O maior envolvimento em atividades mentais pode atrasar a manifestação de doenças neurológicas, em média, em até cinco anos
Um estudo recente, intitulado “Cognitive Activity and Onset Age of Incident Alzheimer Disease Dementia”, que acompanhou mais de 1.900 pessoas idosas, sem diagnóstico de demência no início da pesquisa, ao longo de até 22 anos, mostrou que aqueles que mantinham um alto nível de atividade cognitiva, como ler, resolver quebra-cabeças e se engajar em discussões, foram diagnosticados com Doença de Alzheimer em média cinco anos mais tarde do que aqueles com níveis mais baixos de atividade mental.
Durante o período do estudo, cerca de um quarto dos participantes desenvolveu a Doença de Alzheimer. “O estudo confirma que o estilo de vida cognitivamente ativo pode retardar o surgimento da demência, proporcionando melhor qualidade de vida”, conta a dra. Thaís Bento, parceira científica do Método SUPERA – Ginástica para o Cérebro e coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo.
A pesquisa também destaca que diferenças significativas nos níveis de atividade cognitiva estavam diretamente relacionadas à idade de início da demência, indicando que um maior envolvimento em atividades mentais pode atrasar o surgimento da doença de Alzheimer. “Um conceito fundamental que merece destaque é a reserva cognitiva (RC), capacidade do cérebro de apresentar um desempenho melhor do que o esperado, considerando o grau de mudanças cerebrais ao longo da vida, é essencial, pois, mesmo diante do envelhecimento cerebral, a pessoa pode continuar ativa, com autonomia e com a cognição preservada”, esclarece Thaís Bento.
Ela reforça ainda que manter o cérebro ativo é essencial para promover um envelhecimento saudável e prevenir doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer (DA). “Com o avanço da idade, é natural que ocorram mudanças cognitivas, frequentemente associadas a alterações fisiológicas decorrentes do ciclo da vida. Essas mudanças podem levar a uma lentificação gradual das funções cognitivas, especialmente aquelas que envolvem velocidade de processamento, memória episódica e memória de trabalho. Nesse contexto, as atividades cognitivas desempenham um papel fundamental.”
Segundo a gerontóloga, atividades como leitura, escrita e jogos de tabuleiro podem contribuir para aumentar a reserva cognitiva e, consequentemente, retardar o início dos sintomas de demência. “O envolvimento em atividades que estimulem intelectual, física e socialmente pode ser uma estratégia eficaz para um envelhecimento mais saudável. Ler, aprender algo novo e socializar são práticas que enriquecem a vida da pessoa idosa, promovendo não apenas sua saúde mental, mas também sua qualidade de vida”, afirma.
Thaís comenta ainda que promover um estilo de vida ativo e engajado pode ter implicações significativas para a saúde pública, pois o atraso no início da demência melhora a qualidade de vida e reduz os custos relacionados aos cuidados de saúde. “A pesquisa sugere que, mesmo um atraso de apenas um ou dois anos no início da demência, poderia ter um impacto enorme, reduzindo a prevalência da doença em 41% e os custos associados em 40%. Portanto, manter o cérebro ativo é um recurso valioso na prevenção contra a Doença de Alzheimer”, conclui.
SOBRE O SUPERA – é uma rede de escolas especializada em estimulação cognitiva para todas as idades, a famosa ginástica cerebral, que fornece atividades intelectuais e desafiadoras capazes de promover a qualidade de vida e saúde do cérebro, a partir de um método específico baseado nos princípios das neurociências e em estudos científicos internacionais de treino cognitivo e do desenvolvimento humano. A ginástica para o cérebro segue os princípios de novidade, variedade e desafio crescente, que funcionam como estimuladores de novas conexões neurais. Pioneira no segmento no Brasil e presente em todo o país, a rede conta com quase 20 anos de história e, durante sua trajetória, já treinou mais de 250 mil alunos de todas as idades.
Para saber mais: www.metodosupera.com.br