Fisioterapia nos cuidados ao paciente com anemia falciforme

Cinthia Moreno – Fisioterapeuta Casa Durval Paiva – CREFITO 83476-F
A Doença Falciforme (DF) é uma doença genética e hereditária caracterizada por uma mutação no gene que produz a hemoglobina (HbA), proteína que fica nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), responsável por transportar oxigênio no sangue. Devido à alteração no gene, surge uma hemoglobina mutante denominada S (HbS). Existem outras hemoglobinas mutantes, que em par com a S, constitui-se num grupo denominado de DF.
Nas pessoas com anemia falciforme, as hemácias, que normalmente são redondas, ficam com formato de “meia lua” ou “foice” (por isso o nome “falciforme”). Assim, os glóbulos vermelhos não oxigenam o organismo de maneira satisfatória, porque têm dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos, causando má circulação em quase todo o corpo.
As manifestações clínicas da doença falciforme podem afetar quase todos os órgãos e sistemas do corpo e podem ocorrer desde o primeiro ano de vida, até mesmo durante toda a vida. As principais são: crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, crise de sequestro esplênico (grande quantidade de sangue se agrega no baço), acidente vascular encefálico (AVE), síndrome torácica aguda, ulcerações, osteonecrose, complicações renais, oculares, etc.
O tratamento clínico é feito através de medicamentos tanto para controle da doença, como para fazer com o que o corpo produza hemácias normais. A fisioterapia é uma das áreas da saúde que possui diversos recursos e técnicas que promovem melhora na capacidade cardiorrespiratória e podem prevenir crises falcêmicas. Alguns recursos terapêuticos podem ser utilizados para controle da dor, como eletroterapia, acupuntura e eletroacupuntura.
