Especialistas analisam as possibilidades que o mecanismos e as moedas digitais podem proporcionar
(crédito: divulgação)
Embora as criptomoedas tenham conquistado vários adeptos no ano de 2021, ainda há um longo caminho para que os ativos digitais se tornem efetivamente populares no cotidiano das pessoas, inclusive exercendo papel de meio para pagamento alternativo, excluindo a necessidade das instituições financeiras.
A flexibilidade proporcionada pelo PIX, sistema de pagamentos e transações instantâneas que foi criado pelo Banco Central, deve ser usado por startups brasileiras de criptoativos e exchanges de criptomoedas focadas no desenvolvimento de produtos e serviços para usuários finais.
Uma das vantagens que foi apontada pelo CEO da SmartPay Pagamentos Digitais, Roberto Lopes, é que a interface amigável do PIX possibilita a transferência de valores por meio do QR Code.
Neste contexto, os aplicativos de criptomoedas poderiam potencializar de forma significativa sua base de usuários, oferecendo recursos semelhantes.
Ainda neste aspecto, o executivo acredita que há um amplo leque de possibilidades para que empreendedores e desenvolvedores que estejam dispostos a facilitar a utilização dos criptoativos no Brasil, seja como meio de pagamento ou como instrumento de investimento financeiro.
Banco Central estuda emissão de moeda digital no Brasil
Além desses avanços em pesquisas e estudos da presença das criptomoedas na vida dos brasileiros, o Banco Central vem investigando o alcance potencial de uma moeda digital, assim como os benefícios que o recurso poderia trazer para a sociedade.
Segundo entrevistas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, acredita que a pandemia da Covid-19 deve acelerar a adoção de uma criptomoeda brasileira. “A gente vai para um processo de ter uma moeda digital em algum momento. E acredito que esse processo foi acelerado na pandemia pela quantidade de pagamentos a distância e pelas compras on-line”, afirmou.
“A emissão de moeda digital por bancos centrais (central bank digital currency – CBDC) pode ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países”, destacou ainda o Banco Central, em nota, no momento da criação do grupo de estudos.