Profissões são interligadas, mas possuem diferenças nas atividades desenvolvidas
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Muitos estudantes, ao decidir por atuar na área da saúde, podem ficar em dúvida entre fazer um curso de enfermagem ou medicina. Essas duas áreas se complementam e não são concorrentes, mas se diferenciam no tipo de trabalho a ser realizado, bem como na formação ofertada pelas universidades, sejam elas públicas ou privadas. Enquanto os enfermeiros lidam diretamente com o paciente, os médicos possuem um foco mais na saúde e no diagnóstico, com um maior leque de recursos. Ambos são importantes e realizam um trabalho essencial para a saúde da população.
O curso de medicina têm duração de seis anos e é integral. Em princípio formam médicos generalistas, mas depois dos seis anos ainda é necessário fazer uma residência para se aprofundar em alguma área de atuação. O ritmo de estudos costuma ser intenso, o que faz com que nem todos os estudantes que iniciam a graduação consigam acompanhá-la até o final. Os dois primeiros anos as disciplinas são mais básicas e algumas instituições já incluem atividades práticas no começo.
Somente a partir da metade do curso, os estudantes têm contato com os pacientes. Em seguida os aspirantes a médicos precisam fazer o internato, nome dado ao estágio de medicina, no qual o aluno passa por diferentes áreas em unidades básicas de saúde e hospitais. Quando formados, realizam diagnósticos, atuam na prevenção de doenças, fazem cirurgias e monitoram a saúde dos pacientes.
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil (2018), do Conselho Federal de Medicina, em pouco menos de 50 anos, o número de médicos cresceu três vezes mais do que o número de brasileiros. O grande problema continua sendo o acesso a locais remotos e interioranos. Os profissionais continuam atuando, em sua maioria, em centros urbanos desenvolvidos, em áreas litorâneas e nas capitais.
O curso de enfermagem, por sua vez, dura cerca de quatro anos e tem um foco muito grande em ciências biológicas, principalmente na anatomia do corpo humano. Os estudantes também possuem noções administrativas, de psicologia e sociologia. Assim como no curso de medicina, o contato prático com os pacientes normalmente acontece a partir da segunda metade da graduação. Para se formar, é necessário fazer um trabalho de conclusão de curso e também estágio.
Os enfermeiros possuem um papel fundamental no contato direto com os pacientes. Auxiliam médicos, psicólogos e outros profissionais da saúde ao administrar remédios, estabelecer alimentação e realizar curativos e suturas, podendo atuar em diversos locais, como hospitais, clínicas e atendimento a domicílio, principalmente no cuidado com idosos. As áreas de atuação mais comum são enfermagem geral, geriátrica, saúde pública, obstétrica, psiquiátrica, sem contar na possibilidade em lecionar em sala de aula.
É uma profissão muito presente no Sistema Único de Saúde (SUS) e essencial para a manutenção da saúde dos pacientes. Os enfermeiros também podem trabalhar em empresas privadas, no atendimento a funcionários e programas de saúde empresariais, inclusive na coleta e administração de dados de seguradoras e planos de saúde.