Um grupo de ex-alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) se mobilizou na manhã desta segunda-feira (24), em frente ao Campus Natal Central, para realizar um primeiro ato de um Movimento apartidário que chame atenção para o que está acontecendo neste período de intervenção do IFRN.
A ideia do ato em defesa do IFRN surgiu a partir dos próprios ex-alunos, que, à distância, vêm acompanhando a situação de intervenção. O grupo é formado, principalmente, de ex-estudantes das antigas Escola Industrial, ETFRN e CEFET/RN; as três últimas nomenclaturas que a instituição teve, antes de tornar-se IFRN.
Os organizadores relembram que o Instituto foi um divisor de águas em suas vidas, pois além da excelente formação para enfrentar o mercado de trabalho, preparou os estudantes para o ingresso na universidade e também para o exercício pleno de seus direitos e deveres na sociedade. Muitos, hoje, são professores, médicos, advogados, jornalistas, engenheiros, entre outros. Apesar da distância, há ainda uma relação de intenso afeto com a instituição.
“Faz cinco meses que a Instituição está parada porque o interventor não apresentou, até o presente momento, um plano de retorno e nem dialoga com os órgãos colegiados para ouvir uma proposta. Por causa dessa situação, os ex-alunos decidiram apoiar a Instituição e a decisão da comunidade acadêmica, que elegeu, legitimamente, seu reitor, através do voto, em um processo eleitoral sério, referendado e aprovado em todas as instâncias necessárias”, diz os organizadores.
Durante o encontro, haverá espaço aberto para falas dos participantes. Após o ato presencial (com número limitado de pessoas, que respeitará o distanciamento e usará máscaras), uma carreata sairá do local da concentração até o prédio da Reitoria.
Outra reivindicação do grupo é que o reitor eleito, José Arnóbio, através do voto de 48,25% da comunidade acadêmica, seja imediatamente empossado, pois o reitor eleito não responde a processo administrativo e disciplinar (PAD). Ele está dentro de uma sindicância que, por sinal, está parada.
A equipe organizadora ressalta que, em nenhuma atuação do Movimento, serão levantadas bandeiras de partidos nem de sindicatos à frente. Os participantes compõem a sociedade que quer o IFRN preservado em seus direitos e não cruzará os braços enquanto esse impasse não for resolvido.