Em meio a ascensão do consumo consciente, mercado de franquias populariza o uso de enxovais de segunda mão
Os pequenos brechós de bairro estão cedendo espaço para grandes franquias especializadas em vestuário de segunda mão. O fenômeno se destaca devido à ascensão do consumo consciente, ao tornar mais acessível o uso de roupas e acessórios. Em 2020, 36 milhões de pessoas passaram a ter roupas usadas pela primeira vez, segundo um levantamento realizado pela ThreadUp, empresa on-line de consignação dos Estados Unidos. Além disso, 76% dos consumidores procuram ter uma maior quantidade de peças de segunda mão no guarda-roupa nos próximos cinco anos.
O comportamento se relaciona com a alta dos preços de enxovais. Nos últimos doze meses, a inflação acumulada na subcategoria de produtos foi de 3,29%, um pouco abaixo dos 3,69% registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo o IBGE. Nesse cenário, pais ou responsáveis buscam alternativas para contornar esse dado ao investir em opções oferecidas por players de moda circular.
Tendo em vista a rapidez do desenvolvimento dos filhos, especialistas estimam que o primeiro estirão de crescimento de uma criança acontece entre os seus 6 e 12 anos. A fim de contribuir para o setor, a rede de franquias Repitikos promove a reutilização de peças, calçados, acessórios e brinquedos usados, a partir do tamanho RN até 16 anos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, crianças de 3 a 5 anos, já possuem capacidade necessária para fazer escolhas como a decisão de suas roupas. O incentivo da prática auxilia na auto expressão, estimulando a criatividade e desenvolvimento de personalidade. Na Repitikos, a estratégia das Dinocoins estimula essa atividade. A família leva roupas que já não usa mais para serem avaliadas. O valor será convertido em um vale compras que dará para a criança uma sensação de responsabilidade financeira ao gastar o seu dinheiro na peça que quiser levar.
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