Junto com a ABComm e O2O, Abinc resolve juntar outras associações e entidades impactadas pela lei em debate sobre temas relacionados à proteção de dados para avaliação das normas e sugestão de melhorias
São Paulo – A Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc) se uniu com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCcomm) e a Associação Brasileira Online to Offline (O2O) para formar um grupo de discussão da proposta de lei de proteção de dados que tramita no Senado e o seu impacto na economia digital. A ideia é agregar nesse debate representantes de outras associações e entidades que se sentem impactadas pela futura lei para discutir o assunto, propor mudanças e melhorias e, em seguida, fazer o intermédio com o governo por meio de um projeto com as ideias concordadas no grupo.
“Buscamos um texto de projeto de lei mais claro e menos subjetivo, sobretudo o que trata a questão do legítimo interesse. O debate é importante para garantir que o consumidor não tenha seus dados privados expostos ou mal usados, mas também não freie a evolução e inovação na economia digital, que necessitam dessas informações para investir em inovação”, afirma o advogado Márcio Cots, especialista em negócios digitais, Diretor Jurídico do Abinc e Sócio da Cots Advogados, que vai mediar o projeto.
Depois do escândalo envolvendo o uso indevido de dados de 87 milhões de usuários do Facebook, incluindo os de alguns brasileiros, as discussões sobre proteção de dados se intensificaram e viraram uma das prioridades do governo. A lei em pauta defende que a coleta, tratamento e armazenamento de informações de usuários sejam feitas com a total aprovação dos mesmos. O conteúdo dessas normas a serem discutidas, no entanto, estão levantando uma série de questões que impactam diretamente no processo produtivo do setor privado, sobretudo às empresas que dependem dos dados de usuários para criar inovações e melhorar os serviços oferecidos à sociedade.
Sobre a ABINC
A ABINC foi fundada em dezembro de 2015 como uma organização sem fins lucrativos, por executivos e empreendedores do mercado de TI e Telecom. A ideia nasceu da necessidade de se criar uma entidade que fosse legítima e representativa, de âmbito nacional, e que nos permitisse atuar em todas as frentes do setor de Internet das Coisas.Tem como objetivo incentivar a troca de informações e fomentar a atividade comercial entre associados; promover atividade de pesquisa e desenvolvimento; atuar junto às autoridades governamentais envolvidas no âmbito da Internet das Coisas e representar e fazer as parcerias internacionais com entidades do setor.