Nossos códigos como Empatia, Olhar Humanizado, Escuta Ativa e Atenção Individualizada são fundamentais nesta área de atuação
Quando a gente pensa em Comunicação não Verbal a gente pode pensar em todas as expressões que não incluem a verbalização, a conversa, a troca de ideias, o diálogo em si.
Vamos pensar que, como seres humanos, temos um arsenal incrível de ferramentas à disposição para estabelecer uma Comunicação não Verbal, mas nem sempre estamos conscientes delas.
São elas: a forma como gente olha, nossa postura corporal, vestimenta e acessórios, tom de voz, a forma com que a gente posiciona o corpo… Tudo isso comunica!
Além do que, para além da nossa cultura, temos como humanidade um conjunto de códigos internalizados sobre o que cada expressão significa; então, um sorriso acaba sendo quase que uma expressão universal, um olhar acalentador, um tom de voz ameno, gentil, controlado, pausado em algum grau.
Porém, isso está se perdendo, pois as pessoas estão imediatistas e preocupadas em produzir muito e em pouco espaço de tempo, sem se importar com a qualidade desta produção e, assim, algumas habilidades que podem e devem ser utilizadas para aprimorar nossa Comunicação vão sendo deixadas de lado.
Atuamos cada vez mais no modo automático e estamos menos presentes no que estamos fazendo. Para piorar: não estamos tolerando muito os processos, preocupados com a linha da chegada. Contudo, essas habilidades são essenciais, até para que se consiga “suportar” o objetivo que se deseja alcançar. A palavra-chave é presença!
Para a pessoa ser o CEO de uma empresa, diretor de um Hospital, por exemplo, será necessário passar por um caminho que vai proporcionar a aquisição de um arsenal de recursos cognitivos e aprendizados, para que se consiga assumir este papel de forma assertiva e sustentável.
Pular etapas e subestimar o processo faz com que até se chegue ao lugar desejado; entretanto, muitas vezes de forma medíocre e frustrante. É preciso tolerar as etapas.
Relação Médico-Paciente: Como isso ocorre na área da Saúde? O que isso tem a ver com a relação médico-paciente? Tudo. Sendo uma profissional da área da Saúde percebo que a oferta sobre a Saúde tem aumentado cada vez mais. As pessoas estão adoecendo mais, justamente por conta deste ritmo automático e acelerado.
Há muita pessoas procurando informação, cura, tratamento, alívio e prevenção. As pessoas estão mais atentas a este adoecimento, que está acontecendo de forma mais evidente. Vivemos uma era onde estes profissionais da área da Saúde estão sendo cada vez mais requisitados.
O que percebo é que os profissionais de Saúde – a exemplo das outras áreas – que vem se destacando – são aqueles que oferecem o básico bem feito, ou seja, aqueles profissionais que embora estejam produzindo muito e sendo muito requisitados conseguem ofertar Empatia, Olhar Humanizado, Escuta Ativa e Atenção Individualizada para cada demanda do paciente, ferramentas da nossa Comunicação não Verbal.
Estamos falando do profissional da área da Saúde estar presente diante daquele paciente, manifestando essa presença por meio de todas as ferramentas de Comunicação que temos disponíveis.
Escutar ativamente também é uma ferramenta de Comunicação, pois por meio desta escuta ativa o profissional vai manifestar expressões faciais, que correspondem àquilo que ele está ouvindo. O profissional não fica com uma expressão neutra, paralisada, engessada, ouvindo seu paciente, como se fosse só mais uma narrativa do dia.
Este profissional, então, apresenta a Empatia por meio da percepção da Escuta Ativa. E seu paciente vai notar que está sendo ouvindo de verdade e não de forma mecânica. A Escuta é uma ferramenta quando se dá de maneira humanizada e integrada. E isso faz toda a diferença na qualidade do atendimento. Isso, por si só, já vai transformar este profissional em um profissional de destaque.
Como Psicóloga, atendo muitos colegas da área de Saúde: Médicos, Dentistas e Psicólogos (por meio da Supervisão), que me perguntam sobre como se destacar em tempos de concorrência acirrada e até mesmo desleal. E eu sempre respondo que o diferencial é a condução da técnica.
Pensa comigo: de uma sala de aula saem 30, 40, 50 profissionais, com o diploma na mão, não importa…! Por ano, não conseguimos nem dimensionar a quantidade de profissionais no mercado de trabalho. Mas o diferencial é o básico bem feito, a condução da técnica, a humanidade e a presença.
Todo a ferramenta corporal deve trabalhar a favor do seu atendimento, de seu trabalho e de suas relações. O olhar, o tom de voz, o contato visual, tudo canalizado por este atendimento. Será preciso disposição em sair do modo automático e humanizar cada atendimento.
A Comunicação não Verbal não é feita de forma mecanizada. Precisamos melhorar como seres humanos, estabelecendo reais e humanas conexões. A boa notícia é que nossa concorrência não é tão assustadora assim. Ela é fraca na verdade. A ótima notícia: podemos inspirar nossos concorrentes com boas práticas, que tal?
Sobre a Psicóloga Elisangela Niná (CRP 120921/06) – Graduada em Psicologia pela UNIP (Universidade Paulista UNIP, em 2011 e pós- graduada em Psicopedagogia pela ‘Anhembi Morumbi’. Tem formação em Neuropsicologia pelo CETCC (Centro de Estudos em Terapia Cognitivo Comportamental). Tem formação em Transtornos Alimentares pela USP (Universidade de São Paulo). Faz atendimento on-line. É palestrante corporativa.
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Psicóloga Elisangela Niná (CRP 120921/06) @psielisangelanina
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