Item de segurança foi produzido após pesquisa sobre acidente fatal na Inglaterra
(Crédito: divulgação)
O capacete é um importante instrumento de segurança utilizado por motociclistas. Ele reduz o número de acidentes fatais, ao impedir que o crânio de uma pessoa se colida com o solo após uma queda. Pode, também, proteger os indivíduos de condições adversas, como sol intenso e chuvas. E a história do uso deste item tem origem em Clouds Hill, Inglaterra.
Thomas Edward Lawrence, também conhecido como Lawrence da Arábia, foi um importante militar, agente secreto e diplomata britânico. Em 1935, Lawrence sofreu um acidente fatal pilotando uma Brough Superior SS100 em uma estreita estrada perto da casa de campo de onde morava.
O acidente foi provocado por uma obstrução de visão de dois meninos que andavam de bicicleta. Ao tentar desviar, o militar perdeu o controle e foi jogado por cima do guidão. Com a queda, Lawrence colidiu com o solo. Como estava sem nenhum tipo de proteção, o impacto do crânio o fez ficar em coma e falecer posteriormente. As lesões na cabeça intrigou o neurocirurgião Hugh Cairns, um dos médicos que o atendeu naquele dia. Depois do ocorrido, o especialista passou a desenvolver uma pesquisa chamada de “Perda desnecessária de vidas por pilotos de motocicleta devido a ferimentos na cabeça”.
Foi esse estudo que levou o exército britânico a criar um tipo de proteção para ser utilizada na cabeça dos soldados que se deslocavam com o auxílio de uma moto. Nascia, então, o capacete. Posteriormente, a invenção também foi introduzida na legislação da Inglaterra e de outros países, fazendo com que fosse obrigatório o uso do equipamento de segurança também para os civis.
As normas diferem de país para país, mas o fato é que muitas nações começaram a avaliar o impacto dessa mudança de comportamento nas vias públicas e nas estradas, para enfim criar um documento com regras básicas para a comercialização e utilização desse tão poderoso item de segurança.
No Brasil, quem regula essa temática é a Norma Brasileira Técnica (NBR) 7471, da associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela exige que os capacetes sejam certificados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), e possuam adesivos retrorrefletivos de segurança nas partes laterais e traseira.
Existem capacetes que não possuem viseira. Neste caso, a exigência é utilizar um óculos de proteção. Não se permite a substituição dos óculos de proteção por óculos corretivos, de sol ou de segurança do trabalho (EPI). Os capacetes do tipo coquinho são terminantemente proibidos pela legislação, porque só protegem a parte superior da cabeça.
Entre os acessórios de proteção mais conhecidos, destacam-se as marcas de capacete Nasa, Shoei, Arai, Bieffe, VAZ9, Taurus, CMS, Shark, EBF, Peels, Fly, Fox, LS2, No Risk e outros.