Até o momento, são mais de 100 pessoas mortas e outras 4.000 feridas após as explosões ocorridas em Beirute. Segundo o governo da capital, os desabrigados podem chegar a 300 mil, sendo que os danos giram em torno de US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões. Esta catástrofe também trouxe à tona uma questão que poderia tê-la evitado, a Segurança do Trabalho. Segundo informações, o galpão onde ficava armazenado, de forma inadequada, o nitrato de amônia, estava há 4 anos sem manutenção adequada.
“Era uma questão de tempo para essas explosões acontecerem, devido à falta ou até mesmo ineficiência das medidas de proteção necessárias em um local onde tal substância está alocada. O nitrato, para explodir, precisa chegar a temperatura de 290°C. Então, primeiro aconteceu o incêndio e só depois a explosão. Por isso, a prevenção adequada, por meio de extintores, hidrantes e detectores de fumaça poderia ter sido determinante para evitar o que aconteceu”, afirma Antonio Carlos Vendrame, fundador da Vendrame Consultores, especialista em Saúde e Segurança do Trabalho.
Vendrame coloca ainda que “neste caso, faltou a gestão de risco, uma das responsabilidades da segurança do trabalho, que previne acidentes de uma forma geral”.
Antonio Carlos Vendrame é fundador e diretor da Vendrame Consultores, especializada em Segurança do Trabalho, Medicina Ocupacional, Meio Ambiente e na capacitação de profissionais. Atua como consultor técnico em assuntos de Segurança e Higiene do Trabalho e perito da Justiça do Trabalho, Justiça Cível e Justiça Federal. É mestre em Química Ambiental e Ecotoxicologia, foi coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho das Faculdades Oswaldo Cruz, além de colunista e articulista em revistas especializadas em Segurança e Direito do Trabalho.