Mercados de diferentes países já admitem trabalhar com a criptomoeda como remuneração. O Brasil está na lista
(crédito: divulgação)
Em função das mudanças no mundo do trabalho impostas pelas regras de isolamento social no período da pandemia, muitos profissionais migraram definitivamente para o trabalho remoto, passando a atuar profissionalmente em suas residências.
Essa nova dinâmica do mercado trouxe reflexos a vários setores e no mercado financeiro não foi diferente. Uma das alterações nesse setor foi o fato de que muitos profissionais passaram a receber seus vencimentos através de bitcoins.
A alteração no formato de remuneração cai como uma luva, principalmente para quem tem interesse em fazer carreira em outras localidades, inclusive no exterior.
Para dinamizar esse processo, surgiram várias empresas nos últimos anos que, assim como as fintechs, passaram a brigar com os custos de transações internacionais, que anteriormente era uma exclusividade dos bancos.
Exemplo de El Salvador
Uma das vantagens da utilização do Bitcoin pelas exchanges de criptomoedas é a possibilidade de enviar dinheiro para outros países, o que pode ser feito rapidamente sem qualquer tipo de burocracia.
A única exigência para executar essa operação é que as partes interessadas precisam ter carteira de bitcoin, para que possam viabilizar a circulação do dinheiro sem fronteiras. Como El Salvador percebeu que muitos moradores recebiam muito dinheiro de parentes do exterior, o presidente Nayib Bukele aproveitou a tecnologia do Bitcoin, permitindo o curso legal da moeda no território local.
E não para por aí, o curso de moedas de bitcoin cresce exponencialmente e já possui adeptos de outros países.
Remunerações com Bitcoin crescem no Brasil, Suécia e Nigéria
Recentemente, a startup Deel anunciou que começaria a aceitar criptomoeda USDC, em parceria com a Coinbase, dando assim maior liberdade para que as empresas contratassem pessoas para realizar transações sem burocracia.
Esse anúncio foi feito acompanhando a tendência de que pessoas contratadas para trabalhos remotos prefiram receber em dólar. De acordo com estudo da própria Deel, fintech que auxilia na realização de contratações internacionais, cresceu significativamente o interesse pelo novo meio de pagamento.
Neste contexto, Brasil e Argentina estão entre aqueles que mais se destacam no quesito de pessoas que mais estão dispostas a aceitar bitcoin como pagamento. Em solo brasileiro, está a segunda maior força de trabalho contratada pela Deel, que vê empresas da América do Norte como os principais interessados na força de trabalho.
Cenário de investimentos em moedas digitais na América Latina
Segundo pesquisa promovida pela Sherlock Communications, a projeção é que o número de adeptos de criptomoedas não pare de crescer. A companhia realizou estudo com 1200 pessoas na Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, México e Peru.
A análise destaca que várias pessoas têm interesse em investir no dinheiro digital e o Brasil puxa essa fila. Ao todo, 25% dos participantes da pesquisa disseram que pretendem comprar criptomoedas nos próximos 12 meses. Na sequência, aparece a Colômbia com maior interesse em aderir a tecnologia, registrando mais de 22% dos entrevistados respondendo sim ao estudo.