Se tem um segmento que sempre cresce no Brasil, mesmo em meio a crises e recessões, é o da indústria automotiva. Realmente, o pessoal se dedica a essa área de modo frequente, tanto para quem vai trocar de carro ou quem vai comprar o seu primeiro.
De fato, o automóvel é algo que mudou drasticamente nossa vida nos dias atuais, seja o carro, a motocicleta, as vans e demais soluções que podem ajudar tanto no sentido pessoal e familiar do termo, quanto nas aplicações comerciais, empresariais e até industriais.
Basta considerar a potência e a força de um diferencial de caminhão, que é uma peça diretamente ligada à tração dos eixos, e, portanto, à potência do caminhão enquanto máquina de trabalho, algo indispensável para muitas indústrias.
Já no uso pessoal que uma pessoa pode fazer, ou mesmo quando tem um veículo pensando na família toda, é necessário levar outros fatores em conta. Um deles é que a cada certo período, é preciso trocar de carro, algo que a maioria das pessoas faz.
É nessa hora que surgem alguns desafios, seja para trocar por um seminovo ou 0 km ou por um carro usado e com uma quilometragem alta. Em todas essas transações, podem aparecer dúvidas e barreiras de vários tipos.
A principal questão é sobre a necessidade de fazer reparos ou melhorias, como a instalação de uma película automotiva 3m. Melhor fazer isso no carro antigo, para valorizá-lo, ou deixar para fazer no novo, do qual você vai desfrutar a partir de agora?
Isso sem falar na desvalorização natural de preço, nas questões mecânicas e até mesmo em termos legais, de cartórios, documentação e afins. Por isso achamos fundamental escrever este artigo, esclarecendo o que você precisa ver ao trocar de carro.
Lembrando que depois de feita a transação, quase nunca dá tempo de se arrepender, até porque um papel que tenha sido assinado não pode voltar atrás, assim como a perda de um valor mais justo também não tem como ser revertida.
Ademais, um ponto interessante de tudo isso é que hoje o assunto está tão disseminado, que realmente é possível abordá-lo por vários ângulos distintos, desde a troca de uma bateria de carro 60 amperes até o planejamento pessoal e financeiro.
Dito isto, uma vez que o seu interesse real é compreender melhor tudo o que precisa ser levado em conta na hora de trocar de carro, para que não haja dor de cabeça nem arrependimentos futuros, sugerimos que você siga até o fim da leitura.
Por que trocar de carro?
Alguns podem achar que se trata apenas de luxo ou mesmo de ostentação. Contudo, trocar de carro é algo que pode envolver vários aspectos, o que vai muito além de qualquer preconceito que se possa ter a respeito desse assunto.
O primeiro aspecto de todos é a questão da desvalorização do veículo, que sempre vai ocorrer na proporção de algo entre 4% e 10% ao ano, segundo tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Então, a não ser que você queira perder muito mais dali cinco ou dez anos, é melhor trocar de carro enquanto ainda é possível reparar alguns danos e recuperar boa parte do valor investido.
De fato, um automóvel de dois ou três anos de uso, depois de passar por melhorias simples como um espelhamento de pintura, pode passar-se praticamente por novo.
Depois, outros aspectos da troca de carro podem envolver questões pessoais, como mudanças de gosto estético, ou então exigências ainda maiores. Como a troca de emprego, o aumento da família e tantos outros imprevistos que são naturais da vida de qualquer um.
Lembrando que também temos o papel do autônomo ou do profissional liberal, como um consultor que precisa do carro como ferramenta de trabalho, embora não necessariamente uma empresa vá ressarci-lo dos gastos mensais.
Ainda assim, isso também não quer dizer que seja preciso fazer essa troca a todo custo, mas sim, levando em conta cada um dos desafios implicados, como ficará claro adiante.
Entenda o momento certo
Já tendo em mente que minimizar danos e prejuízos na troca de carro é o melhor que se pode fazer, é preciso buscar uma janela de oportunidade, como se diz hoje em dia.
Ou seja, uma proposta feita hoje pode não ser tão boa quanto outra que surja daqui alguns dias ou semanas, assim como a atual pode ser bem melhor do que uma recebida há um mês.
Em termos mais técnicos, não se trata de prestar atenção na pintura, nas baterias automotivas ou mesmo no estofado, mas na quilometragem.
Pelas tabelas oficiais, um veículo que supera algo entre 70 mil e 100 mil quilômetros rodados já pode ser considerado usado, e não seminovo, o que se limita à média de 10 ou 20 mil.
Portanto, isso já não depende tanto da preservação do carro, pois por maior que ela seja, há uma fórmula fixa para todos. Outro exemplo é o do percentual do valor de investimento em termos de reparos e melhorias.
Se o valor exceder os 10% ou 15% do valor do bem na tabela FIPE, isso certamente vai ocasionar uma depreciação maior em termos de venda e, portanto, vai impactar na troca do seu carro, já que o outro vai parecer mais “caro” por conta disso.
Nesse sentido, é preciso entender o momento certo, tanto em relação ao desgaste do carro atual, quanto em relação ao mercado e quem vai fazer a transação de troca com você.
Uma regra de ouro
Até aqui, já deu para perceber que trocar de carro é algo bem diferente de simplesmente comprar o seu primeiro carro, o que não implica vender um atual, já que neste caso você ainda não teria nenhum, ou do que simplesmente vender o seu e ficar sem nenhum.
Trata-se, realmente, de encontrar um meio-termo que possa ser benéfico em sentido duplo, ou seja, tanto na venda do carro antigo quanto na aquisição do novo carro.
Por isso mesmo, uma regra de ouro é tentar fazer essa transação com o mesmo dono, ou então a mesma loja. Inclusive, nos dias de hoje existem concessionárias que aceitam seu carro antigo como abatimento do valor do carro novo.
Em termos técnicos, é perfeito para você customizar a compra, como pedir para trocar uma bateria comum por uma bateria start stop, já que o atendimento e suporte são melhores quando se faz uma transação mais complexa e que envolve mais valor agregado.
Além disso, a loja vai ser mais honesta na avaliação do valor do seu carro antigo, pois também vai exigir que você pague por um novo veículo, então não tem como cobrar caro demais se não souber pagar bem no seu, o que equilibra a negociação.
O próprio mecânico que vai avaliar um veículo pode aproveitar e avaliar o outro também, usando o mesmo critério, o que volta a tornar a transação mais justa. Alguns dos elementos mais importantes de análise incluem:
- Sistema de óleo;
- Verificação de vazamentos;
- Sistema hidráulico e elétrico;
- Verificação dos freios;
- Cuidado com as luzes do painel;
- Toda a parte de direção;
- Balanceamento e geometria;
- Rodas, pneus e estepe;
- Sistema de ar-condicionado.
Enfim, é um privilégio contar com um suporte de confiança no tocante a todas essas frentes, o que pode ocorrer quando você faz a negociação na mesma concessionária.
Domine os aspectos legais
É comum alguém se empolgar com um carro novo ou com uma oferta no carro antigo e querer agilizar a transação, mas isso pode implicar alguns riscos.
O maior deles tem a ver com a parte legal e o histórico do veículo que será adquirido. Isso vale para qualquer produto, como ao comprar um nobreak bateria externa, se você não exigir nota fiscal, não saberá se o item não foi roubado.
No caso da troca de carro isso é ainda mais grave, pois um problema na documentação ou transferência pode fazer você pagar por algo que não tem culpa, como um acidente com vítimas que tenha ocorrido dias ou mesmo horas antes da venda.
Novo, seminovo ou usado?
Por fim, falamos várias vezes sobre as opções que vão do 0 km, passando pelo seminovo até o usado, mas é preciso aprofundar isso.
Os melhores conselhos deste tópico vão no sentido de apontar que geralmente o seminovo é o mais interessante para a média das pessoas.
A questão nem sempre são os detalhes como um estafado ou uma bateria 60, mas sim, o conjunto da situação.
Portanto, como o carro que você dará de entrada é um seminovo, a distância para o novo pode ser muito grande em termos financeiros, assim como para o usado pode ser grande em termos de desempenho.
Daí a dica de ficar no meio-termo, como dar um carro de três anos de uso por um de três meses de uso, o que pode trazer várias vantagens.
Considerações finais
O brasileiro tem uma paixão nacional por veículos e troca de carros, seja por motivo pessoal, profissional ou qualquer outro.
Assim, com os conceitos e conselhos práticos que detalhamos acima, fica muito mais fácil entender tudo o que precisa ser visto na hora de realizar a troca de carro.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.