A triagem de classificação de risco, que é novidade, substitui o cadastro e atendimento manual.
Na Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), o mês do “Outubro Rosa” começa com a inovação no sistema de cadastramento e atendimento às mulheres no Serviço de Atendimento de Urgência (SR), o qual auxiliará na organização dos dados e na fila de espera das pacientes da Maternidade.
O método, que antes era feito na utilização de uma ficha para identificar e classificar o risco das gestantes, agora conta com um painel que indica essa classificação de acordo com a prioridade e a gravidade do caso, não pela ordem de chegada. O objetivo dessa efetivação, feita por meio do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU), é facilitar o atendimento e a internação a partir do uso da triagem – processo no qual determina a prioridade do tratamento de pacientes com base no risco existente.
O Protocolo do Ministério da Saúde classifica as cores em azul (não urgente), verde (pouco urgente), amarelo (urgente), laranja (muito urgente) e vermelho (emergência), no qual as pacientes podem ter um tempo de espera que varia do atendimento imediato ou até a espera de 4 horas no local de atendimento. O painel presente, além de mostrar essas cores de classificação, também mostra a hora de chegada da paciente, podendo, assim, ter um controle do tempo de aguardo.
A equipe do Suporte à Implementação e Sustentação de Sistemas (SIS) da instituição, afirma que o sistema melhora a comunicação entre as enfermeiras e os médicos, seja na área de atendimento, seja na sala de espera, pois, quando se utilizava do controle manual e a demanda de mulheres era grande, era mais propício de se ter equívocos na ordem de atendimento. Diego Henrique, auxiliar administrativo do SIS, comenta que a inovação realizada foi fundamental para o aperfeiçoamento do auxílio às mulheres na Maternidade. “A gente evoluiu porque, também, os médicos estão atendendo pelo sistema. Com a classificação, a enfermeira manda para o sistema e eles chamam pelo sistema também”.
A enfermeira Diana Cruz fala que a modernização na classificação diminui o deslocamento para poder informar os casos das mulheres com situações mais graves. “O grande ganho dessa informatização está sendo a comunicação direta, por meio do sistema, entre os dois setores que trabalham totalmente em conjunto – a classificação de risco e a urgência”, disse ela. Outro ponto positivo dessa adaptação foi a agilidade na contagem e no levantamento de dados e índices do hospital. Além disso, a modernização do sistema ajuda na recolha de informações para a MEJC, como a quantidade de mulheres que passaram pelo atendimento de urgência mensalmente e anualmente. “Antes, a gente tinha que contabilizar um por um para fazer levantamentos para o hospital, hoje se tem tudo no sistema”, retrata.