A tecnologia, quando bem utilizada, é uma grande aliada: nos últimos anos, tem sido possível contratar ou migrar planos de previdência privada (uma dica: dê uma olhada no Itaú previdência) sem grandes dificuldades, abrir e fechar contas em bancos virtuais, acessar extrato sem pagar… a lista continua.
Recentemente, surgiu o PIX, sistema que promete acabar com a hegemonia dos TEDs e DOCs e permitir que as pessoas consigam fazer as suas transações de forma rápida, inteligente e segura, sem precisar esperar um número de dias úteis para isso.
A proposta, claro, interessou muito: quem não gosta da ideia de facilitar a sua vida financeira e de acelerar processos que, muitas vezes, nos deixam ansiosos e impacientes?
Apesar disso, existem as desconfianças: seria o PIX, com toda a sua facilidade, um processo realmente seguro? Quais são as garantias, para o usuário, de que o dinheiro será transferido para a conta certa e que não há como alguém usurpar o seu código PIX e receber o seu dinheiro indevidamente? Falaremos sobre isso a seguir.
O Pix é seguro?
Segundo o Banco Central, as instituições que utilizarem o Pix devem seguir rigorosamente um manual de instruções. Em nota, o BC afirmou que o PIX conta com os mesmos protocolos de segurança que são utilizados hoje, inclusive em transações tradicionais, como os DOCs e os TEDs.
Isso significa que tanto os dados pessoais e financeiros de usuários quanto as transações em si devem ser protegidos por duas medidas de segurança padronizadas: a criptografia e a autenticação.
A criptografia, de forma simplificada, consiste em criar maneiras de barrar o acesso de terceiros às conversas feitas em aplicativos de comunicação, sites confidenciais, contas fechadas e também a transações bancárias.
É papel da criptografia, então, impedir a interceptação de informações enquanto elas estão sendo enviadas de uma pessoa ou entidade a outra.
A autenticação, por sua vez, está mais ligada à confirmação da identidade das pessoas ou entidades que estão efetuando transações.
Uma forma comum de autenticação é a autenticação de dois fatores, que consiste em receber, por e-mail ou celular, um código que deve ser utilizado para acessar uma determinada conta ou para confirmar transferências.
No caso do Pix, o usuário pode pedir para que o celular seja a Chave Pix. Na prática, se o celular não estiver próximo, não será possível finalizar a transação – o que colabora, claro, para a diminuição da possibilidade de fraudes.
Todas as transações do Pix exigem, além disso, uma senha – a qual, ainda de acordo com o BC, pode ser numérica, biométrica ou feita por meio de reconhecimento facial.
Para as instituições financeiras e bancos em si, o processo de segurança é ainda mais rígido: quando é solicitada uma transação, a identidade do banco que deseja receber ou realizar pagamentos é automaticamente checada pelo Banco Central, por meio de um certificado digital.
Existem riscos?
O PIX, como já comentamos, foi criado com uma série de regras rígidas e atua com um sistema de segurança muito moderno. Apesar disso, alguns cuidados devem ser tomados.
Existem riscos, embora pequenos, de que criminosos tentem assumir a identidade das pessoas que têm o costume de receber pagamentos pelo Pix. Em um âmbito maior – e certamente mais grave -, pode haver a possibilidade de clonagem de certificado digital, o que faria com que criminosos se passassem por instituições financeiras.
Não é preciso entrar em pânico, no entanto, porque essa chance é mínima. Os certificados digitais, dada a sua importância, geralmente estão guardados a sete chaves, com recursos de segurança caros, criptografia avançada e uma série de minúcias que, certamente, não estão disponíveis ao grande público.
A importância do cuidado com a chave Pix
Isto tudo dito, existe um tema que precisa ser reforçado: a importância de manter a chave Pix privada e segura.
As chaves PIX permitem ao usuário ser identificado em meio aos demais e podem ser compostas por CPF (ou CNPJ), endereço de e-mail, número de celular ou mesmo por chaves aleatórias.
Embora trate-se de um processo que de fato facilita as transações, não podemos esquecer que é fácil ter acesso ao CPF das pessoas: quem nunca preencheu dados em clínicas, lojas, sorteios? Da mesma forma, quantas pessoas podem ter acesso ao seu número de telefone?
É fundamental aos usuários que prezem por sua segurança, mesmo em tempos cada vez mais digitais e com sistemas que visam a proteção de todos os envolvidos.
O PIX ainda é uma ferramenta nova, então tem sido monitorada de perto não apenas pelo Banco Central, mas por especialistas em fraude. Caso algum dos sistemas do PIX se prove ineficaz, ele certamente será substituído por algo melhor, mais seguro e mais inteligente.