Os fundos de pensão são uma opção de previdência privada fechada que chamam bastante atenção por conta de certas facilidades como taxas e rendimentos. Mesmo com a pandemia, a previdência privada virou a melhor opção para os brasileiros conseguirem guardar dinheiro para a aposentadoria.
Existem muitas dúvidas sobre os fundos de pensão de previdência privada, afinal não faz muito tempo que ele vem chamando a atenção dos investidores. Neste artigo, vamos explicar o que são fundos de pensão, como eles funcionam, suas principais vantagens e se vale realmente a pena investir neles.
Com o enrijecimento para a aposentadoria pública por conta da Reforma da Previdência, os fundos de pensão são uma saída para que as pessoas que trabalham em empresas possam ter uma forma de complementar a sua aposentadoria e possam ter um padrão de vida mais tranquilo no futuro.
O que são fundos de pensão?
Os fundos de pensão são uma espécie de previdência privada fechada. Muitas empresas, sindicatos e associações mantêm planos de previdência coletivos para empregados e associados. Sem fins lucrativos, os planos são geridos por empresas e instituições para ajudar pessoas a acumularem dinheiro para a aposentadoria.
Qualquer empresa pode aderir a um fundo de pensão e oferecer o plano a seus funcionários. Como os planos de empresas são coletivos, as taxas geralmente são mais baratas. Os colaboradores que quiserem um plano do fundo de pensão terão as contribuições mensais descontadas diretamente na folha de pagamento.
O dinheiro investido nos planos de previdência privada fechada é alocado em outros ativos de renda fixa e variável para ampliar o seu rendimento durante o período.
Como funcionam os fundos de pensão?
Os fundos de pensão são dedicados apenas para funcionários de uma empresa ou associados a um sindicato que oferece este serviço. Então, diferente dos planos de previdência aberta PGBL e VGBL, não estão disponíveis para todos.
Contribuições aos fundos de pensão
Os planos são um acordo entre empregador e empregado ou associação e associado. Ambos podem contribuir em conjunto para aumentar o valor acumulado no plano. Existem três formas de contribuições a este investimento, como mostraremos a seguir:
Benefício definido
Aqui, as contribuições são feitas pela empresa em um valor definido no ato da assinatura de contrato, que é ajustado ao longo do tempo para atingir o pagamento do valor do benefício definido previamente.
Aqui, o valor do benefício costuma ser fixado como um percentual da última renda ou uma média das últimas rendas.
Contribuição definida
Nesse modelo, as contribuições são definidas previamente em conjunto e a empresa realiza os aportes mensalmente descontando os valores na folha de pagamento do funcionário. Aqui, não há um valor pré-definido para receber no futuro, tudo depende do montante acumulado e do rendimento no período.
Contribuição variável
Esse modelo combina os dois citados acima. Os benefícios programados na etapa de atividade e acumulação são previstos em contrato, assim como também fica definido um benefício de renda mensal vitalícia que começa a ser paga após a aposentadoria do funcionário.
Taxas e imposto de renda
Os fundos de pensão possuem algumas taxas que devem ser pagas à administradora do plano, como acontece em qualquer investimento. A taxa de administração, por exemplo, cobre os custos do serviço e da alocação dos recursos.
Outra taxa cobrada é a taxa de carregamento, que serve para cobrir as despesas administrativas das empresas que oferecem o plano. Dependendo da instituição detentora do plano, não há cobrança de taxa de carregamento.
Em relação ao imposto de renda (IR), não há como evitar! A alíquota de imposto só é paga na hora do resgate dos valores aplicados no fundo. O percentual de IR varia conforme o regime de tributação escolhido.
No regime regressivo, a alíquota é decrescente, ou seja, começa mais alta e vai diminuindo ao longo do tempo. Começando em 35% nos primeiros dois anos e chegando a 10% depois de 10 anos. Esse modelo é ideal para quem pensa em retirar o montante acumulado a longo prazo.
No regime progressivo, há uma alíquota de 15% retida na fonte e no resgate, a cobrança varia entre 27,5% e 0%, dependendo do valor que será resgatado.
Vale a pena investir em fundos de pensão?
Depende muito do objetivo do investidor, mas se a ideia for acumular dinheiro para a aposentadoria, deixando-o render no longo prazo, os fundos de pensão são uma boa opção de renda complementar.
Porém, é preciso considerar alguns pontos, como por exemplo, a falta de autonomia. Sendo gerido por empresas, o investidor não consegue opinar nas decisões, então não há como definir onde o dinheiro será investido, também não há muitas oportunidades de renegociar o que foi estipulado no contrato, então é importante pensar bem antes de aceitar o plano.
No mais, a dica é investir nos fundos de pensão a longo prazo, complementar os aportes da empresa com mais um percentual de renda para engordar o plano e escolher o regime de tributação regressivo para garantir uma alíquota baixa de IR na hora do resgate.