Uso de anti-inflamatórios e aspirinas sem orientação pode levar a complicações e até à dengue hemorrágica. Entenda por que manter a hidratação é crucial para tratar a doença
Em dois meses, foram mais de 1,3 milhão de casos possíveis de dengue no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos, fraqueza e manchas vermelhas na pele. Nos casos mais graves, dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes, sangramento na mucosa e tontura ao levantar são sinais de alerta.
Como não há um tratamento específico para a doença, recomenda-se muita hidratação, com água e soros orais comprados em farmácias, que repõem, além do líquido, sais minerais. É comum o uso de dipirona ou paracetamol para minimizar o mal-estar provocado.
Anti-inflamatórios como diclofenaco e ibuprofeno e aspirina devem ser evitados por pacientes com suspeita ou confirmação da doença. “Os riscos abrangem desde o agravamento de sintomas até complicações mais sérias, como o aumento do risco de sangramento, pois esses medicamentos podem irritar o estômago e causar danos ao fígado. O uso sem orientação também pode resultar em manejo inadequado dos sintomas, resistência a medicamentos e interferência nos resultados do diagnóstico, além de representar um perigo particular para grupos vulneráveis”, explica a farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Keitia Couto.
O ideal é procurar serviço de saúde para um diagnóstico preciso da doença. Testes para confirmar a infecção estão disponíveis em unidades básicas de saúde e em farmácias. “Manter um acompanhamento regular com profissionais de saúde e seguir rigorosamente as orientações médicas são medidas fundamentais para garantir um tratamento seguro e eficaz”, orienta Keitia.
Sobre a Prati-Donaduzzi
A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.
Médico da Rede Mater Dei chama a atenção para uso excessivo de suplemento, fitoterápicos e anabolizantes
Com a proximidade do Dia Mundial do Rim, celebrado este ano em 14 de março, a atenção volta-se para a crescente preocupação com as doenças renais em todo o mundo. Segundo estimativas da Organização Internacional World Kidney Day, cerca de 10% da população global, o equivalente a 850 milhões de pessoas, enfrenta algum tipo de doença renal crônica, uma condição que pode ser fatal, se não for tratada adequadamente.
No Brasil, os números não são menos preocupantes. De acordo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 140 mil pacientes estão em estágio avançado de doença renal crônica, submetendo-se a tratamentos, como a diálise, para sobreviver. O transplante de rim, que representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos realizados no país, é uma esperança para muitos desses pacientes. O Brasil ocupa uma posição de destaque global nesse aspecto, sendo o terceiro maior transplantador de rim do mundo, com 4.828 procedimentos registrados apenas em 2021.
No entanto, apesar dos avanços na área, ainda há desafios significativos a serem enfrentados. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas no Brasil morrem prematuramente, a cada ano, devido à falta de acesso à diálise ou ao transplante de rim.
Frente a esse contexto, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena anualmente, no país, a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo disseminar informações vitais sobre as doenças renais, destacando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
De acordo com o nefrologista Victor Jordão, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, em Uberlândia, os rins são órgãos chamados de “vitais” no nosso corpo. Eles são responsáveis pelo controle de líquido (o que fica, se está faltando, ou o que sai de água, se em excesso), de toxinas e sais, que devem manter equilíbrio no organismo, da acidez do sangue, da produção de células do sangue pela medula óssea e da pressão arterial. Sua disfunção ou perda de seu equilíbrio podem ter consequências sérias.
“Muitas vezes essas consequências vêm por doenças relacionadas ao uso de medicações necessárias, porém tóxicas para os rins, mas é cada vez mais comum vermos uso abusivo de fitoterápicos, vitaminas, oligoelementos, anabolizantes e alguns suplementos”, alerta o médico.
Victor considera que, atualmente, estamos vivendo uma fase de acesso à informação e a produtos muito fácil, o que é excelente. Entretanto, nem tudo que está na internet e é difundido nela é benéfico ou o correto para aquela pessoa ou situação. “A automedicação pode levar a superdosagens de substâncias no organismo que, mesmo que já presentes ou até produzidas por nosso corpo, tornam-se prejudiciais em doses elevadas. Isso vale também para anabolizantes, que tem um efeito rápido na estética, mas uma conta cara a ser paga com efeitos colaterais, até irreversíveis, e risco de morte”, explica o médico.
“Reforço que suplementos são para preencher carências da nossa alimentação, que deve ser adequada para nossos objetivos e para nossa saúde, e que nem sempre algo que é natural, ou até mesmo presente no nosso corpo, é melhor em mais quantidades. Os níveis devem ser adequados para uma saúde plena, junto a outros fatores, como bons hábitos de alimentação, exercício físico, sono e redução do stress”, diz Victor.
De acordo com Victor, os atendimentos a pacientes quetenham feito uso excessivo e acabaram comprometendo os rins têm aumentado em seu consultório: “esse tipo de consulta é cada vez mais frequente. Os campeões são, com certeza, o uso indiscriminado de anabolizantes ou, até mesmo, de ‘reposição hormonal de testosterona’, mesmo que acompanhada por médico, mas com muitos efeitos. Outro muito comum é o uso indiscriminado de Vitamina D, que é uma vitamina (ou hormônio) de extrema importância para o corpo, mas que se aplicada através de doses elevadas no sangue, como alguns estão objetivando, podem levar ao aumento de cálculos renais ou até lesão renal irreversível por toxicidade direta”, afirma.
Uma análise sobre os padrões de consumo, conduzida pelo Ministério da Saúde, revelou que em 59% dos domicílios brasileiros, pelo menos uma pessoa faz uso de algum tipo de suplemento alimentar. Destes, 60% são homens e 40% são mulheres. “Acredito que isso seja um efeito colateral de múltiplas coisas que aconteceram ao mesmo tempo, com o avanço da tecnologia. Desde o acesso rápido e fácil à informação, (que nem sempre é de fonte confiável ou verdadeira), o culto ao corpo inatingível, vendido em redes sociais, onde a pessoa, mesmo sem ter noção ou indicação de algo, quer copiar aquele influenciador específico, para ‘ser igual’, até à facilidade de acesso a qualquer produto atualmente, com contatos fáceis ou compras diretas online”, alerta o médico.
Sinais do uso excessivo – estes sintomas dependem muito do que foi usado e das doses. Victor explica que, se tratando de anabolizantes, pode ocorrer desde o aumento da pressão arterial, pelo aumento da viscosidade do sangue, até lesões diretas e tóxicas ao funcionamento dos rins, fígado e estrutura do coração – sem contar o risco aumentado de infarto, AVC e câncer. “São problemas irreversíveis e gravíssimos. Mais relacionados aos rins, podemos citar desde o aumento da incidência de cálculos renais – principalmente relacionados ao abuso da vitamina D – até o inchaço das pernas e restante do corpo, falta de ar, falta de apetite e perda do funcionamento dos rins. Estes, relacionados principalmente a dosagens de vitamina D superiores a 80ng/dL ou uso de anabolizantes (ou mesmo quando chamados de reposição hormonal controlada)”.
Exame para todos – O Dia Mundial do Rim tem como foco a saúde desse órgão tão importante para o funcionamento do corpo. A campanha, que busca disseminar informações para toda a sociedade, chamará a atenção também para a importância de todos os brasileiros poderem acessar o exame de creatinina. O ideal, segundo a SBN, é que toda pessoa, principalmente acima de 30 anos, possa fazer um exame anual de dosagem desse marcador da função do rim.
A Rede Mater Dei de Saúde tem um serviço completo de cuidados voltados para pacientes renais crônicos e agudos, realizando diálise contínua por 72h a pessoas internadas em suas unidades, pacientes externos, e diálise em trânsito, para pacientes de outras localidades que precisam permanecer em tratamento durante um determinado período.
Número de casos de dengue têm aumentado no país, segundo o Ministério da Saúde; pesquisa aponta que 75% dos focos estão nas residências e evitar procriação do Aedes aegypti é caminho para prevenção
Somente em 2024, o Brasil já registrou mais de meio milhão de casos de dengue. Os dados são do Painel de Arboviroses, do Ministério da Saúde, e a projeção do órgão é que o país atinja um recorde nacional e registre 4,2 milhões de casos da doença neste ano. Neste cenário, é imprescindível redobrar os cuidados para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença e de outras, como zika e chikungunya. Além disso, para quem está com algum dos sintomas da doença, a orientação é não se automedicar, porque, em casos de dengue, a prática pode agravar a situação.
“A automedicação apresenta sérios riscos à saúde e, em caso de dengue, não é diferente. Os sintomas podem ser mascarados pelos medicamentos utilizados, dificultando o diagnóstico preciso, e o uso inadequado de medicamentos podem agravar os sintomas”, alerta a farmacêutica Kátia Tichota.
A profissional, que também é professora do curso de Farmácia da Estácio, explica que alguns remédios – como os anti-inflamatórios não esteroides – podem agravar complicações comuns à doença e levar o paciente a um choque hemorrágico, que pode resultar em óbito
Diante da suspeita de ter sido picado pelo Aedes aegypti, a profissional explica que o correto é não se automedicar, e sim procurar atendimento médico imediatamente para relatar ao profissional de saúde todos os sintomas e detalhes relevantes. Exames laboratoriais específicos podem confirmar a presença do vírus da dengue e, assim auxiliar no diagnóstico diferencial com outras enfermidades.
Sintomas da doença
Enfermeira e professora do IDOMED, Sandra Bonilha explica que, geralmente, a primeira manifestação da doença é a febre. “Geralmente, acima de 38ºC, de início abrupto e com duração de dois a sete dias, associada a dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, dor nas articulações e dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia também podem se fazer presentes”, explica.
De acordo com Sandra Bonilha, em casos de sintomas, o indicado é aumentar a ingestão de água e sempre procurar uma unidade de saúde.
Prevenção dentro de casa
O Ministério da Saúde divulgou recentemente os resultados do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023. Os números indicaram que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.).
O levantamento apontou, ainda, que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.
Neste cenário, a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando os prováveis criadouros – como pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção; e recipientes pequenos, como tampas de garrafa. A recomendação do Ministério da Saúde é que a população faça uma inspeção semanal em casa.
“Além de manter bem tampados caixas, tonéis e barris de água, é importante colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais”, salienta Sandra Bonilha.
A automedicação é uma prática cada vez mais comum na sociedade contemporânea, na qual as pessoas buscam soluções rápidas para aliviar sintomas de doenças menores sem consultar um profissional de saúde. Embora possa parecer uma alternativa conveniente, a automedicação pode ter consequências graves, especialmente quando se trata do diagnóstico precoce de câncer infantil (SILVA, 2021).
O câncer infantil é uma realidade difícil de enfrentar, mas a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e garantir um tratamento eficaz. No entanto, a automedicação pode mascarar os sintomas iniciais de câncer infantil, adiando o diagnóstico e prejudicando as perspectivas de recuperação (LIMA, et al., 2016).
Um dos problemas mais significativos da automedicação em crianças é a possibilidade de suprimir os sintomas do câncer, como febre persistente, dores no corpo, fadiga extrema ou sangramento anormal. Pais ou responsáveis podem administrar medicamentos sem prescrição médica para tratar esses sintomas, acreditando que estão apenas lidando com doenças comuns (DOS PAIS, 2015). No entanto, esses sintomas podem ser indicativos de câncer infantil, e o atraso no diagnóstico pode permitir que a doença progrida para estágios mais avançados e potencialmente incuráveis (INSAURRALDE, 2016).
Outra questão importante é que a automedicação pode mascarar sintomas que seriam fundamentais para que os médicos identifiquem o câncer infantil. Os profissionais de saúde dependem da descrição precisa dos sintomas e do histórico médico para realizar um diagnóstico preciso. Quando os sintomas são alterados ou suprimidos por medicamentos não prescritos, o médico pode ser levado a considerar outras causas, adiando ainda mais o diagnóstico correto (GAMA, 2019).
Além disso, a automedicação pode ter efeitos colaterais indesejados e, em alguns casos, graves. Em crianças, a dosagem inadequada de medicamentos pode levar a problemas de saúde adicionais, tornando a situação ainda mais complicada (GOMES, 2018).
Para evitar esses problemas, é fundamental que os pais e responsáveis busquem cuidados médicos adequados sempre que uma criança apresentar sintomas persistentes ou incomuns. É importante lembrar que muitas doenças infantis apresentam sintomas semelhantes aos do câncer, e somente um médico qualificado pode realizar os exames necessários para um diagnóstico preciso (SANTOS, 2018).
A conscientização sobre os perigos da automedicação no contexto do câncer infantil é crucial. A educação pública sobre os sinais de alerta, bem como o incentivo para que as famílias consultem um médico quando necessário, pode desempenhar um papel fundamental na detecção precoce e, consequentemente, no aumento das chances de recuperação das crianças afetadas por essa terrível doença (NOGUEIRA, et al., 2015).
Por fim, podemos concluir, que a automedicação pode causar problemas sérios no diagnóstico precoce de câncer infantil ao mascarar sintomas e atrasar o tratamento adequado. A saúde das crianças deve ser uma prioridade, e a busca por orientação médica é fundamental para garantir que qualquer problema de saúde seja tratado com a devida atenção e cuidado, especialmente quando se trata de câncer infantil, onde cada dia conta (SANTOS MORAES, 2010).
A automedicação é uma prática cada vez mais comum na sociedade contemporânea, na qual as pessoas buscam soluções rápidas para aliviar sintomas de doenças menores sem consultar um profissional de saúde. Embora possa parecer uma alternativa conveniente, a automedicação pode ter consequências graves, especialmente quando se trata do diagnóstico precoce de câncer infantil (SILVA, 2021).
O câncer infantil é uma realidade difícil de enfrentar, mas a detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e garantir um tratamento eficaz. No entanto, a automedicação pode mascarar os sintomas iniciais de câncer infantil, adiando o diagnóstico e prejudicando as perspectivas de recuperação (LIMA, et al., 2016).
Um dos problemas mais significativos da automedicação em crianças é a possibilidade de suprimir os sintomas do câncer, como febre persistente, dores no corpo, fadiga extrema ou sangramento anormal. Pais ou responsáveis podem administrar medicamentos sem prescrição médica para tratar esses sintomas, acreditando que estão apenas lidando com doenças comuns (DOS PAIS, 2015). No entanto, esses sintomas podem ser indicativos de câncer infantil, e o atraso no diagnóstico pode permitir que a doença progrida para estágios mais avançados e potencialmente incuráveis (INSAURRALDE, 2016).
Outra questão importante é que a automedicação pode mascarar sintomas que seriam fundamentais para que os médicos identifiquem o câncer infantil. Os profissionais de saúde dependem da descrição precisa dos sintomas e do histórico médico para realizar um diagnóstico preciso. Quando os sintomas são alterados ou suprimidos por medicamentos não prescritos, o médico pode ser levado a considerar outras causas, adiando ainda mais o diagnóstico correto (GAMA, 2019).
Além disso, a automedicação pode ter efeitos colaterais indesejados e, em alguns casos, graves. Em crianças, a dosagem inadequada de medicamentos pode levar a problemas de saúde adicionais, tornando a situação ainda mais complicada (GOMES, 2018).
Para evitar esses problemas, é fundamental que os pais e responsáveis busquem cuidados médicos adequados sempre que uma criança apresentar sintomas persistentes ou incomuns. É importante lembrar que muitas doenças infantis apresentam sintomas semelhantes aos do câncer, e somente um médico qualificado pode realizar os exames necessários para um diagnóstico preciso (SANTOS, 2018).
A conscientização sobre os perigos da automedicação no contexto do câncer infantil é crucial. A educação pública sobre os sinais de alerta, bem como o incentivo para que as famílias consultem um médico quando necessário, pode desempenhar um papel fundamental na detecção precoce e, consequentemente, no aumento das chances de recuperação das crianças afetadas por essa terrível doença (NOGUEIRA, et al., 2015).
Por fim, podemos concluir, que a automedicação pode causar problemas sérios no diagnóstico precoce de câncer infantil ao mascarar sintomas e atrasar o tratamento adequado. A saúde das crianças deve ser uma prioridade, e a busca por orientação médica é fundamental para garantir que qualquer problema de saúde seja tratado com a devida atenção e cuidado, especialmente quando se trata de câncer infantil, onde cada dia conta (SANTOS MORAES, 2010).
Um dos maiores problemas de saúde pública segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é a automedicação. Estima-se que os medicamentos são consumidos de forma imprópria, vendidos ou prescritos de forma inadequada em 50% dos casos. No Brasil, a prática da automedicação é cultural, onde os sintomas das doenças são tratados ou mascarados sem prescrição médica. As pessoas compartilham os medicamentos e até dividem e utilizam sobras das prescrições com pessoas do círculo social e outros membros da família.
São muitos os fatores que contribuem para isso: o uso por conta própria; a venda livre nas farmácias e, às vezes, até com preço promocional, o que faz com que muita gente compre o medicamento sem saber para que serve e, muito menos, se pode tomar. Geralmente, os remédios em promoção ficam em lugares bem visíveis, no entanto, algumas informações necessárias não estão expostas, como por exemplo: se contêm corante, se há alguma restrição, dentre outras.
Como as políticas públicas de uso racional de medicamentos são poucas, as crianças são as mais vulneráveis à intoxicação. Elas terminam encontrando os medicamentos dentro de caixas, em cima de pias, em gavetas sem chave, dentre outros locais de fácil acesso, além do mais, já existe no mercado farmacêutico medicamentos na forma de goma de mascar, que se assemelha a jujuba, isso impulsiona a criança a usar várias e não seguir a prescrição, podendo ocasionar um mascaramento da doença ou algo até mais grave. Embora essa seja a apresentação do medicamento, o uso indevido pode acarretar a intoxicação. Outras formas se assemelham a confetes, chamando ainda mais a atenção da criança. Já houve relato de crianças que colocaram o Sal de Fruta, que é um antiácido, na fruta, pelo fato do nome ser sugestivo.
Estudos relatam que os pais automedicam as crianças com os mesmos medicamentos que se automedicam. É importante que o médico informe que a patologia pode ser até a mesma, mas, a medicação utilizada na terapêutica pode ser diferente. O que faz bem para um pode não servir para o outro. Essa prática, pode dificultar o diagnóstico, mascarar os sintomas e alterar os sinais. Nesse contexto, o papel do farmacêutico é orientar e conscientizar o usuário, reduzindo erros referentes a posologia dos medicamentos, evitando assim erros e facilitando o prognóstico da criança.
A Casa Durval Paiva dispõe de assistência farmacêutica para que a criança fora do hospital, em tratamento domiciliar, possa seguir sem intercorrências, sem problemas relacionados a terapêutica medicamentosa e obtenha a cura, seguindo rigorosamente a prescrição médica. Aos acompanhantes a orientação é de que a posologia de ser seguida corretamente, evitando consequências graves e prevenindo a automedicação.