Pensar no futuro é uma necessidade e o brasileiro tem percebido isso. Desde a Reforma da Previdência, as buscas por planos de previdência privada e investimentos de renda fixa aumentaram significativamente. E não por acaso: deseja-se estabilidade, mas também rendimento.
Quem está pensando em uma aposentadoria mais tranquila pode apostar não apenas na aposentadoria privada, que é uma modalidade popular, mas em aplicações seguras, como o Tesouro IPCA. Para entender melhor como ele funciona, prossiga com a leitura deste artigo.
Tesouro IPCA: o que é?
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, vulgo IPCA, também é conhecido por outra alcunha(geralmente um pouco assustadora): inflação.
O Tesouro IPCA, portanto, tem o seu rendimento associado à variação da inflação. Ao final do período de investimento, o dinheiro aplicado é valorizado por meio de juros compostos.
Existem duas categorias dentro do Tesouro IPCA, que são: Tesouro IPCA com juros semestrais e Tesouro IPCA + NTNB Principal. No primeiro caso, o investidor recebe investimentos a cada seis meses após o aporte.
Nessa circunstância, o rendimento dos juros compostos é mais tímido e o pagamento de Imposto de Renda é mais significativo. É uma opção geralmente escolhida por quem não deseja manter o dinheiro aplicado por muito tempo.
A segunda opção funciona de forma um pouco distinta: nela, o investidor recebe os rendimentos de uma vez, ao final da aplicação. O tempo de investimento pode ser pequeno (5 anos), médio (10 anos) ou de longo prazo (20 anos).
A cobrança do IR sobre os rendimentos é feita ao final do período total de investimento e há, pela natureza do processo, melhor atuação dos juros compostos. É fundamental que, durante o tempo estabelecido para a permanência dos rendimentos, o investidor não faça o resgate.
É seguro mesmo?
Sim! Na verdade, é o investimento perfeito para pessoas com perfil mais conservador e que tem baixa tolerância a perdas. O Tesouro IPCA é a aplicação mais segura do país, visto que está atrelado ao Tesouro Nacional.
Variações de valores são esperadas, porque a economia passa por altos e baixos; isso não significa, no entanto, que o indivíduo não terá algum tipo de rendimento durante o tempo em que mantiver a sua aplicação. Caso haja valorização significativa do título, o investidor pode, ainda, optar por vendê-lo.
No que tange a questão financeira, trata-se de um investimento bastante democrático: a compra mínima é de 0,01 título (1%), com o valor mínimo de R$30,00. A quantidade de títulos a serem comprados fica a cargo do investidor (e, claro, a tendência é que, quanto mais títulos, maiores os rendimentos).
Quero investir a curto prazo; é a melhor opção para mim?
A maior parte das pessoas que opta pelo Tesouro IPCA tem algo futuro em mente: pagar pelo estudo dos filhos, adquirir patrimônio, ter uma aposentadoria mais tranquila… As opções são múltiplas.
Isto dito, não se trata de um investimento tão visado por quem deseja lucro a curto prazo. Na verdade, essa mentalidade não dialoga tanto com a questão do perfil conservador de investidor. Assim como em outros campos da vida, no mundo dos investimentos a tendência é que os resultados maiores venham para quem investe mais ou é mais “ousado”.
Quem está nesse perfil agressivo, porém, também compreende que a chance de perder dinheiro existe. Se não é o seu caso, é importante escolher com cautela o tipo de aplicação que virá a fazer.
Em caso de dúvidas, converse com um especialista, fale sobre os seus planos para curto e longo prazo e peça a ele que lhe dê uma sugestão. Assim, você poderá colocar o seu dinheiro em um local que dialogue com o perfil de investidor e desejo de rendimento.
Existe forma de saber os rendimentos que posso ter?
Sim, é possível simular quanto você vai ganhar em rendimentos diretamente na calculadora do site da Secretaria da Fazenda. Dessa forma, você pode simular ganhos futuros a partir do dinheiro que você tem agora.
Feita esta etapa, vá até a lista de instituições habilitadas, que está disponível no site do Tesouro Direto, e verifique quais são aquelas que não cobram taxas. Boa parte dos investidores prefere ir por este caminho, uma vez que se trata também de valorizar o seu dinheiro.
Uma última dica: mesmo que a instituição que você escolher não cobre taxa de serviços, existem outras taxas, como a Taxa de Custódia (0,25% ao ano sobre o valor dos títulos). Lembre-se, além disso, de que investimentos com pouco tempo de aplicação têm maior alíquota no Imposto de Renda.