Dia da Literatura Brasileira: sete produções nacionais de boa teologia que todos deveriam ler

Em 1º de maio, comemora-se o Dia da Literatura Brasileira e, para homenagear essa data tão importante para a cultura nacional, a Editora Mundo Cristão separou uma lista de livros escritos por brasileiros. Em meio ao vasto catálogo do grupo editorial, as sete obras  abaixo, além de apresentar uma boa teologia, proporcionam aos leitores momentos de reflexão, esperança e comunhão, confira:

  1. Brasil Polifônico: Escrita pelo pesquisador do Instituto PensandoDavi Lago, a obra resgata os marcos civilizatórios da sociedade moderna e os princípios da teologia política, aplicando-os à complexa realidade brasileira. Nesse contexto, não é possível que a voz dos evangélicos deixe de ser considerada nas principais discussões da nação. Da mesma forma, esse grupo precisa saber ouvir vozes dissonantes, mas igualmente relevantes no contexto de uma sociedade plural.
  2. Terceirização da Fé: Em sua nova obra, Terceirização da Fé: Assuma a responsabilidade do seu relacionamento com Deus, o autor Tomás Camba apresenta ao leitor maneiras de sincronizar o coração ao do Pai de forma esclarecedora. A obra traz uma visão alternativa e esclarecedora sobre o nosso acesso direto com Deus, mostrando os caminhos para se tornar o protagonista da sua própria fé.
  3. O Enigma da Bíblia de GutenbergEscrito pelo jornalista Maurício Zágari, a obra traz as aventuras de Daniel, um jovem cristão determinado a encontrar respostas para um crime cometido dentro de sua própria igreja. Para isso, ele terá de enfrentar altos riscos, ao mesmo tempo em que aprenderá lições valiosas sobre si mesmo e sua fé.
  4. A sala de espera de Deus:  O que fazer quando a espera vem em forma de más notícias, enfermidades, dores e lutas? De que maneira devemos nos portar quando as circunstâncias não nos dão outra opção a não ser esperar e ser resilientes? Como enfrentar esses momentos com coragem, calma e confiança, sem perder a fé? Lisânias Moura, escritor, pastor e teólogo, traz respostas a tais questões em seu novo livro A Sala de espera de Deus a obra aponta um caminho de esperança para quem está aflito. Nela, Lisânias compartilha casos reais de pessoas que passaram por situações difíceis e traz belas lições extraídas do livro bíblico do profeta Habacuque, revelando que é possível superar as crises da vida.
  5. Formigas: “O sábio aprende observando as formigas“, diz o texto sagrado, e foi oque os autores William Douglas e Davi Lago, fizeram neste livro, seguiram exemplos de notáveis como Esopo, Mark Twain, H.G. Wells, Olavo Bilac e Lygia Fagundes Telles. Com reflexões sobre apenas quatro versículos do livro de Provérbios, os autores conseguiram elaborar princípios capazes de levar pessoas comuns a reflexões úteis para o dia a dia.
  6. Livre!: Escrito por Saulo Ribeiro, a obra traz informação e compaixão para dependentes de drogas lícitas e ilícitas, seus amigos e parentes, e quem deseja conhecer mais a respeito do grande drama global que envolve a dependência química. Com formação acadêmica qualificada, somada à longa experiência prática, Saulo lança mão de dados científicos e estatísticos que não só conferem rigor técnico ao texto, mas profundo viés humanitário, traduzido em casos reais que dão esperança para quem não vê mais saída.
  7. O Deus da Esperança: Com o objetivo de disseminar a semente da esperança e mostrar que ela, juntamente com o Senhor, pode trazer alegria no coração de cada pessoa mesmo nas horas adversas, foi que Flavio Valvassoura escreveu a obra O Deus da esperança: Motivação e alegria em meio às dificuldades da vida. Neste livro, o pastor, escritor e conferencista internacional compartilha verdades contundentes sobre o grandioso poder de Deus. Por meio da apresentação dos princípios bíblicos e fatos memoráveis das Escrituras, o livro proporciona momentos de inspiração para o cotidiano.

Lives: semana traz obras de Gonzaguinha e Dorival Caymmi na voz de Mona Vilardo

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Cantora segue fazendo apresentações temáticas ao vivo no Instagram

A cantora Mona Vilardo segue com sua agenda de apresentações online do projeto “Quem canta o vírus espanta”, trazendo repertório temático e eclético, capaz de alegar públicos de todos os gostos. Nesta semana, a cantora transmite shows ao vivo na terça-feira, dia 28, celebrando a música de Gonzaguinha, e na quinta-feira (30), desta vez com o tema “Eu vou pra Maracangalha, Caymmi!”. O repertório faz homenagem ao compositor baiano Dorival Caymmi. As lives são às 19h, transmitidas pelo perfil @monavilardo, no Instagram.

Agenda da semana

28/4 (terça) – O que é, o que é Gonzaguinha?

30/4 (quinta) – Eu vou pra Maracangalha, Caymmi!

01/05 (sexta) – Live especial “Tropicalmagic” – Música e Mágica com a participação do mágico Lucas Toledo.

2/05 (sábado) – Notas Filosóficas “Canções sobre um tempo” (No aplicativo Zoom às 17h)

Informações: @monavilardo/@silverioortiz.filosofantes

3/05 (domingo) – Varanda Mona canta Dalva (Festival Ziriguidum)

Exceto no sábado, dia 02/05, as lives são sempre às 19h, no perfil oficial @monavilardo, no Instagram.

No Youtube, o canal Mona Vilardo pode ser acessado pelo link https://www.youtube.com/channel/UCA_4pbhxNZyiB7v23YrCJ_g.

Sobre Mona Vilardo

Mona é cantora há 30 anos, atriz, professora de música e escritora. É idealizadora do projeto “Elas por Ela – As Rainhas do Rádio, por Mona Vilardo”. Nele a cantora apresenta músicas de Dalva de Oliveira e de outras estrelas, como Linda Batista, Emilinha Borba e Marlene. É autora do livro “Dalva, minha vó e eu”, que carrega o mesmo selo do projeto.

Minha mãe

* Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
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Daniel Medeiros*

 Minha mãe eu conheço desde quando ela tinha 6 anos e ficou órfã de pai e minha vó era muito pobre para sustentar todos os filhos. Minha mãe deixou a escola aos 9 anos para que minha tia pudesse começar a estudar porque não havia dinheiro para comprar uniforme para as duas. Minha mãe começou a trabalhar aos 12 anos, ajudando em um salão de cabeleireiro. Minha mãe comprou o primeiro sapato com quinze anos.

Ouço essas histórias sobre minha mãe e sonho triste com o olhar triste dela, com o choro triste dela. No recreio, minha mãe colava o rosto no portão e olhava para a rua para não ver os outros alunos lanchando porque minha mãe não tinha o que comer. Minha mãe que certa vez ganhou uns trocados no jogo do bicho e comprou uma roda de salsicha. Minha mãe que perguntava para as pessoas nas ruas onde encontrar trabalho e um dia a mandaram para uma fábrica onde estavam contratando jovens para enxugar gelo e ela foi toda esperançosa  de poder dar uma boa notícia em casa. Minha mãe que teve um quisto na gengiva e, como não tinha dinheiro para se tratar, o dentista arrancou todos os dentes da sua arcada superior. E minha mãe ficou anos sem sorrir com vergonha por não ter dentes.

Minha mãe que nunca conheceu o ócio e nunca conheceu a Ciência. Minha mãe que entrou pela primeira vez em uma universidade pública quando eu, filho dela, fui defender minha dissertação de mestrado e pude homenageá-la. Minha mãe deixou suas lágrimas no piso do salão nobre da Universidade, ela que sempre quis estudar mas parou porque não tinha dinheiro para comprar uniforme. Minha mãe que já teve todas as doenças e que não morreu porque precisava deixar seu testemunho sobre as injustiças gratuitas do mundo. Minha mãe que era paciente para me ensinar sobre coisas que ela mesma não sabia, mas, com o livro na mão, tomava-me os pontos dos conhecimentos que lhe foram negados na infância. Minha mãe que era dura com a minha preguiça porque a preguiça era um fantasma sedutor que a assombrava desde sempre, sem que ela pudesse afastar de perto dela. Minha mãe que trabalhou a vida toda e ainda hoje, aos 80 anos, sonha em viajar, em conhecer o mundo, sonho da menina que arrastava o chinelinho pelas ruas enlameadas da Paranaguá dos anos 40, magrinha com olhar guloso sobre tudo que era tão pouco, tão minguado.

Ninguém no mundo é, para mim, um exemplo maior do que a minha mãe. Nem Mandela, nem Gandhi, nem Teresa de Calcutá, nem Buda, nem Jesus crucificado. Porque o olhar de minha mãe eu conheço, toco seus dedos enrugados que ainda trabalham, beijo sua cabeça de cabelos finos e ralos, ouço sua risada engasgada por falta de prática. Minha mãe é uma sobrevivente do campo de concentração da injustiça social e da falta de escrúpulos do mundo que faz do mérito uma piada de mau gosto. Minha mãe é uma sobrevivente de uma política de extermínio de sonhos e desejos, de possibilidades erráticas e fugazes, de promessas de um futuro na fábrica de enxugar gelo.

Mas minha mãe sobreviveu e me ensinou para ser uma voz, acreditou na minha voz, ensaiou comigo a minha voz, abriu a janela para mim, mostrou o horizonte que ela mesma não enxergava, mas que sabia que ficava para aquele lado. Minha mãe é uma mulher comum. Muitas mães foram, são e serão como ela. Elas, essas mães, são a esperança de que o jardim dos homens não desertifique. Com suas mãos enrugadas e olhos baços, o corpo como território de dores impossíveis, minha mãe é o meu futuro. Quando eu crescer, peço muito para ser como ela.

*Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica pela UFPR, consultor, palestrante e professor de História e Filosofia no Curso Positivo.

‘Coronacrise’ e os laços essenciais da vida

*Carlos Santana é sócio-fundador da Tecnobank. Divulgação

Carlos Santana*

John Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, aos 46 anos. Foram apenas três anos na presidência dos Estados Unidos. Mesmo assim, JFK deixou um enorme legado. Considerado por muitos como um grande visionário, ele disse, durante um de seus discursos, algo que faz muito sentido em meio a essa pandemia: “Quando escrita em chinês, a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade”.

E é exatamente isso que temos visto desde que a ameaça do coronavírus tornou-se um inimigo real. Ao primeiro sinal de que a COVID-19 poderia se alastrar, algumas empresas começaram a desenhar e/ou colocar em prática o seu Plano de Contingência. Outras não fizeram nada. E ainda vemos aquelas que não têm a mínima ideia do que irão fazer.

Adivinha quais irão sobreviver? Com certeza, as que entenderam que uma crise começa a ser administrada antes de ela acontecer e não depois. Por mais que não saibamos os efeitos reais da pandemia, assumir o leme vai ser bem melhor que deixar o barco à deriva…

Como? Olhando mais para as oportunidades do que para os problemas. Pode parecer fácil para quem é da área de tecnologia, que inova a todo momento. Mas, muitas soluções surgiram em meio às crises. A penicilina, descoberta por Alexander Fleming em 1928, foi um desses exemplos. Os transistores, em 1940, outro. Isso sem contar a roda, o dinheiro e a lei.

Não existe uma fórmula pronta para muitas de nossas mazelas. Mas, que tal sair da inércia e aproveitar o momento para criar? Primeiro, é necessário olhar para o seu negócio e identificar os problemas, ou chamados “gaps”. Depois, analisar o mercado e a mapear a concorrência. E, por fim, implementar as ações necessárias para superar o problema.

Se der errado num primeiro momento, mude. Mas mude rápido. Quanto antes, melhor. É um processo contínuo de adaptação. Está sendo assim para nossa empresa, que tem sido um case para o mercado de tecnologia, pois conseguiu manter a operação com 100% das atividades em formato home office. Isso só foi possível com um time engajado e gestores motivados. Resultado? Otimizamos processos, economizamos suplementos, contribuindo para a sustentabilidade, e ainda apoiamos o isolamento social – tão importante neste momento – que iniciamos no dia 16 de março, antes mesmo dos decretos oficiais.

Isso aconteceu de maneira automática, simples e fácil? Não! Precisamos nos adaptar, criar ferramentas, buscar parceiros e, principalmente, estarmos abertos a sugestões. O processo da inovação é colaborativo e não impositivo. Por isso, quem sabe, tantas empresas estejam sofrendo nessa crise. A “cabeça do dono” não pode ser o único norteador do negócio nesse momento inédito pelo qual passamos.

Ouvir mais, principalmente os especialistas, vai nos ajudar a entender o problema e buscar a solução adequada. Isso serve, inclusive, para o Brasil. Tanto do ponto de vista da economia, quanto da saúde. Precisamos aprender com os países que já passaram pelo pico da COVID-19. Aprender com os acertos e, principalmente, com os erros, como os da Itália.

Os impactos serão profundos, sabemos. Mas, com base nessa visão que exponho aqui, será possível suplantar as agruras. Separados fisicamente, unidos mentalmente.

*Carlos Santana é sócio-fundador da Tecnobank.

Secretário faz apelo à população para ficar em casa e evitar colapso do sistema de saúde

O fim de semana foi de pressão por leitos e de ocorrências de casos suspeitos de Covid-19. A informação foi prestada pelo secretário adjunto de Saúde do Governo do RN, médico Petrônio Spinelli, em entrevista coletiva aos veículos de comunicação na manhã desta segunda-feira (27). Mais uma vez, Spinelli insistiu na necessidade de pelo menos 60% da população ficar em casa e tomar as medidas de proteção. “As pessoas devem ficar em isolamento e todos devem usar máscara. Ficar em fila sem máscara é inaceitável. A situação é grave, e, afirmamos publicamente, o sistema pode, sim, entrar em colapso rapidamente”.

O RN possui hoje 137 pessoas internadas em consequência da Covid-19. Deste total, 77 estão em leitos de UTI nas redes pública e privada. A taxa de ocupação de leitos nos hospitais da rede estadual hoje é de 39,5%. São pacientes internados em UTI, com e sem respiradores. Acerca da doença há 4.122 casos suspeitos, 832 confirmados, 2.966 descartados em 57 municípios e notificações em 155 municípios. Outros 289 estão recuperados, 45 foram a óbito e há 7 mortes em investigação.

Analisando as ocorrências, Spinelli explicou que hoje 80% dos casos atingem pessoas com mais de 80 anos. Antes a média de idade era de 60 anos. “Isso significa que a pandemia volta aos idosos. E que ela está chegando aos bairros onde residem as pessoas que dispõem de menos recursos para se proteger. É uma situação grave e preocupante por que os casos estão indo para a periferia, mas não reduzem na classe média”, observou.

O combate à Covid-19 precisa ter o protagonismo de toda a sociedade, das pessoas individualmente e das empresas enquanto instituições. “As pessoas devem se comportar para reduzir a contaminação e isso se faz ficando em casa, saindo apenas em casos extremamente necessários, sempre protegido com máscara e observando o distanciamento social”, completou o secretário adjunto de Saúde.

Previstas nos decretos estaduais, as empresas devem cumprir as medidas protetivas, fornecer equipamentos aos colaboradores, assegurar a higienização constante. Os estabelecimentos comerciais também devem evitar grandes aglomerações. “Algumas empresas estão fazendo propaganda orientando a população corretamente. Mas outras estão fazendo como se estivesse tudo normal e anunciando promoções que estimulam aglomerações. Isso destoa do acordo feito para as medidas do decreto, que permite o funcionamento de alguns setores. Este momento é de fazer valer o isolamento de 60% das pessoas. A população precisa tomar esta consciência”, alertou Petrônio.

Neste final de semana, a Sesap deu continuidade aos trabalhos para que o Hospital Giselda Trigueiro funcione plenamente com 25 leitos, na instalação dos dez leitos de UTI do Hospital Pedro Germano da Polícia Militar, dos 20 leitos de UTI no João Machado, em Natal e em Mossoró, com os leitos de UTI no Hospital São Luiz em parceria com a Prefeitura.

Termo de Ajustamento de Conduta

O Governo do RN desde o início do combate à pandemia vem atuando em parceria com os poderes Judiciário e Legislativo, órgãos de fiscalização e com o setor privado. “Temos um grave problema que é a pandemia. O Governo do Estado dá ênfase na estratégia de compras aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. E a administração estadual faz o monitoramento em tempo real das aquisições e contratos através da Control. Tudo com total transparência, assim como também são as chamadas públicas”, pontuou a assessora jurídica do Governo do RN, Luciana Daltro de Pádua Castro.

Ela citou o termo de ajuste de conduta firmado com a Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Câncer para ofertar até 60 novos leitos de UTI e enfermarias para os casos de Covid-19: “Essa parceria com a Liga vai salvar mais vidas. E foi pactuada entre o Governo do RN, a Liga, o Ministério Público Estadual (MPE), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho no RN (MPTRN)”.

Fotos: Elisa Elsie.

Médicos também podem ficar doentes

SBOC alerta sobre os cuidados necessários para garantir saúde mental e física de oncologistas durante a pandemia

 Os profissionais da saúde são peça fundamental no enfrentamento da pandemia de Covid-19, mas, infelizmente, também estão entre os mais vulneráveis. Médicos vêm sendo atingidos física e mentalmente, pois correm maior risco de infecção, visto que estão em contato com pessoas contaminadas. Isso os faz ficar longe de suas famílias e lidar com o peso da vulnerabilidade do outro, muitas vezes deixando a própria em evidência.

O momento atual exigiu mudanças repentinas e ainda é novidade para todos, inclusive para médicos, enfermeiros e auxiliares, que precisam atuar na linha de frente. No Brasil, o grupo do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas e do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul afirma que durante uma pandemia os níveis de ansiedade e estresse das pessoas aumentam devido ao medo, fazendo com que o número de pessoas com saúde mental afetada seja ainda maior que o número de pessoas infectadas pelo novo vírus.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alerta que para cuidar de pacientes e da família, antes de tudo, é preciso cuidar de si mesmo. Aprender a separar assuntos familiares dos profissionais, tirar um tempo para descansar e fazer coisas que te agradem, como ler livros, cuidar do seu animal de estimação e praticar atividades físicas, podem ser de grande ajuda durante esse período.

“Vejo colegas de trabalho mais ansiosos, outros deprimidos, principalmente pela preocupação com seus pacientes, se seguirão o tratamento e se estão bem. É preciso que os gestores de hospitais e clínicas estejam também atentos à saúde mental de seus profissionais, criem um espaço seguro de diálogo, onde eles possam compartilhar as principais dificuldades dessa nova rotina e encontrar juntos as soluções”, defende a Dra. Veridiana Camargo, membro da SBOC.

O que pode fazer a diferença é a sintonia com a equipe de trabalho. “Mesmo à distância, mantenha contato com outros colegas e líderes para que possam compartilhar experiências e definir as melhores diretrizes de cuidados para os pacientes, mas também para a equipe. Ter uma rede de apoio no trabalho e em casa facilita o enfrentamento dessa crise, e certamente nos tornará mais fortes daqui para frente”, completa Dra. Veridiana.

De acordo com a Dra. Angélica Nogueira, diretora da SBOC, os técnicos também estão sobrecarregados por terem plena ciência da gravidade do que estamos enfrentando. “Estamos a par dos fatos, conhecemos os dados e evidências científicas e, mesmo cientes da verdade e com bastante medo, continuamos e continuaremos cumprindo nosso ofício”.

Os profissionais da saúde temem que os números de contaminados sejam ainda maiores no Brasil, pois há poucos testes sendo realizados. “Estima-se que a incidência seja consideravelmente superior aos números reportados. Além da carência de testagem, há pessoas que são assintomáticas ou apresentam sintomas leves e, por isso, não estão sendo contabilizadas”, aponta Dra. Angélica.

Outra preocupação que aflige especialmente os oncologistas é que as consultas rotineiras estão suspensas. “É necessário definir o que será feito daqui para frente, qual será a nova prática, pois, para muitos cânceres, atrasos diagnósticos têm impacto significativo no desfecho”, dispara.

Diante de tantas adversidades, a SBOC presta sua homenagem aos médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parabeniza todos que estão combatendo essa pandemia, seja na linha de frente ou possibilitando a continuidade de outros tratamentos. Além disso, a Sociedade também agradece as mais diversas iniciativas (individuais ou empresariais) de apoio aos profissionais da saúde, seja com reconhecimento e apoio emocional, doações ou oferecendo soluções em segurança do trabalho.

 

SOBRE A SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 1,9 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. É presidida pela médica oncologista Clarissa Mathias, eleita para a gestão do biênio 2019/2021.

ALE Combustíveis faz doação de 40 mil litros de álcool no Rio Grande do Norte

Iniciativa, promovida em parceria com a empresa Ster Bom, beneficiou comunidades de baixa renda em Natal e outras cidades do estado; distribuição do produto foi concluída neste mês

Para auxiliar no combate à pandemia do novo coronavírus, a ALE, quarta maior distribuidora de combustíveis do país, doou 40 mil litros de álcool líquido a 70 graus para o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Saúde. A iniciativa, promovida em parceria com a indústria de sorvetes Ster Bom, beneficiou moradores de comunidades de baixa renda em Natal e outras cidades do estado.

O álcool foi adquirido pela ALE em uma usina de cana-de-açúcar que adaptou a produção para atender a demanda da companhia. Posteriormente, o produto foi envasado em uma indústria de bebidas e, na sequência, entregue para a Secretaria de Estado de Saúde. A Ster Bom doou as embalagens e produziu os rótulos. A distribuição aos municípios foi realizada por agentes comunitários e de saúde, que atuam no dia a dia com os moradores das comunidades beneficiadas.

O uso do álcool a 70 graus para desinfecção das mãos e de objetos é uma das medidas mais recomendadas pelo Ministério da Saúde para conter o avanço do novo coronavírus. Segundo dados do cadastro único dos programas sociais do governo federal, o Rio Grande do Norte tem cerca de 340 mil famílias abaixo da linha de pobreza. Por isso, ações como essa são consideradas fundamentais para auxílio, principalmente, à comunidade carente, em que o álcool não consta da lista de produtos básicos das famílias, muitas vezes pela falta de recursos para a aquisição.

De acordo com o presidente da ALE, Fulvius Tomelin, o momento é, acima de tudo, de solidariedade. “Essa iniciativa surgiu da nossa preocupação em ajudar as pessoas que vivem em difíceis condições sanitárias, de moradia e de renda. A ação reforça nosso compromisso social e que estamos todos juntos no enfrentamento à Covid-19. Ações como essa são de grande valia para reduzir o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, reduzindo a busca por hospitais e evitando mortes”, declara.

Ele acrescenta que o objetivo foi contribuir com um dos estados mais importantes para a companhia, onde a ALE mantém sua sede (Natal) e o maior número de colaboradores —atualmente, são cerca de 400 pessoas trabalhando no RN. “Beneficiar as comunidades menos favorecidas do Rio Grande do Norte é mais que uma missão; é uma forma de agradecermos à população que tem nos acolhido desde o início de nossa história. Sem dúvida, o povo potiguar é fundamental para nosso crescimento em âmbito nacional”, complementa Tomelin.

O gerente de Operações da Ster Bom, Leonardo Lucas, explica que foi criada uma comitiva, com representantes de cada área, para realizar as doações. “Disponibilizamos as garrafas, os rótulos e a tampas, além da equipe de Marketing e Design para a criação da arte das embalagens. Acreditamos que boas ações como essa devem ser replicadas por empresas e pessoas, pois temos a certeza de que, juntos, seremos sempre mais fortes”, declara.

Sobre a ALE

Fundada em 1996, a ALE é a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, com uma rede de cerca de 1,5 mil postos e 5 mil clientes ativos em 21 Estados e no Distrito Federal. A empresa gera cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos.

Para os revendedores, a companhia disponibiliza diferenciais, como o Clube ALE (relacionamento e fidelização), a parceria com a Moove para fornecimento de lubrificantes da marca Mobil, a Academia Corporativa ALE (treinamento e capacitação), o programa Ligados na Qualidade (certificação do combustível), as lojas de conveniência Entreposto (EP) e as unidades de Serviço Automotivo ALE Express.