Com o aumento do home office, novos obstáculos foram encontrados no dia a dia do trabalhador e na forma como as empresas olham para eles. Mesmo no trabalho à distância, é preciso identificar absenteísmo e presenteísmo e, mais do que isso, identificar suas causas.
O presenteísmo é o fato de estar de corpo presente no ambiente de trabalho, mas não ter produtividade, ou seja, é como estar com a mente em outro lugar. Além de desmotivação, esse fenômeno pode ocorrer por diversas causas e até mesmo por transtornos do indivíduo.
Com isso, as empresas passam a olhar mais para as essas possibilidades e o TDAH, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade passa a ser mais falado dentro dos ambientes. Você sabe do que se trata? Tire suas dúvidas sobre ele agora mesmo!
O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico que tende a aparecer na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
Esse transtorno se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade e é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde, a OMS.
Geralmente, o TDAH é percebido durante a infância, até os 12 anos, no período de fase escolar. Porém, muitas pessoas vivem com o transtorno e não são diagnosticadas corretamente em nenhum momento da sua vida.
Muitos especialistas afirmam que as pessoas já nascem com o transtorno, mas outra parte da comunidade científica acredita que é possível desenvolver o TDAH até mesmo depois de adulto.
Essa síndrome pode ser classificada em três níveis:
- TDAH com predomínio de desatenção.
- TDAH com predomínio de hiperatividade e impulsividade;
- TDAH combinado.
Em todas as idades, os portadores do transtorno estão sujeitos a desenvolver outras doenças como ansiedade e depressão e é justamente por isso a importância do diagnóstico e tratamento.
Quais os sintomas do TDAH?
Os sintomas e consequências do TDAH podem refletir no convívio social e familiar, afetando também desempenho escolar ou profissional dos portadores.
Os sintomas se manifestam a partir do nível da síndrome. O TDAH com predomínio de desatenção faz com que os portadores tenham dificuldades de concentração, problemas na organização de atividades, dificuldades em seguir instruções, deixam tarefas inacabadas, entre outros.
Essas pessoas se distraem com facilidade, esquecem o que tinham para fazer, perdem suas coisas, não conseguem ter atenção a detalhes, demoram para iniciar e terminar tarefas e podem cometer erros por descuido ou distração.
Nos casos em que prevalece a hiperatividade, os indivíduos com TDAH são inquietos, agitados, falantes e têm problemas para manter o silêncio, até mesmo em momentos necessários. É destaque também para impulsividade, o agir sem pensar, dificuldade em ouvir perguntas e respostas até o fim, precipitação para falar, entre outros.
Como é o diagnóstico do TDAH?
O diagnóstico da síndrome é inteiramente clínico, feito por psiquiatras, neurologistas ou até mesmo pediatras, na fase infantil, com base nos sintomas e histórico do paciente.
Não basta estar desatento para se diagnosticar com TDAH, é preciso investigar histórico clínico, infância e os sintomas devem se manifestar pelo menos em dois ambientes diferentes, seja escola, casa, lazer ou trabalho, de forma contínua por, pelo menos, seis meses.
Existe tratamento para TDAH?
O tratamento para a síndrome se baseia na intervenção multidisciplinar envolvendo saúde física, mental e pedagógica. Podem existir associações com medicamentos, que devem ser prescritos por profissionais.
É importante, seja em empresas, em casa ou em qualquer ambiente, admitir que o TDAH é uma síndrome e não uma “falha de comportamento” do indivíduo. É preciso que os gestores e empresas entendam sobre a doença, conheçam sobre as necessidades do portador e saibam que problemas de produtividade não são simples má vontade, mas sim dificuldades reais em organização e planejamento.
É importante acompanhamento e compreensão para que os portadores do TDAH não se sintam excluídos ou rejeitados no ambiente de trabalho, afinal, são profissionais perfeitamente capazes como qualquer outro.
Você já conhecia sobre esse Transtorno? Como sua empresa lida com os diferentes perfis de pessoas e portadores de qualquer comorbidade? Repense suas políticas e inclua os mais diferentes profissionais no ambiente!