Nariz entupido é comum no inverno, mas deve ser investigado caso persista e atrapalhe atividades básicas da rotina¹,[ii]
A congestão nasal pode representar um verdadeiro incômodo na rotina de uma pessoa. O nariz entupido, como é popularmente conhecido, é um dos sintomas mais frequentes em casos de resfriados, gripes e rinite alérgica[iii]. Costuma ser um sinal de inflamação na mucosa nasal e, normalmente, dura poucos dias[iv]–[v]. Em algumas situações, entretanto, o desconforto pode persistir e, junto a outros sinais e sintomas, indicar algum problema mais sério. É o caso da rinossinusite crônica, doença que atinge de 2% a 4% da população adulta e é caracterizada pela redução ou perda de olfato e paladar; obstrução e secreção nasal, podendo, em alguns casos, haver pressão ou dor na face[vi].
A rinossinusite crônica com pólipos nasais é um subtipo da doença, com origem na inflamação tipo 2 e que também afeta as vias aéreas superiores (incluindo o nariz) e os seios paranasais¹. Neste caso, a inflamação gera a formação de pequenos tecidos em formato de gotas na cavidade nasal, chamados de pólipos[vii],[viii]. Estudos revelam que a presença de pólipos nasais está atrelada à perda da qualidade de vida do paciente, com consequências como sono ruim, ronco e dificuldade para respirar; alterações de humor, incluindo tristeza e depressão; fadiga e baixa produtividade no trabalho e nas demais atividades diárias².
Durante épocas de frio intenso e baixa umidade do ar, que costumam ocorrer no inverno, pode haver exacerbações dos sintomas da rinossinusite crônica, pois essa combinação climática desidrata a mucosa nasal e age como um fator agravante na inflamação[ix]. Nesse período, é importante manter a hidratação do corpo e das vias aéreas, além de evitar o uso de ar-condicionado. A realização do tratamento adequado, conforme recomendado pelo médico especialista e de acordo com a gravidade da doença, também é essencial para manter a rinossinusite crônica com pólipos nasais sob controle.
Nos casos mais leves de rinossinusite crônica com pólipos nasais, são utilizados corticoides intranasais e orais, por tempo determinado. Em quadros mais graves, tais tratamentos podem não fornecer o alívio adequado para o paciente4, sendo necessária a realização de cirurgias de remoção dos pólipos[x]. No entanto, 40% dos pacientes apresentam recorrência dos pólipos dentro de 6 meses após a intervenção7. Para esses casos, nos quais houve falha do tratamento prévio, ou para pacientes que possuem contraindicações a corticosteroides e cirurgias, há ainda a possibilidade de realizar o tratamento com o medicamento biológico Dupixent® (dupilumabe), aprovado para esta indicação no ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Sobre a Sanofi Genzyme
A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e doenças raras do sangue.
Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).
Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.
[i] Fokkens WJ, Lund VJ, Mullol J, et al. European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps. Rhinology. 2012 Mar;50(1):1-12.
[ii] Stull DE, Roberts L, Frank L, HeithoK. Relationship of nasal congestion with sleep, mood, and productivity. Curr Med Res Opin. 2007 Apr;23(4):811-9.
[iii] Gripes e resfriados. Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde. [página na internet]. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/32729-exposicao-ao-frio-pode-agravar-doencas-respiratorias. Acesso em maio de 2021.
[iv] Togias A. Unique mechanistic features of allergic rhinitis. J Allergy Clin Immunol 2000;105(6 pt 2):S599–S604.
[v] Guia de prática clínica: sinais e sintomas respiratórios: espirro e congestão nasal / Conselho Federal de Farmácia. – Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016.
[vi] Langdon C, Mullol J. Nasal polyps in patients with asthma: prevalence, impact, and management challenges. J Asthma Allergy. 2016;9:45-53.
[vii] Kato A. Immunopathology of chronic rhinosinusitis. Allergol Int. 2015; Apr;64(2):121-30.
[viii] Newton JR, Ah-See KW. A review of nasal polyposis. Ther Clin Risk Manag. 2008;4(2):507-12.
[ix] Blog da Saúde do Ministério da Saúde [página na internet]. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/32729-exposicao-ao-frio-pode-agravar-doencas-respiratorias. Acesso em maio de 2021.
[x] DeConde AS, Mace JC, Levy JM, Rudmik L, Alt JA, Smith TL. Prevalence of polyp recurrence after endoscopic sinus surgery for chronic rhinosinusitis with nasal polyposis. Laryngoscope. 2017;127(3):550-555 b. n=63