Pesquisa registrou 7.280 relâmpagos acima do paralelo 80 da linha do Equador, localizado próximo à Groenlândia e à Noruega
Créditos:IStock
O aquecimento global não é mais uma dúvida entre cientistas – pelo contrário, a cada dia, novos acontecimentos confirmam que a intensificação do efeito estufa é prejudicial para todo o mundo. Basicamente, a emissão de gases-estufa na atmosfera promove circunstâncias que afetam todo o planeta.
Como consequência, temos menor disponibilidade de água na Terra, temperaturas levadas aos extremos de frio e calor, degelo das calotas polares, espécies de animais e plantas entrando em extinção, elevação dos níveis do oceano, secas em determinadas regiões, perda de recursos naturais e, com isso, um grande desequilíbrio ecológico.
Em 2021, foram registrados cerca de 7.278 relâmpagos na região do Polo Norte. O número chama a atenção quando levado em consideração que trata-se do dobro dos números registrados nos últimos oito anos no mesmo local, de acordo com a Vaisala, empresa de acompanhamento ambiental.
Para que um raio se forme no céu, seguido por um trovão, é necessário que haja calor na superfície, alta umidade, clima instável e temperaturas frias em altas altitudes – características pouco comuns na região do Polo Norte, um lugar com muita umidade e baixas temperaturas na superfície.
Como explicação para tal fenômeno, pode-se citar o crescente desmatamento das áreas naturais, por exemplo, que promovem o desequilíbrio climático e contribuem para o aquecimento global. Uma das funções das vegetações que cobrem o solo é, justamente, o controle de temperaturas e o regime de chuvas.
A poluição, as queimadas e o desmatamento, de acordo com estudos científicos, são as principais práticas humanas que afetam diretamente essa situação.
E por mais que as grandes consequências não pareçam tão próximas, as mudanças climáticas afetam diretamente a qualidade de vida de todos, em diferentes regiões do planeta. Uma queimada na Amazônia, por exemplo, afeta diretamente o outro lado do mundo, mesmo que isso não seja tão visível para o ser humano.
Por isso, além de cada um fazer sua parte, ajudando a cuidar da Terra, é importante ficar atento à saúde. Quanto maior a concentração de CO2, maior a chance de desenvolver problemas respiratórios. O aumento da temperatura da água, por exemplo, propaga transmissores de doenças infecciosas, sem contar que o calor excessivo pode causar problemas vasculares nas pessoas.
Para cuidar do planeta, é necessário cuidar da saúde. É sempre importante ter um acompanhamento profissional adequado, marcar consulta com seu médico regularmente, beber bastante água e manter uma alimentação saudável.
Para quem deseja melhorar a atual situação do aquecimento global, algumas pequenas atitudes podem fazer a diferença. Diminuir a quantidade de resíduos descartados; evitar o desperdício de alimentos; reciclar o lixo; trocar sacolas plásticas por ecobags; aumentar o consumo agroecológico; trocar carros, ônibus e motos por caminhadas e bicicleta, sempre que possível; economizar água e energia elétrica, que, além de recuperar a saúde do planeta, ainda pode ajudar as contas mensais.
O aumento de relâmpagos no Polo Norte é apenas um aviso do que podemos esperar. As tempestades devem aumentar, cada vez mais fortes e violentas em locais de clima temperado, como é o caso de parte do estado de São Paulo e da região Sul do Brasil, por exemplo, aumentando também os desastres como as inundações.
Essa subida vertiginosa das temperaturas do Ártico, muito mais rápida em frequência e em intensidade do restante do planeta, serve de alerta para uma calamidade ambiental, por conta do aquecimento global. O ser humano deve mudar hoje suas atitudes e combater da forma que for possível o que anos atrás era um mito científico e que hoje é a realidade, para garantir uma casa para as futuras gerações.