Educação Física lança aplicativo para exercícios em casa
Foto: Cícero Oliveira
Assim como inúmeras atividades, o famoso discurso de “segunda-feira eu começo a malhar” também está suspenso durante o isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19. Porém o que poderia ser a desculpa perfeita para alguns, uma vez que as academias estão fechadas, passa a ser uma preocupação para pessoas que desejam manter uma determinada rotina de exercícios físicos.
Na internet, tornaram-se comuns iniciativas que mostram pessoas se exercitado e tentando preservar a forma. Muitos dos que já têm uma boa experiência em atividades físicas conseguem fazer isso sozinhos, utilizando seus próprios conhecimentos, mas como ficam aqueles que precisam de acompanhamento na hora do exercício?
A partir desse questionamento surgiu uma ideia. A Base de Pesquisa em Atividade Física (Afisa), do Departamento de Educação Física (DEF/UFRN), criou um aplicativo para auxiliar quem quer estabelecer ou manter uma atividade física regular mesmo cumprindo a recomendação de distanciamento social.
“O que nós fizemos foi pensar em alguma coisa com a qual a Educação Física pudesse ajudar. As pessoas estão em casa, precisam se movimentar, porque se manter fisicamente ativo melhora uma série de aspectos, como as condições cardiocirculatória e cardiopulmonar”, explica o professor do DEF, Paulo Dantas, um dos coordenadores da base de pesquisa.
Com o Aplicativo de Atividade Física e Isolamento Social – AFISapp, de fácil utilização e disponibilizado de forma gratuita nas lojas App Store e, em breve, na Google Play, os usuários têm à disposição orientações quanto aos tipos de exercício e à maneira correta de executá-los, bem como recomendações nutricionais.
Diante do avanço da Covid-19 em todo o país, adotar medidas de proteção como o distanciamento social e os cuidados com a higiene, especialmente das mãos, são as principais formas de defesa conforme recomendações das autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Da mesma forma, a prática de atividades físicas também pode ter contribuição significativa para a preservação da saúde.
“Além da sensação de bem-estar, o exercício é ansiolítico, diminuindo a ansiedade causada pelo isolamento, é anti-hipertensivo, contribuindo para a melhora do condicionamento geral. A consequência disso é um aumento da capacidade imunológica da pessoa de reagir a quaisquer tipos de vírus ou bactérias que ataquem o seu organismo”, afirma o professor Paulo.
Responsáveis pelo desenvolvimento, três estudantes do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) doaram seus conhecimentos nessa missão e entregaram um aplicativo que contribui para a saúde da população.
“Para ser o mais eficiente possível, o aplicativo recolhe algumas informações do usuário, como perguntas sobre a saúde e o biotipo. Então, de acordo com as respostas, é gerado um treino adaptado. A pessoa deve escolher um dia de descanso entre os exercícios e durante os demais dias o treino a ser realizado é indicado, com imagens e vídeos exemplificando a maneira correta de executá-lo”, explica Fernando Bruch, um dos desenvolvedores.