Apneia Obstrutiva do Sono afeta 33% da população brasileira e é um dos principais distúrbios do sono
Sintomas são praticamente imperceptíveis a quem sofre. Em casos mais graves a cirurgia pode ser necessária.
A Apneia Obstrutiva do Sono é um dos problemas que mais afeta a qualidade do sono das pessoas ao redor do mundo. Essa doença crônica atinge 33% da população brasileira segundo dados do Ministério da Saúde e é mais comum em pessoas com condições relacionadas à obesidade.
Uma grande parcela da população não sabe que enfrenta problemas relacionados à apneia, uma vez que, os despertares causados pelo distúrbio são sutis e praticamente imperceptíveis no decorrer da noite. O sono é dividido em cinco fases, sendo o quarto estágio considerado o mais profundo. A fase REM, como é chamada, é a etapa onde ocorre a fixação do aprendizado e da memória. Grande parte dos episódios ocorre durante esse período. Na maioria dos casos, as pessoas que convivem com o portador do distúrbio são as responsáveis por comunicar e incentivar a procura por auxílio médico.
Alguns fatores podem ser agravantes para a ocorrência dos episódios, sendo eles: língua grande, queixo afundado, desvio de septo e amígdalas grandes.
Sintomas
Enquanto dormimos, os músculos do corpo relaxam e passam a ocupar mais espaços. Entre eles, estão os da garganta e da língua e seu relaxamento em forma exagerada passa a obstruir as vias aéreas de maneira parcial ou total, originando o ronco. As paradas respiratórias momentâneas causadas pelas obstruções ativam o estado de alerta do cérebro, fazendo com que a pessoa acorde para voltar à respiração normal. Essas ocorrências caracterizam os episódios de apneia que podem ocorrer por dez segundos, em cinco ou mais vezes durante uma hora.
No decorrer do dia é comum que a sonolência apareça juntamente com dores de cabeça, problemas de memória e atenção causados pelos microdespertares noturnos que se relacionam com as paradas respiratórias momentâneas.
Tratamento
Após diagnóstico médico e dependendo do grau de apneia, alguns tratamentos devem ser adotados como forma de melhorar a qualidade do sono e interromper os episódios do distúrbio. Em casos simples é recomendado que o paciente passe a dormir de lado, tente a redução de peso, pratique atividades físicas, utilize recursos que combatam as obstruções nasais e evite consumir bebidas alcoólicas, cigarros e calmantes horas antes de se deitar para dormir.
Quando o caso é mais grave e requer maiores cuidados, podem ser sugeridas cirurgias ou cauterizações para corrigir elementos que causam a obstrução como, por exemplo, as amígdalas. Em determinados casos o Aparelho de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) é recomendado para melhorar a respiração durante o sono.
Outras medidas
Além de questões relacionadas à saúde corporal, outros fatores podem auxiliar no combate à apneia. A escolha de um bom colchão pode melhorar os distúrbios relacionados ao sono. “Os colchões são fundamentais quando se fala em qualidade do sono e existem hoje no mercado marcas que possuem tecnologias que ajudam no alinhamento da coluna vertebral, principalmente em áreas como a do pescoço, melhorando a respiração, circulação do sangue e os estágios do sono”, explica o Dr. André da Rocha (Fisioterapeuta, membro da associação Brasileira do Sono, consultor em ortopedia, traumatologia, ergonomia e fisiologia do sono aplicada a travesseiros e colchões), responsável por desenvolver tecnologias terapêuticas para os colchões da Sono Quality.