Corregedoria do MPF ouve população no Rio Grande do Norte

A Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) estará recebendo denúncias, reclamações, sugestões e representações da população potiguar quanto à atuação dos procuradores da República e com relação aos serviços prestados pelas unidades do MPF no Rio Grande do Norte. O atendimento ocorrerá nos dias 28 (em Mossoró e Pau dos Ferros) e 29 de novembro (em Natal) – confira horários e locais ao final do texto.

Esse atendimento é parte da correição ordinária que será promovida nas unidades do MPF e tem como objetivo abrir mais um canal de diálogo direto com a população. O corregedor-geral da instituição, Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho, virá ao estado junto da Comissão de Correição formada pelo procuradores regionais da República Francisco Chaves dos Anjos Neto, Fernando José Araújo Ferreira e Uairandyr Tenório de Oliveira.

Qualquer cidadão pode participar e, para isso, devem apresentar o RG, CPF e comprovante de residência à Comissão de Correição e – no caso de representante de pessoa jurídica – a cópia do ato constitutivo e de documento que comprove sua legitimidade. É possível também formular petições por escrito, que deverão ser dirigidas ao corregedor-geral do MPF, contendo a identificação, qualificação e endereço dos interessados.

Natal – 29 de novembro, das 9h às 11h

Endereço: Rua Jundiaí, 328 / 13º andar do Edifício Arnaldo Gaspar Corporativo (ao lado da Catedral), Tirol

Mossoró – 28 de novembro, das 9h às 11h

Endereço: Av. Jorge Coelho de Andrade, 960 – Pres. Costa e Silva

Pau dos Ferros – 28 de novembro, das 9h às 11h

Endereço: R. Getúlio Vargas, 1911, Centro

http://www.mpf.mp.br/rn/sala-de-imprensa/noticias-rn/corregedoria-do-mpf-ouve-populacao-no-rio-grande-do-norte


Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no RN

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Arte como ferramenta de inserção social

Por Patrícia Oliveira Araújo

Arte Educadora – Casa Durval Paiva

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            Entende-se por inserção social, inserir algo na sociedade. Mas, como inserir algo que propriamente já está inserido? Ao trabalhar o artesanato de forma artística com mães e acompanhantes de pacientes oncológicos e hematológicos na Casa Durval Paiva, devemos ter a sensibilidade para compreender que essas mulheres foram retiradas de seus meios sociais para viverem única e exclusivamente em função do tratamento de seus filhos, mulheres que deixaram suas vidas de lado em prol de algo mais importante, a convivência com seus filhos. Tentar mudar a realidade de um indivíduo é algo bastante difícil, imagine mudar a realidade nesse contexto? Com uma mãe fragilizada, sua rotina familiar conturbada e seu filho em um tratamento oncológico.

Porém, ao tentar fazer essa inserção social, primeiramente é preciso saber da realidade de cada indivíduo, saber se ela pode ser mudada e se temos capacidade de transformá-la. Entende-se o quão difícil é para o ser humano treinar o olhar para entender, ver e identificar as diferentes formas de se compreender determinadas situações. O ser humano é por natureza um ser pensante e por consequência, um formador de opiniões. As formas que o indivíduo tem de se articular advêm de sua vivência de mundo, cultura e educação.

Ao falar sobre educação, estou me referindo ao efeito ou ação de educar, aperfeiçoar as capacidades intelectuais e “valores sociais” dos seres humanos. Esse processo pode advir do seu conhecimento de mundo, sua cultura –  crenças, arte, leis, moral, costumes e quaisquer outras capacidades – ou da sua educação escolar. A educação escolarizada pode ser vivenciada em dois espaços:  o escolar (formal) e o não escolar (não formal). 

Segundo os escritores TRILLA e GHANEM, a educação formal compreenderia “o ‘sistema educacional’ altamente institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado, que vai dos primeiros anos da escola primária até os últimos da universidade”; a educação não formal, “toda atividade organizada, sistemática, educativa, realizada fora do marco do sistema oficial, para facilitar determinados tipos de aprendizagem a subgrupos específicos da população, tanto adultos como infantis; e a educação informal, “um processo, que dura a vida inteira, em que as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes e modos de discernimento por meio das experiências diárias e de sua relação com o meio. 

Ao trabalhar a arte como ferramenta de inserção social na Casa de Apoio, entende- se que esse trabalho é desenvolvido em um espaço de educação não formal, que é a vertente da educação que  utiliza outros espaços, que não a escola, para se desenvolver o processo de educação.

O desenvolvimento da inclusão social por meio da arte ocorre quando as mães são convidadas a participar de um processo criativo, onde não existe a preocupação em formar artistas. O trabalho é realizado com intuito de desenvolver a percepção, observação, raciocínio e a imaginação, que são campos muito trabalhados na execução de trabalhos artísticos.

Através das práticas artísticas, temos como objetivo resgatar nessas mães e acompanhantes o aumento da autoestima, o trabalho em grupo e a sensação de aceitação e pertencimento, dando a elas assim a condição de se sentirem socialmente inclusas.

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