Uma dieta balanceada não é apenas benéfica para o corpo, mas também exerce um impacto positivo na audição. Pesquisas feitas pelo Journal of Nutrition dizem que uma alimentação nutritiva protege a audição e reduz, em cerca de 30%, o risco de perda progressiva desde sentido. É essencial incorporar hábitos alimentares saudáveis na rotina para preservar a audição.
“A dieta saudável pode ajudar na prevenção da surdez e evitar a progressão do problema, alimentos como peixes, nozes e sementes de chia, que possuem ômega 3, ajudam a melhorar a circulação sanguínea na cóclea, que faz parte do sistema auditivo e transforma os sinais acústicos em neurais, mesmo assim não é capaz de reverter uma perda já instalada, para isso são necessários aparelhos auditivos escolhidos com o auxílio de um profissional da área.” diz Dra Iva Lanzarini, Fonoaudióloga e sócio-proprietária da Fonocenter.
Ainda existem outras formas de prevenir a redução auditiva “Evitar exposição a ruídos intensos, uso excessivo de fones de ouvido, álcool em excesso e tabagismo são medidas preventivas. Qualquer alteração na percepção do som, zumbidos ou desequilíbrios deve ser avaliada por um médico otorrinolaringologista e fazer um exame de audição com o fonoaudiólogo”, como relata o Prof. Dr. Diego Malucelli.
Uma alimentação saudável não beneficia apenas o corpo, mas também a audição. Cuidar da saúde auditiva é um investimento em bem-estar. A prevenção e a atenção precoce a sinais de alerta são essenciais.
Diego Augusto de Brito Malucelli Otorrinolaringologia CRM/PR: 19421 | RQE: 12325 | (41) 3335-0302 atendimento@otorrinoscuritiba.com.br www.otorrinoscentro.com.br Rua Doutor Roberto Barroso , 1381
Fonocenter Batel Aparelhos Auditivos LTDA
Dra Iva Lanzarini, Fonoaudióloga e sócio-proprietária da Fonocenter.
Dentre os problemas, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e a Sociedade Brasileira de Otologia alertam para o descontrole da hipertensão e diabetes
Problemas de ouvido e audição estão entre as ocorrências de saúde mais comuns na população. No mundo todo, mais de 1,5 bilhão de pessoas enfrentam algum grau de surdez, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a estimativa dos especialistas é de que 15 milhões de habitantes tenham algum comprometimento na capacidade de ouvir.
No dia 26 de setembro, é celebrado o Dia Nacional do Surdo, uma data que ajuda a dar visibilidade sobre os direitos da comunidade surda e traz a oportunidade de conscientizar sobre as principais causas que podem levar à perda auditiva, seja em grau leve, moderado, severo ou profundo.
Para isso, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) destacam cinco problemas que mais geram prejuízos à audição. Barulho intenso
De forma geral, os ouvidos apresentam alguma proteção para sons abaixo de 80 dB, segundo especialistas da ABORL-CCF. A partir disso, o risco de lesão auditiva aumenta exponencialmente. A exposição a 90 dB por quatro horas, por exemplo, já é suficiente para causar perda auditiva.
“Pessoas que trabalham em fábricas ou locais em que há muito barulho, como aeroportos e casas de show, precisam usar protetor auricular. Outro alerta importante é com relação aos fones de ouvido. É preciso prestar atenção no volume, não o deixando alto demais nem usando em períodos muito longos”, orienta o presidente da SBO e membro da ABORL-CCF, Arthur Menino Castilho.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas com idade entre 12 e 35 anos correm o risco de ter a audição comprometida devido à exposição excessiva à música e outros sons recreativos em elevada intensidade. Surdez súbita
Caracterizada pela perda da audição de forma brusca e na maioria dos casos sem causa aparente, a surdez súbita pode afetar um ou os dois ouvidos. O problema atinge cerca de 15 mil pessoas por ano, segundo estatísticas de um estudo publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. Muitas vezes, essa condição acompanha outros sintomas, como zumbido e tontura.
“Mesmo sem uma causa definida em aproximadamente 85% dos casos, sabemos que a surdez súbita pode estar relacionada a alguns fatores, como gripe e outras infecções virais e bacterianas, doenças autoimunes, determinados medicamentos, má higiene dos ouvidos, distúrbios no ouvido interno e até exposição demasiada a ruídos”, informa Castilho. Infecções no ouvido
As infecções no ouvido, chamadas de otites, quando não tratadas adequadamente, podem causar um dano nas estruturas responsáveis pela audição e até evoluir para a meningite, doença caracterizada pela infecção na meninge (membrana que reveste o cérebro).
“Quando graves e sem a intervenção médica, as infecções no ouvido podem trazer complicações mais sérias, que vão além da dor e febre, considerados os sintomas mais comuns das otites. Como o ouvido está muito perto do cérebro, a infecção pode chegar às meninges e causar perda auditiva neurossensorial, uma consequência com maior prevalência na população infantil”, explica o presidente da SBO.
Aproximadamente uma em cada dez crianças com meningite desenvolve surdez como resultado da doença, de acordo com a Sociedade Britânica de Crianças Surdas (The National Deaf Children’s Society – NDCS), mas o risco de surdez secundária à meningite pode ocorrer em qualquer idade. Doenças crônicas não controladas, como diabetes e pressão alta
Diabetes e hipertensão são as duas principais enfermidades crônicas que estão associadas com a perda auditiva, se não estiverem sob controle.
Pacientes diabéticos são duas vezes mais propensos a ter esse problema em comparação com aqueles que não têm a doença, de acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos Estados Unidos.
De acordo com os especialistas, no caso da diabetes, os elevados níveis de açúcar no sangue podem afetar os vasos sanguíneos, prejudicando a irrigação até as estruturas do ouvido interno e gerando danos nas vias neurais responsáveis pela audição.
“Além do controle da glicemia, a circulação sanguínea desempenha um papel na manutenção de uma boa saúde auditiva, por isso a pressão arterial também precisa estar normalizada. Quando ela está alta, as artérias ficam comprimidas e a irrigação sanguínea para o ouvido interno diminui. O fluxo inadequado tende a acelerar a degeneração do aparelho auditivo”, destaca o especialista e membro da ABORL-CCF.
Traumas na cabeça
Acidentes, traumatismo craniano e outras lesões na cabeça podem afetar as estruturas internas e os mecanismos responsáveis pela comunicação entre o ouvido e o cérebro. Em casos como esses, os especialistas orientam a busca por assistência médica imediata para exames mais específicos que vão avaliar o impacto da ocorrência e poder definir o melhor tratamento para cada quadro.
Tratamento
Existem muitas possibilidades de tratamento para perdas auditivas, como a reabilitação da audição através do uso de aparelhos auditivos convencionais, próteses auditivas cirurgicamente implantadas e até implantes cocleares.
“Portanto, além de se proteger, se houver qualquer dúvida em relação à audição ou sintoma de que algo não está bem, é fundamental consultar um médico otorrinolaringologista. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, maiores são as chances de recuperação da audição,” finaliza Castilho.
Sobre a ABORL-CCF
Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade através de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos, entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.600 otorrinolaringologistas em todo o país.
*Dra. Cintia Fadini – Fonoaudióloga e Audiologista
Em 3 de março, é celebrado o Dia Mundial da Audição. O que deveria ser apenas um ato de conscientização, tem se tornado um importante alerta para a humanidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 466 milhões de pessoas sofrem de perda auditiva no mundo. A entidade afirmou ainda que, até 2050, o número pode aumentar para 900 milhões.
As razões mais comuns vão desde problemas genéticos a alta exposição aos ruídos, como também uso de medicamentos ototóxicos que possuem excesso de antibióticos e diuréticos, além de infecção por vírus e bactérias.
No entanto, os maiores vilões da audição podem estar em nossas mochilas, bolsas, pendurados em nossas orelhas ou em cima de nossas mesas: os fones de ouvido e aparelhos com som muito alto. Sabemos que há músicas que despertam diferentes sentimentos, alguns nos relembram paixões, outras ajudam a lidar com frustrações ou nos animam diante de desafios. Então, a pessoa se empolga e coloca o som lá nas alturas. O resultado é a perda de audição de maneira gradual.
Os primeiros sinais da doença aparecem quando a pessoa começa a solicitar repetições da fala, quando ela mesma começa a falar mais alto, esquece o que foi dito, irrita-se com alguns tipos de sons e, em alguns casos, passa a ouvir um zumbido frequente.
Outro detalhe importante que pode ajudar é a identificação precoce, o que evita danos maiores. Vale lembrar que quem processa qualquer tipo de som é o nosso cérebro. Portanto, quando aumenta o tempo de privação de som, ele perde habilidades importantes de compreensão de fala, sendo mais difícil o tratamento. Além do mais, o adiamento do uso do aparelho auditivo pode ocasionar no maior agravamento da doença. Nesses casos de tratamento tardio, a tecnologia pode não ser suficiente.
Aqueles que estão mais expostos aos ruídos, no trabalho ou no trânsito, por exemplo, possuem riscos grandes de perder a audição ou parte dela. Caso esteja associada à genética, o risco é ainda maior. Para esses casos, o indicado é o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para auxiliar e prevenir. Eles são capazes de diminuir o impacto de sons altos dentro do sistema auditivo.
No geral, o necessário é diminuir a exposição ao ruído e melhorar a alimentação. Hábitos saudáveis não auxiliam só a emagrecer, mas influenciam também em nosso corpo como um todo. Por exemplo, estudos mostram que a ingestão de zinco e magnésio podem colaborar com a prevenção para perda induzida pelo ruído.
Outra sugestão é promover realmente um descanso auditivo. Tente diminuir a exposição ao ruído. Caso o seu dia a dia o force a estar em lugares barulhentos, no seu momento de folga, diminua o volume do som. Ouça mais músicas de relaxamento.
Vale ressaltar que quando nossa capacidade auditiva diminui, sentimos a perda de algo importante em nossas vidas. Isso nos impede de nos comunicar e trocar experiências com outros. Há pacientes que se isolam, sofrem com pensamentos de autoestima baixa e podem enfrentar quadros de depressão. Fica claro que ouvir bem é um fator impactante na qualidade de vida, que deve ser escolha número um no ranking de prioridades de qualquer um.
(*) Cintia Fadini é Fonoaudióloga pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Possui também Mestrado em Fonoaudiologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Também é Pós Graduada em Processamento Auditivo pela CEFAC e GEPAT, São Paulo/SP. Realiza em seu consultório a avaliação clínica da audição, seleção e adaptação de aparelhos auditivos com treinamento das habilidades auditivas centrais.