de adotá-los
As práticas, critérios ou estratégias ESG ajudam a medir o desempenho de uma organização no que se refere às práticas sustentáveis e socialmente responsáveis ― o que é muito importante para atender às exigências de respeito à transparência. Segundo Cecília Mazza, os dados dessas ações, traduzidos em relatórios, podem gerar um grande valor a longo prazo e ajudar a aumentar o valor de mercado de uma organização. “Vale ressaltar a importância do comprometimento da alta gestão e dos diretores, não somente supervisionando essas práticas, mas impulsionando-as, fazendo com que sejam parte de uma estratégia global maior, uma estratégia comercial, não somente para controlar, mas que esteja envolvida com todo o processo”, evidencia.
Implantação de práticas ESG e os erros mais comuns
De acordo com Ivan Trillo, entre os erros mais comuns na implantação das práticas ESG está o entendimento dos conceitos, pois trata-se de um caminho que deve ser seguido não por exigências e, sim, por convicções. Outro erro mencionado pelo executivo está em adotar práticas diferentes, lidando com o negócio de forma distinta, uma vez que a estratégia ESG precisa ser um guarda-chuva na empresa e, sem dúvida, cabem adaptações entre diferentes lugares e unidades de operação. “É preciso ter conhecimento de que é algo que devemos fazer por necessidade e que deve ser implementado de forma equivalente em todas as unidades de negócio. As empresas que se adaptam a esses conceitos são as empresas que crescem, causam impacto aos olhos dos investidores, um impacto positivo, e geram satisfação”, pontua.
Da filantropia empresarial à economia regenerativa
Remetendo ao início do despertar para a consciência socioambiental, as empresas que adotavam práticas sustentáveis tinham sua imagem atrelada à filantropia e à caridade. Com o passar do tempo, essas ações foram tomando corpo e passaram a ser cada vez mais necessárias para garantir o futuro do planeta, a partir da regeneração do meio ambiente e da sociedade.
“A ideia de regeneração dialoga muito com a ideia de uma nova economia, considerando os preceitos da economia circular. Entre nossos processos de regeneração, um deles está muito ligado com nossa regeneração de relacionamento com a natureza, considerando-a um bem comum, um direito de todos. Precisamos regenerar nossos relacionamentos para criarmos laços de cooperação, confiança e corresponsabilização. Somente com a regeneração poderemos caminhar para uma era mais justa e sustentável”, declara Edson Grandisoli.
Economia circular a partir de um portfólio de produtos
Dados do Banco Mundial afirmam que produzimos 2 bilhões de toneladas de lixo todos os anos e que a população mundial até 2050 vai crescer 25%, o que vai contribuir para o aumento desses resíduos, portanto, é preciso agir imediatamente.
Cecília Mazza destaca que para a Avery Dennison, a sustentabilidade é parte da estratégia integrada às etapas de design de materiais, operações, culturas e tomadas de decisão. Devido a isso, em 2020, a empresa reformulou seu compromisso com três grandes objetivos: oferecer inovações que impulsionem a economia circular; reduzir o impacto no meio ambiente; e gerar um impacto social positivo, sobretudo, cultivando um ambiente de trabalho diverso, equitativo e inclusivo. “Na Avery Dennison a eliminação ou redução de resíduos é muito importante, não só nas operações, mas nas cadeias. Pensando nos resíduos gerados pela cadeia de autoadesivos, em 2019, implantamos no Brasil o Programa AD Circular, visando a conexão dos extremos, de modo a dar vida nova aos resíduos de etiquetas autoadesivas. Recentemente, o programa foi implementado no México e o objetivo é expandi-lo para outros países da região”, comenta a executiva.
Em termos de circularidade de materiais e produtos, Cecília pontua que a empresa tem desenvolvimentos notáveis quanto à carteira de produtos sustentáveis, visando diminuir a pegada de carbono dos clientes, aumentar os índices de reciclagem e acompanhar as regulações divulgadas em relação ao tema. “Por isso temos soluções como o CleanFlake, um adesivo inovador que facilita o processo de reciclagem, eliminando a etiqueta sem deixar resíduos no pet, permitindo a reciclagem desse pet sem contaminação. Temos também soluções certificadas, provenientes de fontes responsáveis, com redução de alguns componentes. Além de itens com conteúdo de material reciclado, pós-consumo. E há algumas semanas foi lançado no Brasil o liner r-Pet, que contém 30% de material reciclado, proveniente de garrafas pet”, explica.
Colaboração para a economia regenerativa
Em meio aos desafios para implantar práticas sustentáveis que envolvam uma longa cadeia produtiva, Camilo Sandoval declara que as parcerias entre as empresas do setor são essenciais para que haja uma colaboração efetiva e atinja-se o objetivo do coletivo em reduzir impactos e promover mudanças positivas em termos socioambientais.
“A associação de empresas, mesmo que sejam concorrentes, faz muito sentido nessas ações. As parcerias intersetoriais são fundamentais para o sucesso a longo prazo para a implementação das iniciativas. Ao enxergar que outras companhias são concorrentes no campo comercial, mas em termos de sustentabilidade possam ser parcerias e colaboradoras, os benefícios voltam em forma de core business, agregando valor às iniciativas. A colaboração é parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável, que prevê desde 2017 esses cenários de parceria e colaboração”, conclui.
Sobre a Avery Dennison
Avery Dennison (NYSE: AVY) é uma empresa global de ciência em materiais, especializada em design e produção de uma grande variedade de materiais para rotulagem e funcionais. Os produtos da empresa são usados por grande parte das indústrias e incluem materiais autoadesivos, sensíveis à pressão, para rotulagem e aplicações para comunicação visual; fitas e outras soluções para aplicações industriais, médicas e varejo; etiquetas, rótulos e adereços para vestuário; além de soluções de identificação por radiofrequência (RFID) para mercado de moda e outros. Com sede em Glendale, Califórnia, a empresa emprega aproximadamente 30.000 funcionários em mais de 50 países. As vendas reportadas em 2020 foram de 7,0 bilhões de dólares americanos. Saiba mais em www.averydennison.com
Apesar de sempre estarmos afoitos à espera do verão, a estação vem se comportando de forma irregular e nos surpreendendo com temperaturas mais baixas. Mas não estranhem, pois tudo isso tem uma explicação.
O último verão teve picos de temperaturas elevadas nos meses de dezembro, janeiro e em fevereiro, em especial na capital paranaense, Curitiba, e em toda a região Sul de forma geral. Essas nuances são justificadas pelo solstício de verão — quando o sol está no ponto mais alto, evento que determina a estação.
A imprevisibilidade nesta época se dá pelos oceanos. Como eles estão neutros, não tivemos os fenômenos do El Niño e La Niña, que são respectivamente responsáveis pelo aquecimento e esfriamento da água do Oceano Pacífico. Já no Oceano Atlântico, que também influencia muito na temperatura, a oscilação ocorre muito mais rapidamente, com picos de temperaturas acima e abaixo do normal. Este comportamento faz com que o clima não tenha padrão.
O neutro é a pior situação que pode ocorrer, com dois extremos: o excesso de chuva e depois um longo período de tempo de seca.
Do outro lado do mundo vemos a Antártida perdendo 2,7 trilhões de toneladas de gelo em 25 anos, e chegando a temperaturas próximas a 20 graus. No hemisfério norte, no Ártico, os ursos polares, tendo em vista as mudanças climáticas e a falta de alimentos, estão ameaçados pelo canibalismo, rumo à extinção.
Diante de todas essas mudanças climáticas, outro fator assusta. Muitos terão perdas por excesso de chuva e outros por falta de chuva. O que se tem de previsibilidade é que o verão será mais curto e o inverno mais rigoroso, em especial para a região Sul do Brasil.
Autor: Prof. Dr. Rodrigo Berté é Diretor da Escola Superior de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.
Evento será em outubro, no Recife
O Instituto Ethos anuncia, na Semana Mundial do Meio Ambiente, a realização da Conferência Brasileira de Mudança do Clima, um encontro anual que reunirá organizações não governamentais, movimentos sociais, governos, comunidade científica e os setores privado e público brasileiro para três dias de diálogos e formulação de propostas para a implementação da NDC brasileira – Contribuição Nacionalmente Determinada, que determina os principais compromissos e contribuições do Brasil para o futuro acordo climático. O encontro é apartidário, de organização coletiva e tem como base a NDC Brasileira, o Acordo de Paris e a agenda 2030.
O objetivo da conferência é comprovar que a sociedade, os governos subnacionais e o setor produtivo brasileiro mantêm-se firmes no Acordo de Paris e que o protagonismo na agenda de clima, florestas, desenvolvimento sustentável e a governança climática são grandes oportunidade para o Brasil. Desta forma, serão promovidos compromissos empresariais e prioridades para a agenda de clima, florestas e desenvolvimento sustentável. Experiências, negócios, soluções, tecnologias e políticas brasileiras que valorizam, integram e fazem progredir os resultados da governança climática serão apresentados durante o evento.
Em 2019, cogitou-se a saída do Acordo de Paris e agora discute-se propostas de modificações de leis acerca das flexibilizações em torno da exploração predatória das áreas de floresta no país, a extinção de colegiados, a deslegitimação do direito a terras ancestrais, de flexibilizações de licenciamentos; a fiscalização e a familiarização com posicionamentos negacionistas em relação ao enfrentamento da crise climática e do desmatamento.
Por todos esses motivos, a Conferência surgiu como uma oportunidade de promover o diálogo sobre como retomar a trilha da responsabilidade climática, da participação da sociedade, da consolidação de pactos internos, de fortalecimento de programas locais de adequação de políticas e planos de desenvolvimento e de ampliação da agenda climática.
O evento tem apoio de ex-ministros de Meio Ambiente, como Izabella Teixeira, do biólogo Carlos Rittl, das secretarias de Meio Ambiente de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Bahia, entre outros.
Além da programação brasileira e do lançamento de um documento final, a Conferência também irá indicar eventos para a programação da COP-25 no Chile e endereçará ao governo brasileiro e à UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change) proposições sobre o posicionamento e expectativas das empresas, sociedade civil, academia e povos e comunidades tradicionais.
A Conferência Brasileira de Mudança do Clima acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de outubro, em diferentes locais da cidade do Recife. Os governos do estado de Pernambuco e a prefeitura do Recife apoiam a iniciativa. São realizadores da Conferência Brasileira de Mudança do Clima: Instituto Ethos, WWF Brasil, DIEESE, Rede Brasil do Pacto Global, Centro Brasil no Clima (CBC), Local Governments for Sustainability (ICLEI), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
A programação será formada por sessões de debates, mesas redondas, grupos de trabalho, demonstração de negócios e tecnologias, workshops, demonstrações de iniciativas da sociedade civil e comunidades; sessões de diálogos de governos subnacionais; oitivas e assembleias de deliberação. A Conferência Brasileira de Mudança do Clima é um evento carbono neutro e compensará suas emissões de maneira transparente, rastreável e segura com o apoio do programa Amigo do Clima, desenvolvido pela Way Carbon.
Conferência Brasileira de Mudança do Clima
Recife – de 16 a 18 de outubro
https://www.climabrasil.org.br/
Realização – Instituto Ethos e WWF
Episódios de chuva intensa devem se tornar cada vez mais frequentes nas metrópoles brasileiras devido aos efeitos das mudanças climáticas. A força das águas tem causado estragos, afetado a rotina das cidades e causado mortes.
No Rio de Janeiro, a segunda semana de abril tem sido marcada por fortes temporais que ultrapassaram a média pluviométrica esperada para todo o mês. No momento, a capital carioca encontra-se em “estágio de crise”, a mais grave em uma escala de três níveis estabelecida pela prefeitura. Em São Paulo, o mês de fevereiro também foi atípico, marcado como o mais chuvoso em 15 anos. Em março, o acumulado de chuvas na capital paulista foi 10% superior à média climatológica para o mês.
“Cada vez mais vamos ter mais episódios de chuvas torrenciais, bem como longos períodos de estiagem, invernos com baixíssimas temperaturas, tornados… Tudo isso gera impacto na economia e no bem-estar da população. O ponto mais importante é que a sociedade e o poder público tenham consciência de que, sim, estamos provocando mudanças no clima. As cidades sofrem cada vez mais impactos e precisam urgentemente investir em adaptação ao novo cenário”, afirma o gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, publicado no International Journal of Climatology, revela que as mudanças climáticas são responsáveis pela alteração no padrão de chuvas no Brasil. As conclusões do trabalho, baseadas em 70 anos de dados meteorológicos, mostram que as ilhas de calor em grandes metrópoles criam condições para a formação de tempestades, que são intensificadas devido à proximidade com o Oceano Atlântico. O levantamento ainda destaca a tendência de um ressecamento das regiões Norte e Nordeste e um umedecimento do Sul e do Sudeste.
Sugestão de entrevistado: André Ferretti é gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.
*Por Isabel Grimm
Considerada um desdobramento da crise ambiental, a mudança climática pode ser um dos maiores desafios globais que a sociedade hodierna enfrenta. Ela exerce pressão sobre a estrutura social e política, de comunidades no mundo inteiro, em face ao cenário de incertezas sobre o escopo exato e a velocidade dos próximos passos necessários para remediar suas causas e efeitos, especialmente no plano global.
Previsões destacam que, para cada grau de aumento da temperatura média global, ocorrerá uma queda de 20% na disponibilidade de recursos hídricos para 7% da população mundial. Se as emissões de gases do efeito estufa seguirem subindo, no pior cenário, até o fim do século XXI o número de pessoas expostas a grandes enchentes será três vezes maior do que se as emissões tiverem sido reduzidas. Além disso, será maior a possibilidade de mortes resultantes de ondas de calor, as pessoas estarão expostas a doenças transmitidas pela água e por alimentos. Para completar, o aquecimento global colocará em risco a produtividade pesqueira e os serviços ecossistêmicos dos oceanos.
Tais consequências irão recair tanto quanto aos povos que menos contribuem para as emissões de gases de efeito estufa, uma das causas da mudança do clima. Portanto, seriam as variações climáticas um novo fenômeno de injustiça global? Considerando que as atividades humanas, em relação às mudanças climáticas, podem ser desprezíveis em relação a uma perspectiva global e de cronologia geológica, como supõe alguns cientistas, deve-se ter em conta, porém, que a ação conjunta destas com outros agentes atmosféricos são relevantes.
Assim, são importantes as reflexões sobre mudanças climáticas e possíveis futuros, construindo cenários que avalie causalidades, tendências e ciclos do passado, o que ocorre no presente e pode se estender ao futuro. Nesse momento, é cabível observar que as hipóteses sobre mudanças climáticas devem ser analisadas considerando-a como um fenômeno complexo, relativo, volátil e compatível com a importância do princípio da incerteza e da precaução.
*Isabel Grimm, pós-doutora em Gestão Urbana e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento, é coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Governança e Sustentabilidade do ISAE Escola de Negócios.
Inspirado em prática de povos do Pacífico, evento de projeção global acontecerá no Museu do Amanhã (Rio) com participação gratuita
Segundo tradição de povos das ilhas Fiji, decisões para um bem maior devem ser tomadas por meio de um diálogo inclusivo, participativo e transparente. Este processo de comunicação recebe o nome de Talanoa e foi adotado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). No próximo 19 de outubro, o Rio de Janeiro sediará uma edição do Diálogo de Talanoa sobre Mudanças Climáticas, com realização do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em parceria com o Grupo Banco Mundial. O encontro é co-organizado pelo Museu do Amanhã e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
Na ocasião, será apresentado o aguardado Relatório Especial do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) sobre os cenários de Aquecimento Global de 1.5 ° C, seguido de painéis de diálogo. Um dos destaques é a participação de Paulo Artaxo, membro IPCC, professor titular no Instituto de Física da USP e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).
“O propósito do Diálogo de Talanoa no Rio será conversar sobre o papel de grandes empresas no cumprimento do Acordo de Paris, além de estimular a participação da sociedade brasileira no combate às mudanças climáticas. Também ouviremos o Secretário de Mudança do Clima e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Thiago Mendes”, informa Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Saiba Mais
DIÁLOGO DE TALANOA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Data: 19 de outubro de 2018
Horário: 13h às 18h
Local: Auditório do Museu do Amanhã – Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Programação completa e inscrições gratuitas: cebds.org.br
Patrocínio: Bradesco, Grupo Banco Mundial, Itaú, Santander e Shell.
Apoio de mídia: Estadão